sábado, junho 15, 2013

 - Padre! Queria confessar-me.....
- Então meu filho que me tens a dizer?
- Sabe... fui infiel à minha mulher. Eu sou produtor de cinema e na semana passada tive relações sexuais com a Jenifer Lopez, com a Cindy Crawford e com a Cameron Diaz, cada uma à sua vez...


Pois é meu filho, mas não poderei absolver-te....!!!
- Mas, mas, Padre, porquê se a misericórdia de Deus é infinita?
- Não me lixes! Nem eu nem Ele vamos acreditar que estejas arrependido...!

IMAGEM

Sem comentários...


IMAGENS

As gaivotas são as testemunhas interesseiras e ruidosas da faina dos pescadores


KATIA GUERREIRO - NAMORO DA RITA

A propósito da história
do Urso de Peluche








“Haverá alguma coisa que nos toque mais a alma do que espreitar uma galáxia distante por um telescópio de 100 polegadas, segurar na mão um fóssil com 100 milhões de anos ou um utensílio de pedra com 500.000 anos, contemplar de pé o imenso abismo de espaço e tempo que é o grande Canyon, ou escutar um cientista que olhou cara a cara a criação do universo e não pestanejou? É isso a profunda e sagrada ciência.”                                                    
                                                                        (Michael Shermer)

Será que a religião preenche uma lacuna muito necessária?

Diz-se frequentemente existir no cérebro uma lacuna que tem a forma de Deus e que é preciso preencher.

Temos uma necessidade psicológica de Deus – amigo imaginário, pai, big brother, confessor, confidente – e a necessidade tem de ser satisfeita quer Deus exista de facto, quer não.

 Mas não será que Deus vem atravancar um espaço que melhor seria que preenchêssemos com outra coisa? Talvez a ciência? A arte? A amizade humana? O humanismo? O amor por esta vida, vivida no mundo concreto, sem dar crédito a eventuais vidas para além da morte? Um amor pela natureza – aquilo a que o grande entomólogo E.O. Wilson chamou Biofilia?
Já se apontaram à religião quatro grandes funções na vida humana: explicação, exortação, consolo e inspiração.

 - Historicamente, a religião aspirou a explicar a nossa existência e a natureza do universo em que nos inserimos. Nesta função ela foi, entretanto, completamente ultrapassada pela ciência.

 - Por exortação pretendo dizer a orientação moral sobre o modo como nos devemos comportar.

 - Quanto ao consolo e inspiração abordaremos de seguida mas, à laia de preâmbulo, começaremos com o fenómeno do «amigo imaginário» da nossa infância que julgo ter semelhanças com a crença religiosa.

 Será o fenómeno do amigo imaginário uma ilusão de tipo superior, numa categoria diferente do comum “
faz-de-conta” da infância?

Suspeito que o fenómeno do boneco de peluche da infância pode ser um bom modelo para compreender a crença teísta dos adultos. Não sei se os psicólogos já estudaram a questão deste ponto de vista mas seria digna de investigação.

Companheiro e confidente, um Peluche para a vida: esse é, seguramente, um papel que Deus desempenha – uma lacuna que perduraria se Deus desaparecesse.

Outra criança, uma menina, tinha um “homenzinho púrpura” que lhe parecia uma presença real e visível e que se materializava no ar com uma cintilação e um suave tinido.

Visitava-a com regularidade, especialmente quando se sentia sozinha, mas com menor frequência à medida que ela foi crescendo.

Um certo dia, mesmo antes de ir para a escola, o “homenzinho púrpura” apareceu-lhe, anunciado pelo habitual tinir das campainhas, para lhe dizer que não voltaria a visitá-la.

Isto entristeceu a menina, mas o homenzinho púrpura disse-lhe que ela estava a crescer e que no futuro não iria precisar mais dele. Agora tinha de deixá-la para poder ir cuidar de outras crianças. Prometeu-lhe, no entanto, que voltaria se ela precisasse dele a sério.

