sábado, outubro 12, 2013

A Vida Selvagem na Minha cidade de Lisboa - Vídeo Internacional
(utilize todo o ecrã)


"As janelas do


meu quarto"


Tenho quarenta janelas,
nas paredes do meu quarto,
sem vidros nem bambinelas,
posso ver através delas,
o mundo em que me reparto.

Por uma entra a luz do sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas,
que andam no céu a rolar.

Por esta entra a Via Láctea,
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.

Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza,
que inunda de canto a canto.

Pela quadrada entra a esperança,
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.

Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala,
à semelhança das ondas.

Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa.

E o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio,
a que se chama poesia.

E a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade.

E o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro,
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo.

Todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra,
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
que vos pudesse rasgar,
com tanta janela aberta,
falta-me a luz e o ar.

ANTÓNIO GEDEÃO

IMAGEM

O Bairro da Bica - Uma das relíquias da velha cidade


MILAGRES


Os "milagres" têm constituído ao longo dos tempos um forte argumento do poder de Deus e factor de atracção de fiéis, candidatos pela sua crença, aos milagres do Todo o Poderoso

Dizia Jesus que “a fé move montanhas” mas o que Jesus não sabia é que a fé movia uma substância chamada “endorfinas”, descobertas em 1975, e que funcionam como morfina natural que acalma a dor e faz sentir melhoras. Uma descarga de “endorfinas” pode fazer com que um doente se levante, recobre a vista, se cure. O Dr. Nicanor Arriola, ortopedista muito conhecido em Iquiros, Perú, relata a seguinte experiência:

- "Um dia um ancião, em cadeira de rodas, entrou no meu copnsultório com a sua família. Examinei-lhe os músculos e concluí que não tinha nada, sofria de uma "parelesia histérica". Então, recordando o que fazia Jesus, levantei-me, pus-me diante dele e com uma voz de autoridade e ternura disse-lhe: levanta-te e anda! e o ancião pôs-se de pé e cambaleante, caminhou até mim. A família considerou um milagre."

O nosso corpo é a melhor farmácia que temos, reage às doenças e produz as substâncias curativas que necessitamos. O milagre somos nós próprios que os fazemos.

WHITNEY HOUSTON - I HAVE NOTHING   ( 1963/2012 )
Foi reconhecida em todo o mundo por ter uma das vozes mais lindas de todos os tempos, "além de uma grande habilidade vocálica que inclui uma imensa potência, melismas e vibratos sendo considerada uma voz única".

Em toda a sua carreira recebeu mais de 400 Prémios sendo a cantora mais premiada da história não igualada até aos dias de hoje, certificado pelo Livro Guiness dos Recordes. Em 24 anos de carreira vendeu 190 milhões de discos .


Em 1912, o famoso ginecologista

austríaco Dr. Hermann Otto Kloepneckler,

publicou o seguinte artigo:
- O melhor motor que existe no mundo é a vagina: começa a trabalhar movido com apenas um dedo, é auto-lubrificante, admite um piston de qualquer tamanho e faz mudança automática de óleo a cada quatro semanas. É pena que o seu sistema de ignição seja tão temperamental.

O Amor Conjugal é Muito Lindo!!!



Júlio está no motel com a amante, curtindo o pós-coito, quando ela resolve interromper o silêncio:
- Júlio, por que você não corta essa barba?

- Ah... se dependesse só de mim... Você sabe que minha mulher seria capaz de me matar se eu aparecesse sem barba... ela me ama assim !
- Ora, querido - insiste a amante - Faça isso por mim, por favor...

- Não sei não, querida.... sabe, minha mulher me ama muito, não tenho coragem de decepcioná-la...
- Mas você sabe que eu também te amo muito... pense no caso, por favor...
O sujeito continua dizendo que não dá, até que não resiste às súplicas da amante e resolve atender ao pedido.
Depois do trabalho ele passa no barbeiro, em seguida vai a um jantar de negócios e quando chega em casa a esposa já está dormindo.
Assim que ele se deita, sente a mão da esposa afagando o seu rosto lisinho e com a sua voz sonolenta diz:

- Ricardo!!! Seu merda, f.. da p..., você ainda está aqui? Vai embora... O barbudinho já está pra chegar !!!

