sábado, dezembro 31, 2016

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À vossa...
Ano de 2017
















Para quem nasceu em 1939, como eu, 2017 começa a ser já muito ano e por isso devo estar agradecido não só por estar cá como igualmente por estar bem.

Viver é uma oportunidade rara, única e, acima de tudo, irrepetível, por isso não consigo perceber tanta gente que se queixa, muitos por razões fúteis, quando têm este lindo dia de sol de inverno com o qual a minha cidade de Santarém me presenteia, para já não falar da paz e tranquilidade em que vivemos.

A guerra da Síria, os refugiados, o “melenas” do Trump, não são, propriamente, cenários de fundo atraente... mas alguma vez vivemos sem nuvens atemorizadoras?

Do futuro não sabemos nada e dentro da pequenez de cada um de nós não nos cabe fazer o que quer que seja para além de acompanharmos pelo jornal o que vai por esse mundo fora.

Por isso, o que me apetece é sentar ao sol e desfrutar do seu calor suave que até a alma nos aquece e agradecer este nosso clima tão benigno que só pode ser oferta dos deuses para nos compensar de outras coisas amargas, entre elas os juros da dívida do país que iremos pagando nos tempos futuros com a ajuda dos filhos, netos e bisnetos... Por isso, mais uma razão para nos aquecermos a este sol que a maior parte dos outros não tem, servido em amena temperatura e ao qual só faltará a casquinha de limão para melhorar o sabor...

Mais uma ou duas horas e o frio virá impor-se com fim da tarde, como lhe compete em dia de inverno que se preze, porque inverno sem frio não é inverno e cada coisa, agradável ou não, quer-se no seu tempo e lugar para que tudo seja como era, para nós que já somos velhos...

Eu tive sempre uma certa simpatia pelo frio da minha terra, que é aceitável porque moderado, e a gente pode defender-se dele muito facilmente com uma simples manta por cima do corpo estendido num sofá a ler ou a ver televisão.

Na hora em que vos escrevo, parte do mundo já vive no Ano de 2017 e a outra metade aguarda, com o espumante e as passas à mão de semear, para cumprir o ritual da passagem de ano.

Para todos vós apenas um desejo:

- Que sejam o mais felizes que puderem!...

sexta-feira, dezembro 30, 2016

Histórias de Crianças















Uma menina estava conversando com a professora que lhe disse que era fisicamente impossível a uma baleia engolir um ser humano porque apesar de ser um animal muito grande, a sua garganta era muito pequena. Mas a menina afirmou que Jonas tinha sido engolido por uma baleia.

Irritada, a professora repetiu que uma baleia não podia engolir um ser humano porque era fisicamente impossível.

A menina então, disse:

- Quando eu morrer e for para o céu, vou perguntar a Jonas.

- Então, a professora disse:

- E se o Jonas tiver ido para o inferno?

- Então é a senhora que vai perguntar.


XXX


Uma professora, na creche, observava as crianças da sua turma desenhando. Ocasionalmente, passava pela sala para ver os trabalhos de cada criança. Quando chegou junto de uma menina que trabalhava intensamente perguntou-lhe o que desenhava.

- A menina respondeu:

- Estou a desenhar Deus.

- A professora parou e disse:

- Mas ninguém sabe como é Deus.

Sem levantar os olhos do desenho a menina respondeu:

- Vão ficar a saber dentro de um minuto.


XXX



Uma honesta menina de sete anos admitiu calmamente a seus pais que o Luís Miguel lhe havia dado um beijo depois da aula.

- E como aconteceu isso, perguntou a mãe assustada.

Não foi fácil, respondeu a filha, mas três colegas minhas me ajudaram a segura-lo.


XXX


Uma menina estava observando a mãe a lavar os pratos na cozinha e percebendo que ela tinha vário cabelos brancos sobressaindo da vasta cabeleira escura, perguntou:

- Por que tens tantos cabelos brancos, mamã?

- Bem, quando fazes alguma coisa de ruim, me fazes chorar, me entristeces, um dos meus cabelos fica branco.

- Mamã:

- Por que é que então, todos os cabelos da avó estão brancos?...

XXX


Um menino de três anos foi com o pai ver uma ninhada de gatinhos que tinham acabado de nascer.

De volta a casa, excitado, contou à mãe que havia gatinhos e gatinhas.

- Como é que soubeste isso? – perguntou a mãe.

- O papá levantou-os e olhou para baixo, respondeu o filho, acho que estava lá a etiqueta.


XXX


Todas as crianças tinham ficado na fotografia e a professora estava a persuadi-las a que cada uma ficasse com uma cópia da fotografia do grupo.

- Já repararam como irá ser engraçado, daqui por uns anos, dizerem:

- Olha ali a Catarina, é uma grande médica, e o Luís Miguel é advogado… e uma voz lá de trás: “olha a professora, coitada, já morreu!

