sábado, novembro 16, 2013

A BODA

Não queria esta senhora como fotógrafo na boda do meu casamento...


IMAGEM

Apresentar... arma.


Não se nega um empurrãozinho

 às 4 da madrugada…



Altas horas da madrugada, um casal acorda ao som insistente da campainha da porta.
O dono da casa levanta-se e, pela janela, pergunta:

- O que é que você quer?

- Olá. Eu sei que é tarde. Mas preciso que alguém me empurre. A sua casa é a única nesta região. Só você me pode empurrar!


Louco de todo, o recém-acordado replica:


- Eu não o conheço. São 4 horas da madrugada e pede-me para o ajudar?
Ah!, Vá-se f...r! Você está bêbado.


E volta para a cama. A mulher, que também acordara, não gostou da atitude do marido:


- Exageraste! Já ficaste sem bateria aqui há pouco tempo. Bem podias ter ajudado o indivíduo.
- Empurrá-lo? Ele está é bêbado - desculpa-se o marido.
- Mais um motivo para o ajudares - insiste a mulher. - Ele não vai conseguir andar sozinho. Logo tu, que sempre és tão prestável...


Mordido pelos remorsos, o marido veste-se e vai para a rua:

- Hei, eu vou ajudar-te! Onde é que estás?
E o bêbado, gritando do fundo do jardim:


- Aqui, no baloiço! .....

TRIO IRAkITAN - O VAGABUNDO

Mais uma contribuição do Nordeste para a MPB (Música Popular Brasileira). Surgiram na cidade de Natal em 1947 e foi, sem dúvida, o mais importante, de maior expressão e um dos mais respeitados no país.

O Trio Irakitan teve sua fase de ouro nos anos 50/60 quando existiam vários trios como: Trio Nagô, Trio de Ouro, Trigêmeos Vocalistas, Trio Madrigal, Três Áses e um Curinga, sem falar nos conjuntos vocais como o Conjunto Farroupilha, Os Cariocas, Demônios da Garoa e muitos outros. A afinação e harmonia eram perfeitas, hoje só vemos duplas sertanejas com uma segunda voz pobre e nada mais.


DENÚNCIA NO PARLAMENTO

Nunca é demais insistir na denúncia da corrupção que ainda recentemente foi mencionada pelo Dr. Paulo Morais, ex-vice Presidente da Câmara do Porto para o Urbanismo, como importante factor responsável da actual crise que o nosso país atravessa.
Este skastch é bem elucidativo da protecção escandalosa de políticos e legisladores ao fenómeno da corrupção.

Restaurante Sauvage em Berlim   



Como se percebe e faz sentido, num restaurante do paleolítico a decoração é simples e "pobre". Voçê pode descalçar-se e comer com as mãos... pratos confeccionados à moda da Idade da Pedra, 100% natural. Se um dia for a Berlim Tel: 03053167547 - 017678224531

PALEOLÍTICO

 À MESA

Um casal homossexual transformou um antigo bordel num restaurante. Até aqui, nada de especial. O que faz dele um negócio único no mundo é que ele só serve dieta ou cozinha do Paleolítico.

Chama-se Sauvage e nasceu há menos de um ano. No cardápio existem pratos estranhos. A confecção à maneira do paleolítico rejeita alimentos provenientes de grãos – aveia, cevada, trigo feijão, soja. Aqui não entra o pão – pelo menos como o conhecemos – ou outro género de hidratos de carbono. O açúcar também está vedado. Alternativas? São muitas. Quem pedir uma sobremesa no Sauvage, não vai para casa com a boca amarga: a flor de coco, o mel cru e o açúcar próprio das frutas são formas de adoçar a comida e os clientes mas protegendo-os de doenças como os diabetes.

A saúde e o bem-estar são os argumentos lapidares da dieta. “Há dois anos que seguimos este tipo de cozinha e cuidamos do nosso corpo, e não ficamos doentes” diz Rodrigo.

Mas, além dos cozinhados, Rodrigo e Boris destacam a forma como encaram o quotidiano. Cedo ou tarde, as pessoas que se identificam com esta dieta mudam muitas coisas no seu estilo de vida”. Põem uma cruz por cima dos antibióticos, dos produtos cosméticos ou farmacêuticos.

Assim, alegam, sentem o sistema imunológico fortalecer-se, porque só comem o que é adequado à capacidade digestiva do ser humano.