Aprendendo com Doutor Ti Martins

JUBIABÁ

Episódio Nº 135

O urso ainda é feliz porque bebe, todas as noites em que trabalha, uma garrafa de cerveja. Luigi já pensou em substituir cerveja por água. Encheria a garrafa… Tapeou os espectadores mas não enganou o urso que se recusou a beber.

O número fora um fracasso. António Balduíno gozou quando Rosenda lhe contou esta história. Ela demora a se vestir. Rosenda Rosedá, que nome esquisito… Ela se chama mesmo Rosenda. O Rosedá é que foi invenção do Luigi.

Mulata despachada aquela, muito capaz de ir às fuças de qualquer um. Falava difícil, contava casos dos morros do Rio, morro da Favela, morro do Salgueiro, descrevia as festas de clubes de lá, o “Ameno Jasmineiro”, as “Caprichosas de Estopa”, o “Lírio do Amor”.

Tinha um jeito elegante de enrolar as ancas quando caminhava, coisa mesmo de carioca. A verdade é que António Balduíno gosta da negra. Ela é cheia de besteiras, de vaidades, se furtando sempre na hora em que António Balduíno pensa que a tem nas mãos, mas ele está gostando dela um pedaço.

Será que ela acaba de se vestir? Por que fechou a luz e abre a cortina que serve de porta? Apareceu na claridade da lua.

 - Tava lhe esperando…

 - A mim? Gentes, quem houvera de dizer…

Saíram passeando. Ele contando as suas aventuras por este mundão afora, ela escutando atenta. Ele se entusiasma quando conta a fuga através do mato, o cerco furado, os homens espantados de ele aparecer com uma navalha na mão.

Ela se encosta nele. Os seus seios estão tocando no braço do negro.

Noite bonita – diz ele.

- Quanta estrela…

- Negro valente quando morre vai ser estrela no céu…

 - Eu ainda quero dançar num teatro grande de verdade… como os do Rio…

 - Pra quê?

 - Gosto de dançar. Quando eu era menina juntava os retratos de artistas de teatro. Papai era português e tinha uma venda.

O cabelo de Rosenda Rosedá era espichado a ferro. Fica liso parecendo cabelo de branca. Fica mais liso até.

 - Eta, negra cheia de bobagem… - pensa António Balduíno. Mas como sente os seus seios no braço, diz que ela, dançando, é mesmo cutuba.

 - Você não viu? O pessoal parecia maluco… Era só palma…

Ela se encosta mais. Ele convence:

 - Eu gosto de um maxixe bem dançado…

 - Eu quis entrar pró teatro. Um homem que morava perto lá de casa conhecia o porteiro do teatro Recreio. Mas papai não deixou. Ele queria me casar com um caixeiro que ele tinha, um maroto fedorento.

 - Mas você não se amarrou?

 - Eu sou lá besta! Eu não gostava mesmo dele, não ta vendo? Um portuga…

Ficou como quem queria dizer qualquer coisa. António Balduíno perguntou:

 - O que é?


 - Depois veio Emanuel. Papai dizia que era um vagabundo, sem eira nem beira.

sexta-feira, outubro 11, 2013

IMAGEM

Na realidade, um monte de detritos... e veja o que eles projectam na parede... brilhante!



Receita da avó...

O médico, que havia tratado a Dona Berta em quase toda a sua vida, aposentou-se e foi substituído por outro colega.
Na consulta seguinte, o novo médico pediu à Dona Berta a lista dos medicamentos que lhe haviam sido receitados.

Quando o jovem médico viu a lista, ficou atónito!!!


- Dona Berta, sabe que estas pílulas são.... são...anticoncepcionais???

- Sim, doutor, elas ajudam-me a dormir.

- Dona Berta, eu afirmo peremptoriamente que não há absolutamente nada nestas pílulas que faça uma pessoa dormir!

A velhinha deu um sorriso, e disse:

- Sim, eu sei.. mas a mim, faz !

Todas as manhãs dissolvo uma no sumo de laranja da minha neta, que tem 16 anos e, assim, durmo em paz ... ... todas as noites...

