sábado, maio 17, 2014

IMAGEM

Olhe bem... mais uma vez... é uma arara ou uma mulher?...



Foi Deus - Amália Rodrigues

Ouça este clássico de Amália e de caminho visite Lisboa...


Camada de Nervos - Entrevista de Emprego


Histórias

pequeninas


1- COMUNICAÇÃO MARIDO / MULHER


O Marido e a Mulher não se falavam há uns três dias... Entretanto, o homem lembra-se que no dia seguinte terá uma reunião muito cedo no escritório, e como precisava de se levantar cedo resolveu pedir a mulher para acorda-lo, mas para não dar o braço a torcer, em vez de falar, escreve num papel:

- "Acorde-me às 06 horas da manhã"


No outro dia, levanta-se e quando olha no relógio são 09:30 h. O homem tem um ataque e pensa:
- Filha da...! Estúpida! Não me acordou... Nisto olha para a mesa-de-cabeceira e repara num papel no qual está escrito:

- "... São seis horas, levanta-te!"

Conclusão: NÃO FIQUE SEM FALAR COM AS MULHERES, elas ganham sempre.



2 - CHEFE / EMPREGADO

Um dia o chefe chamou o seu empregado e disse-lhe:


- Aposto que você gostaria de me ver morto, só para ter o prazer de cuspir na minha sepultura!

- Não... de modo algum, detesto filas...

  

3 - O CHEQUE

A filha faz 18 anos e o pai está todo feliz por emitir o último cheque da pensão que paga à ex-mulher, pois pagava esta pensão há 17 anos. Pede para a filha que ela retorne para lhe contar como ficou a cara da mãe ao dizer-lhe que é o último cheque que ela verá da parte dele. A filha entrega o cheque à mãe e volta à casa do pai para lhe dar a resposta. Diga filha, qual foi a reacção dela?


Ela mandou lhe dizer que você não é o meu pai. 


4 - NA FARMÁCIA


Uma mulher entra numa farmácia e diz...

-Por favor, quero comprar arsénico.
O farmacêutico pergunta:
- Qual a finalidade?
- Matar o meu marido.
- Mas, não posso vender isso para esse fim!
A mulher abre a mala e tira uma fotografia do marido  na cama com a mulher do farmacêutico...
- Ah, não sabia que a senhora tinha receita!

Talento e Imaginação







Helmut Kolt, Ex-Chanceler alemão
Helmut

 Kolt












Helmut Kolt sabe do que fala. Ele tem, com os seus 84 anos, uma experiência histórica vivida de duas Grandes Guerras Mundiais no seu país, na europa e no mundo que em 31 anos, entre 1914 e 1945, provocaram o maior cataclismo humano já acontecido em toda a vida da humanidade.

Como político e alemão, essas guerras estão-lhe especialmente gravadas. Hoje, retirado desde 2002, ele que foi um dos grandes líderes da Europa, ex-chanceler da Alemanha, grande responsável pela unificação do seu país, sabe bem o que diz quando afirma que a questão verdadeiramente importante na Europa é a paz. Foi este o grande problema que a União Política Europeia pretendeu acautelar.

Bem vivas na sua memória estão, com certeza, as ruínas de uma europa destruída, de sobreviventes deambulando por entre os destroços de edifícios do que tinham sido cidades povoadas de pessoas vivendo normalmente as suas vidas, e estas memórias pesam necessariamente quando ele afirma que a paz é a principal questão da Europa.

A crise actual com os sacrifícios que implicam ao nível dos jovens e dos desempregados, especialmente destes, são uma tentação para os políticos populistas tentarem arrebatar os descontentes com propostas nacionalistas, racistas, contra a moeda única, contra a livre circulação dos trabalhadores, contra a solidariedade entre os povos europeus e talvez algum desses políticos nestas próximas eleições ainda pregue um susto à Europa.

É verdade, que essas queixas existem, são reais e deixam hoje os meus compatriotas num grande estado de desânimo, tristeza, medrosos pelo futuro, descorçoados com os seus políticos sem carisma, por vezes sem senso, sem credibilidade, sem currículum, que lhes mentem consecutivamente mas, mesmo assim... ainda é da Europa que eles esperam alguma coisa.

Na Alemanha, o partido da Alternativa, o único que defende a dissolução ordenada da moeda única europeia, não conseguiu mais de 5% dos votos.

Podemos dizer que os alemães impõem o euro, no fundo é o seu antigo marco e não admira pois que o defendam mas todos os restantes países europeus, - vamos ver a França com a Srª Le Pen - esmagadoramente preferem manter-se nele, talvez por medo do regresso às suas antigas moedas mas, principalmente, por uma questão lógica: o euro. é “duro”, "forte", “castiga-nos" nas importações, mas também nos "defende" nas exportações e dá-nos prestígio como cidadãos por esse mundo fora.

