sábado, junho 24, 2017

Resultado de imagem para fé religiosaComo estamos de Fé 


Religiosa?











“A fé em Deus vai morrer em, pelo menos, nove países – diz um estudo de investigadores americanos. Analisadas as respostas sobre crenças aos Censos dos últimos cem anos, e usando um modelo matemático de dinâmica não linear, a equipa concluiu que a fé organizada se está a extinguir na Austrália, na Áustria, no Canadá, Finlândia, Holanda, Nova Zelândia, República Checa, Suiça e até a Irlanda. Destes nove países, o “menos crente” é a República Checa, onde 60% da população diz que não tem qualquer inclinação religiosa”. 

De acordo com o Censos de 2011, o numero de pessoas sem religião em Portugal praticamente duplicou, de 340.000 para 615.000. 

Uma pergunta final: - Para que lado se inclinará o futuro da humanidade? 

 - Para esta nova realidade de checos, australianos, finlandeses, austríacos, etc… que não têm qualquer inclinação religiosa ou para os milhões de islamitas que continuam a seguir rigorosamente as normas do Corão?

O que se passa neste momento com os fundamentalistas do Islão e o seu "Estado Islâmico", parece dar razão para os que alertam para o risco do pensamento religioso, e eu sou um deles. Desde sempre a religião funcionou como uma arma virada contra a própria humanidade, separando-a, fomentando o ódio e a morte muito em especial as religiões monoteístas.  

Mas o homem nasceu crente, foi assim, acreditando, que ele evoluiu e sobreviveu ao longo de centenas de milhar de anos sem duvidar do que lhe diziam os pais e os mais velhos da tribo, depois passaram para os deuses e finalmente para um Deus.

Embora a razão esteja a fazer progressos sobre o pensamento religioso, como as estatísticas mostram, ele só irá desaparecer com a própria humanidade... mais cedo ou mais tarde, o homem o dirá, mas sempre em ruptura e em guerra uns com os outros por via das religiões.
Falar verdade a mentir...
A Verdade

e    a

Mentira 









Pedro Almodôvar, esse talentoso cineasta espanhol, quando tinha nove anos, no início dos anos 60, mudou-se com a família da aldeia da Mancha, onde nasceu, para uma outra na Estremadura, onde a maioria dos habitantes eram analfabetos, o que foi identificado como uma oportunidade de negócio pela mãe, que logo montou, em sociedade com o filho, um comércio de leitura e escrita de cartas.

Como tinha uma caligrafia muito bonita, ele escrevia as cartas, enquanto a mãe se encarregava da leitura. Cedo, Pedro começou a reparar que a mãe romanceava o que estava escrito nas cartas, e um dia não se conteve e perguntou-lhe:

- Por que lhe disseste que ela sente saudades da avó e se lembra muitas vezes dela a lavar a roupa numa bacia cheia de água à porta de casa, se na carta nem sequer fala na avó?

Ao que a mãe o calou com uma resposta desarmante:

- Mas viste como a avó ficou contente?!!!

“A realidade precisa da ficção para ser mais completa, mais agradável, mais vivida” escrevia o cineasta no dia a seguir ao da morte da mãe.

Um sábio de outro século, de outra arte e de outra geografia, Fiodor Dostoievski tinha chegado à mesma conclusão quando nos avisou:

- “Para tornar a realidade mais verosímil precisamos necessariamente de adicionar a mentira” 

Mulher é assim mesmo. 
Não entende as necessidades do homem.


Amor já volto .
Reza a história que um casal de recem casados, com apenas 2 semanas de
casamento, o marido que apesar de feliz, já estava com uma vontade reprimida de sair com a malta para fazer a festa. Assim ele diz à sua queridinha:
- 'Môr já volto!
- Onde vais meu docinho? (com expressão de recém casados)
- Ao barzinho, beber uma geladinha.
A mulher põe a mão na cintura e responde-lhe:
- Queres uma cervejinha, meu amor???
E nesse momento abre a porta do frigorífico mostra-lhe 25 marcas diferentes
de cervejas de 12 paises: alemãs, holandesas, japonesas,americanas,

 mexicanas, etc.

