Falso sado-masoquista... |
A Reentré Política
Passos Coelho fez o seu discurso da “reentre política", uma espécie de pontapé de saída para o início do jogo político da próxima temporada e as suas palavras foram, mais uma vez, o mesmo de sempre: ameaça e pessimismo.
A estes políticos de direita falta-lhes
a palavra da esperança que os cidadãos precisam de ouvir, especialmente nestes
tempos difíceis em que tudo parece estar contra nós.
Podem haver cinquenta indicadores
positivos, podem até ser todos positivos, que eles vão dizer que amanhã todo o
país vai desaparecer debaixo de um fogo avassalador que, naturalmente, é da
responsabilidade da oposição, do PS e do António Costa.
Verdadeiros arautos da desgraça,
apresentam-se como o único refúgio, a última salvação do povo em desespero, de
quem esperam uma “carta branca” para uma receita dolorosa, espécie de “óleo de
fígado de bacalhau”... mas salvadora.
Dêem-me o poder e eu salvo-os...
Este homem governou Portugal durante
mais de 4 anos e iniciou o seu mandato, todos se lembram ainda, com ameaças de
um “tremendo aumento de impostos”, mandando os portugueses emigrar porque cá não
haveria trabalho, - depois da sua obra de destruição das pequenas empresas - cuja destruição, ele esperava, abrissem espaço, finalmente, para as grandes empresas, as que
viriam, realmente criar riqueza, suportado pela classe rica e poderosa do país.
A “troika”?... ele iria mais longe do
que a troika, e se ela dissesse mata ele diria esfola, porque a capacidade de
sofrimento dos portugueses era infindável e a salvação do país estaria nesse
imenso sacrifício superiormente dirigido pela sua mão inflexível.
Aos portugueses, ele não pediria sacrifícios,
exigi-los-ia em nome de uma política regeneradora, a dele.
Há qualquer coisa de profético nestes
políticos de direita que possuem soluções salvadoras que privilegiam as classes
mais poderosas à custa das mais pobres porque só eles, com as suas iniciativas,
o seu estímulo à riqueza, a sua ambição, nos podem salvar.
Claro que não dizem isto, são
suficientemente manhosos, a sua arma é o cinismo, a criação do medo, a ameaça
encoberta.
Passos Coelho é um fingido sado-masoqui sta: aponta para o sofrimento dos outros como se
fosse, igualmente, o sofrimento dele próprio. Sofram comigo e todos nos
salvaremos...
Quis ir mais além da troika que nos
impunha sacrifícios e os portugueses, crentes como só eles são, foram na
conversa e até lhe deram mais votos do que a qualquer outro.
António Costa trocou-lhe as voltas e ele
vive despeitado, nunca perdoará aquela interpretação dos votos que incluíram comunistas
e bloqui stas para a contagem dos
deputados à Assembleia da República... onde é que já se viu tal despautério?...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home