Por isso, também entre nós, a percentagem dos que querem sair do euro não passará de uns 10% e muitos destes referem-se a saídas negociadas que ninguém sabe bem o que seria e como seria.

Quebre-se esta União Política na Europa e rapidamente os países estarão à “bofetada” uns aos outros... A solução nunca poderá ser essa.

Democraticamente eleitos os representantes dos países que compõem este importante espaço político têm que melhorar o seu funcionamento, as suas estruturas, as suas políticas comuns, aprofundá-las, a União Fiscal e Bancária, etc... e o resto com tempo e trabalho aparecerá.


Os países europeus esperam mais da sua União Política...

Sou português, esta é a minha terra, pela qual, por políticas erradas de um velho ditador de ceroulas, ia morrendo lá nas guerras em África, e é aqui que viverei o resto dos meus dias mas, se tivesse que partir, seria para um outro país da minha Europa...

Vá às urnas e vote para o Parlamento Europeu.

Que prazer, comandante...
OS VELHOS

MARINHEIROS

Episódio Nº 82










Na sala de estar começavam a organizar-se mesas de póker. O comandante passeou o olhar pelas cadeiras, mas só viu, de conhecido, o senador. Foi andando para onde ele estava.

- Oh! Bom dia, Comandante. Então como vamos de viagem? Já tem o horário de chegada em Recife?

- Amanheceremos no porto, se Deus quiser. E sairemos às cinco da tarde.

- Tempo bastante para almoçar com o Governador, discutir com ele uns problemas políticos. Ele me ouve muito, aliás todos os governadores do Nordeste acatam minha opinião e pedem-me conselhos. É que sabem da consideração que me tem Dr. Washington.

- É uma honra para mim, tê-lo a bordo, senador - sentava-se o comandante na cadeira vazia ao lado do parlamentar. - Uma honra e um prazer.

- Obrigado. Quem fica em Recife é o Othon ...

- Quem?

- O deputado que estava à sua esquerda. Rapaz de talento mas completamente avoado. Metido nesse desatino da Aliança Liberal. Ele e outros arrastaram a Paraíba para essa loucura, um Estado pequeno, que depende da Presidência da República para tudo, imagine.

 E, como sabe que a eleição está perdida, fica a inventar golpes e revoluções.

- Confesso ter ficado um pouco assustado ontem com aquela ideia de conspiradores a bordo...

- Um rapaz de futuro que está se estragando. Também bebe muito e não pode ver rabo-de-saia. Já de manhãzinha estava às voltas com as artistas por aí...

- Que artistas?

- Embarcaram no Rio. Uma companhia mambembe que vai dar espetáculos no Recife. Conjunto pequeno, quatro mulheres e quatro homens. As mulheres não estavam ontem na sala de jantar. Por isso o senhor não notou - apontava com o lábio: - Lá estão elas com Othon.

Veja se aquilo é maneira de um deputado federal se comportar... No deboche com mulheres de teatro... Na vista de todo mundo.

O comandante olhou: três moças, duas delas vestidas com calças compridas, numa ousadia quase escandalosa para o tempo, a terceira, num vestido leve e vaporoso, riam em torno ao deputado.

- E a quarta?

- É uma velha, faz papéis de criada... Deve estar por aí fazendo crochet... Passa o dia de agulha na mão.

Tinham sido vistos por Othon. O deputado acenava-lhes com a mão, aproximava-se acompanhado das artistas.

- Venham conhecer o nosso novo Comandante.

O senador cumprimentava com a cabeça, sem levantar-se da cadeira. Não gostava de ser visto em público em gracejos com gente de teatro. Vasco pôs-se de pé, curvou-se para apertar as mãos das moças.

- Que prazer, Comandante... - sorria a morena de seios fartos, ao lado de Othon.

- Me diga uma coisa, seu Comandante: esse bicho ainda vai jogar como ontem? Nunca passei tão mal em minha vida. Essa é minha primeira viagem por mar... - falava uma franzina e loira, de olhos grandes.

sexta-feira, maio 16, 2014

Oiça com atenção esta conversa muito interessante e curiosa sobre o livro de Caim de José Saramago




Demos as voltas que dermos, ouçamos as discussões que ouvirmos, sejam com quem for, ou entre quem for, o resultado é sempre o mesmo: acredita-se em Deus apenas pela necessidade de acreditar, uma necessidade inscrita de há muito no nosso cérebro. Todos aqueles que deixaram de sentir essa necessidade, que eu interpreto como uma espécie de libertação, mostram estranheza, não compreendem porque os crentes acreditam e estes, por sua vez, interrogam-se como é possível haver pessoas que não acreditam...