Currículum Vitae 

Pede-se experiência... A redacção que se segue foi escrita por um candidato numa selecção de Pessoal na Volkswagen. A pessoa foi aceite e o seu texto está a fazer furor na Internet, pela sua criatividade e sensibilidade.






TEXTO APRESENTADO 



Já fiz cócegas à minha irmã só para que deixasse de chorar, já me queimei a brincar com uma vela, já fiz um balão com a pastilha que se me colou na cara toda, já falei com o espelho, já fingi ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violinista, mago, caçador e trapezista; já me escondi atrás da cortina e deixei esquecidos os pés de fora.
Já roubei um beijo, confundi os sentimentos, tomei um caminho errado e ainda sigo caminhando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela onde se cozinhou o creme, já me cortei ao barbear-me muito apressado e chorei ao escutar determinada música no autocarro.
Já tentei esquecer algumas pessoas e descobri que são as mais difíceis de esquecer. Já subi às escondidas até ao terraço para agarrar estrelas, já subi a uma árvore para roubar fruta, já caí por uma escada. 

Já fiz juramentos eternos, escrevi no muro da escola e chorei sozinho na casa de banho por algo que me aconteceu; já fugi de minha casa para sempre e voltei no instante seguinte.
Já corri para não deixar alguém a chorar, já fiquei só no meio de mil pessoas, sentindo a falta de uma única.
Já vi o pôr-do-sol mudar do rosado ao alaranjado, já mergulhei na piscina e não quis sair mais, já tomei whisky até sentir os lábios dormentes, já olhei a cidade de cima e nem mesmo assim encontrei o meu lugar.
Já senti medo da escuridão, já tremi de nervos, já quase morri de amor e renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e senti medo de me levantar.
Já apostei a correr descalço pela rua, gritei de felicidade, roubei rosas num enorme jardim, já me apaixonei e pensei que era para sempre, mas era um 'para sempre' pela metade.
Já me deitei na relva até de madrugada e vi o sol substituir a lua; já chorei por ver amigos partir e depois descobri que chegaram outros novos e que a vida é um ir e vir permanente.
Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela lente da emoção e guardados nesse baú chamado coração...
Agora, um questionário pergunta-me, grita-me desde o papel: - Qual é a sua experiência?
Essa pergunta fez eco no meu cérebro.
Experiência.... Experiência... Será que cultivar sorrisos é experiência?
Agora... agradar-me-ia perguntar a quem redigiu o questionário: -
Experiência?! Quem a tem, se a cada momento tudo se renova ???'

Barco Negro de Amália Rodrigues 

Comovente para os portugueses da minha geração. Pior ainda se forem lisboetas como eu e tiverem crescido a ouvir a Amália...


           

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Depende de que lado está....

DEPENDE...





















A professora, na escola, pergunta ao Manuel:

- Manuel, quantos são dois e dois? 

- DEPENDE, professora, se os números estão na horizontal são 22 se estão na vertical são 4.

- Muito bem, o menino parece que é esperto!

- Diga lá agora; quem descobriu o Brasil?

- DEPENDE, se refere a 1500 foi Pedro Álvares Cabral, se refere a antes de 1500, foi o Índio que já lá estava.

- Ah!...muito inteligente, não é Manuel? Você se acha um super-dotado, certo?

- Então, diga-me, agora, quantos são os Mandamentos da Lei de Deus?

- Bom?... DEPENDE, professora!

- Como é que é DEPENDE?...

- DEPENDE, porque se é para homens são dez, mas se são para mulheres são nove.

- NOVE? Porquê, nove?

- Porque as mulheres não podem desejar a mulher do próximo!

Depende... sussurra a professora.

                       Eles são amigos e resolveram inverter os papéis


                   

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Bicho esperto...
Por favor, não 

abandonem
os animais...





















O dono de um gato queria livrar-se dele. Levou-o até a uma esquina distante e voltou para a casa. Quando regressou, o gato já lá estava.

Levou-o novamente, agora para mais longe.

No regresso, encontrou o gato em casa.

Fez isso mais umas três vezes, sempre cada vez para mais longe mas em todas elas quando chegava a casa o gato já lá estava.

Furioso, pensou: "Vou lixar este gato!"

Pôs-lhe uma venda nos olhos, amarrou-o, meteu-o num saco opaco e colocou-o na mala do carro.

Subiu à serra mais distante, entrou e saiu de diversas estradinhas, deu mil voltas... e acabou por soltar o gato no meio do mato.

Passadas umas horas ligou para casa pelo telemóvel...

- Tá, Maria, o gato já chegou?

- Sim, respondeu a mulher.

- Ainda bem, era o que eu pensava... passa-lhe o telemóvel e deixa-me falar com ele porque estou perdido.