Alexandra Bento, nutricionista, diz que os benefícios desta dieta “podem estar unicamente, na inclusão de alguns alimentos e não na exclusão de outros” já que o sistema digestivo humano evoluiu desde o paleolítico.

Afirmar que o nosso corpo não digere todos os alimentos é errado.”

Rodrigo estabelece, por sinal, limites na fidelidade à idade paleolítica. A ideia não é copiar a maneira como as pessoas comiam naquela altura, mas sim cozinhar de uma forma que seja compatível com aquela que eles usavam.” Desengane-se quem pense que a comida é servida crua ou apenas grelhada no forno. Para a mesa vai uma espécie de pão de sementes, crackers e tortas feitas com farinha de nozes. Mas na confecção nunca são utilizadas temperaturas acima dos 120 graus.

“É um processo muito mais próximo da desidratação do que da cozedura” explica Rodrigo.

A resistência inicial dos mais cépticos, diz o brasileiro, passa por norma após a primeira garfada. “Aqui tudo parece que vem da casa da vovó”. “ Fazemos, por exemplo a nossa manteiga e o nosso queijo”. O espaço também ajuda, relaxado e com uma decoração minimalista, convida ao conforto simples.

Não há notícia de que alguém tenha saído com fome do Sauvage. Já um pouco mais selvagem, quem sabe?

O BAPTISMO

Porque nascem os bebés em pecado…

Baptismo é Imersão

Os primeiros cristãos que viveram na terra de Israel foram baptizados submergindo-se no rio Jordão, repetindo o ritual de João. Os que viviam noutros lugares faziam-no em rios ou lagoas.

A própria palavra "baptismo" vem da palavra grega "mergulho", "afundar na água." Através dos séculos, este costume se perdeu e hoje no ritual católico ficaram apenas algumas gotas de água que o sacerdote derrama sobre a cabeça do novo cristão. Os cristãos de ritual ortodoxo e alguns cristãos evangélicos ainda praticam o baptismo por imersão em rios e águas tranquilas do mar.

A prática do baptismo por imersão foi diminuindo à medida que o baptismo infantil se generalizava, uma prática que aparece em escritos no século II, e foi incentivado na medida em que a teologia cristã se agarrava cada vez mais à ideia de que todos nós nascemos em pecado, o que levaria muito cedo ao dogma do "pecado original".

A base para essa ideia na teologia parte de uma interpretação literal dos textos de Paulo (sempre ele...) em 1 Coríntios 15,21 e Romanos 5.12. A ideia foi sistematizada e adornada no século IV pelo bispo Agostinho de Hipona, o grande Santo Agostinho, o teólogo mais influente na teologia cristã entre Paulo e Lutero, que pode ser considerado o "pai" da doutrina do pecado original e, consequentemente, o pai da tradição que denigre a sexualidade humana, por ser a via para a "transmissão" desse pecado. Esta doutrina nefasta é ainda central para a teologia católica oficial.

Até agora, este "pecado original" seria a principal razão para o baptismo de crianças. Razão e até mesmo obsessão, porque tem havido campanhas para baptizar os bebés logo a seguir ao nascimento e existem mesmo campanhas para baptizar até os fetos abortados.

Obsessão baseada no medo: a crença de que as almas dessas criaturas, mesmo ainda não formadas, iriam, por causa do "pecado original" para o limbo, um "lugar" em que nem vêm Deus, nem voltam a ver novamente seus pais. 

Depois de séculos alimentando esta crença absurda do limbo, em Maio de 2007, (só?...) "foi fechado" oficialmente pelos teólogos do Vaticano. 

Desaparecerá, por isso , o costume do baptismo infantil? 

JUBIABÁ

Episódio Nº 164

A francesa faz um gesto com a mão. Que importa? Todas estão mortas, o tango está dizendo. Eunice já disse. Ela não é mais Lindinalva, a pálida Lindinalva que corria no Parque de Nazaré.

Ela está morta, seu filho está com Amélia. Quando passa por Lulu a cafetina avisa que peça champanhe. A menina morena volta do quarto com ar espantado e lágrimas nos olhos.

Os dois rapazes riem e trocam impressões. Lindinalva pede champanhe. Depois, no quarto, o comerciante (comera em sua casa) pergunta o que é que ela faz além do normal.

Mas estão todas mortas, já morreram todas. Eunice bebe mais cachaça, o tango soluça. Foi assim a recepção de Lindinalva.


