sábado, julho 22, 2017

         Ricardo Araujo Pereira


           

Resultado de imagem para a vida sexual dos papas
A VIDA SEXUAL DOS PAPAS


















São mais de 300 páginas com centenas de histórias pouco santas sobre a vida sexual dos Papas da Igreja Católica. O livro do jornalista peruano Eric Frattini, recém-chegado às livrarias portuguesas e editado pela Bertrand, percorre, ao longo dos séculos, a intimidade secreta de papas e antipapas, mas não pretende causar "escândalo". Apenas "promover uma reflexão sobre a necessária reforma da Igreja ao longo dos tempos".

O escritor admite, aliás, que alguns dos relatos possam ter sido inventados, nas diferentes épocas, por inimigos políticos dos sumos pontífices. Lendas ou verdades consumadas, no livro "Os Papas e o Sexo" há de tudo. Desde Papas violadores e zoofílicos a Papas homossexuais e fetichistas, além de Santos Padres incestuosos, pedófilos ou sádicos, passando por Papas filhos de Papas e Papas filhos de padres.

Alguns morreram assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto sexual. Outros foram depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias sexuais e banidos da história da Igreja. Outros morreram com sífilis, como o Papa Júlio II, eleito em 1503, que ficou na história por ter inventado o primeiro bordel gay de que há memória.

Bonifácio IX deixou 34 filhos, a que chamava, carinhosamente, de "adoráveis sobrinhos". Martinho V encomendava contos eróticos, que gostava de ler no recolhimento do seu quarto.
Martinho V encomendava contos eróticos, que gostava de ler no recolhimento do seu quarto.

Paulo II era homossexual e Listo IV, que cometeu incesto com os sobrinhos, bissexual. Inocêncio VIII reconheceu todos os filhos que fez e levou-os para a Santa Sé. Um deles tornou-se violador. João XI (931-936) cometeu incesto com a própria mãe, violava fiéis e organizava orgias com rapazes.

Sérgio III teve o infortúnio de se apaixonar por mãe e filha e não esteve com meias medidas: rendeu-se à prática da ménage à trois. Bento V só esteve no Governo da Igreja 29 dias, por ter desonrado uma rapariga de 14 anos durante a confissão. Depois de ser considerado culpado, fugiu e levou boa parte do tesouro papal consigo.

João XIII era servido por um batalhão de virgens, desonrou a concubina do pai e uma sobrinha e comia em pratos de ouro enquanto assistia a danças de bailarinas orientais. Os bailes acabaram quando foi assassinado pelo marido de uma amante em pleno acto sexual. Silvestre II fez um pacto com o diabo. Era ateu convicto e praticava magia. Acabou envenenado.

Dâmaso I, que a Igreja canonizou, promovia homens no ciclo eclesiástico, sendo a moeda de troca poder dormir com as respectivas mulheres. Já o Papa Anastácio, que tinha escravas, teve um filho com uma nobre romana, que se viria a tornar no Papa Inocêncio I (famoso pelo seu séquito de raparigas jovens). Pai e filho acabaram canonizados.

Leão I era convidado para as orgias do Imperador, mas sempre se defendeu, dizendo que ficava só a assistir. Mesmo assim, engravidou uma rapariga de 14 anos, que mandou encerrar num convento para o resto da vida. Bento VIII morreu com sífilis e Bento IX era zoófilo. Urbano II criou uma lei que permitia aos padres terem amantes, desde que pagassem um imposto.

Alexandre III fazia sexo com as fiéis a troco de perdões e deixou 62 filhos. Foi expulso, mas a Igreja teve de lhe conceder uma pensão vitalícia, para poder sustentar a criançada.

Gregório I gostava de punir as mulheres pecadoras, despindo-as e dando-lhes açoites. Bonifácio VI rezava missas privadas só para mulheres e João XI violou, durante quatro dias, uma mãe e duas filhas. Ao mesmo tempo. 

         Ainda se lembram destes tempos?...




sexta-feira, julho 21, 2017

                                   A Dívida à Segurança  Social


            

Resultado de imagem para toque retalEXAME DO TOQUE RECTAL(Isto é que é macho.





Um homem de 55 anos vai ao médico fazer o famoso exame do "TOQUE RECTAL".
Entra no consultório com uma arma na mão e diz:

És tu que me vais meter o dedo no cu?????

- Sim sou eu, diz o médico a tremer.

Nisto o homem coloca a arma na secretária do médico e repete:

És tu que me vais meter o dedo no cu?????

- Sim sou eu, responde o médico já em pânico.

E o homem diz:

- Se vires que estou a gostar dá-me um tiro!!!...

Um Caso de 


Divórcio
























Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei responder-lhe, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das acções da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui directo para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a ideia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozo.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contacto físico havia muito tempo, então, quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ónibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A empregada me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui directo para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama,  morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer. Mas se escolher enviar para alguém, talvez salve um casamento. Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir.

quinta-feira, julho 20, 2017

Resultado de imagem para cooperativa de habitação económica - lar scalabitanoA Cólera 

e a Esperança













Se eu fosse remetido para a condição de “sem abrigo” não morreria de fome ou de frio. Morreria de desgosto por não ter uma casa, um espaço meu, pequeno ou grande, simples ou luxuoso, mas um espaço meu em que me sentisse rei.