O marido sem saber mais o que fazer, responde-lhe:
- Meu docinho de coco... mas no bar... sabes...o copo é gelado.
O marido não tinha acabado de falar, quando a esposa interrompe a sua
conversa e diz:
- Queres um copo gelado, 'mor?Nesse momento a esposa tira do congelador um copo bem gelado, branco,branco, que até tremia de frio. Então o marido responde:

-Mas meu céu, no bar tenho aqueles salgadinhos óptimos...Já volto ok?
- Queres salgadinhos meu amor???
A mulher abre o forno e tira 15 pratos de diferentes salgadinhos: bolinhos de bacalhau, rissois, pipocas, amendoins, pasteis de carne,empadinhas...
- Mas minha bonequinha... lá no bar... sabes... as piadas, os palavrões,tudo
aquilo...
- Queres palavrões meu amor?

  - ENTÃO VAI PRO CARALHO, MAS DAQUI TU NÃO SAIS, MEU 

FILHO DA PUTA!!!

sexta-feira, junho 23, 2017

         Joe Dassin - A Toi

Foi um "crime" termos ficado prematuramente privados desta voz.


            

             John Foster - Amore scusami

Nos primeiros anos da década de 60 a música popular italiana rivalizava em doçura com a brasileira.



               

Não tem que errar. Para encontrar o Sol basta seguir a linha do comboio....








Histórias de Crianças



















Uma menina estava conversando com a professora que lhe disse que era fisicamente impossível a uma baleia engolir um ser humano porque apesar de ser um animal muito grande, a sua garganta era muito pequena. Mas a menina afirmou que Jonas tinha sido engolido por uma baleia.

Irritada, a professora repetiu que uma baleia não podia engolir um ser humano porque era fisicamente impossível.

A menina então, disse:

- Quando eu morrer e for para o céu, vou perguntar a Jonas.

- Então, a professora disse:

- E se o Jonas tiver ido para o inferno?

- Então é a senhora que vai perguntar.


XXX


Uma professora, na creche, observava as crianças da sua turma desenhando. Ocasionalmente, passava pela sala para ver os trabalhos de cada criança. Quando chegou junto de uma menina que trabalhava intensamente perguntou-lhe o que desenhava.

- A menina respondeu:

- Estou a desenhar Deus.

- A professora parou e disse:

- Mas ninguém sabe como é Deus.

Sem levantar os olhos do desenho a menina respondeu:

- Vão ficar a saber dentro de um minuto.


XXX



Uma honesta menina de sete anos admitiu calmamente a seus pais que o Luís Miguel lhe havia dado um beijo depois da aula.

- E como aconteceu isso, perguntou a mãe assustada.

Não foi fácil, respondeu a filha, mas três colegas minhas me ajudaram a segura-lo.


XXX


Uma menina estava observando a mãe a lavar os pratos na cozinha e percebendo que ela tinha vário cabelos brancos sobressaindo da vasta cabeleira escura, perguntou:

- Por que tens tantos cabelos brancos, mamã?

- Bem, quando fazes alguma coisa de ruim, me fazes chorar, me entristeces, um dos meus cabelos fica branco.

- Mamã:

- Por que é que então, todos os cabelos da avó estão brancos?...

XXX


Um menino de três anos foi com o pai ver uma ninhada de gatinhos que tinham acabado de nascer.

De volta a casa, excitado, contou à mãe que havia gatinhos e gatinhas.

- Como é que soubeste isso? – perguntou a mãe.

- O papá levantou-os e olhou para baixo, respondeu o filho, acho que estava lá a etiqueta.


XXX


Todas as crianças tinham ficado na fotografia e a professora estava a persuadi-las a que cada uma ficasse com uma cópia da fotografia do grupo.

- Já repararam como irá ser engraçado, daqui por uns anos, dizerem:

- Olha ali a Catarina, é uma grande médica, e o Luís Miguel é advogado… e uma voz lá de trás: “olha a professora, coitada, já morreu!

quinta-feira, junho 22, 2017

IMAGEM

A religião que tem vergonha das suas mulheres...