Cedo ficou velha para pensões caras. Os homens ricos não vão mais com ela. Agora a sua boca conserva sempre um travo amargo da cachaça.

Eunice já foi para a rua de Baixo onde as mulheres cobram cinco mil réis. Hoje é Lindinalva quem irá. Alugou o quarto na mesma casa que Eunice.

Durante o dia foi ver o filho no quartinho onde Amélia mora. Gustavinho está lindo, os grandes olhos vivos, a boca carnuda como aquela flor vermelha de que Gustavo falava.

Lindinalva nem se recorda do nome. Agora sabe palavras feias em francês e toda a gíria das mulheres da vida. Mas o menino diz “mamãe, mamãe”, e ela se sente pura como uma virgem.

Conta histórias ao filho, histórias que ouvira de Amélia noutros tempos quando ela era Lindinalva.

Na casa onde vai morar a mulher disse que era Linda de agora em diante.

Conta ao filho a história de Maria Borralheira e fica feliz, muito feliz. (Que bom se o mundo acabasse naquele momento, se todos morressem)

Ficam na sala atrás das janelas semi-abertas. Homens passam na rua e elas chamam. Uns entram, outros dizem piadas, alguns apressados se levam embrulhos.

Eunice está bêbeda dizendo que já morreu, que todos estão no inferno. A polaca velha se queixa da sua falta de sorte. Na véspera não arranjara homem. Hoje tão pouco. Talvez tenha que ir para a Ladeira do Taboão onde as mulheres cobram mil e quinhentos, fazem tudo e morrem depois.

Lindinalva está longe dali, está com o filho no quarto pobre de Amélia. Ele sorri e diz “mamãe”. Vontade doida de beijar os lábios carnudos do filho, de continuar a contar durante toda a vida a história de Maria Borralheira.

A dona da pensão bota uma vitrola para tocar na sala de jantar. Os peitos moles de Eunice aparecem sob a combinação. Ela chama os homens da janela.

Gustavinho quando ficar rapaz talvez passe nessas ruas. Quando isso se der, Lindinalva já terá morrido e ele não a encontrará atrás da janela a chamar homens.

De Lindinalva ele guarda a recordação de uma moça simples e bonita que contava histórias de Maria Borralheira.

Eunice está dizendo que estão todas mortas. A polaca pede dois mil réis emprestados. Um rapaz de cabeleira atende ao chamado de Lindinalva. Eunice diz:


 - Boa sorte, Linda – e suspende um cálice imaginário.

sexta-feira, novembro 15, 2013

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E por que não transportá-la de carrinho de mão?...


Demis Roussos - Goodbye  My Love Goodbye

Provavelmente, a canção romântica mais linda do último ... milénio.

O Elevador...


Um menino da roça, de 15 anos de idade, e seu pai entraram num shopping, lá em Goiânia, pela primeira vez. Eles ficaram impressionados com quase tudo o que viram, mas especialmente por duas brilhantes paredes de prata que poderiam abrir e fechar.

O menino perguntou: - O que é isto, pai?

O pai, que nunca tinha visto um elevador, respondeu: - Filho, eu nunca vi nada parecido em minha vida, eu não sei o que é.


Enquanto os dois estavam assistindo com perplexidade, uma senhora idosa, gorda, numa cadeira de rodas chegou perto das portas e apertou um botão. As portas se abriram e a senhora rolou entre elas, entrando naquele quarto pequeno. As portas fecharam e o menino e seu pai observavam o pequeno número acima das portas acender sequencialmente e continuaram a assistir até que chegou o último número... depois os números começaram voltar na ordem inversa.
Finalmente, as portas se abriram novamente e uma linda loira de mais ou menos 24 anos, saiu do quartinho.

O pai, sem tirar os olhos da moça, disse calmamente ao seu filho: - Vá buscar sua mãe....


O Jackpot do Euro-Milhões...


é a própria vida.






Não jogo, falta-me a fé. Mas reconheço que a tentação do euro- milhões é enorme porque aquelas importâncias acumuladas em vários Jackpotes atingem dimensões verdadeiramente “pornográficas” e esse é o grande factor aliciante, de tal forma que até  já existe um limite a partir do qual o prémio é redistribuído pelos apostadores que ficam em 2º lugar.