Voltou, de facto, muitos anos mais tarde, num sonho, numa altura em que ela estava a atravessar uma crise pessoal e a tentar decidir o que fazer à vida.

A porta do quarto abriu-se e apareceu uma carrada de livros, empurrada, quarto dentro… pelo “homenzinho de púrpura”.

Ela interpretou isto como sendo um conselho no sentido de ir para a universidade – conselho que ela seguiu e mais tarde considerou bom.

É uma história enternecedora que consegue, melhor do que qualquer outro exemplo, acercar-nos da compreensão do papel consolador e aconselhador que os deuses imaginários têm na vida das pessoas.

Um ser pode existir apenas na imaginação e, ainda assim, parecer completamente real à criança, dando-lhe verdadeiro consolo e bons conselhos.

Mas melhor ainda, é que os amigos – e os deuses imaginários - têm tempo e paciência para dedicar toda a atenção a quem sofre. E são muito mais baratos do que os psiquiatras ou os conselheiros profissionais.

Terão os deuses, nesse seu papel de consoladores e conselheiros evoluído a partir dos bonecos de peluche por meio de uma espécie de “pedomorfose” psicológica.

A “pedomorfose” é a manutenção na idade adulta, de características da infância.

Terão as religiões, originariamente evoluído, ao longo de gerações, através de um adiamento gradual do momento da vida em que as crianças põem de parte os bonecos de peluche, do mesmo modo que fomos abrandando, ao longo da evolução, o achatamento da testa e a protrusão (projecção para a frente) dos maxilares?

Para completar o quadro, consideremos a possibilidade inversa. Em vez de serem os deuses a evoluir a partir de bonecos ancestrais, será possível que esses bonecos terem evoluído de deuses antigos?

Esta ideia parece menos provável.

O psicólogo norte-americano Julien Jaynes observou que muitas pessoas têm a percepção que os seus próprios processos de pensamento são como uma espécie de diálogo entre o “eu” e outro protagonista interno, situado dentro da cabeça.

Hoje em dia compreendemos que ambas as vozes são nossas e senão o compreendermos somos tratados como doentes mentais.

Foi o que aconteceu, durante um breve período, com Evelyn Waugh, escritor inglês de personalidade difícil.

Sem papas na língua, como era seu timbre, comentou com um amigo: «Não te vejo há muito tempo, mas também tenho visto tão pouca gente porque – não sei se sabias – enlouqueci.»

Depois de recuperar, Evelyn escreveu um romance, “As Desventuras do Senhor Pinfold”, em que descreve o seu período alucinatório e as vozes que então ouvia.

O que Jaynes sugere é que antes do ano 1.000 a.c. a generalidade das pessoas desconhecia que a segunda voz – a que o Sr. Pinfold ouvia – vinha de dentro de si.

Julgavam-na a voz de um deus.

Jaynes vai mesmo ao ponto de localizar a “voz” dos deuses no hemisfério do cérebro oposto ao que controla a linguagem.

Terá sido o momento em que as pessoas se deram conta de que as vozes exteriores que lhes parecia ouvir vinham, efectivamente, de dentro de si mesmas.

Jaynes considera esta transição histórica como o alvor da consciência humana.

Os deuses seriam, então, vozes alucinadas que falavam dentro das cabeças das pessoas.

Assim, e numa espécie de inversão da hipótese da pedomorfose, os deuses alucinados começaram, primeiro, por desaparecer das mentes adultas e foram, depois, puxados para trás, para fases cada vez mais recuadas da infância, até às suas actuais sobrevivências sob a forma de fenómenos como o boneco de peluche ou o “homenzinho púrpura”. O problema desta versão é que não explica a persistência dos deuses, hoje, na idade adulta.

Talvez seja melhor não tratar os deuses como antepassados dos bonecos de peluche ou vice-versa, mas antes encarar ambos como sub-produtos da mesma predisposição psicológica que têm em comum o poder de confortar.