O acreditar, como questão de fé, esteve ligado à nossa própria sobrevivência. No nosso cérebro há um espaço só para ele. Hoje, as verdades dogmáticas, são cada vez menos aceites, as pessoas querem perceber, entender e tudo quanto está ligado a Deus não se entende e ele próprio,  Deus,conceito vago, difuso, como que fica "pendurado" dentro da nossa "cabeça". Afinal, para quê? A ciência explicou quase tudo sobre a vida e os cientistas não param de pesquisar... até que chegamos ao "princípio" aonde o padre Carreira das Neves diz: "eu vejo, eu sinto lá Deus!" e Saramago pergunta: "Qual Deus?..."

A Bíblia? - É uma criação metafórica escrita ao longo dos tempos para nos dar conta das tensões sociais, políticas e religiosas da época. José Saramago lê o que lá está. Carreira das Neves que estudou a fundo os contextos culturais, sociais, religiosos e políticos do longo período histórico em que ela foi escrita,  consegue ler o que eles quiseram  dizer mas que não está lá escrito. Por isso, ele apela para as "notas de roda pé", para os preâmbulos, para os muitos livros que se escreveram sobre a Bíblia para comprovar que esses milhares e milhares de livros escritos, bibliotecas completas, só existem porque não é possível, sobre a Bíblia, fazer uma leitura literal à José Saramago.


Pedra Filosofal

Poema de António Gedeão


Concílio de Nicéia (Ano 325)
DIÁLOGO FICCIONAL
sobre o celibato
dos padres.








(Entrevista da jornalista Raquel a Jesus de Nazaré numa sua segunda vinda à terra. Ao fim e ao cabo, quem melhor que o próprio Jesus da Nazaré para nos esclarecer sobre esta assunto?...)

RAQUEL -  Emissoras Latinas em Jerusalém, cidade onde se cruzam culturas e religiões e onde uma vez mais nos cruzamos com Jesus Cristo nestas jornadas históricas de sua segunda vinda à Terra.


Bom dia, Jesus Cristo.

JESUS -  Que seja bom, Raquel.

RAQUEL -  Na nossa entrevista anterior falamos dos sacerdotes. Já é hora de abordar um tema especialmente polémico: o celibato, a proibição que eles têm de se casar e formar uma família.

JESUS -  Já vejo com o que você vem, Raquel. Vai me fazer também responsável por esta lei?


RAQUEL -  E o senhor não tem nada a ver com isso?

JESUS -  Nada. Eu não impus esse jugo a ninguém. Como eu ia fazer isso se em nosso movimento todos os homens tinham sua mulher? Felipe, Natanael, Pedro, Mateus… todos.

RAQUEL -  Mas a Bíblia proíbe que os sacerdotes se casem.

JESUS -  A Bíblia? O que Deus disse é que não é bom que o homem fique só. Inclusive Paulo, que era bastante severo, me dizem que recomendou que os bispos tivessem suas mulheres. Uma só, isso sim. Ele dizia, e com razão, que se não podiam administrar bem a sua casa, muito menos a comunidade.

RAQUEL -  Então, quando começou esta lei do celibato?

JESUS Quem pode saber? Consulte os seus amigos.

RAQUEL -  Espere um momento… Vou ligar para… Está ouvindo bem?... Estamos aqui em Jerusalém, na linha com Iván Vargas, especialista neste tema… Ivan, queremos saber quando se estabeleceu o celibato dos sacerdotes.

IVÁN -  O dado é curioso. Foi no Concílio de Nicéia, ano 325, quando se decidiu que os padres não poderiam ser casados.


RAQUEL -  Por que você disse que o dado é curioso?

IVÁN -  Porque uns anos antes desse Concílio, o imperador romano Constantino tinha presenteado os bispos e sacerdotes com muitas terras e muito dinheiro.

RAQUEL -  E o que isso tem a ver com os padres se casarem?

IVÁN -  Tem muito a ver. Imagine que um bispo tinha cem hectares de terra e um dinheirinho economizado. Se esse bispo é casado, quando morrer, quem ficará com a terra e as economias?

RAQUEL -  A esposa e os filhos, naturalmente.

IVÁN - Mas se ele não está casado, é a Igreja quem fica com tudo. A Igreja não se preocupava se os bispos e os padres tivessem mulheres, que tivessem filhos... Contanto que...

RAQUEL -  Contanto quê?

IVÁN -  Que não os reconhecessem. O proibido era isso, reconhecê-los. Porque as concubinas e os filhos ilegítimos não tinham nenhum direito, não podiam herdar.

RAQUEL -  E essa foi a razão da lei do celibato?

IVÁN -  Elementar, Raquel. Tinha que se proteger o património proibindo o matrimónio.


RAQUEL -  Parece incrível...

IVÁN -  Assim foi como a Igreja acumulou e acumulou propriedades…verdadeiros latifúndios. Uns séculos depois, era a maior latifundiária de toda Europa. Os papas, os bispos e os padres continuavam a ter mulheres e filhos mas não os reconheciam, deixavam-nos ilegítimos. Assim não herdavam nada.