A oportunidade de uma determinada pessoa ser bafejada por um jackpot é inferior à de ser atingido por um meteorito mas, se essa pessoa fosse suficientemente determinada para tentar todas as semanas e vivesse 400 milhões de anos, de certo que lhe sairia o prémio. Logo, não é a sorte que é pouca… a vida é que é curta.

Mas, porque desesperamos que nos saia o Jacpot quando, na verdade ele já saíu a cada um de nós?

 - É que eu próprio, e os meus amigos que seguem o Memórias Futuras em Portugal, Brasil, E.U.A., Rússia, Canadá, Alemanha, Polónia, Suiça, R. Unido, Colômbia, México e Espanha e, eventualmente, em  outros pontos do mundo , todos nós, somos um caso evidente de Jackpot e esse já ninguém nos tira, ganhámo-lo no momento do nosso nascimento.


Ora vejamos:


 - Cada um dos nossos pais produziu por dia, no período fértil das suas vidas, entre 300 a 500 milhões de espermatozóides, repito, por dia, e qualquer um deles, combinado com um óvulo de entre os cerca de 250 pertencentes às nossas mães, também ao longo da vida fértil, era um potencial descendente, um irmão nosso.


Repare-se bem, muitos milhares de milhões de uma pequena célula, cada uma diferente de todas as outras, que eram pertença dos nossos pais, escolhida num processo competitivo, (espécie de corrida de 100 metros) até ao local da fecundação com um dos muitos óvulos das nossas mães que estava disponível nesse dia, determinou o nascimento de cada pessoa numa probabilidade que desafia quase o infinito.

Richard Dawkins, grande especialista do genoma humano - (Premio Nobel em 1973 pelos seus estudos em Etologia e um dos maiores intelectuais do nosso tempo) - afirmou que as pessoas potencialmente permitidas pelo nosso ADN que poderiam estar aqui no nosso lugar mas que na verdade nunca verão a luz do dia, excedem em número os grãos de areia do deserto do Sara… pensem bem, os grãos de areia do deserto!

E não é que cada um de nós tem a sensação que é o filho óbvio dos seus pais? Não é isso que sente qualquer  um?

Agora que penso nisto quase que estremeço ao imaginar a multidão a perder de vista de irmãos meus que ficaram por nascer e me “deram” o seu lugar para que eu possa estar aqui a contactar convosco e, por sua vez, cada um de vós, aí, nesse lugar, a ler o Memórias Futuras em vez de multidões de irmãos vossos.

E, no entanto, as pessoas “choram-se” porque quando jogam nunca lhes sai nada e pensam, pensamos todos, que ter sorte é acertar na “chave” do Euromilhões quando, como já devem ter percebido, sorte é ter nascido, para o bem e para o mal...


 Que atentado! 


Não há crença ou religião que não aponte para outras vidas numa estratégia óbvia de condicionar e influenciar as pessoas pelo medo ou por prémio, a adoptarem determinados comportamentos e atitudes, normalmente de disciplina e submissão, embora tudo à nossa volta nos mostre à evidencia que após a morte a vida continua, é certo, mas através de novos personagens que não os anteriores recauchutados.

A vida é um bem precioso, e é precioso porque é raro, embora os sete mil milhões de semelhantes nossos que habitam o planeta nos possam dar uma ideia contrária, mas o que é este número comparado com o dos grãos de areia do deserto do Sara?

Vamos morrer e por isso somos nós os bafejados pela sorte. A maior parte das pessoas nunca vai morrer porque nunca vai chegar a nascer.

É muito importante pensar a vida, a nossa vida, como aquela oportunidade que nos surgiu de entre muitos milhões de oportunidades que podiam ter acontecido a outros que não a nós.

Se assim conseguirmos pensar, até porque é essa a realidade, olhar-nos-emos e aos nossos companheiros de “viagem” com outros olhos, com mais atenção e mais sentido de responsabilidade.

No fundo, todos buscamos a felicidade que é aquela “coisa” que definimos para nós próprios nem sempre facilmente.

Sabemos, acima de tudo, que queremos ser felizes mas não sabemos bem “como” nem “com quem” e quando o julgamos saber muitas são as vezes em que concluímos que estávamos enganados.

Nascemos condicionados pelos nossos genes e pelo contexto cultural e social em que vivemos e por muito que nos emancipemos através de uma formação científica sólida e diversificada, é na gestão que fazemos daqueles dois grandes factores que as nossas vidas têm que se resolver.