Richard Dawkins
(continua: Será Deus um consolo...)

António Balduíno era perito na arte da capoeira...
JUBIABÁ

Episódio Nº 43


 - Vou mandar o Gordo lá…

O Sem Dentes se afrontou:

- Mandar outro? Pra quê? A gente deve é ir logo rebentando a cara deles… Dá uma lição… Eles vem tirar nossos pão e você ainda quer fazer paz…Nem devia ter mandado o Belo… A gente passou vergonha… Vamos logo lá…

 - Os outros apoiavam:

 - O Sem Dentes falou direito… Vamos lá…

Mas António Balduíno atalhou:

 - Nada disso… Vou mandar o Gordo lá… Quem sabe se eles não tão passando fome… Se eles quiser ficar só com o pedaço da Baixa dos Sapateiros, eu deixo eles em paz…

O Sem Dentes riu:

 - Parece que você tá com medo, Baldo…

 - Você nem se lembra mais, Sem Dentes, do dia que a gente pegou você e Cici morrendo de fome na Cidade de Palha… Se a gente quisesse podia também acabar com vocês… Mas a gente não quis…

O Sem Dentes baixou a cabeça e ficou assobiando baixinho. Não pensava mais nos negros que estavam no Terreiro, e agora pouco lhe importava que António Balduíno acabasse com eles ou os deixasse em paz.

Pensava naqueles dias de fome, seu pai desempregado, bebendo nos botequins o dinheiro que a mãe arranjava lavando roupa.

Se recordava da surra que levara no dia em que se metera entre a velha e o pai quando este queria tomar o dinheirinho a pulso. E o choro de sua mãe… O pai que repetia. Merda… merda…

Depois a fuga. Os dias com fome na cidade. O encontro com António Balduíno e o grupo. E a vida de depois… Onde andaria sua mãe? E seu pai já teria arranjado trabalho?

Quando ele estava trabalhando não bebia nem batia na mãe. Era carinhoso e trazia presentes… Mas havia pouco trabalho e, desempregado, o velho matava as mágoas na garrafa de cachaça.

O Sem Dentes pensava nisso tudo. E sentia um nó na garganta e um ódio terrível do mundo e dos homens.

O Gordo foi em comissão debaixo dos sorrisos de Felipe, o Belo.

 - Se eu não arranjei nada quanto mais você…

Viriato, o Anão, murmurou:

 - Fale direito, Gordo. A gente não quer brigar… Quer é cada um viver pra seu lado…

Ficaram esperando na rua do Tesouro. O Gordo se benzeu e se dirigiu para o Terreiro.

Demorou a voltar. Viriato, o Anão, disse:

 - Não estou gostando…

O Belo riu:

 - Ele está numa igreja rezando…

Cici achava que ele estava acertando as coisas, mas todos estavam desconfiados que algo acontecera ao embaixador. E acontecera mesmo.

Quando o Gordo voltou chorava.

 - Me pegaram e me deram uma surra… E jogaram fora o santo que estava no meu pescoço…

sexta-feira, junho 14, 2013

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A expressão condiz com os ornamentos... esquisitos.


RIO GRANDE - POSTAL DOS CORREIOS

Um hino aos nossos emigrantes dos anos sessenta.



 Uma adolescente chega a casa e diz para a mãe:
- Mamã... Estou grávida!
A progenitora, sem saber muito bem como deve reagir, pergunta:
- Rapariga, mas onde é que tu estavas com a cabeça?
- Em cima do volante, mãe... Mas que é que isso interessa?

Aventura de Aposentados

Pois... tudo acontece aos velhinhos!!!