Ainda o Papa Bento XVI

O Papa Bento XVI resignou,  coisa nunca vista de há 600 anos a esta parte e está agora retirado, em reclusão, tendo alegado não ter condições de saúde para continuar.Ao peso dos anos e da doença somou-se o peso dos "pecados" da Igreja da qual foi o responsável máximo mesmo antes de ser Papa, na qualidade de perfeito da Congregação da Doutrina da Fé.
Em Maio de 2007, na Conferência de Bispos Latino - Americanos e do Caribe, em Aparecida, no Brasil em Maio de 2007, referindo-se ao processo de cristianização da América não teve uma palavra crítica relativamente a esse sangrento processo histórico.

Eis algumas das passagens desse discurso que expressava a visão oficial e insensível da Igreja Católica e que mais polémica e rejeição provocaram:

-“Que significou a aceitação da fé cristã para os povos da América Latina e do Caribe? Para eles significou conhecer e acolher Cristo, o Deus desconhecido que os seus antepassados, sem o saberem, buscavam nas suas ricas tradições religiosas. Cristo era o Salvador que ansiavam silenciosamente. O Espírito Santo veio fecundar as suas culturas, purificando-as e desenvolvendo os numerosos germens e sementes que o Verbo encarnado havia posto nelas, orientando-as assim pelos caminhos dos Evangelhos. O anúncio de Jesus e do seu Evangelho não supôs, em nenhum momento, a alienação das culturas pré-colombianas, nem foi uma imposição de uma cultura estranha…”


Nem uma palavra para com Um dos Genocídios mais Horrorosos da História.

Como reacção de repúdio a este discurso, dois dias depois, a Confederação dos Povos de Nacionalidade Kichwa do Equador, fez passar este texto.

Eis uma passagem desse texto:

- “Se analisarmos com uma elementar sensibilidade humana, sem fanatismos de nenhuma espécie, a história da invasão a Abya Yala (nome dado ao Continente Americano) realizado pelos espanhóis com a cumplicidade da igreja católica, só nos podemos indignar.

Seguramente que o Papa desconhece que os representantes da igreja católica desse tempo, com honrosas excepções, foram cúmplices, encobridores e beneficiários de um dos genocídios mais horrorosos que a humanidade podia presenciar.

Mais de 70 milhões de mortos em campos de concentração de minas (a actividade de mineração foi a mais importante da América Espanhola). Nações e povos inteiros foram arrasados e para substituir os mortos trouxeram povos do continente africano que sofreram a mesma desgraçada sorte.

Usurparam as riquezas dos nossos territórios para salvar economicamente o sistema feudal. As mulheres foram cobardemente violadas e milhares de crianças morreram por desnutrição e doenças desconhecidas. Tudo isto foi feito debaixo do pressuposto filosófico e teológico que os nossos antepassados “não tinham alma”.

Junto dos assassinos dos nossos heróicos dirigentes estava sempre um sacerdote ou um bispo para doutrinar o condenado ou condenada à morte, baptizando-os antes de morrer, renunciando, assim, às suas concepções filosóficas e teológicas…

Não é concebível que em pleno Séc. XXI se acredite na Europa que só pode ser concebido como Deus um ser definido com tal na Europa. O Papa devia saber que antes de chegarem aos nossos territórios os sacerdotes católicos com a Bíblia, nos nossos povos já existia deus e a sua Palavra é aquela que sempre sustentou a vida dos nossos povos e a da Mãe Terra. A palavra de Deus não pode estar contida num só livro e muito menos se pode acreditar que uma religião possa privatizar um Deus.

Os nossos povos originários eram civilizações que tinham governos e organizações sociais estruturadas de acordo com os nossos princípios. Naturalmente, também tínhamos religiões com livros sagrados, ritos, sacerdotes e sacerdotisas que foram os primeiros a serem assassinados pelos que se afirmavam ser servidores do Deus do Amor de que falava Jesus Cristo mas não passaram de servidores do “deus da codícia”.

É importante comunicar ao Papa que as nossas religiões jamais morreram. Aprendemos a sincretizar nossas crenças e símbolos com as dos invasores e opressores. Continuamos assistindo nos nossos templos porque sabemos que debaixo dos principais templos católicos estão os cimentos dos nossos templos sagrados que foram destruídos no pressuposto de que as novas construções sepultariam as nossas crenças.