Em última análise, são aspectos emotivos da nossa própria natureza que irão determinar o sucesso das nossas vidas em termos de felicidade e por isso a necessidade de apelar à inteligência para orientarmos a nossa sensibilidade, os nossos afectos.

Só somos seres superiores porque temos a capacidade de sermos bons de uma forma inteligente: nem “máquinas pensantes”nem “donzelas de lágrima ao canto do olho”.

A razão e o sentimento têm que “casar-se” sem que para isso haja alguma fórmula mágica a não ser, talvez, a que se esconde algures dentro de cada um de nós…

Temos uma dívida para com o meio que nos cerca pois não só o planeta em que vivemos é propício e “amigável” como o próprio Universo também o é.

Segundo os cálculos dos físicos, pequeninas alterações que fossem nas leis e nas constantes da Física e o Universo ter-se-ia desenvolvido de tal modo que a vida teria sido impossível.

Mas a nossa responsabilidade não é perante o Universo que se organizou de forma a permitir a vida, nomeadamente a nossa, pois somos demasiado pequenos e insignificantes para assumirmos responsabilidades perante o Universo.

A nossa responsabilidade é perante nós próprios, na qualidade de única espécie verdadeiramente inteligente que ao longo de um processo evolutivo de muitos milhões de anos, e com muitos sobressaltos pelo caminho, se conseguiu impor.

Despoletamos forças poderosas, estamos em vésperas de construir estações orbitais com condições para lá podermos viver, transformamos o nosso mundo numa aldeia global, mas continuamos com imensas dificuldades em resolver situações de simples vizinhança e convivência em que alguns conflitos religiosos continuam a ser os de mais difícil resolução.

…Sempre, sempre os deuses a dificultarem a vida dos homens!!!

É quase uma criança....

quinta-feira, novembro 14, 2013

MEMÓRIAS FUTURAS

A partir de hoje os visitantes deste blog podem fazer-me chegar as suas opiniões através do Comments, no fim de cada texto. Terei muito prazer em recebê-las.

Saudações de 

Joaquim Matos

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Confira pelas horas do seu relógio...


Salvatore Adamo - Uma mecha do teu cabelo

Este rapaz faz-me sentir eternamente jovem...


O Brasil e um mundo intolerante

(Prof. Luiz Marins)
           

Nestes tempos em que estamos vivendo, onde ninguém,  em nenhum lugar do mundo, está a salvo – tanto dos ataques dos terroristas de todos os matizes quanto dos que a eles declararam guerra mundial – é importante ressaltar que em qualquer análise que se faça do mundo contemporâneo, o Brasil desponta como a “Capital Mundial da Tolerância”.

O Brasil é um País visto e reconhecido como um lugar pacífico, de um povo tolerante – até tolerante demais para os que gostariam de ver nosso povo mais indignado com nossas mazelas. Aqui convivem, na pureza ou na falsidade (pouco importa desde que convivam de maneira tolerante e pouco violenta), brancos e negros, árabes e judeus, católicos e protestantes, corintianos e palmeirenses, flamenguistas e vascaínos.

O maior problema do mundo de hoje é a intolerância. Grupos radicais, são exatamente “radicais” por não serem tolerantes com as diferenças, com os opostos, com a opinião discordante. A intolerância faz com que o meu “deus” seja o único verdadeiro. A minha opinião a única certa. A minha verdade, a única verdade.

A intolerância é radical. A intolerância é violenta pela própria natureza da não-aceitação a não ser do que considero certo, do que entendo como justo, do que acredito como verdadeiro, da minha e somente minha verdade.

Podemos criticar com veemência a passividade do brasileiro. Podemos nos indignar pela falta de reação às condições de desigualdade social e distribuição de renda de nosso País. Podemos até concluir que esse excesso de tolerância das camadas mais oprimidas do Brasil seja um grande fator limitante em nossas conquistas sociais. Mas só essa constatação é prova em si mesma de nossa tolerância. Se ela é demais ou de menos não quero discutir neste texto. Se ela é o que faz do brasileiro um povo que se diz feliz ou se ela é um ópio que anestesia o espírito de luta de nosso população mais carente, também não quero discutir aqui. O fato é que a tolerância é uma marca registrada do brasileiro. Das “diretas já!” ao “apagão”, o povo “se conforma” e segue a vida, acreditando mais um vez e colaborando com autoridades e governos.

