Quem dera que fossem os do jardim onde as pessoas descansam e os velhos nem se dão conta das horas que passam. Não, são os outros, que tantas dores de cabeça nos têm dado nos últimos anos, a ponto de nem gostar de falar neles, tal o traumatismo sofrido, felizmente não por mim.
É certo que, progressivamente, têm vindo
a desaparecer, porque abrem falência ou são integrados noutros mais poderosos
mas, é evidente, nunca poderão desaparecer completamente. Alguém tem de fazer
chegar dinheiro à economia ou, simplesmente, guardar e remunerar as poupanças
das pessoas. No entanto, a actividade destas entidades têm-se mostrado ruinosas
para muitos dos que nelas confiaram.
Restam poucos, para além da Caixa Geral
de Depósitos, que é público, mas é mesmo este que agora representa a maior
ameaça ao Défice deste ano.
Mais uma vez, a sua gestão deficiente ou
desonesta, nunca sabemos, com excepção de um ou outro, onde se situa a verdade,
vai obrigar a uma operação de recapitalização que, ou me engano muito, ou vai
ser feita, de uma forma ou outra, com o nosso dinheirinho...
Claro que nós somos uma gota de água no
oceano das desgraças, só que estas dizem directamente respeito a nós. Pergunta-se já se a Itália não irá ser a
próxima Grécia, e a própria Alemanha está longe de ser aqui lo
que era, com o Deutsche Bank, no mercado bolsista, a acumular uma perda de mais
de 30% desde o princípio do ano.
Infelizmente, não podemos dizer que com
o mal dos outros podemos nós bem porque nada disto nos ajuda, bem pelo
contrário. Num mundo em que tudo está interligado o mal dos outros é o nosso próprio mal.
Mas, voltando aos Bancos, emprestar
dinheiro será a actividade mais perigosa que existe, especialmente quando o
dinheiro é dos outros, incautos depositantes. É como manipular dinamite...
Ainda me recordo das imagens recentes de
desespero de pessoas que trabalharam uma vida inteira para conseguirem
poupanças que lhes garantissem uma velhice com alguma qualidade e depois
ficaram sem nada, quando já não há mais anos nem mais vida para recomeçar.
Acredito que seja uma questão de
competência mas é, igualmente, em simultâneo ou não, de honestidade das pessoas
que gerem esses bancos, e nós temos casos e caras recentes, conhecidas nestes últimos
anos, que nos levam a concluir da existência, neste campo, de ladrões de
colarinho branco.
Perante taxas de juro zero que, em si
mesmo, são um “desconvite” às poupanças, o que nos levará a correr riscos
entregando o dinheiro aos bancos?
Compre-se se um cofre e guarde-se o
dinheiro em casa que, para além do que foi dito, põe-nos a salvo do imposto
Robin, que tirava aos ricos para dar aos pobres, diziam...
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