sábado, dezembro 20, 2014

IMAGEM

Esta fotografia ganhou, merecidamente, um prémio internacional.



Elvis Presley - Always On Myind

O casamento e a vida foram fugazes... só as suas canções serão eternas.


Camada de Nervos - E os estudos indicam...


HISTÓRIAS

DE HODJA











Hodja e os seus amigos estão a fazer um piquenique à beira do lago Akshehir num dia de verão. Estão muito divertidos quando, de repente, vêm um homem cair ao lago e prestes a afogar-se grita: “Salvem-me”! Depressa!”

Os homens que estão perto da margem gritam-lhe: “Dê-me a sua mão!” “Dê-me a sua mão!” mas o homem não lhes dá a mão.


Quase a afogar-se, Hodja grita-lhe:

- “Pegue na minha mão!” “Venha, pegue a minha mão!” e o homem, que estava prestes a afogar-se pegou na mão do Hodja e salvou-se.


Todos estão curiosos:


- “Hodja, por que é que ele não agarrou as nossas mãos e agarrou na tua?”


Hodja explica:


- “Este homem é um agiota, nunca dá, apenas leva. Por isso, ele nunca daria a sua mão porque nunca deu nada na vida. 

Mas quando eu lhe disse para agarrar a minha mão, então ele imediatamente a agarrou”.

Duas pessoas conversando

num casamento:










- Sabe que eu não me conformo com essa noiva?

- Por quê?

- Por que ela é horrorosa! Eu nunca vi uma noiva tão feia em toda a minha vida!

- Ah, é? Pois fique sabendo que ela é minha filha!

- Pois, me desculpe, por favor! Eu nunca pensei que você fosse o pai dela!

- Pai, nada! Eu sou a mãe dela!


Tu e a merda da comida saudável...
Comida Saudável ...














Aquele casal de 85 anos estava casado já há sessenta e dois. Não sendo ricos viviam bastante bem porque eram muito poupados.

Apesar da idade estavam ambos em muito boas condições físicas principalmente pela insistência dela na alimentação saudável e na manutenção em ginásio, em especial, durante a última década.

Mesmo com tão boa forma, um dia, numa das raras saídas para férias, o avião onde seguiam despenhou-se e mandou-os para o Céu.

Chegaram às portas rebrilhantes do Céu e São Pedro veio recebê-los à porta. Levou-os até uma fantástica mansão, com móveis dourados e cortinas de finas sedas, com uma cozinha completamente fornecida e uma cascata na sala de banho. Ao fundo podia ver-se uma criada a arrumar as roupas favoritas de ambos nos imensos roupeiros. Eles olhavam para tudo atónitos quando São Pedro disse:

- Bem vindos ao Céu. A partir de agora esta será a vossa nova casa.

O idoso senhor perguntou a São Pedro quanto é que aquilo iria custar.

- Claro que vai custar NADA. Isto é a tua recompensa no Céu.


O homem então olhou pela janela e viu um campo de golf que não tinha comparação com nada, do melhor, feito na Terra...


- Qual é o preço da utilização? - gemeu o idoso homem.

- Isto é o Céu - replicou São Pedro. - Tu podes jogar de graça, sempre que quiseres.

No dia seguinte foram almoçar ao salão e depararam-se com um almoço estonteante, com todas as inimagináveis especialidades gastronómicas, desde mariscos até às melhores carnes e sobremesas, tudo acompanhado dos melhores vinhos e bebidas.


- Nem me perguntes nada - disse o São Pedro ao homem. - Isto é o Céu. É tudo de graça.

O idoso senhor olhou em volta nervosamente e fixou o olhar na esposa.

- Bem, onde é que estão as comidas de baixo teor de gordura e colesterol e o chá descafeinado? - perguntou ele. É a melhor parte - atalhou São Pedro. - Vocês podem comer e beber o que quer que seja que gostem sem se preocuparem em ficarem gordos ou doentes. Eu já disse: isto é o Céu!

O idoso ainda perguntou:


- Nem é preciso ginásio?

- A menos que vocês queiram - foi a resposta de São Pedro.