Mas não é assim, já que os nossos templos foram edificados em lugares onde se concentram grandes Forças que reflectem a Força, Sabedoria e Amor do Grande Espírito Pai e Mãe de todos os seres que habitam neste maravilhoso planeta”.Que dizer mais?

Notável este texto pela sabedoria e humildade inteligente em resposta à sobranceria das palavras do pontífice.

TABU - EU OUVI O PASSARINHO

No Metro


No Metro, um anão escorregou pelo banco e um outro passageiro, solidário, recolocou-o em posição.

Pouco depois, o anão voltou a escorregar e o mesmo passageiro voltou a colocá-lo no assento.

Como a situação se repetiu várias vezes, o referido passageiro irritou-se e protestou:


- "Bolas! Eu não me importo de o ajudar, mas será que você não consegue sentar-se em condições?"

O anão respondeu:

-Meu amigo, há mais de cinco estações que estou a tentar sair... mas o senhor não me deixa!

JUBIABÁ

Episódio nº 134

A cidade pequena, menor ainda que a Feira de Sant’Ana, lugar de professora de primeira classe é difícil de conseguir. Mas casa nesses lugares é barata. Teria um jardinzinho na frente onde ela cultivaria flores, cravos que eram a sua paixão, e onde haveria um banco para ler os seus velhos romances de capas amarelas.

A escola funcionaria na própria casa. Elvira ensinaria as crianças e ela ajudaria a filha nos trabalhos domésticos. Faria a comida, arrumaria a casa, botaria flores, cravos vermelhos, na mesa da professora.

Seria uma avó para as crianças que aprenderiam com Elvira as primeiras letras. Conheceria toda a gente da cidade. Ninguém saberia que ela fora artista de circo, cantora nos teatros vagabundos de variedades, marafona nos dias maus.

Os cabelos brancos lhe haviam de dar um ar maternal de senhora boa e pobre. Seria uma velhice feliz. Faria rendas – ainda se recordará? – para os vestidos das garotinhas mais novas.

Seria amada por todos e especialmente por Elvira. Quando a velhice baixasse completamente sobre ela, Elvira a deitaria no colo e alisaria a sua cabeça como ela fazia com as crianças.

A casa teria um jardim na frente com cravos vermelhos. Mas para isso tudo era preciso ser forte, passar por má, por estraga-prazeres.

E rubra de pudor, mostrou a carta da directora do colégio, desvendou o seu segredo. Luigi ficou comovido, botou as mãos nos seus ombros e prometeu:

 - Eu lhe garanto Fifi, que depois da representação eu lhe pago. Nem que tenha de ficar sem comida para o leão.

O público assobiava, vaiava os mata-cachorros, consultava relógios.

A pantomina começou. Tinha uma hora que António Balduíno beijava Rosenda Rosedá. O negro não sabia o seu papel direito, nunca dera para decorar as coisas, mas da hora do beijo se recordava perfeitamente.

Sorria, piscava o olho para Rosenda que aparentava não dar pela coisa. Mas quando chegou a hora, o negro estampou um beijo na cara da dançarina e disse-lhe ao ouvido:

 - Na boca é que é gostoso…

A pantomina fez muito sucesso.


Giusepe deve estar na sua barraca a rever aquele álbum de fotografias. Robert fora para o cabaré local arranjar uma mulher de graça com seu cabelo alisado.

Fifi escrevia uma carta à directora do colégio pedindo desculpas pelo atraso do pagamento e enviando o dinheiro dos dois meses.

À luz da vela que aparecia na barraca distante António Balduíno via Luigi fazendo contas.

Coitado, andava atrapalhado com aquele circo. Por mais sucesso que fizesse, as coisas estavam já estavam tão encravadas que não havia santo que salvasse.

Porque será que Rosenda demora tanto para mudar a roupa? Ele a espera na porta do circo, a tabuleta de luzes apagadas bem por cima da sua cabeça.

O leão urra. Deve ser fome. Ele anda magro, só tem ossos. 

quinta-feira, outubro 10, 2013

IMAGEM
Rua iluminada


IMAGEM

Uma rua na cidade de Lagos, a mais linda e histórica cidade do Algarve.