JESUS -  E me fazem responsável por tudo isso!

IVÁN -  O mais engraçado é que o Papa Paulo III, que teve “uns tantos” filhos ilegítimos, foi quem impôs definitivamente o celibato para todos os sacerdotes no Concílio de Trento.

JESUS -  Hipócritas. Colocam cargas pesadas sobre os ombros dos outros, mas eles não querem movê-las nem com um dedo.

RAQUEL -  Obrigado, Iván. Depois de tudo o que escutamos, Jesus Cristo… O senhor seria a favor do celibato opcional, aprova que os sacerdotes se casem?

JESUS -  Com certeza. Que cada um decida. Que cada um eleja seu caminho. O Reino de Deus é luta e requer esforço. Mas também é festa. E a carga tem que ser ligeira e o jugo suave.

RAQUEL -  Lei do celibato. Celibato obrigatório. O que as igrejas acham de tudo isto? E, sobretudo, o que opinam as mulheres e os filhos não reconhecidos?



Nota

Neste diálogo ficcional, ressalta como importante, a intervenção de Ivan Vargas, um estudioso e especialista destes assuntos, que esclarece a origem histórica desta proibição do casamento aos padres católicos.

O que é estranho, é que em 2014, a decisão do Concílio de Niceia no Ano de 325, se mantenha, revelando o conservadorismo e imobilismo da Igreja de Roma... e não se pense que o Papa Francisco vai alterar seja o que for no que a este assunto diz respeito ou a abertura do sacerdócio às mulheres...



Um gajo pequenino entra num elevador e depara-se com um gajo enorme lá dentro.

O gajo grandalhão olha para o pequenino e decide apresentar-se:

- 2,05 metros de altura, 152 quilos, pénis de 30 cm, testículo esquerdo de 1,2 quilos, testículo direito de 1,2 quilos... Victor Costa.

O gajo pequenino desmaia.

O gajo grande pega no pequenino, reanima-o com umas bofetadas.

- Que se passa? Tem algum problema?!

O tipo pequenino pergunta:

- Desculpe, mas o que é que você disse?

O gajo grandalhão repete tudo novamente.

- 2,05 metros de altura, 152 quilos, pénis de 30 cm, testículo esquerdo de 1,2 quilos, testículo direito de 1,2 quilos... Victor Costa.

O gajo pequenino suspira de alívio...

- Ah! Victor Costa?! Graças a Deus! Eu percebi que tinha dito:" Vira-te de Costa


Entre eles. passava , com a sua impecável farda branca...
OS VELHOS
MARINHEIROS

Episódio Nº 81












Convalescentes de operações e tratamentos difíceis, tendo ido buscar na metrópole as condições hospitalares inexistentes em seus Estados, a ciência e os cuidados dos médicos de fama nacional e preço alto.

Solteironas na esperança de um noivo surgido das ondas; padres em férias; frades destinados à catequese nas selvas; literatos federais no rumo das praças do Norte, sonetos e conferências nas malas; funcionários do Banco do Brasil transferidos, curiosos sobre as cidades, onde irão servir.

Jogadores profissionais de poker, a mudar de navio a cada viagem, de um Ita para um Ara, de um Ara para um Lloyd Brasileiro, a arrancar o dinheiro dos fazendeiros de cacau, de algodão, de babaçu, de criadores de gado e de usineiros, de regresso da primeira e inesquecível visita ao Pão-de-Açúcar, ao Corcovado, a Copacabana e Botafogo, ao Assírio, cabaré no subsolo do Teatro Municipal, ao Mangue.

Caixeiros-viajantes das grandes firmas com o seu repertório de anedotas. E a inspiradora presença das prostitutas, relegadas em geral à 2ª classe, os olhos voltados também para os fazendeiros e comerciantes, aparecendo pela madrugada nos tombadilhos e cobertas de 1ª-

Era um desses Itas nos quais desceram do Norte e do Nordeste os políticos e administradores, os poetas e os romancistas, os “cabeças-chatas” impávidos e pobres, de peito aberto e indómita resistência às cruezas da vida, feitos de vivacidade, de imaginação e força de vontade, dotados do dom da improvisação e do poder de criação, nascidos nas terras áridas, batidas pela seca, ou nas barrancas dos rios gigantescos de cheias colossais, os paraenses e baianos, os pernambucanos e cearenses, alagoanos, maranhenses, sergipanos, piauienses, os papa-jerimuns do Rio Grande do Norte. Aqueles que viraram música popular na voz do poeta e cantor das graças da Bahia, junto com todos os Itas:

“Peguei um Ita no Norte,
Prá vim pró Rio “morá”
Adeus meu pai, minha mãe,
Adeus Belém do Pará”.