ORGASMO FEMENINO


O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco, e os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reacção endócrina, que se dá sem expelir nada, não se apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado. Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas, centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto.
A acompanhar este tema, deu no outro dia uma entrevista na TV com uma conhecida sexóloga, que apresentou uma pesquisa feita nos Estados Unidos na qual se mediu a descarga eléctrica emitida pela periquita no instante do orgasmo.Os resultados mostram que, na hora H, a pardaleca dispara uma carga de 250.000 micro volts. Ou seja, 5 passarinhas juntas, ligadas em série na hora do ‘ai meu Deus’, são suficientes para acender uma lâmpada. E uma dúzia é capaz de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo. Já há até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que é só ter o orgasmo e, tchan…carregar.
Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é uma rata: é uma torradeira eléctrica!!! E se der curto-circuito na hora de ‘virar os olhos’ além de cego, fica-se com a doença de Parkinson e com a salsicha assada. Preservativo agora é pouco: tem de se mandar encamisar na Michelin. E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado. É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se pergunte à parceira se ela é de 110 ou de 220 volts, não se vá esturricar a alheira…

O Sábio Distraído

O sábio distraído vai à rua comprar cigarros e

deixa um papel na porta: “Saí por instantes. Volto já.”
Regressa, sobe a escada, lê o papel, senta-se no patamar e diz:

- Bem, espero um pouco. Oxalá que não demore…
 

quarta-feira, junho 21, 2017


A IMPORTANTE 

INFLUÊNCIA

DO MEIO SOCIAL











Dois homens discutem por causa de um jogo de bilhar ou porque um insulta a namorada de outro e a animosidade vai subindo até chegar ao assassínio, muitas vezes à vista de quem está perto.

A este tipo de homicídio os criminologistas costumam chamar de “altercação trivial” mas, será?

Para mim foi fácil casar e ter filhos. Tudo o que tive de fazer foi ir para a Universidade e depois garantir um bom emprego.

Eu gostaria de atribuir o meu comportamento de pessoa civilizada ao meu excelente carácter mas, acima de tudo, tenho de estar grato ao extracto social a que pertenço.

No meu caso não me envolveria em luta que me pudesse levar a um homicídio que erradamente seria chamado de “altercação trivial” porque teria muito a perder e pouco a ganhar.

Naquela luta o que estava verdadeiramente em causa era a competição entre indivíduos de sexo masculino pelo “estatuto” que pode ser tudo menos trivial.

Tenho cinquenta e seis anos, ultrapassei a idade média em que morre o homem das zonas deprimidas da cidade de Chicago e ainda estou de boa saúde.

Eu sou como os homens dos bairros sociais de Chicago mais favorecidos com muito menor probabilidade de cometerem homicídios em lutas de “altercação trivial” porque a sua frequência está relacionada com o meio social a que se pertence.

A cidade de Chicago está dividida em setenta e sete bairros para os quais as taxas de homicídio e outros dados estatísticos vitais estão compilados separadamente.

Estes bairros variam imenso quanto a qualidade de vida, incluindo a própria duração média de vida de tal forma que a esperança de vida dos bebés nascidos nos melhores bairros é vinte anos superior à dos nascidos nos piores (cinquenta e tal anos para setenta e tal anos).

Estas mesmas diferenças verificam-se em geral entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento.

Nos bairros com menor esperança de vida, as mulheres têm tendência a começar a ter filhos mais cedo e esta gravidez na adolescência é amplamente reconhecida como um problema social mas, quando se perguntava às mulheres de um geto porque tinham filhos tão cedo as respostas suscitavam simpatia. Diziam elas que queriam que as suas mães conhecessem os netos.

Usavam o termo de “desgaste” para descrever a deterioração de saúde que observavam à sua volta.

E a pergunta aqui fica:

 - Se o meu amigo e aqueles que lhe são chegados estivessem a desgastar-se a um rito rápido não gostaria de começar a ter filhos suficientemente cedo para os conhecer e ajudá-los a criar os seus próprios filhos?

As taxas de homicídio variam imenso oscilando de 1,3 e 156 por 100.000, entre bairros de pessoas ricas e de pessoas pobres porque nestes o panorama é uns quantos bem sucedidos e muitos falhados e, nestas circunstâncias, um “zé-ninguém” assume comportamentos de riscos extremos na perspectiva de ser “alguém”.

A desvalorização acentuada do futuro pode ser uma resposta “racional” à informação que indica uma probabilidade incerta ou baixa de sobreviver para mais tarde colher benefícios, por exemplo, e correr “riscos impensados” pode ser a solução óptima quando os benefícios de uma escolha de acções mais segura são insignificantes.

A evolução tem intrinsecamente a ver com organismos que reagem a modificações ambientais sendo impossível negar a capacidade de mudança.