O BRASIL EXPLICADO

EM GALINHAS


Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

D - Delegado - Ladrão


D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que
comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!

L - Não era para mim não. Era para vender.

D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

L - Mas eu vendia mais caro.

D - Mais caro?

L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.

D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.

L - Os ovos das minhas eu pintava.

D - Que grande pilantra.. (Mas já havia um certo respeito no tom do delegado).

D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega..

L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio.

D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?

L - Especulo com dólar.. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:

D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

L - Às vezes. Sabe como é.

D - Não sei não, excelência. Me explique.

L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.

D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...

Luis Fernando Veríssimo.

RAPIDINHAS 

Provinciano

Um provinciano chega a um prostíbulo e pergunta:

- Quanto custa uma menina?

- Depende do tempo.

- Bom..., suponhamos que chove.

No Departamento de Imigração- Sexo?

- Três vezes por semana.

- Não... eu quero dizer masculino ou feminino?

- Não importa.

Alfândega 

Joaquim chega ao aeroporto todo carregado de malas. Quando já ia a embarcar, viu o seu amigo brasileiro, que era fiscal da alfândega e lhe gritou de longe:

- E aí, Joaquim? Tudo jóia?

- Tudo não! Metade é cocaína.

FRANCISCO JOSÉ -  GUITARRA TOCA BAIXINHO 
(1924/1988)

Iniciou sua carreira no liceu no qual estudava quando se apresentou no Teatro Garcia de Resende e se profissionalizou aos 24 anos de idade, sendo obrigado a interromper o curso de Engenharia quando estava no terceiro ano.
Teve seus maiores sucessos na balada romântica Olhos Castanhos, lançada em 1951, e Guitarra Toca Baixinho, em 1973.
Quando começou a cantar, já finalista do curso, foi inscrito num programa da rádio que existia na altura, de Igrejas Caeiro, por colegas de curso.
Foi professor Universitário, cargo que tinha na altura da sua morte. Era irmão do geólogo Professor Doutor Galopim de Carvalho.
Fixou-se definitivamente no Brasil mas regularmente regressa a Portugal onde, em 1964, é protagonista de um "incidente diplomático" ao revelar em directo num programa de variedades, que os artistas portugueses eram mal pagos pelas suas participações, enquanto as vedetas internacionais recebiam pequenas fortunas. Não voltará  a actuar em Portugal até 1980.
Em 1973, apresentará o seu maior êxito de sempre entre nós com Guitarra Toca Baixinho. Na década de 80 regressará definitivamente a Portugal falecendo em 1988.
Voz romântica por excelência, do melhor que tivemos.

Talentos

A televisão portuguesa está a passar um programa de um Concurso de Talentos na América, que tenho acompanhado, em que um dos concorrentes, um senhor de meia idade e usando uma bóina, que entrou no goto de um dos jurados, talvez por ser uma cobertura de cabeça dos homens demasiado europeia, apresenta imagens desenhadas em areia tal como ela explorando temas da paz e de amor pela natureza.
Se tivesse que escolher votaria em Seniya Simonova que obteve o 1º lugar num show de talentos da Ucrânia com toda a justiça por esta perfomance. Com seus desenhos na areia fez a plateia chorar e comoveu o júri.
 A sequência de imagens, realizada pela jovem artista de 24 anos, descreve personagens e acontecimentos que estão ainda na memória de todos os Ucranianos e que se passaram durante a 2ª G.G. Mundial, quando o exército nazi, sob as ordens do marechal Goering, nº dois de Hitler, assassinou bàrbaramente cerca de 1/4 da população.
Para isso, só precisou de areia espalhada sobre uma superfície de vidro iluminada. As imagens foram projectadas numa tela para os espectadores poderem ver. A sua actuação foi à luz de velas e acompanhada de música e terminou quando ela escreveu a frase:
- "Vocês estão sempre junto de nós"...não admira que tenha comovido a plateia e o juri!

Sabe o que é a Meia Idade?


- É a altura da vida em que o trabalho já não dá prazer...
...e o prazer, começa a dar trabalho!