Em princípios 1977, eu não era um “sem abrigo”, tinha regressado ao meu trabalho de Funcionário do Estado e reposto a minha dignidade nesse aspecto que, bem vistas as coisas, é de todos o mais importante, depois da segurança pessoal das nossas vidas contra a possibilidade de ser vítima de comportamentos arbitrários das autoridades que senti antes de regressar ao meu país, como refugiado da colónia de Moçambique.

Vivia, então, numa situação de favor em casa de uns parentes, em quarto interior que, de tão pequeno, o aparelho de TV, ao tempo ainda preto e branco, tinha de ficar ao fundo, aos pés da cama por não ter espaço para mais.

Não tinha recursos financeiros e o meu ordenado dava apenas para uma pequena renda de uma casa que, na altura, não existiam.

A revolução dos Cravos do 25 de Abril, pouco depois seguida da avalanche de vagas de retornados, foram uma surpresa, o país não estava à espera nem preparado, exaurido por uma guerra que não tinha fim.

Não havia casas, simplesmente, não havia para abrigar as centenas de milhar de famílias chegadas em cima umas das outras.

Eu, finalmente, por intermédio de um conhecido, arranjei uma que me foi disponibilizada por ele, que entretanto, ia para Lisboa mas o preço estava nos limites do meu ordenado, ainda me lembro, cinco mil escudos mensais e o intermediário queria ainda um cheque de 50 contos para ele...

Não dormi por causa da raiva que senti e a minha cabeça não parava a tentar forjar uma solução que surgiu quando, pesquisando, soube da existencia de um Programa da Cooperativas de Habitação Económica.

 - Informei-me... e se eu, em vez de uma casa, arranjasse dezenas, centenas delas, quem sabe?...

Os governos de então faziam o que podiam para ajudar as pessoas, e eu, que como Funcionário Público trabalhava na área social e sabia disso.

As Cooperativas de Habitação Económica, podiam obter ajudas financeiras para a construção de casas, num processo em estreita colaboração com as Câmaras Municipais e a dinâmica de grupos de pessoas num processo que era moroso, complexo mas... possível.

Tanto bastou para que, no outro dia, impulsionado pela raiva e a esperança saísse de manhã direito à Câmara Municipal de Santarém, pedir uma audiência ao Presidente.

A partir daqui, o desespero que nunca me abandonou, deu um espaço à esperança e à determinação: nada ficaria por fazer, prometi a mim próprio que "levaria tudo à frente...", uma espécie de esperança raivosa, uma vingança contra o egoísmo dos outros, que me fez ranger os dentes e pôr em cada gesto e palavras, toda a convicção e força interior para que ninguém tivesse dúvidas do objectivo que queria alcançar.

A história do percurso da minha Cooperativa de Habitação Económica “Lar Sacalabitano, levou vários anos e foi o mais duro teste à minha persistência e teimosia que se prestou a um folhetim que terminou bem no dia em que eu próprio entreguei 96 chaves de outras tantas casas a outras tantas famílias, que não a minha, porque ao fim de quase 10 anos já tinha arrendado uma casa que comprei à minha sogra que a obteve por morte do marido.

Mas o processo continuou e das 96 passaram às centenas , mais de 400 , que viriam em anos seguintes, numa 2ª e 3ª fases, chegando às centenas, mais de 400 apartamentos, numa zona nobre da cidade de Santarém, Av. Bernardo Santareno, do lado direito de quem desce, antes de chegar ao edifício do novo Hospital que então e ainda não existia.

Foi o maior programa de Habitação Social do Distrito de Santarém e talvez de todo o interior do país e que teve contra si, primeiro o cepticismo, depois, a inveja, a intriga, as armadilhas, um pouquinho de tudo mas que começou e acabou sem interrupções, sem escândalos, nem falências, porque, como terá dito um técnico do Fundo de Fomento de Habitação que acompanhou todo o processo, teve à sua frente o Dr. Paula de Matos.

Reconheço o meu orgulho e vaidade quando passo de carro na avenida, ao longo daquele bairro, espaçoso, com zonas para as crianças e espaço para lojas que lhes dão vida.

O que esse técnico e todos os técnicos nunca souberam, é que foi tudo fruto de uma noite de raiva e esperança de quem tendo saído de Moçambique com a roupa que tinha vestida para não levantar suspeitas na fronteira, abandonando uma casa acabada de mobilar numa avenida à beira - mar se viu na contingência de à noite ver televisão com o aparelho aos pés da cama por não haver espaço para mais...

quarta-feira, julho 19, 2017

                Os Trolhas


                  

PENSAMENTOS





















-  À BEIRA DE UM PRECIPÍCIO SÓ HÁ UMA MANEIRA DE ANDAR PARA A FRENTE: DAR UM PASSO ATRÁS;



- DIZ-ME COM QUEM ANDAS, DIR-TE- EI SE VOU CONTIGO;