- Nem testes de açúcar, nem medições de tensão, nem...

- Nunca mais. Vocês estão aqui para se divertirem e gozarem.

O idoso olhou bem de frente para a sua esposa e disse:

- Tu e a merda da comida saudável... Já podíamos estar aqui há dez anos!

Conte nos dedos para não errar novamente.
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)

Episódio Nº 129


















De longe o espiou agachado no mato. Reencontraram-se na beira do rio, ela o fitou nos olhos:

- Não tive culpa.

-Tu me disse. Inda assim, fiquei com raiva.

Bernarda ajudou-o a tirar as calças, dissolviam-se as trevas e as estrelas, chegara o fim da noite. Não houvera ofensa nem descaso, injustiça ou ameaça.

Penas de bem-querer, dor-de-cotovelo: inda assim, fiquei com raiva, dava para chorar e para rir.

Na despedida Natário preveniu:

- Volto daqui a sete dias para passar a noite. Conte nos dedos para não errar de novo.

Se quis dar à voz entonação de ralho e de advertência, não conseguiu: com a mão afagava os cabelos da afilhada e na face imóvel do padrinho, carranca talhada na madeira, Bernarda enxergou a sombra tímida de um sorriso.

Instalado em Tocaia Grande, o negro Tição instituiu o dia de Domingo ao assinalar com acontecimento marcante e permanente o início da semana: congregou os habitantes num almoço.

Concorrendo para evitar tratantadas, pecados, desenganos, servindo ao comércio, à religião e à benquerença das criaturas.

Caçador inveterado, a mata lhe fornecia o necessário para
variar o de-comer. Amigueiro, nos dias de fartura destinava
parte da caça a presentear os moradores mais chegados, ora um, ora outro.

Tendo uma rapariga lhe perguntado o motivo por que não vendia em vez de dar - poderia embolsar um rico dinheirinho respondeu não ser aquele o seu oficio, ganhava a vida com o trabalho na oficina.

Tampouco cogitou de auferir lucro, não o moveu qualquer ganância quando decidiu fabricar carne-de-sol e a seguir dedicou-se a organizar o almoço dos domingos.

Pensou apenas em melhorar a bóia e em reunir o escasso povo do lugarejo.

Para fabricar carne-de-sol contou de imediato com o apoio de Fadul -quem sabe será um bom negócio? - e com a decisiva colaboração da preta Dalila de volta a Tocaia Grande.

Não houve de parte da suntuosa quenga segundas intenções quando se ofereceu para colaborar; nem por ser especialista, de prática comprovada, exigiu paga ou beneficio: colaborou de mão beijada.

Após o susto que raspara quando Janjão Fanchão ameaçou enrabá-la, a rapariga desaparecera, certamente em busca de paisagens menos adversas onde pudesse rebolar em paz o cobiçado fiofó.

sexta-feira, dezembro 19, 2014

IMAGEM

Parece um bairro de habitação social mas as cores conferem-lhe uma alegria especial. Cor é vida...


DORIVAL CAYMMI - É DOCE MORRER NO MAR


Estas músicas que Dorival canta apenas acompanhado pelo seu violão, contra o que era tão hábito e a vontade das fábricas dos discos, foi o resultado de uma teimosia de Aloísio de Oliveira que tinha a intenção de realizar um disco em que Caymmi cantasse as suas canções da maneira mais simples possível ainda que os outros achassem que era arriscar, que só o violão ficaria ôco, vazio. Mas Dorival concordou e Aloysio levou a dele àvante junto dos empresários e em fins de 1959 saíu um LP considerado uma obra-prima da Canção Popular Brasileira. Caymmi, inspiradíssimo, superou-se em todas as canções. A sua voz grave dá um tom dramático às narrativas expressas nas suas canções e ao mesmo tempo provoca-nos a vontade de sentirmos no rosto a brisa do mar enlevando os nossos pensamentos, tornando-nos felizes, deixando a vida passar contemplando as belezas da natureza. É isto que diz o crítico Luís  Américo Lisboa Junior.