Golda Meir

O Governo de  Golda Meir

(continuação)


Golda Meir tornou - se a quarta primeira-ministra de Israel. Ela havia sido Ministra das Relações Exteriores de Levi Eshkol e no momento da morte do Primeiro-Ministro não exercia nenhuma pasta, embora ainda fosse parlamentar. 
A eleição de Golda Meir foi uma surpresa, que logo seria guindada pela folgada margem que o Partido Trabalhista obteve na sexta legislatura da Knesset

Entretanto, a Primeira-Ministra preferiu construir um gabinete de coligação, convidando os partidos de direita para ajudarem a compor o governo.
Foi durante seu período que ocorreram alguns dos acontecimentos mais tristemente célebres da existência de Israel. No ano de 1972 terroristas palestinos seqüestraram o avião Sabena (9 de maio), o Exército Vermelho Japonês (grupo terrorista de inspiração marxista) massacrou 25 cidadãos israelenses no aeroporto de Tóquio (30 de maio) e militantes da Fatah assassinaram 11 atletas israelenses durante os Jogos Olímpicos de Munique (5 de setembro).

 Em reacção, Golda Meir ordenou ao Serviço Secreto (Mossad) que empreendessem uma operação de caça aos responsáveis pelo atentado de Munique, que foi apelidado de "Operação Cólera Divina" e que eliminou quase todos os responsáveis pelo massacre.

O perfil simpático da Primeira-Minista atraiu simpatia internacional para Israel. Tratada como a Idishe Mame (a mãe judia) do país, Golda costumava realizar reuniões políticas enquanto cozinhava em seu pequeno apartamento. Entretanto, setores mais à esquerda a acusavam de ser refratária às tentativas de paz com os árabes.

Desgastes com a Guerra

A invasão de Israel pelos exércitos sírio-egípcios em pleno dia de Yom Kippur evidenciou o despreparo do governo em prevenir o ataque. De fato, poucos meses antes do ataque, Golda recebeu a visita do rei Hussein da Jordânia, que lhe preveniu sobre as intenções dos egípcios e sírios. Golda, entretanto, desprezou a informação.

A campanha militar foi dramática, com várias dificuldades nos primeiros dias da guerra. Mas as Forças de Defesa de Israel conseguiram rechaçar a invasão e chegar às portas do Cairo e deDamasco, vencendo a guerra e mantendo o poder sobre os territórios ocupados.

Após a vitória, foi estabelecida a Comissão Agranat, que investigou a suposta omissão dos fatores que poderiam ter prevenido o ataque. A Comissão acabou por inocentar a Primeira-Ministra, o Ministro da Defesa Moshe Dayan e o Comandante-em-chefe Chaim Bar-Lev e Golda Meir foi reeleita em 1974. Mas a impopularidade gerada pela guerra levou à sua renúncia em 11 de abril, pouco depois de sua reeleição. Golda Meir retirou-se da vida pública e foi substituída por Yitzhak Rabin.

A Seguir o Governo de Rabin e O resgate de Entebe

... ele olha sempre o mar como um caminho de casa.
JUBIABÁ

Episódio Nº 42


O homem que estava em cima do caixão e que pelo jeito era espanhol, jogou um punhado de papéis que foram disputados.

António Balduíno pegou num que deu ao estivador António caroço que era seu amigo. Foi quando alguém gritou:

 - Vem lá a polícia…

A polícia veio e agarrou o homem que discursava. Ele falava de miséria em que o povo vivia e prometia uma pátria nova em que todos tivessem pão e trabalho.

Por isso foi preso e como os outros não compreendessem que fosse preso só por dizer isso, protestaram:

 - Não pode! Não pode!

António Balduíno também gritava “não pode”. E esta era mesmo a coisa que ele mais gostava. Afinal, levaram o homenzinho mas os outros guardaram os papéis jogados e aqueles que não tinham conseguido pegar um, tomavam o do companheiro emprestado.

Era um grupo de mãos estendidas contra os soldados que levavam o orador. Um grupo de caras negras e fortes e as mãos estendidas lembravam um gesto de rebentar grilhetas.