O Criacionismo religioso e secular sempre se baseou no medo das consequências de aceitar a evolução, mas se encararmos a teoria da evolução como um instrumento capaz de proporcionar uma modificação positiva, ela será fácil de aceitar.

No que toca à evolução o futuro pode ser diferente do passado, para melhor.

Nota - Nós, que tivemos a sorte em nascer num meio social que não foi o dos bairros sociais desfavorecidos, não embandeiremos em arco acerca de nós próprios.
Pensemos na verdadeira importância que teve na nossa vida o meio em que nascemos, a família que nos apoiou para concluir que o mérito de sermos como somos não foi todo nosso...
Richard Dawkins, o autor deste texto, conclui que o Criacionismo religioso agarra-nos ao passado ,ao "statu quo" e que só o Evolucionismo nos abre as portas para um futuro melhor.

terça-feira, junho 20, 2017

Resultado de imagem para fogos em portugalPortugal já

está a arder?














Portugal, como país da bacia mediterrânica que é, sempre ardeu com os calores de verão. É assim este ano, foi-o no ano passado, menos historicamente pela ocupação dos terrenos das populações de então, mas sê-lo-à no futuro cada vez mais enquanto se mantiver este revestimento vegetal, o despovoamento do interior e as temperaturas com tendencia para aumentar cada vez mais.

É verdade que os terrenos ficam enriquecidos pelas cinzas  da vegetação ardida que funcionam como adubo quando não são arrastadas pelas águas das chuvas e, não fossem as vidas que se perdem, um benefício poderia  compensar o prejuízo.

Mas as pessoas não aprendem. Ano após ano repetem os mesmos erros: árvores à beira das estradas ou quase encostadas às casas de habitação quando a lei impõe distancias mínimas de 10 e 50 metros, respectivamente, que ninguém cumpre.

Entretanto, continua este espetáculo dramático que as televisões aproveitam para abrir tele-jornais de casas e carros carbonizados e pessoas em lágrimas porque perderam todos os seus haveres.

Penso que já estamos todos resignados: praia e fogos são uma constante de cada Verão. Como somos 10 milhões talvez a nós não nos calhe o fogo...

As pessoas que já morreram este ano que erro teriam cometido elas para o pagarem com a vida e os haveres?

Lembro a minha infância e juventude quando, como estudante, passava as minhas férias grandes em casa dos meus avós paternos na aldeia da Concavada, concelho de Abrantes, na Beira Baixa.

Recordo, o que agora já não se vê, que eram os homens, ao cair da tarde, de enxada ao ombro, irem tratar das suas hortas. O campo estava presente no dia a dia das suas vidas. Não me lembro que então os fogos perturbassem as minhas férias.

A vida era outra muito diferente, tão diferente que nem dá para contar diferenças. Nada é o mesmo setenta anos depois. As pessoas que conheci em garoto, na década de quarenta, já morreram. Eram de outro "planeta".

Eu tive a sorte de ter nascido num ponto de viragem do mundo que me permitiu ver passar ao meu lado a 2ª G.G. Mundial e participar, anos mais tarde, na Guerra Colonial quando Salazar nos mandou para África"depressa e em força" ele, que nunca lá pôs os pés.

Voltando à minha meninice, na década de 40 e ainda 50, na aldeia dos meus avós, os homens trabalhavam do nascer ao pôr do sol e ganhavam 14 escudos diários e uns "feijões" ao fim do mês a que chamavam de "comedorias.".

Eu era menino, filho do patrão, estudante em férias, e essa outra realidade passava-me ao lado. Lembro-me de tudo isso mas dos fogos não, porque, nessa época, o interior do país não estava desertificado e os terrenos entregues a duas espécies de árvores, não autóctones, pinheiro e eucalipto cuja vocação é crescerem rapidamente para darem dinheiro ao proprietário do terreno.

segunda-feira, junho 19, 2017

Resultado de imagem para religião e o evolucionismoA RELIGIÃO

E   O

EVOLUCIONISMO












O conceito de uma vida eterna gloriosa foi inventado para mitigar o nosso medo da morte”.
Esta é uma teoria dezenas de vezes repetida e aceite porque, aparentemente, faz sentido. E digo aparentemente uma vez que, posta a questão aos enfermeiros e assistentes sociais em lar de idosos, os testemunhos vão no sentido inverso, ou seja: os crentes apresentavam maior receio da morte.

De qualquer forma a crença numa religião é uma inevitabilidade ou, com uma cotação negativa, uma fatalidade.