E só mesmo quem já viveu em países onde a intolerância predomina para dar valor à tolerância. Quem não viveu, quem não experimentou, não sabe o que é ser eternamente marcado por sua origem étnica, sua crença religiosa, seus valores mais íntimos e até pelo que pensa no mais íntimo de seu ser. Quem não viveu em países onde a intolerância impera, não sabe o que é conviver com o medo de ser diferente, de falar diferente, de vestir-se diferente, de olhar diferente. Há inúmeras formas de violência dirão muitos. Há a violência física, mas há também a violência da exclusão social e econômica. Há a violência da indiferença e tantas outras. É verdade. Mas nenhuma violência é mais violenta do que o medo e nenhum medo é maior do que o da morte violenta.

Se no Brasil, temos a violência nas grandes cidades, fruto das desigualdades, incendiadas pelo narcotráfico, maximizadas pelo descaso das camadas mais privilegiadas, a verdade é que ainda assim temos a marca da tolerância. A violência urbana no Brasil é fruto da desigualdade social e econômica e não da intolerância religiosa, das diferenças de cor da pele, do amendoado dos olhos, do tecido que envolve o corpo. Isso faz uma grande diferença, porque a desigualdade social e econômica pode ser resolvida ou minorada com programas e projetos sérios, com vontade política. A intolerância étnica, religiosa, política ou ideológica que seja, parece não ter solução, nem teórica. Que falem os conflitos na Irlanda do Norte, nos Balcãs, na Espanha, no Oriente Médio.

Sendo a “Capital Mundial da Tolerância” o Brasil pode fazer do limão que é mundo em vivemos a possível limonada que poderá tirar a sede de nossas desigualdades internas.
Distante do fundamentalismo radical, o Brasil pode e deve colocar-se para o mundo como o melhor e seguro destino turístico, por exemplo. Segundo todas as análises, o sector terciário da economia (comércio e serviços) será o grande gerador de emprego e renda neste Século XXI. E no sector terciário, o turismo desponta como principal gerador de riquezas. A indústria do turismo é ecologicamente correta, gera empregos em todas as camadas – do arquitecto ao garçom – desloca a riqueza para regiões distantes dos grandes centros fixando o homem em sua região, estimula a produção – desde alimentos a supérfluos – gerando assim um círculo virtuoso e uma cadeia produtiva das mais ricas e complexas. Um grande resort ou hotel emprega desde a manicure e o jardineiro, até o especialista em tratamento de esgotos e o engenheiro de manutenção. Da simples camareira ao sofisticado “chef” de cozinha não há no setor do turismo ninguém dispensável, nenhuma função que não seja essencial.

E é importante ressaltar que o turismo do Século XXI é o turismo ambiental, o eco-turismo, o turismo da natureza. Americanos, europeus, japoneses – afinal o povo rico do mundo e que pode gastar com turismo – não quer ver cidades grandes e pouco vem se interessando por museus e igrejas velhas. Tudo isso eles já possuem. Querem sentir a natureza, andar nas trilhas rústicas de uma montanha ensolarada. E nisso, mais uma vez, o Brasil é imbatível.

Nenhum País do mundo tem Cataratas do Iguaçu, Pantanal, Chapadas do Centro Oeste, Floresta Amazônica, 7.000 km de praias ensolaradas. Tudo isso fora a beleza natural de um Rio de Janeiro, das possibilidades do turismo rural no interior de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, etc. e das oportunidades do turismo de negócios, eventos e gastronómico de uma cidade como São Paulo.

Agora é a hora de enxergar a oportunidade na crise. Com dólares nos bolsos, o turista estrangeiro tem no Brasil um destino dos mais baratos do mundo e com qualidade similar a outros destinos “perigosos” pela intolerância e pela guerra declarada que estamos vivendo.

Pense ser você um europeu. Imagine-se um americano. Acredite ser um japonês. Para onde irá? Onde escolherá para passar suas férias? Oriente Médio? Sudeste Asiático? Nova York? Londres?Paris? Tóquio? África do Sul?

Não me parecem destinos seguros. Talvez os únicos destinos que se comparem ao Brasil hoje sejam a Austrália e a Nova Zelândia e estes são muito distantes da Europa e dos EUA, com passagens aéreas caríssimas se comparadas ao Brasil. E como a grande massa de turistas do primeiro mundo é composta por pessoas da chamada “terceira idade”, mais ainda o custo da passagem, a segurança, o sol e o calor da tolerância, fazem a diferença.

E o turismo interno? Para onde iremos nós brasileiros?