Vinham cantigas escravas da “Lanterna dos Afogados”. O apito tocava inutilmente. Um homem gordo, de guarda-chuva e rosto rosado dizia:

 - Canalhas…


Quem sabe se não será pelo corpo de um suicida que o mar indicará a António Balduíno o caminho de casa? Ou pela prisão de um homem que fala em pão e o gesto de outros que protestam’

Foram anos bons, anos livres, aqueles em que ele e o seu grupo dominaram a cidade mendigando nas ruas, brigando nos becos, dormindo no cais.

O grupo era unido e os moleques se estimavam talvez. Apenas só sabiam mostrar essa estima dando socos nas costas dos outros e dizendo nomes feios. Xingar com voz doce a mãe do companheiro era o maior carinho que qualquer daqueles negros sabia fazer.

Eram unidos, sim. Quando um brigava, todos brigavam. E tudo quanto ganhavam era fraternalmente dividido entre todos. Tinham o seu amor próprio e amavam a fama do grupo.

Um dia esfacelaram outro bloco de moleques que pedia esmolas na cidade.

Quando este bloco apareceu chefiado por um negrinho de seus doze anos, António Balduíno procurou entrar em relações.

Mandou ao Terreiro onde eles estavam, um emissário. Foi Filipe o Belo, que tinha lábia. Porém o menino nem se pôde aproximar. Foi escorraçado miseravelmente, vaiado, e voltou com os olhos cheios de lágrimas de raiva.

Contou tudo a António Balduíno:

 - Isso não foi porque você não foi para lá contar vantagem, Belo?

 - Eu nem cheguei perto… eles foram logo xingando minha mãe… Mas eu pego um cara daqueles e rebento…

António Balduíno ficou pensativo…

quinta-feira, junho 13, 2013

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Só pode ser, com certeza, um Stradivarius...



NEIL DIAMOND - SONG SONG BLUE


Anedota de génio...





Um homem caminhava pela praia de Cascais e tropeçou numa velha lâmpada.
Pegou nela, esfregou-a e... um génio saltou lá de dentro, que disse:


- OK. Libertaste-me da lâmpada, blá, blá, blá! Esquece aquela história dos 3 desejos! Tens direito a um desejo apenas e ponto final!

O homem disse:
- Eu sempre quis ir aos Açores, mas tenho um medo enorme de voar... e no mar costumo ficar enjoado. Podes construir uma ponte até aos Açores, para eu poder ir de carro?

O génio riu muito e disse:

- Impossível. Pensa na logística do assunto. Como é que os pilares chegavam ao fundo do Oceano Atlântico? Pensa em quanto betão armado, em quanto aço, em quanta mão-de-obra... Não, de maneira nenhuma! Pensa noutro desejo.

O homem compreendeu e tentou pensar num desejo realmente possível.
- Fui casado e divorciado 4 vezes. As minhas mulheres disseram sempre que eu não me importava com elas e que era um insensível. Então, é meu desejo compreender as mulheres; saber como se sentem por dentro e o que estão a pensar quando não falam connosco; saber porque estão a chorar... saber realmente o que querem quando não dizem nada... saber como fazê-las realmente felizes!

O génio respondeu:
- Queres a porcaria da ponte com duas, ou quatro faixas???!!!!














CHEIAS NA EUROPA

Há 500 anos (não sei como conseguiram recuar tantos anos...) que não se tinha visto nada disto. Num outro continente, uma cheia destas em zonas fortemente habitadas, teria provocado milhares de mortos. Os prejuízos irão ultrapassar mais de 11.000 mil milhões de euros mas, como se percebe, as pessoas mantêm o controle e aguardam... As águas baixarão, regressam aos leitos, e tudo voltará à normalidade com a actividade económica "aquecida" com a entrada de tantos milhares de milhões...

CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA DOS SEIS DIAS



A Guerra dos Seis Dias foi uma derrota para os Estados Árabes, que perderam mais de metade do seu equipamento militar. A Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. Os árabes sofreram 18.000 baixas, enquanto do lado de Israel houve 766.
No dia seguinte à conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser do Egipto resignou do cargo, por causa da derrota (embora depois voltasse atrás na sua decisão). Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel.
 Em Agosto de 1967, líderes árabes reuniram-se em Cartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o mundo: não às negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo. Tal guerra amplificou muito a aversão do mundo islâmico ao estado israelita, até em países que nunca tiveram atritos com ele e que acabaram por cortar relações em definitivo tal como,  praticamente, todos os países árabes (tal como Irão e Iraque), além do uso da religião islâmica na luta contra Israel.
Quanto a Israel, teve resultados consideráveis em consequência da guerra. As fronteiras sob controle eram agora maiores e incluíam as Colinas de Golã (controle dividido com os sírios), a Cisjordânia ("Margem Ocidental") e a Península do Sinai com controle dividido com os egípcios.
O controle de Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu por causa do valor histórico e religioso, já que a cidade foi judaica até a quase 2000 anos atrás, quando os romanos expulsaram os judeus.
Depois, com o passar dos séculos, Jerusalém esteve quase sempre sob o controle de grandes Impérios, como o Bizantino, o Otomano e o Britânico, sendo que, apenas após a Guerra, voltaria totalmente ao controle de um Estado judeu.
Por causa da guerra iniciou-se a fuga dos palestinianos das suas casas aumentando o número de refugiados na Jordânia,  Emiratos Árabes Unidos e demais países fronteiriços, principalmente o Líbano.
 O conflito criou 350 000 refugiados, que foram rejeitados por alguns estados árabes vizinhos. Tais refugiados têm constantemente atacado isoladamente e de forma localizada o Estado de Israel, desde a Cisjordânia, Faixa de Gaza e até do sul do Líbano com o apoio bélico de alguns países muçulmanos como do Iraque e do Irão entre outros.
E principalmente as consequências reflectem-se nos ataques a países que deram apoio táctico, bélico e financeiro ao Estado de Israel, tal como os ataques terroristas pelo mundo com o apoio da OLP, a Estados como o americano, espanhol e inglês entre outros, além de inúmeros atentados terroristas em cidades israelitas.

Em Novembro de 1967, as Nações Unidas aprovaram a Resolução 242, que determina a retirada de Israel de territórios ocupados e a resolução do problema dos refugiados.
 Israel não cumpriu a Resolução, alegando que só negoceia a desocupação dos territórios se os Estados árabes reconhecerem o Estado de Israel, apesar de dividir controles com esses países vizinhos.
Os líderes árabes em Cartum afirmam que a Resolução 242 não é mais do que uma lista de desejos internacionais. Uma crítica contra essa posição dos países árabes, no entanto, reside no fato de os próprios usarem a Resolução 242 como "arma legal" contra o Estado de Israel, sendo que nem mesmo eles a aceitaram por muitas décadas.

A seguir, O Governo de Golda Maier

Neil Diamond no espledor da sua juventude

NEIL LESLIE DIAMOND


Admirador de sempre da sua voz única, inimitável e das canções de extraordinária linha melódica que compôs, ficaria em dívida para com ele sem referir uma pequena biografia da sua vida.


Nasceu numa família judaica no Brooklyn, Nova York, em 1941. Aprendeu a tocar guitarra após lhe oferecerem uma por ocasião do 16º aniversário.


Estudou com Bárbara Streisand na Escola Secundária Abraham Lincoln e chegou a cantar com ela no coro.

Começou a sua carreira compondo canções por encomenda como: “I Am a Believer” (1966) e “A Little Bit Me, a Litle Bit You” (1967), para o Grupo “The Monkees”.

- “Cracklin Rosie”, “Sweet Caroline”, “I Am I Said”, “Don’t Bring Me Flowers” (c/ Barbara Striesand), “Song Sung Blue”, “September Morning”, “Girl, you’ll Be A Woman Soon” e muitas outras canções suas constituíram enormes e merecidos sucessos musicais.