                                        . 

Mixórdia de Temáticas


NOS TEMPOS EM QUE SALAZAR 

ENSINAVA A POUPAR









“Senhor Presidente, hoje não apanhei o eléctrico; vim a correr atrás dele e poupei oito tostões"– disse o funcionário público, um contínuo, a querer agradar a Salazar.

Respondeu o Presidente de imediato:

-  "Fez bem, mas se viesse atrás de um táxi teria feito melhor, porque poupava vinte escudos e chegava mais cedo".

As bonecas de croché
AS BONECAS DE 


CROCHÉ....













Um homem e uma mulher estavam casados há mais de 60 anos.

Eles tinham compartilhado tudo um com o outro e conversado sobre tudo. Não havia segredos entre eles, com excepção de uma caixa de sapato que a mulher guardava em cima de um armário e tinha avisado ao marido que nunca abrisse aquela caixa e nem perguntasse o que havia nela.

Por todos aqueles anos ele nunca nem pensou sobre o que estaria naquela caixa de sapatos.

Um dia a velhinha ficou muito doente e o médico falou que ela não sobreviveria.

Sendo assim, o velhinho tirou a caixa de cima do armário e a levou para perto da cama da mulher.

Ela concordou que era a hora dele saber o que havia naquela caixa.

Quando ele abriu a tal caixa, viu 2 bonecas de croché e um pacote de
dinheiro que totalizava 95 mil Euros.

Ele perguntou a ela o que aquilo significava, ela explicou:

- Quando nós nos casamos minha avó me disse que o segredo de um casamento feliz é nunca argumentar/brigar por nada. E se alguma vez eu ficasse com raiva de você que eu ficasse quieta e fizesse uma boneca de croché.

O velhinho ficou tão emocionado que teve que conter as lágrimas enquanto pensava: somente 2 bonecas preciosas estavam na caixa. Ela ficou com raiva de mim apenas duas vezes em todos estes anos de vida e amor.

- Querida !!! - Você me explicou sobre as bonecas, mas e esse dinheiro todo de onde veio ?


- Ah, esse é o dinheiro da venda das bonecas. Só sobraram duas.


ORAÇÃO :

Senhor, dai-me sabedoria para entender os homens, amor para perdoá-los e paciência para aturá-los, porque se eu pedir força, eu bato neles até matar, pois EU NÃO SEI FAZER CROCHÉ ...
Amem!

Não pregou olho, maldita e desgraçada.
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)

Episódio Nº 128





















Jamais dera mostras de ciúme, não a guardara exclusiva para si em mancebia. De passo por Tocaia Grande tomava-a nos braços com arrebatamento e doçura, como se rabicho houvesse, ao menos isso.

Não trocavam palavras de carinho, juras e promessas e não era preciso, pois estavam juntos na cama. Cavaleiro e montaria, cavalgavam-se; cão e cadela, lobos esfaimados, devorando-se.

Nos intervalos conversavam sobre as roças e os familiares, preocupações e devaneios, a casa que ia construir para ele e Zilda no cabeço do morro.

Quando, Padrinho? Não corria dinheiro, não havia pagamento, não se papo bem-querer. Se por acaso Bernarda pretendia algo a mais, em nenhum momento deu a entender, insinuou ou pediu, contentando-se com o que ele concedia e consentia.

Mal sentada na trave de madeira da cama de campanha, velou o sono de Natário durante a noite aziaga. Não pregou olho, maldita e desgraçada. Abandonada.

Tanto sonhara e desejara tê-lo consigo por uma noite inteira! Sem que ela pedisse ou suplicasse, o padrinho decidira vir de moto próprio, sentira vontade ele também: ali o tinha, antes não o tivesse.

Alheio, indiferente, perdido para sempre. Voltara-lhe as costas, tudo se acabara. Pior que a ausência era o desprezo.

Quando o sentiu ressonar, enfim dormido de verdade, levantou-se de manso, acolheu-se no peito do padrinho como fazia antigamente: ele na rede de solteiro, ela menininha.