Sem dúvida o Brasil se apresenta como a melhor opção externa e interna. As convenções e viagens de incentivo programadas para o exterior, serão feitas no Brasil. A viagem comemorando aquelas bodas de prata não serão mais na Europa, menos ainda nos EUA. Iremos para o nosso Bonito no Pantanal, Fortaleza, Manaus, Foz do Iguaçu, Salvador, Maceió, Porto Seguro, Chapada Diamantina. Podemos escolher. Temos beleza e natureza às mancheias.

E a verdade, é que, embora, muitas vezes simples,  o atendimento, a cortesia, a atenção, a alegria e mais uma vez a tolerância do brasileiro faz com que o turista sinta-se no Brasil como se estivesse num outro mundo – diferente, encantador, privilegiado pela própria natureza.

Agora é, pois, hora de autoridades, associações, sindicatos, agências, companhias de aviação, hotéis, restaurantes, enfim, todos os agentes da indústria do turismo, se unirem. Agora é a hora de vender o Brasil e o Brasil todo como um destino global de qualidade. Assim, é preciso que façamos uma acção coordenada do Sul, Sudeste, Centro Oeste, Norte, e Nordeste, governos federal, estaduais e municipais, conselhos de turismo, etc.,  para que o turista sinta-se num País só, com qualidade e segurança, já que preço baixo, por certo ele já terá.

Agora é a hora de motivar os brasileiros dentro e fora do turismo, mostrando a todos e fazendo-os compreender as vantagens estratégicas competitivas do Brasil no sector turístico. Para que passem a encarar com seriedade absoluta esse grande gerador de emprego e renda, que poderá tornar-se a grande redenção da população mais simples, do homem excluído, das regiões mais distantes que até hoje parece que só Deus olhou. A oportunidade passa uma vez só ou poucas vezes. Se soubermos agarrá-la venceremos. Se a perdermos continuaremos chorando a falta de sorte; desunidos, continuaremos culpando-nos uns aos outros e continuaremos deitados neste berço, realmente esplêndido, chamado Brasil.



NOTA - Por três vezes estive no Brasil. De uma delas passei uma semana em João Pessoa onde o meu falecido sobrinho tinha uma casa.

Uma das outras vezes, no final do ano de 1995, passei o fim de ano no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana com mais de um milhão de cariocas que em quinze minutos "caíram" da marginal no areal em abraços e festejos. Um deles me abraçou como se fosse meu irmão! Foi surpreendente  a sinceridade e espontaneidade do gesto...

Finalmente, uma excursão a várias cidades do Nordeste e aí, na minha qualidade de português, fiquei rendido à cidade da Baía que na parte antiga parecia a minha velha Lisboa. Quase me senti em casa...

Dos nordestinos, conheço-os bem através de Jorge Amado, o meu escritor de eleição, como já devem ter percebido... aqueles coronéis e os nossos morgados...

Dos brasileiros, aquilo que mais me apetece dizer é que nos contactos, é um povo de pessoas doces, alegres, dadas, com uma identidade muito própria e a grande vantagem de falarem a mesma língua que eu.


No comboio Lisboa-Porto viajava uma bela mulher, com um bebé ao colo... e umas mamas do tamanho do Mundo!
No banco da frente vai sentado um sujeito que não tirava os olhos do decote da moça...
O bebé desata a chorar e a espernear, e para acalmá-lo, ela tira o peito para fora para alimentá-lo. Mas o danado do bebé continua na gritaria...
- Vá lá bebé, chupa, senão dou a maminha àquele senhor!
E nada do bebé mamar... E a cena repete-se:
- Vá lá filhotinho, chupa, senão dou a maminha àquele senhor!
E o puto não mamava, e o comboio aproximava-se do Porto, e a cena repetia-se...
Aí o fulano, já farto das cenas, grita-lhe:
- Oh minha senhora, veja lá se o puto se decide, porque eu já devia ter saído em Coimbra!...

Um herói português, dos Açores, ignorado em Portugal



Um herói pouco conhecido no seu Portugal de origem, açoreano de gema, da Ilha Terceira, e a sua história.

PEDRO FRANCISCO, HERÓI DA GUERRA DA INDEPENDÊNCIA DOS E.U.A. LUTOU AO LADO DE GEORGE WASHINGTON E DO MARQUÊS DE LAFAYETTE.


