terça-feira, julho 19, 2016

Os Bancos...






















Quem dera que fossem os do jardim onde as pessoas descansam e os velhos nem se dão conta das horas que passam. Não, são os outros, que tantas dores de cabeça nos têm dado nos últimos anos, a ponto de nem gostar de falar neles, tal o traumatismo sofrido, felizmente não por mim.

É certo que, progressivamente, têm vindo a desaparecer, porque abrem falência ou são integrados noutros mais poderosos mas, é evidente, nunca poderão desaparecer completamente. Alguém tem de fazer chegar dinheiro à economia ou, simplesmente, guardar e remunerar as poupanças das pessoas. No entanto, a actividade destas entidades têm-se mostrado ruinosas para muitos dos que nelas confiaram.

Restam poucos, para além da Caixa Geral de Depósitos, que é público, mas é mesmo este que agora representa a maior ameaça ao Défice deste ano.

Mais uma vez, a sua gestão deficiente ou desonesta, nunca sabemos, com excepção de um ou outro, onde se situa a verdade, vai obrigar a uma operação de recapitalização que, ou me engano muito, ou vai ser feita, de uma forma ou outra, com o nosso dinheirinho...

Claro que nós somos uma gota de água no oceano das desgraças, só que estas dizem directamente respeito a nós. Pergunta-se já se a Itália não irá ser a próxima Grécia, e a própria Alemanha está longe de ser aquilo que era, com o Deutsche Bank, no mercado bolsista, a acumular uma perda de mais de 30% desde o princípio do ano.

Infelizmente, não podemos dizer que com o mal dos outros podemos nós bem porque nada disto nos ajuda, bem pelo contrário. Num mundo em que tudo está interligado o mal dos outros é o nosso próprio mal.

Mas, voltando aos Bancos, emprestar dinheiro será a actividade mais perigosa que existe, especialmente quando o dinheiro é dos outros, incautos depositantes. É como manipular dinamite...

Ainda me recordo das imagens recentes de desespero de pessoas que trabalharam uma vida inteira para conseguirem poupanças que lhes garantissem uma velhice com alguma qualidade e depois ficaram sem nada, quando já não há mais anos nem mais vida para recomeçar.

Acredito que seja uma questão de competência mas é, igualmente, em simultâneo ou não, de honestidade das pessoas que gerem esses bancos, e nós temos casos e caras recentes, conhecidas nestes últimos anos, que nos levam a concluir da existência, neste campo, de ladrões de colarinho branco.

Perante taxas de juro zero que, em si mesmo, são um “desconvite” às poupanças, o que nos levará a correr riscos entregando o dinheiro aos bancos?

Compre-se se um cofre e guarde-se o dinheiro em casa que, para além do que foi dito, põe-nos a salvo do imposto Robin, que tirava aos ricos para dar aos pobres, diziam...

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