Muitos dos seus discos ganharam certificados de ouro e platina e recebeu diversos Grammys ao longo da carreira.

A crítica americana considerou-o um dos dez maiores cantores e compositores de todos os tempos.

Do primeiro casamento com a sua professora Jay Posner teve duas filhas. Do segundo casamento, também já terminado, teve mais dois filhos.

O seu CD mais recente foi lançado em 2008, intitulado Home Before Dark.

António Balduíno
JUBIABÁ

Episódio Nº 41



Do mar, ele tem a certeza que lhe virá um dia qualquer coisa que ele não sabe o que é, mas que espera.

O que faltará ao negrinho António Balduíno que tem apenas quinze anos e já é o imperador da cidade negra da Baía? Ele não sabe nem ninguém sabe. Mas falta alguma coisa, que para ele achar terá que ou cruzar o mar, ou esperar que o mar lhe traga no bojo de um transatlântico ou no porão de um navio, ou mesmo preso ao corpo de um náufrago.


Certa noite, no cais, os homens pararam de repente o trabalho e correram para a borda onde o mar batia. Havia uma lua clara e estrelas tão brilhantes que se via a luz de um botequim que se chamava “Lanterna dos Afogados”.

Os homens encontraram um paletó velho e um chapéu furado. Alguns negros caíram na água. Voltaram com um corpo. Fora um preto velho, um daqueles raros pretos de carapinha branca, que se jogara ao mar.

António Balduíno ficou pensando que ele entrara pelo caminho de casa, que ele também vinha ao cais todas as noites. Porém, um estivador explicou.

 - É o velho Salustiano, coitado… Tava sem trabalho desde que saíu aqui das docas…

Olhou prós lados, cuspiu com raiva:

 - Disseram que ele já não dava conta do serviço… já não tinha força… Andava agora passando fome, cortando uma dureta. Coitado…

Outro ajuntou:

 - É sempre assim… Matam a gente de trabalho e depois mandam embora. Quando a gente já não pode fazer outra coisa senão se jogar ao mar…

Era um mulato magro. Um negro forte disse.

 - Comem nossa carne e depois não querem roer os ossos…

Soou um apito e eles foram voltando aos fardos e aos guindastes.

Mas antes, alguém cobriu o rosto do velho com o velho paletó.

E depois vieram mulheres e soluçaram.


Os homens negros do cais do porto pararam o trabalho em outra ocasião. Desta vez a noite era sem estrelas e sem lua. Do violão de um cego da “Lanterna dos Afogados” vinham cantigas de escravo.

Foi quando um homem trepou num caixão e começou a falar. Os outros cercaram-no, foram chegando todos para perto. Quando António Balduíno e o seu grupo chegaram, já o homem gritava apenas vivas a que a massa correspondia:

 - Viva!

António Balduíno e os do seu grupo gritavam com força.

 - Viva!

Ele não sabia o que estava vivando, mas gostava de vivar. E ria porque também gostava de rir.

quarta-feira, junho 12, 2013

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Aqui, é o Bairro de Alfama, em Lisboa, vendo-se, ao fundo e ao alto, um  pequeno trecho do porto de Lisboa. As ruas estreitinhas, vielas e escadinhas, sobreviveram aos anos.


SWEET CAROLINE - NEIL DIAMOND

Das canções mais agradáveis de ouvir...

COMO UM TOURO...


Uma mulher, toda boazona, vai ao médico:

- Sr.Doutor: queria que fizesse algo pelo meu marido... algo que o fizesse ficar como um touro!


- Muito bem senhora, dispa-se que vamos começar pela parte dos cornos!