Recebemo-la logo após o nascimento como uma herança cultural (o crucifixo na parede e o rosário pendurado na cabeceira da cama) e ao longo da vida, ou se instala e nos comanda, ou por ali fica num "faz de conta" para não destoar dos outros. Raramente temos coragem para a renegar quando ela já pouco ou nada nos diz.

Não esqueçamos que tanto os nossos sentidos como as nossas crenças são ferramentas para a nossa sobrevivência e evoluíram para se alimentarem mutuamente. Sem os sentidos não podíamos conhecer o mundo perceptível e sem as crenças não poderíamos saber o que está fora do alcance dos sentidos, nem sobre significados e causas. Por isso elas persistem apesar das evidências contraditórias.

Eu próprio já desisti, relativamente à minha neta, hoje com 8 anos acabados de fazer, de outra explicação que não seja “enviar para o céu” os parentes e pessoas conhecidas que, entretanto, vão falecendo.

É um assunto que mais tarde ela terá que descodificar. Para já vão todos para o céu e ponto final. De resto, para dificultar as coisas, as crianças revelam uma tendência natural para adotarem a teoria dualista da mente que consiste em aceitar que esta é uma espécie de espírito incorpóreo que habita o corpo mas pode existir em qualquer outro lado.


Portanto, aos oito anos, o melhor é mandá-los todos para o céu… lutar por crenças racionais no imaginário de uma criança de tenra idade não é tarefa fácil. No melhor dos casos, não estimular crenças irracionais e ensiná-la a pensar com lógica, o resto ficará para mais tarde.


Esta é mais uma razão pela qual as religiões se “colam”: dão explicações simples e directas para as almas simples…e levam a não pensar mais no assunto.

Mas esta relação da religião com o além, relação vertical, talvez não seja a mais importante. As religiões são imensamente eficazes na formação de relações sociais conferindo coesão às sociedades e, nesta medida, fomentam a sobrevivência naquela a que podemos chamar a relação horizontal.

Se o desejo de servir um Deus for mais motivador do que o desejo de ajudar os outros então a solidariedade será, pelo menos, reforçada pelo facto de se ser crente.

É claro, que também podemos concluir como Einstein: “Se as pessoas só são boas (solidárias) porque temem o castigo e esperam recompensa, então somos mesmo uma triste cambada”.
As religiões, dentro de si próprias evoluem, adaptam-se, ajustam-se e tiram partido de novas realidades sociais. O Deus hebraico era essencialmente um guerreiro que comandava o seu povo para combater e prometia-lhe a vitória no futuro por muitas derrotas que tivesse sofrido no passado. O Deus cristão, por outro lado, reflectia a realidade da vitória militar já não ser possível e a única estratégia de sobrevivência era envolver uma coexistência mais pacífica.

O Deus cristão baixou as armas numa estratégia tão radicalmente diferente que era possível afirmar que o seu Deus era completamente distinto do Deus hebraico, como alguns especialistas afirmaram.

No entanto, quando os cristãos se tornaram politicamente poderosos, a evolução cultural promoveu a retoma das estratégias militares, como foi o caso das cruzadas, esquecida, então, a política da “outra face”.

Hoje, de novo, a Igreja de Roma, força a componente pacifista entre os homens e o respeito das religiões umas pelas outras, o chamado ecumenismo, com o objectivo primeiro de manter os homens como pessoas crentes contra o pensamento ateu que é, sem dúvida, o principal inimigo.

E como a propensão para as crenças, como já vimos, parece ligar-se à própria sobrevivência, são já os ateus, alguns, que se atrevem a apresentar o seu pensamento como uma “religião” de crenças racionais.

Os cépticos, na opinião de Gregory W. Lester, Prof. de Psicologia da Universidade de St. Thomas em Houston, devem adoptar uma estratégia de longo prazo afirmando as suas crenças racionais sem entrar em lutas de morte numa batalha com pessoas que têm convicções únicas.
Os cépticos ou não crentes, constituem o exemplo vivo que é possível, por “uma alta função do cérebro”, vencer e modificar crenças irracionais no sentido em que vai contra algumas das urgências biológicas fundamentais.

Acredito que esta aptidão, uma vez disseminada, pode ser assustadora para os líderes das religiões, mais de umas que de outras, e por isso novas estratégias, permanente evolução...

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