JUBIABÁ

Episódio Nº 133


Robert era um dos sargentos, António Balduíno o outro. O grande equilibrista ficava elegantíssimo na sua farda de sargento francês. Porém a de António Balduíno ficava pequena, que fora feita para o engolidor de espadas que trabalhara no circo anos atrás.

Apertava o negro todo e o sabre ficava ridículo de tão pequeno. Mas se fosse isso só, tudo estaria bem. O pior é que Fifi queria receber os seus salários atrasados antes de começar a segunda parte, na qual seria representada a célebre pantomina «Os cinco Sargentos».

Luigi ainda não fizera as contas das despesas forçadas do Circo e não queria pagar, a não ser no dia seguinte, Fifi não ia nisso:

 - Ou paga agora ou não entro em cena…

Ela fazia o papel do terceiro sargento e ficava bela de roupa de homem. Vermelha de raiva, esticava o dedo, ameaçando. E fardada de sargento, berrando, gritando, acabou fazendo Luigi ter um ataque de riso.

 - A farda tomou conta de você… Você está pensando mesmo que é sargento.

 - Não deboche, ouviu?

Giusepe veio bêbedo lá de dentro falando em arte, em palmas e chorou. Luigi pediu a Fifi que esperasse, que ele ia fazer contas e pagaria esta noite mesmo. Que não demorasse a continuação do espectáculo. Ouvisse: o público, lá dentro, já reclamava, batia os pés, impaciente.

Luigi puxava os raros cabelos, num quase desespero. Rosenda Rosedá se comoveu.

 - Deixe de ser desmancha-prazeres, mulher. O espectáculo hoje correu tão bem…

Fifi sabia disso, sabia. E não gostava de ser estraga-prazeres tão pouco. Sim… o espectáculo correra bem, foram muitos os aplausos, havia muita gente na plateia. Todos estavam satisfeitos e ela também. Mas junto do seu seio estava a carta da directora do colégio.

E ela devia ser forte, devia resistir, devia brigar. Fazia dois meses que não pagava o colégio da filha. Se não pagasse dentro de dez dias, a directora mandaria a menina de volta para junto dela.

E ela não queria a sua filha no circo. Isso não. Devia ser forte, tinha que ser forte. Mas não pode espiar para os olhos de Luigi que roga.

Luigi sempre fora bom para ela, a ajudara mesmo. Mas se ela não exigisse, após o espectáculo, deixaria para o outro dia, no outro dia apareceriam as despesas forçadas e a menina viria se bater ali, e adeus todos os seus planos, todos os seus sonhos acalentados durante estes longos quatro anos em que pagara com tanto sacrifício o colégio de Elvira.

Quando a filha nasceu ela acabara de ler Elvira, a morta virgem. Agora nem dinheiro para comprar romances ela tinha. Mandava tudo para a directora do colégio e assim mesmo mal dava.


Já estava no fim. Se ela não fosse forte, se não resistisse, cairiam todos os seus castelos, alimentados à custa de tanto sacrifício.

quarta-feira, outubro 09, 2013

IMAGEM

Alguma coisa nesta imagem não bate certo. O que será?...



POESIA MATEMÁTICA


Quem 60 ao teu lado e 70 por ti,
vai certamente rezar 1/3
para arranjar 1/2

de te levar para 1/4
e ter a coragem de te dizer:
20 comer!!!

Isto...matematicamente falando.

ELVIS PRESLEY ALWAYS ON MY MIND

NO PSICÓLOGO


Marido e mulher vão ao psicólogo, após 20 anos de matrimónio. Quando são questionados sobre o problema, a mulher faz uma lista longa e detalhada de todos os problemas que teve durante os 20 anos de matrimónio: ... pouca atenção, falta de intimidade, vazio, solidão, não se sentir amada, não se sentir desejada... A lista é interminável.

Quando ela termina de ler a lista, o terapeuta levanta-se, aproxima-se da mulher, pede a ela que pare, dá-lhe um abraço e beija-a apaixonadamente enquanto o marido os observa, desconfiado... A mulher fica muda e senta-se na cadeira, meio aturdida...

O terapeuta dirige-se ao marido e diz-lhe: "Isto é o que sua esposa necessita pelo menos 3 vezes por semana. Pode fazê-lo?"

