Vi hoje, no meu jornal matinal, aquele que leio todos os dias e por isso faz parte da minha vida, uma fotografia, em grande formato, de homens, todos jovens, com penteados es
Eram judeus ultra-ortodoxos, estudantes de uma escola rabínica,
em Jerusalém, que aproveitaram um dia de folga para celebrar, cumprindo o luto
pela perda dos dois Templos, o de Salomão e o de Herodes.
Dizem que aquelas águas têm propriedades curativas e
regeneradoras, mas eles não estavam ali em busca de saúde, mas num culto
religioso.
De resto, toda a sua vida é um culto religioso: não casam, não
cortam o cabelo nem fazem a barba, e se tomam banho em lama é porque se trata
do Mar Morto, morto como eles...
Já tive oportunidade de ser “atropelado” por jovens destes que,
aos pares, se deslocavam na minha cidade, batendo à porta das pessoas, naqui lo que eu julgo ser “missão de evangelização”.
Trazem um livro na mão, provavelmente a Bíblia, com certeza o
Antigo Testamento, e na presença das pessoas vomitam umas palavras que lhes
ensinaram mas, para além delas, nada mais sabem dizer do que repeti-las ao
infinito, porque ideias são coisas que não possuem.
Devem imaginar-se como elites, vivendo num mundo de alienígenas,
que somos todos nós, e que eles pretendem recrutar para o mundo deles.
São inofensivos, que conseguem ser escutados por pessoas idosas
que vivem sós e, no fundo, até agradecem as suas visitas que os distraem e
ocupam durante uns minutos.
Travam monólogos, recitam, e quem os ouve finge que os ouve
porque não os entendem, e também não há questões a responder nem nada a
perguntar.
Destes, eu não tenho medo porque vivem noutro mundo, mas receio
aqueles que matam e em simultâneo gritam por Alá mesmo que, no fundo, seja
apenas para disfarçar o seu ódio e frustração pelo semelhante.
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