Recordou o bom e o ruim, a baba do pai em sua boca, a mãe morrendo inerme, a fome, a fuga e o reencontro, a primeira vez no catre da choupana e o par de argolas, brincos dourados, presente que dele recebera e vaidosa usava quando se juntavam.

Assim, passo a passo, foi se dando conta do aparente e do deveras e compreendeu que a zanga e o desprezo não passavam de engano e fingimento para ocultar ciúme e mágoa, dor-de-corno.

Sinal que gostava dela, não a considerava uma puta de coxia, igual a tantas outras com as quais se acasalava na perdição do mundo do cacau.

Tampouco rabicho passageiro que faz rir mas não faz sofrer. Antes da alva, tendo afastado o corpo de Bernarda de cima do peito, devagarzinho para não acordá-la, Natário se levantou, saiu para urinar e tomar banho.

Alvoroçada ela saltou da cama, colocou as argolas nas orelhas, correu atrás do padrinho.

quinta-feira, dezembro 18, 2014

IMAGEM

Sim, o pôr do sol... o mar... mas na altura dos tufões? - Não, obrigado.




A minha cidade Lisboa . 100 fotografias do bairro de Alfama com músicas de Rão Kyao


Camada de nervos - Tá tudo bem?...

















Hodja está a dormir e sonha que alguém lhe está dar nove moedas de ouro mas ele insiste que deviam ser dez. De repente acorda e não vê moeda alguma.
Fecha os olhos novamente e aperta as mãos:
- “Ok, vamos fazer como queres”, diz ele. “Contento-me apenas com as nove”.

Não se metam

com alentejanos...











Um alentejano está a comer ao balcão de um restaurante na estrada quando entram três motoqueiros de Lisboa, tipo "Abutres" (aqueles gajos que vestem roupas de couro preto, cheias de coisas cromadas e que gostam de mostrar a sua força quando estão em bando).


O primeiro, vai até ao alentejano, apaga o cigarro em cima do bife dele e vai sentar-se na ponta do balcão.

O segundo, vai até o alentejano, cospe no copo dele e vai sentar-se na outra ponta do balcão.

O terceiro, vira o prato do alentejano e também vai sentar junto dos outros...

Sem uma palavra de protesto, o alentejano levanta-se, põe o boné, já gasto, na cabeça e vai-se embora.

Depois de algum tempo, um dos motoqueiros diz ao empregado do restaurante:

- Aquele gajo não era grande homem!

- Era mesmo um banana, remata o segundo motoqueiro.

E o empregado:

- E nem grande motorista ... Acabou de passar com o tractor dele por cima de três motas !!!


A Origem da palavra "Ejaculação"








Não, não tem origem no latim, grego ou árabe, como muitas palavras portuguesas.Aqui vai uma pérola da cultura oriental, mais propriamente chinesa.

 A origem da nobre palavra “ejaculação” é, de facto, chinesa e tem origem numa remota lenda chinesa que assim professa:
- Um dia, ou melhor, uma noite, um casal chinoca entretinha-se no libidinoso prazer do sexo quando ela, já estafada do esforçado exercício coital, lhe pergunta:- Amôle...falta muito pala tu viles?
Solícito, ele responde:
- É já, culação!  

... se ofendera, já não a queria de xodó.
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)

Episódio Nº 127


















 - Afastou-se deixando a porta livre, o aço do parabelo cintilou no bruxuleio do fifó.

-  Pelo amor de Deus, não atire, Capitão!

Arrebanhou as calças e a camisa, disparou porta afora, sumiu no mato, só parou de correr quando se considerou a salvo.

Muita sorte tivera: enxergara o Capitão antes de cometer a loucura de meter-lhe a mão na cara e condenar-se à morte.

Com aquela desvairada, por melhor fêmea que fosse -  e era! -não voltaria a se deitar, nem de graça, Deus o livre e guarde.

Bernarda pôs-se de pé, atarantada, sem palavras, nem bênção lhe pediu. Natário guardou a arma, o rosto impenetrável, a voz severa, rigorosa:

- Avisei que vinha dormir aqui no dia de hoje. Se esqueceu?