          Bombeiros de Mafamude


           

Casa do Inferno...
A CASA


DO 


INFERNO

















Richard Dawkins entrevistou, perante as câmaras de televisão, o pastor Keenan Roberts do Colorado que o pôs ao corrente da existência de uma Casa do Inferno.

E o que é a Casa do Inferno?

É um lugar onde as crianças são levadas pelos pais ou pelas respectivas escolas cristãs para serem aterrorizadas com imagens do que lhes pode acontecer depois de morrerem.

Há actores que encenam quadros assustadores de certos pecados como o aborto e a homossexualidade, perante o regozijo de um diabo vestido de vermelho vivo.

Finalmente, a representação do próprio inferno ao qual não falta o característico cheiro a enxofre a arder e os gritos agonizantes dos que estão condenados por toda a eternidade.

No fim do ensaio em que o diabo esteve devidamente diabólico, Dawkins entrevistou o pastor Roberts na presença do seu elenco que referiu que a idade ideal de uma criança para uma visita à Casa do Inferno são os 12 anos.

Mas, perguntou Dawkins, não o preocupa o facto de uma criança de 12 anos ter pesadelos depois de ter visto uma representação destas?

Com honestidade, ele respondeu:


 - «O que me interessa é que eles compreendam que o inferno é um lugar para onde, decididamente, não hão-de querer ir. Antes quero transmitir-lhes essa mensagem aos 12 anos do que não transmitir e vê-los enveredar por uma via de pecado, sem nunca encontrarem o Senhor Jesus Cristo.

E se vierem a ter pesadelos por causa desta experiência, penso que terão alcançado e conseguido nas suas vidas um bem mais importante do que uns simples pesadelos.»… (esta gente não é má, e simplesmente diabólica...)


O versículo do Evangelho de São Marcos refere:

- «Se a tua mãe é para ti ocasião de pecado, corta-a; mais vale entrares mutilado na vida do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível, onde o verme não morre e o fogo não se apaga» (9:43-4)

Independentemente de como imaginam que o inferno seja de facto, todos estes entusiastas do fogo infernal, parecem partilhar daquele júbilo que alguns sentem com o mal dos outros, a complacência daqueles que se vêm entre os que serão salvos, ideia de resto, muito bem expressa por esse expoente máximo da Teologia, São Tomás de Aquino, na sua Summa Theologica :


- «Para que mais abundantemente possam desfrutar da sua beatitude e da graça do Senhor, é permitido aos santos ver o castigo dos condenados ao inferno» e Dawkins comenta: “ que homem simpático...” e eu acrescento… “sádico”.

O medo do fogo do inferno pode ser muito real, mesmo entre pessoas com um comportamento racional a outros níveis.

Após um seu documentário televisivo sobre religião, Dawkins recebeu muitas cartas, entre as quais, a de uma mulher visivelmente inteligente e sincera que dizia assim:

 - “Andei desde os 5 anos numa escola católica, onde as freiras, de correia, régua ou de vara em punho me inculcaram a doutrina.

Durante a adolescência li Darwin, e o que ele escreveu sobre a evolução fez imenso sentido para a parte lógica da minha mente. No entanto, ao longo da vida, tenho-me debatido interiormente com um grande conflito e com um intenso medo do fogo do inferno, que desperta em mim com muita frequência.

Fiz psicoterapia, que me permitiu resolver alguns dos meus problemas mais antigos mas não consigo ultrapassar este medo profundo».

Jill Mytton foi educada no medo do inferno, escapou ao cristianismo já adulta e hoje aconselha e ajuda outros traumatizados, como ela, na infância.

«Quando relembro a minha infância, vejo-a dominada pelo medo. E era o medo de reprovação no presente mas também da condenação eterna. Para uma criança, as imagens do fogo do inferno e de dentes a ranger são, efectivamente, muito reais. Não têm nada de metafórico.».

Dawkins pediu-lhe, então, que explicasse o que de facto lhe tinham dito sobre o inferno em criança e a resposta que ela deu foi rica e comovente como o seu rosto durante a longa hesitação que precedeu a resposta:


- «É estranho, não é? Depois deste tempo todo ainda consegue… afectar-me…quando…quando me é feita essa pergunta. O inferno é um lugar assustador. É sermos totalmente rejeitados por Deus. É um julgar total. Há fogo a sério, sofrimento a sério e dura para sempre, sem tréguas.»

Falou depois do grupo de apoio que agora orienta, destinado a pessoas que procuram fugir de uma infância semelhante à sua e insistiu na dificuldade que é, para muitos, sair:

 
- «O processo de saída é extremamente difícil. Ah, o que se deixa para trás é toda uma rede social, todo um sistema no qual, praticamente, se foi educado, deixa-se para trás um sistema de crenças que se interiorizou durante anos. Muitas vezes deixa-se a família e amigos…deixa-se de existir para eles»

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