O marido medita um instante e responde: "Bem, posso trazê-la aqui às segundas e quartas... Mas às sextas tenho futebol".

Irena
Sendler


Uma senhora de 98 anos chamada Irena, falecida em 2 de Maio de 2008, conseguiu, durante a 2ª Guerra Mundial, uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.

Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus (sendo alemã!)

Irena trazia meninos escondidos no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira, na parte de trás da sua camioneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da camioneta, um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto.

Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças. Por fim os nazis apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas e os braços e prenderam-na brutalmente.

Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma arvore no seu jardim.

Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a familia. A maioria tinha sido levada para aa camaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adoptivos.
No ano passado foi proposta para receber o Prémio Nobel da Paz... mas não foi seleccionada. quem o recebeu foi Al Gore por uns diapositivos sobre o Aquecimento Global

Não permitamos que alguma vez, esta Senhora seja esquecida!!



Nota -  Aqui estou a recordá-la novamente aproveitando a oportunidade para expressar o meu protesto contra o critério da escolha do premiado do prémio Nobel da Paz. Preterir Irene Sendler a favor de Al Gore foi como que partir as pernas à sua memória como os nazis tinham feito às do seu corpo.

Esperemos que a selecção do candidato deste ano seja um pouco mais justa...


Um mendigo aproxima-se de uma 

loira cheia de sacos de compras da 

Louis Vuitton, e diz-lhe:


- Madame, eu estou sem comer há 4 dias.

E a madame:

- Oh Meu Deus! Como eu gostaria de ter a sua força 

de vontade!

JUBIABÁ

Episódio Nº 132


Fez as apresentações.

 - Baldo, o gigante negro, campeão mundial de boxe, luta – livre e capoeira, o desafiante.

Perguntou alguma coisa ao camponês:

 - Totonho da Rosinha, que aceitou o desafio.

António Balduíno veio apertar a mão ao adversário. Mas este pensou que já era o começo da luta e quis se atracar com o negro. Luigi deu explicações e a coisa correu bem. Ficaram ambos em cima do colchão olhando um para o outro.

Rosenda Rosedá olhava lá de trás o negro António Balduíno. Não havia cinco contos, não havia nem salário, mas havia o corpo quente de Rosenda, a incomparável.

E Balduíno se sentiu feliz. Se conseguisse ser chefe da Enterpe estaria completamente feliz. O empregado do comércio contou:

 - Um… dois… três…

O camponês veio em cima de Balduíno que ficou correndo em volta do colchão. A multidão vaiou o negro, Rosenda fez um muxôxo para todo o mundo. Mas de repente Baldo se virou e acertou um murro no rosto de Totonho.

Foi mesmo que nada. O camponês nem pareceu sentir. Veio a trás do negro novamente e levou uma rasteira. “Aqui só capoeira” pensou Balduíno. Se jogou em cima do camponês caído e soqueou a sua cara.

Mas Totonho prendeu as pernas nas costas de Balduíno e o virou. Ficou por cima. Mas foi quando António Balduíno viu que o adversário era canja. Ele não sabia sequer soquear. Era só força bruta.

Quando se levantaram o negro acertou  vários socos no camponês que não se sabia livrar. Correram assim em volta do colchão até que Totonho pegou António Balduíno pela cintura, suspendeu-o no ar e soltou o negro no chão com toda a força.

O negro se estatelou. Levantou com raiva. Até ali ele estava brincando, mas agora ficara com raiva. Derrubou o camponês com um golpe de capoeira, pegou-lhe o braço e torceu rudemente.

O adversário estava preso nas suas pernas e Baldo torcia-lhe o braço. A multidão aplaudia. O camponês soltou um berro, desistiu da luta e dos cinco contos. Saiu entre vaias, pegando no braço que parecia quebrado.

António Balduíno cumprimentou e se retirou debaixo de palmas.

- O negro é bom mesmo…

Lá dentro perguntou a Rosenda:

- Gostou?

Ela estava com os olhos húmidos de entusiasmo.

Um mata-cachorro veio com uma tabuleta onde se lia.

INTERVALO



Os homens saíram e foram beber caldo de cana. A banda executou dobrados e marchas.

Site Meter