Os que regressavam agora, sob o comando e aos cuidados de Vasco, eram os mesmos embarcados há muitos anos, noutro Ita qualquer, em demanda do Sul, da fortuna, do sucesso, do poder ou apenas da possibilidade de ganhar a vida.

Entre eles passava, com sua impecável farda branca, o Comandante Vasco Moscoso de Aragão.

Estivera antes na ponte de comando, onde o primeiro-piloto lhe informara encontrar-se tudo em ordem, sem novidades, transcorria a viagem normalmente, chegariam a Recife na manhã seguinte e partiriam, se ele estivesse de acordo, às 17 horas.

- Já disse não desejar fazer nenhuma alteração nem meter-me a dar ordens onde tudo está em boas mãos. Vou dar uma volta por aí.

- Muito bem, Comandante. Sua presença vai alegrar os passageiros, eles adoram conversar com o Comandante, fazer perguntas sobre a viagem.

Ia distribuindo amáveis “bons dias” e sorrisos. Acariciou a cabeça de uma criança a correr no convés. Acendera o cachimbo: se o mar se conservasse assim, seria essa viagem o prémio de sua vida.

Em espreguiçadeiras descansavam várias pessoas. Rapazes e moças, em ruidosa animação, disputavam partidas de malha, pingue-pongue e golfe de convés

quinta-feira, maio 15, 2014

A música a unir o mundo...




Um sujeito trabalhava há anos numa fábrica de conservas.Um dia, confessou à mulher que estava possuído por um terrível desejo: a vontade incontrolável de meter o pénis na cortadora de pickles.

Espantada, a mulher sugeriu que ele procurasse um psicólogo, e o marido prometeu que iria  pensar no assunto.


O tempo foi passando, até que um certo dia, ele chegou a casa cabisbaixo, profundamente abatido:

- "O que aconteceu amor?"
- "Lembras-te do meu desejo de enfiar o pénis na cortadora de pickles?"
- "Oh não!" - gritou a mulher.
-" Fizeste isso?!?"- "Sim fiz!"
- "Meu Deus, e depois?"
- "Fui despedido..."-
- "Mas, e...e.... e... a cortadora de pickles ...?"
- "Aahh, a Manuela?! Também foi despedida!"

Talento e Imaginação




Ricardo Araújo Pereira- Mixórdia de Temáticas e o seu genial humor.

Os ultra-boys do Arrifana...

Fachada da Biblioteca de Ephesos bem conservada...
A Cidade

de 

Ephesos













Será que o nosso cérebro consegue guardar experiências vividas pelos nossos antepassados mesmo de tempos remotos?

Haverá algum recanto no cérebro, que se revela como a mais intrincada, complexa e misteriosa máquina da natureza, que funcione como uma espécie de arquivo morto de sensações e experiências que marcaram as vidas de muitas gerações que nos antecederam e que por isso deixaram marcas que não desapareceram completamente?

É sabido já que através da comparação dos registos do ADN se pode saber hoje que duas pessoas de raças diferentes tiveram um progenitor comum muitos milhares de anos atrás o que significa que, em termos biológicos, o passado mais remoto se liga ao presente através de um fio condutor inserido no ADN das pessoas.

E a pergunta que faço é se comportamentos de vida, importantes em termos de sobrevivência, repetidos durante muitas e muitas gerações que nos precederam não poderão ter deixado alguma marca num local recôndito do nosso cérebro.

Tive uma experiência interessante há muitos anos atrás quando, em silêncio, de pé, sobre o capôt de um jeep, olhava à minha volta, a perder de vista, a savana africana…apenas capim, árvores esparsas e uma ligeira brisa que perpassava por entre elas.

De repente, apoderou-se de mim uma sensação de pânico, mais que simples medo: estava só, perdido dos meus companheiros de percurso, indefeso, à mercê das feras.

Não sei quantos segundos terá durado aquela estranha sensação, apenas um lapso de tempo, por certo, mas com um forte impacto que me levou rapidamente a saltar para o chão e a reconfortar-me com o som delicioso do motor do jeep que rapidamente pus a trabalhar e me reconduziu ao presente numa autêntica fuga àquele passado longínquo.

Quantos antepassados meus, naquele cenário onde tudo começou para a humanidade e onde pouco ou nada deverá ter mudado até àquele momento, não teriam vivido o drama de uma morte violenta nas garras e dentes de uma fera que bem poderia ser o tigre dentes de sabre, nosso habitual carrasco, especialmente quando nos apanhava afastados do grupo a que pertencíamos por laços de parentesco?

E por que não, momentos terríveis de pânico, infelizmente vulgares para eles, vividos ao longo de tantas gerações por tantos antepassados nossos poderem ser recordados por um seu descendente numa situação de especial e rara inspiração no cenário adequado?