A História de Israel
(continuação)



Com as pressões se avolumando, a Grã-Bretanha decide abrir mão da administração da Palestina e entrega a administração da região à Organização das Nações Unidas (ONU).
O aumento dos conflitos entre judeus, ingleses e árabes forçou a reunião da Assembleia Geral da ONU, realizada em 29 de Novembro de 1947, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha a decidir pela divisão da Palestina Britânica em dois estados, um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união económica e aduaneira.
A decisão foi bem recebida pela maioria das lideranças sionistas, embora tenha recebido críticas de outras organizações, por não permitir o estabelecimento do estado judeu em toda a Palestina. Mas a Liga Árabe não aceitou o plano de partilha. Deflagra-se, então, uma guerra entre judeus e árabes.
Na sexta-feira, 14 de Maio de 1948, algumas horas antes do término do mandato britânico sobre a Palestina (o horário do término do mandato foi determinado pela ONU para as 12:00 do dia 15 de Maio) - David Ben Gurion assinou a Declaração de Independência do Estado de Israel.
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Em Janeiro de 1949, Israel realiza suas primeiras eleições parlamentares e aprova leis para assegurar o controle educacional, além do direito de retorno ao país para todos os judeus. A economia floresce com o apoio estrangeiro e remessas particulares.

 No período entre a Declaração de Independência e a Guerra de Independência, Israel recebeu cerca de 850 mil imigrantes, em especial sobreviventes de guerra e judeus oriundos dos países árabes (sefaraditas e Mizrahim).
Ainda no período da Independência foi executada a Operação Tapete Mágico, para resgatar os judeus do Iémen.
Até o fim de 1951 desembarcaram em Israel 37 mil judeus da Bulgária, 30 mil da Líbia e 118.940 da Roménia121.512 judeus iraquianos foram resgatados pela Operação Esdras e Nehemias.
 No total, o número de judeus resgatados nos primeiros anos de existência de Israel foi de 684.201, mais do que toda a população judaica de Israel em 1948. Dois terços destes imigrantes foram instalados em pequenos núcleos urbanos no interior. 35.700 em moshavim recentemente criados e 16.000 emkibbutzim.
Entre 1952 e 1954, o número total de imigrantes foi de 51.463. Em 1955, iniciou-se uma nova onda de imigração. Até 1957 chegariam ao país 162.308 novos moradores, em sua maioria do Marrocos, da Tunísia e da Polónia.
Os movimentos nacionalistas nos países do Norte da África empurraram os judeus destes países à aliá.
Entre 1955 e 1957 mais 55 mil judeus marroquinos e 15 mil tunisinos deixaram seus países de origem. A revolução na Hungria, em 1956 e a repressão comunista na Polónia geraram mais ondas migratórias: 8.682 judeus húngaros e outros milhares de polacos chegaram a Israel até o final da década.

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes:  Egipto, Jordânia e Síria, apoiados pelo, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. A Força Aérea israelita lançou um ataque preventivo e arrasador à Força Aérea Egípcia.
Segundo Menahem Begin: -  "em Junho de 1967, tivemos novamente uma alternativa. As concentrações do exército egípcio nas proximidades do Sinai não provam que Nasser estivesse realmente a ponto de nos atacar. Temos que ser honestos. Nós é que decidimos atacá-los." 
 Yitzhak Rabin, chefe do Estado Maior de Israel em 1967, declarou: 
 - "Não penso que Nasser buscasse uma guerra. As duas divisões que enviou ao Sinai não seriam suficientes para lançar uma guerra ofensiva. Ele sabia e nós o sabíamos também”. 
O plano traçado pelo Estado-Maior de Israel, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 7h e 45min da manhã do dia 5 de Junho de 1967, quando caças israelitas atacaram nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com bombas de efeito retardado para dificultar as reparações.
 Ao mesmo tempo, forças blindadas de Israel investiam contra a Faixa de Gaza, o sul da Síria, as Colinas de Golã e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém, e a Síria interveio no conflito depois de ser atacada.
No terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, Israel impôs sua superioridade militar, ocupando também a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e as Colinas de Golâ, na Síria.
Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egipto, A Síria e Egipto estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.

(continua com as Consequências da Guerra dos Seis Dias)


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