Nada parece correr bem aos nossos irmãos brasileiros, embora, por cá, não vivamos em mar de rosas.
As pessoas com mais
estudos – onde é que eu já ouvi isto?... – estão a deixar o Brasil, os produtos
estão muito caros, os serviços de atendimento são ruins e as pessoas estão
impreparadas para receberem um evento da magnitude dos Jogos Olímpicos.
O Brasil de hoje não
é, infelizmente, aquele que se esperava que fosse quando, em 2009, lhe foi
confiada a organização dos Jogos Olímpicos.
Pensava-se que estes
poderiam ajudar na economia e no emprego mas, na realidade, não é isso que está
a acontecer.
Os 120.000 postos de
trabalho criados no Rio de Janeiro são de carácter precário e representam uma
gota de água para a população de 6 milhões de pessoas na cidade e a inflacção
provocada não serve a economia com a super valorização dos imóveis.
Assim, em vez de
ajudar, os Jogos Olímpicos desajudam.
Não adianta esperar
que estes grandes acontecimentos desportivos sejam solução para problemas económicos.
Em todos os países
em que ocorreram gerou-se uma expectativa e, no caso do Brasil, não parece que a
promoção turística que lhe estão associados, tornem muito mais conhecido um país
que tem o seu grande cartão de visita ligado ao samba, Carnaval e às Passagens de Fim de
Ano, na marginal de Copacabana, no Rio de Janeiro, das quais, tive a oportunidade
de assistir a uma, em 1995.
É certo que houve
infra-estruturas, 6,2 mil milhões de euros investidos, que geraram postos de
trabalho, especialmente na construção, mas uma vez terminadas, esgota-se o
trabalho a elas directamente ligadas, e muitas não vieram a aproveitar a ninguém.
No Hospital Miguel
Couto, havia pacientes à espera no corredor, situação trivial por esse mundo
fora, enquanto que, ao lado, havia uma ala fechada construída para os Jogos Olímpicos e fechada por falta de verba.
Não fosse uma Acção Judicial, o povo só viria a saber dela depois do Jogos, povo que vai pagar com os seus impostos esta festa que, no fundo, é mais para estrangeiros.
Não fosse uma Acção Judicial, o povo só viria a saber dela depois do Jogos, povo que vai pagar com os seus impostos esta festa que, no fundo, é mais para estrangeiros.
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