Lembrei-me, novamente, desta minha estranha experiência com mais de 40 anos quando, há dias, tive oportunidade de visitar no sul da Turquia as ruínas da cidade de Epheso.

Epheso foi a primeira cidade da Ásia Menor nos tempos antigos, ainda anteriores a Cristo e a 4ª do Império Romano em dimensão e importância, meio milhão de habitantes e pode ser considerada o berço da nossa “nacionalidade” talvez mais que qualquer outro local.

Ocupada pelos Gregos desde 1200 AC até 1923, dali irradiou a religião de Cristo e o pensamento científico, ali viveram as primeiras comunidades secretas de cristãos e em 400 DC teve lugar o 3º Concílio ecuménico.

Dispunha, ao tempo, da 3ª maior biblioteca do mundo com 12000 livros, depois da de Alexandria e Pérgamo, e a fachada principal de dois andares e 16 colunas repartidas pelo piso térreo e 1º andar ainda lá estão para as podermos admirar.

O seu teatro para 25000 pessoas permanece e é utilizado para espectáculos musicais e juntamente com o de Epidauros, na Grécia, é dos mais bem conservados.

S. João viveu, morreu e escreveu aqui o seu Evangelho, S. Paulo visitou a cidade 3 vezes e esteve aqui preso e o grande filósofo Heraclito, que pertencia a uma das famílias mais importantes da cidade, foi o autor da célebre frase de que “ não se entra duas vezes no mesmo rio porque tudo se move excepto o próprio movimento e numa segunda vez as águas do rio já não são as mesmas e nós próprios também não”, como hoje sabemos pela constante renovação das células do corpo humano.

Acerca dele, conta Diógenes, que retirado do templo de Artémia divertia-se a jogar com as crianças quando, chamado à atenção pelos efésios lhes perguntou:

-“ De que vos admirais, perversos? Que é melhor: fazer isto ou administrar a República convosco?”

Tales, um dos sete sábios da Grécia Antiga, era de Mileto, cidade próxima de Epheso, a sul e com ela constituíram dois berços do pensamento filosófico.

Tales era, igualmente, para alem de filósofo, o primeiro que se conhece no Ocidente, fundador da Escola Jónica, matemático e astrónomo tendo sido a primeira pessoa que mediu o tempo com precisão utilizando um relógio solar denominado “gnômon”e previu, também pela primeira vez, um eclipse solar no ano de 585 AC e que ocorreu, na realidade, em 28 de Maio desse ano e surpreendeu o Faraó do Egipto calculando a altura da pirâmide de Kuéope a partir da sombra projectada por uma vara espetada no chão.

Tales era mais velho que Heraclito que nasceu em 540 AC e ainda era menino quando o primeiro faleceu o que permitiu que o seu pensamento sobre o dinamismo das coisas fosse retomado e problematizado por este último.

Como se diria hoje, quase tudo o que foi gente importante daquela época, imperadores, sábios, filósofos, apóstolos, políticos, viveu ou passou por Epheso e a marca que lá deixaram é a marca que nós hoje ainda transportamos na nossa sociedade, a própria ideia da democracia é de Heráclito, no nosso pensamento de carácter científico e nas nossas convicções religiosas relacionadas com o Cristianismo.

Mas a importância desta cidade e as imagens magníficas das suas ruínas podem facilmente ser observadas na Internet e nos livros mas para nos sentirmos, através de um pequeno exercício de imaginação, a passear ao fim da tarde, ao lado destas célebres figuras, vestindo como elas as túnicas da época acompanhados da família e dos escravos, é preciso ir lá e pisar as lajes hoje polidas e desgastadas da avenida por onde eles passavam.

Mais uma sensação estranha mas esta agradável de reencontro com o passado, um passado recente na história da humanidade, importante e decisivo para aquilo que hoje somos do ponto de vista cultural, político e religioso.
  

Debroçou-se na amurada, saíam-lhe a honra e a vida em golfadas...
OS VELHOS

MARINHEIROS

Episódio Nº 80






               





O vento jogou-lhe nariz adentro a pesteada fumaça do charuto, uma onda mais forte balançou o navio. Vasco apressou-se para a cabine, o médico descia a escada, felizmente.

Porque não houve tempo de alcançar a almejada porta. Debruçou-se mesmo na amurada, saíam-lhe a honra e a vida em golfadas, tinha a impressão de haver chegado sua derradeira hora, sentia-se sujo, humilhado, reduzido a um trapo. Olhou a medo: ninguém nas proximidades. Foi andando para a cabine, trancou-se por dentro, jogou-se no beliche sem forças para tirar a roupa.



Do Ita navegando ao sol, capítulo quase folclórico, a ler-se com o acompanhamento musical de “Peguei um Ita no Norte”, de Dorival Caymmi



Amanheceu um sol de 2 de Julho de tão brilhante e cálido, o céu despejado, o mar como um lençol de aço reluzente cortado pelo orgulhoso Ita de altaneira proa.