- EU CAVO; TU CAVAS, ELE CAVA, NÓS CAVAMOS, VÓS CAVAIS, ELES CAVAM: NÃO É BONITO… MAS É PROFUNDO;

- ERRAR É HUMANO, COLOCAR AS CULPAS EM ALGUÉM, ENTÃO, NEM SE FALA;

- QUANDO TE ATIRAREM UMA PEDRA FAZ DELA UM DEGRAU E SOBE…SÓ DEPOIS, QUANDO TIVERES UMA VISÃO

 - PLENA DE TODA A ÁREA, PEGA NOUTRA PEDRA, APONTA BEM E ACERTA NA CABEÇA DE QUEM TE ATIROU A PRIMEIRA;

-NUNCA DESISTAS DE UM SONHO, SE NÃO O ENCONTRARES NA PADARIA PROCURA NA PRÓXIMA;

- O MAIS NOBRE DOS CACHORROS É O CACHORRO-QUENTE: ALIMENTA A MÃO QUE O MORDE;

- TUDO É RELATIVO: O TEMPO QUE DURA UM MINUTO DEPENDE DO LADO DA PORTA DO WC EM QUE VOCÊ ESTÁ;


- ROUBAR IDÉIAS DE UMA PESSOA É PLÁGIO, DE 

MUITAS PESSOAS É PESQUISA.

E finalmente:

- Austeridade
 - Acto de punir os pobres pelos erros dos ricos...

JESUS É DE

DIREITA

OU DE
ESQUERDA?












A Revista VISÃO interrogou em tempos várias personalidades da nossa vida política acerca da opinião que têm sobre esta interessante questão.

"De acordo com o discurso que teria sido proferido por Jesus (ou por quem lhe escreveu o guião, caso não tinha sido ele) e chegou até nós, ele foi, certamente, um dos maiores inovadores da ética que a história conheceu. O Sermão da Montanha é muito avançado para o seu tempo e o seu “dar a outra face” adiantou-se a Gandhi e Martin Luther King em 2.000 anos" -  ( Richard Dawkins).

A sua tolerância face à mulher adúltera: “Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra” indicia uma política fracturante de costumes bem mais aberta do que a seguida até hoje pelas diversas igrejas que lhe reclamam a herança.

“É impossível a um rico entrar no Reino do Céu”. “Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no reino do céu”. Repito-vos: “ É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino do céu”.
Se estas afirmações não constituem uma condenação directa, pelo menos aos homens ricos do seu tempo, não deixam quaisquer dúvidas que “os ricos não pertencem à fraternidade com que Jesus quer construir na terra o reino dos céus” na opinião de Joaquim Carreira das Neves e colocam-no num posicionamento ideológico de esquerda, de acordo com os conceitos de esquerda/direita dos dias de hoje.

O Novo Testamento é a principal fonte da vida e dos ensinamentos de Jesus e terá sido escrito pelos seus discípulos, chamados “evangelistas”, entre os anos 60 e 100 da era cristã. Embora Jesus tenha falado em aramaico, uma língua com alfabeto próprio ainda em uso na sua versão moderna na Arménia e em certas partes da Síria, o Novo Testamento chegou até nós em grego, que era a língua franca da época.

Centenas de escritos produzidos depois do Século I não integram os quatro Evangelhos (esta palavra vem do grego e significa: “boas mensagens ou boas novas”) do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João, e ficaram a constituir os Evangelhos Apócrifos que estão na base de muitas celeumas entre historiadores, linguistas e hermeneutas (pessoas especializadas em interpretar textos escritos).

Aliás, várias religiões cristãs têm cânones diferentes aceitando uns e recusando outros.

Joaquim Carreira das Neves, 75 anos, padre franciscano, especialista em Estudos do Próximo Oriente e profundo conhecedor das circunstâncias históricas contemporâneas dos escritos do Novo Testamento afirma:

“Se vivesse hoje, Jesus era de esquerda, porque andava com os desclassificados e marginalizados. Jesus tinha muito apreço pelos que eram mais descriminados e andava sempre ao lado dos mais desfavorecidos”.
Richard Dawkins, Prémio Nobel, ateísta militante, e tantas vezes referido neste blog, é um grande admirador de Jesus tendo mesmo escrito um artigo intitulado: “Ateus por Jesus”.

Na sua opinião, a superioridade moral de Jesus confirma precisamente que a ética das Escrituras em que foi educado não o satisfazia. Afastou-se explicitamente delas, por exemplo quando desvalorizou os avisos severos quanto a desrespeitar o “sabat”: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”.
José Manuel Pureza, especialista em Estudos da Paz, docente de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra, afirma:

- “Cristo foi um revolucionário, um blasfemo. Morreu assassinado, não morreu nem de velho nem doente – foi morto pelo poder político e religioso da época”.Parece, pois, que se aceitarmos como boa a dicotomia entre “transformação” e “conservação”, para separar a esquerda da direita, então, não há dúvidas sobre onde colocar Jesus:

- “Pôs-se sempre do lado da transformação – isso é, para mim, suficiente para dizer que de direita ele não seria”, conclui o professor.

Site Meter