- Padrinho disse que ia vir no domingo. Inda hoje espiei na folhinha de seu Gerino.

Do outro quarto chegou a voz de Coroca:

 - É deveras, fui junto com ela, marcava quinta-feira. - Tendo dito, voltou a seus cuidados: tranquilizar o parceiro.

Apavorado que propunha pagar e ir-se embora: — Fique descansado, moço, não tenha medo.

O Capitão sentou na cama, retirou o cinturão, começou a descalçar as botas:

 - Vá se lavar.

Bernarda saiu disparada em direcção ao rio mas voltou do meio do caminho na mesma correria em busca do sabão: a água não bastava para limpar a pele do suor e da lembrança do cagão.

Ao regressar molhada e imaculada, pronta e feita para as
núpcias com o padrinho, encontrou-o dormindo aparentemente a sono solto, nem sequer tirara a calça.

Bernarda ficou baratinada sem saber o que fazer. Sentou-se na viga da cama, tocou-lhe o rosto de leve com os dedos húmidos.

 Sem abrir os olhos, o padrinho virou-lhe as costas. Estaria realmente adormecido ou desapiedado a repelia? Na fumaça da candeia ele a enxergara debaixo de outro, se ofendera, já não a queria de xodó.

As Visitas












Eu sou do tempo em que era costume as famílias receberem visitas, de pessoas da própria família ou simplesmente amigas. Algumas aconteciam mesmo em determinados dias da semana ou do mês com carácter de regularidade.

Era de “bom tom”, sinal de classe, de reconhecimento social pela pessoa que visitava e pela que era visitada, uma espécie de culto social.

Era tudo convencional, quase que uma obrigação daqueles tempos em que as senhoras, especialmente viúvas e solteironas, não tinham nada que fazer, um frete, um preço a pagar que aproveitava á coscuvilhice.

Era o cházinho, o pão-de-ló feito pela dona da casa,... “mais uma fatiazinha que está tão bom”...tudo formalidades, palavras de conveniência e no tempo certo para as visitas olhava-se para o relógio como indicação que era o momento das despedidas.

Para minha desgraça e do meu irmão, a visita lá de casa, tenho uma vaga idéia que era às quintas-feiras, era a da nossa professora de instrução primária, a Srª Dª. Ludovina, mais temida que respeitada.

Dia mau para nós lá em casa. As ameaças começavam cedo: “portem-se bem, meninos, não se esqueçam que hoje é o dia da visita da vossa professora...” e o recado estava dado, já não havia disposição para nenhuma brincadeira que tivesse jeito.

Aquela mulher de corpo avantajado encimado por uma cabeça onde se destacava um carrapito, pulsos grossos com muitas pulseiras que tilintavam umas nas outras, incapaz de uma palavra para as crianças que não fosse ordem ou reprimenda, que castigava severamente com o apoio dos pais e do regime, era o nosso terror.

Se a visita se arrastava até ao jantar, a sopa era devorada em silêncio e rapidamente mesmo que fosse o “odiado caldo verde”... marchava tudo.

Hoje já ninguém visita ninguém. Combinam-se por vezes almoços em restaurantes de bairro mas os encontros foram substituídos por emails, Sms e conversas de telemóvel intermináveis de jovens que se ligam às máquinas doentiamente.

Mas a minha pior visita, aquela que mais me doeu e não mais esqueci, foi a que fiz à minha mãe, lavada em lágrimas, num corredor do Tribunal de Tutoria da Infância no contexto de um divórcio de “faca e alguidar” sem uma coisa nem outra mas com muito ódio à mistura por parte do meu pai. Era eu ainda um jovem muito novo.

Vem esta visita a propósito daquela que os filhos de José Sócrates gostariam de fazer ao pai, agora preso na cadeia de Évora, sem se tornarem espectáculo de televisão apanhados por operadores de câmara e jornalistas colocados de atalaia à porta da prisão sem respeito por sentimentos filiais ou de amizade.

Dizem que é por causa da “liberdade de imprensa”... desculpa para tudo.

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