 Quando o comandante saiu do banho e encontrou o café da manhã servido na cabine, o moço de bordo muito solícito a sorrir-lhe, novamente estava de crista erguida e sorvia o ar marinho como nos tempos de suas travessias nas rotas da Ásia e da Austrália.

 Vestiu a farda branca, trauteando a melodia daquela canção da bailarina Soraia, uma que falava em mar e marinheiros.

Espalhava-se pelas salas, tombadilhos e corredores a característica população daqueles Itas que durante tantos e tantos anos subiram e desceram a costa brasileira, de Porto Alegre a Belém do Pará quando os aviões ainda não cruzavam os céus aproximando as distâncias, encurtando o tempo e retirando às viagens toda a sua poesia e o seu encanto.

Quando o tempo era mais lento e menos desperdiçado, menos gasto na sofreguidão inútil de chegar quanto antes, numa avidez de viver tão depressa que transforma a vida numa pobre aventura sem cor e sem sabor, uma corrida, um atropelamento, um cansaço.

Existiam três tipos de Ita, os grandes, os médios, os pequenos, com certas diferenças de conforto e rapidez, mas eram uns e outros igualmente alegres, limpos, agradáveis.

A viagem, um prazer: estabeleciam-se relações, faziam-se amigos, iniciavam-se namoros e noivados, não existia melhor lua-de-mel para os recém-casados, eram de festa os dias de bordo.

Os Itas grandes só escalavam nas capitais importantes e, indo do Rio para o Norte, arribavam nos portos de Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Belém.

 Os médios incluíam Vitória, Maceió, São Luís, em seu itinerário. Os pequenos alargavam a viagem, parando também em Ilhéus, Aracaju, Cabedelo, Parnaíba, desembarcando e recebendo passageiros.

 Era um dos maiores, aquele agora entregue ao comando do Capitão de Longo Curso Vasco Moscoso de Aragão.

Nele movimentava-se a irrequieta e álacre humanidade habitual dos Itas: políticos em visita às suas bases eleitorais ou voltando de rápida viagem ao Rio.

Os políticos iam e vinham naquele ano da campanha presidencial, num trânsito intenso de esperanças e ambições.

Comerciantes e industriais, regressando com a família, do passeio à Capital da República, excursão de prazer e de negócios. Moças e senhoras de volta de uns tempos passados em casas de parentes, no Rio ou em São Paulo; caravanas de estudantes retornando da clássica viagem ao Sul nos meados do ano de formatura, a recordar, entre gargalhadas, detalhes das farras, dos cabarés, dos passeios, das mulheres e, por vezes, das paisagens vistas.

quarta-feira, maio 14, 2014

IMAGEM

Não precisa que o guiem. O burro, melhor que ninguém, sabe o caminho de casa.



A LENDA DO FIAT 127! 













Certo dia, estava eu na estrada com o meu FIAT 127, e como era de esperar, a lata velha avariou.

Então, encostei a relíquia na berma e fiquei à espera que passasse alguém.Apareceu um Porsche Boxter bi-turbo, a 170km/h.


Nisso, o tipo do Porsche faz marcha-atrás e volta até ao FIAT e oferece-se para rebocar a porcaria do FIAT.

Eu aceitei a ajuda, mas pedi para não acelerar muito senão a lata velha desmantelava-se como (óbvio). Combinámos que piscaria o farol sempre que o Porsche estivesse a acelerar demais.

Então, o Porsche começou a rebocar o carro e sempre que passava dos 60km/h, eu fazia sinal com o farol (no singular) porque, para variar, um deles tinha um curto-circuito e não funcionava.


E o tipo do Porsche ia puxando a 'batedeira' a 60 km/h no máximo, morrendo de tédio...

Então aparece um Mitsubishi 3000 GT, que "pica" o Porsche e este não não vai de modas e arranca! 120, 130, 150, 190, 210, 240 Km/h...

Eu já estava desesperado, a piscar o farol que nem um louco, e os dois alinhados...

Os tipos passam por uma patrulha da polícia, mas nem vêem o radar, que regista uns impressionantes 240 km/h! Daí, o polícia avisa pelo rádio a próxima patrulha:

 - Atenção, atenção, um Porsche vermelho e um Mitsubishi preto a disputar uma corrida a mais de 240 km/h na estrada, e ... juro pela minha santa mãezinha... um FIAT 127 colado à traseira deles a dar sinal de luz para ultrapassar! 


Nota - Foi assim que nasceu a lenda do Fiat 127 mas, lendas à parte, acreditem que anda muito. Tive um, já velhinho, comprado em 2ª mão que andava que se desunhava...