A sua biografia está cercada de uma aura de lenda, sendo-lhe atribuídos feitos extraordinários. As suas origens são relativamente obscuras. Foi encontrado em tenra idade (presumivelmente cinco anos), numa tarde em 23 de Junho de 1765, a chorar, nas docas de City Point, na Virgínia.

Quando se acalmou o suficiente para falar, percebeu-se que não falava o inglês e sim uma língua parecida com o Castelhano. Embora nada possuísse que o identificasse, as suas roupas eram de boa qualidade e, na fivela do cinto, liam-se as iniciais "P.F.".

Ele contou às autoridades que "estava num local lindo com palmeiras, a brincar com a sua pequena irmã, quando dois homens grandes apanharam ambos. A irmã conseguiu libertar-se dos captores mas o menino não, e foi levado para um navio grande que acabou por conduzí-lo a City Point.

Sobre as suas origens, o investigador John E. Manahan identificou que, nos registos de nascimentos da ilha Terceira, nos Açores, existe um Pedro Francisco nascido em Porto Judeu, a 9 de Julho de 1760.

A criança foi acolhida pelo juiz Anthony Winston, de Buckingham County na Virgínia, um tio dePatrick Henry. Quando atingiu idade suficiente para trabalhar, foi instruído como ferreiro, devido ao seu enorme tamanho e força (ultrapassou os1,98 metros e pesava cerca de 120 kg). O escritorSamuel Shepard, que observou o jovem no seu trabalho, registou:

"Os seus ombros são como os de uma antiga estátua, como uma figura da imaginação deMiguel Angelo, como o seu Moisés mas não como David. A sua queixada é longa, forte, o nariz imponente, a inclinação da testa parcialmente ocultada pelo seu cabelo negro de aspecto desgrenhado. A sua voz era suave, surpreendendo-me, como que se um touro ganisse."

Com os rumores de secessão alastrando-se entre a população da Virgínia, Francisco alistou-se aos 16 anos no 10º Regimento da Virgínia. Estava presente, junto à igreja de St. John em Richmond, quando Patrick Henry fez o seu famoso discurso "Liberdade ou Morte".
Em Setembro de 1777, serviu sob o comando do general George Washington em Brandywine Creekna Pensilvânia, onde as forças dos colonos tentaram deter o avanço de 12.500 soldados britânicos que avançavam em direcção à Filadélfia.

 Não está claro se foi nesse momento que o jovem Francisco salvou a vida a Washington, apesar de se reconhecer que o jovem foi aqui alvejado. Alguns relatos afirmam que ele se tornou guarda-costas pessoal do general, enquanto outros dão conta de que ele era apenas um soldado agressivo e vigoroso, que lutou a seu lado.

Foi Washington quem determinou que uma espada especial, adequada ao seu tamanho, fosse confeccionada para Francisco. Foi esta espada, com 6 pés de comprimento, que aterrorizou os britânicos. Washington terá eventualmente se referido posteriormente a Francisco:

 - "Sem ele teríamos perdido duas batalhas cruciais, provavelmente a guerra e, com ela, a nossa liberdade. Ele era verdadeiramente umExército de um Homem Só."

Posteriormente, em 1850, o historiador Benson Lossing registou no "Pictorial Field Book of the Revolution" que "um bravo virginiano, deitou abaixo 11 homens de uma só vez com a sua espada. Um dos soldados prendeu a perna de Francisco ao seu cavalo com uma baioneta. E enquanto o atacante, assistido pelo gigante, puxava pela baioneta, com uma força terrível, Francisco puxou da sua espada e fez uma racha até aos ombros na cabeça do pobre coitado!"

Mais tarde, enquanto se recuperava, Francisco tornou-se amigo de Lafayette.
Francisco sofreu mais seis ferimentos enquanto ao serviço do seu país, tendo morto um número incerto de britânicos e sido condecorado ao final do conflito por generais estadunidenses que se certificaram de que ele estava presente na rendição do general Charles Cornwallis e dos britânicos em Yorktown, a 19 de Outubro de 1781.

Uma capa de uma edição de 2006 da "Military History" levantou uma questão de retórica que sugeria que ele poderia ter sido o maior soldadoda história americana. A seu respeito, Joseph Gustaitis, na American History Magazine, referiu:

"Um Hércules de 6 pés e meio de altura que empunhava um sabre de seis pés de comprimento, Peter Francisco foi provavelmente o soldado mais extraordinário da Guerra da Revolução Americana".

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