Este casal discute ao som da 5ª Sinfonia de Beethoven

Ele é Sdney Caesar e ela Nanette Febray e estamos nos anos 50. No tempo dos meus avós os desentendimentos domésticos tinham formas artísticas de se expressarem. Disfrutem...

Descuplem a qualidade da imagem mas o tempo não perdoa...


CAMADA DE NERVOS - MEDITAÇÃO


Património Mundial da Humanidade
CIDADES

SUBTERRÂNEAS

DA CAPADÓCIA



Local de culto histórico na Turquia
Património Mundial da Humanidade


Havia dois locais da Europa que eu desejava profundamente visitar:

- As ruínas de Pompeia e as Cidades Subterrâneas da Capadócia.

É verdade que hoje, pela Internet, podemos facilmente conhecer e obter informações dos mais variados, distantes e exóticos locais do mundo mas nada substitui o que apreendemos e sentimos através dos próprios sentidos, com a nossa presença, ouvindo das pessoas habilitadas desses lugares o que têm para bos dizer.

Tinha-me acontecido na visita a Pompeia e voltou a acontecer agora na Capadócia. Estes lugares são mágicos, assistiram ao surgimento da nossa cultura, pessoas que conhecemos da história antiga e da religião pisaram aquelas pedras e quase que é possível, fechando os olhos, num esforço de imaginação, vê-los passeando nas suas vestes de então, acompanhados dos seus familiares e escravos (como acontece nas ruínas da cidade Efeso) quais fantasmas trazidos até nós numa cápsula do tempo.

São locais que nos “esmagam”, berços da cultura, terra das nossas raízes. A nossa vida não começou quando nascemos, a herança que recebemos foi aquela que eles criaram, eles são os nossos verdadeiros avós. Nós, apenas mais um elo da corrente de gerações que foram acrescentando mais"coisas" e nos trouxe até aos dias de hoje.

A geologia marca a história da vida dos povos. No caso concreto das Cidades Subterrâneas da Capadócia, foram os vulcões que terminaram a sua actividade há cinco milhões de anos que despejaram naquela zona central da Anatólia mais de cem metros de altura de cinzas seguidas de lava, o basalto.

Este, pressionando com o seu peso as cinzas que ficaram por baixo, tufo, neste caso vulcânico, transformou-as em rochas facilmente perfuráveis que, naturalmente, foram desde sempre aproveitadas pelos homens que viveram naquelas paragens para escavarem aí cavernas, abrigos, primeiro para se defenderem dos animais selvagens e em simultâneo de vizinhos hostis.

O surpreendente é que esses abrigos se tenham transformado em autênticas cidades onde viviam milhares de pessoas - a que me foi mostrada  e visitei, albergaria três mil pessoas - onde nada faltava, com um grau de segurança total pois as pedras em forma de mó que fechavam as entradas eram inexpugnáveis e a agua era obtida através de poços, cavados nessas cavernas, e que chegavam aos lençóis freáticos subjacentes.

Os visitantes esgueiram-se por aqueles estreitos corredores lutando contra a claustrofobia... mas vale a pena. É um local único no mundo!

Alguns turistas, principalmente os oriundos da europa central com os seus enormes corpanzis, não conseguem passar - ficam cá fora a conversar.

Descemos os vários pisos até trinta metros de profundidade (outras cidades maiores vão até oitenta metros) e passamos por compartimentos, menores ou maiores, para mim seriam todos muito pequeninos, onde toda a vida se processava:

- Vi as pedras de moer cereal, prensas onde esmagavam as uvas para vinho, lojas de alimentos, cozinhas com sistemas de dispersão de fumos para que não fossem notadas do exterior, estábulos, igrejas, poços de ventilação que permitiam que todos os níveis da cidade fossem igualmente arejados e dotados com uma temperatura a rondar os 13 graus, independentemente da que faria no exterior, numa obra de engenharia que deixa de boca aberta os nossos técnicos de hoje.

A maior destas cidades albergaria 100.000 habitantes e estava ligada por um túnel com oito quilómetros a outra cidade.

Atendendo à dimensão, profundidade e complexidade destas cidades os especialistas consideram que a sua construção terá demorado milénios e o início reportar-se-ia a povos primitivos – há cerca de 9.000 anos e abandonadas no séc. VIII - que as foram deixando (é uma forma dizer) para que as gerações seguintes as aumentassem em dimensão e complexidade.

As portas de entrada eram várias – foram descobertas mais de seiscentas - e esculpidas numa roda em pedra mais dura o que faz pressupor que havia uma preocupação defensiva nessas cidades.

Declarada como Património Mundial da Humanidade, as Cidades Subterrâneas da Capadócia constituem a mais engenhosa obra de engenharia dos povos antigos atingindo completamente, durante milénios, os seus objectivos de servirem para a defesa contra o frio, animais selvagens ou povos inimigos.

Ter tido a oportunidade de visitá-los constituiu para mim um grande privilégio.

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