sábado, março 11, 2017

Ricardo Pereira

           

Aquelas estranhas horas do dia...


Com classe!!!...


A LÁGRIMA 


E


O SORRISO


















Um dia a língua disse ao sorriso:


- Invejo-te porque vives sempre feliz!


O sorriso respondeu:


- Enganas-te, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor...


Rapidinha















Um papagaio acidentalmente engoliu uma dose de Viagra.

O dono, preocupado, mete o papagaio no frigorífico para acalmá-lo.

Um hora mais tarde abre a porta e vê o papagaio suado.

- Como pode você estar suando no congelador?

- Responde o papagaio:

- Você pensa que é fácil abrir as pernas de uma galinha congelada?

Esta é uma bela fotografia para recordar o dia de casamento de 24 casais islâmicos em Enfield , perto de Londres. .. Agora, é preciso que cada noivo não se engane e leve para casa o cortinado que lhe pertence...


Mar me quer
(Mia Couto)


Episódio Nº 21











- Quais sítios o senhor quer ir, pai?

- Senta, Zeca. Quero falar.

Agualberto Salvo-Erro. Aquela vez ainda pareceu hesitar. Mas adiantou.se, rápido, em assunto grave:

- Eu estou mais-quase - menos  quase para morrer.

- Não diga isso.

- Eu sei que chegou a hora. Mas não quero morrer num só lugar. Não posso acabar todo inteiro num só lugar. Já tenho os sítios onde irei morrer, um bocadinho em cada um.

Seu pedido era esse: que o guiasse para esses lugares onde ele queria espalhar suas mortes. E partimos, primeiro junto ao embondeiro de Ritsene. Ele se encostou no tronco, cansado. Ficou, deixado a respirar, até falar.

- Seu avô Celestiano tinha razão, filho.

- Dizia era o quê?

O avô condenava Agualberto por ele se entregar aos costumes dos brancos. O motivo de sua desgraceira residia em suas costas viradas contra o mundo mais antigo.

- Esta é a nossa igreja, disse meu pai, apontando a árvore. Ouviu. Zeca?

- Ouvi, pai.

- Diga ao padre Nunes que eu vim aqui, na árvore dos antepassados. Diga que eu vim aqui, não fui lá, ajoelhar na igreja dele...

Tirou da saca um coral preto. Anichou o Konkuene num oco da árvore, era sua dádiva aos antepassados.

- Só eu que tenho esse coral. Sou único que tenho um assim.

E nos afastámos, calcorrendo a margem do rio, meu pai seguia direito a meu lado, parecia dispensar meus olhos. Será que sem redondura nos olhos, ele ainda via?

- Ouço a luz da água, para onde ela vai...

- E vamos nós para onde?

- Agora vamos nessa florestinha onde esse barco nasceu.

Levei-o para o interior de um bosque onde ele carpinteirara as madeiras do seu primeiro e único barco. O velho rodou pela clareira, apalpou cada um dos troncos como se fosse corpo de mulher. E chamou cada uma das árvores por um nome.

- Essa se chama Esperança, essa outra torta se chama Subidora do Sol.

Tropeçou em arbustos, se enredou pelo chão. Ajudei-o a levantar-se. Mas ele preferiu.

- Me deixe um pouco morrer aqui. Me arraste só um nada para esse lado. Sim, aqui está bom. Aqui quase corre um raiozito de sol.

Ficou um tempo de olhos fechados. Voltou a tirar um pedaço de coral e pousou-o no chão. Era outra oferta aos deuses.

- E agora, pai?

- Agora vou para o outro lado do mar...

- Eu vou aprontar o barco e sigo com o senhor.

- Não. Você fica , eu vou sozinho.

Meti-o no barco mais seu velho saco. Fui empurrando até onde havia pé. Apontei-o na direção certa e disse-lhe:

- Siga sempre a direito, não desvie...

- Estou no mar, meu filho, já não preciso de condução.

E se afastou. Foi a única vez que chamou de filho. Era, eu sabia, a despedida. Ouvir da boca dele essa palavra poderia ser uma infância nascendo. Mas era o adeus dela.




Quando sentiu que estava morrendo meu avô Celestiano chamou a mulher e pediu-lhe:

- Deixa-me fitar teus olhos!
E ficou embevecido, como se a sua alma fosse um barco deitado num mar que eram os olhos de sua amada.
- Tens frio? -  perguntou ela vendo-o tremer.
- Não, És tu que estás a chorar.
- Chorar, eu? Começou foi a chover.


PS - Lembrança da minha avó sobre o último instante do velho Celestiano.


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Os Crimes dos “Galileus”/ 

Juliano Imperador “Apóstata”

e as raízes históricas dos talibãs de hoje...



















No Ano 528 o Imperador Justiniano ordenou a execução de todos aqueles que praticavam a “feitiçaria”, a “adivinhação”, a magia ou a “idolatria” e proibiu todo o ensino aos pagãos “daqueles que sofrem da blasfémia loucura dos helenos”.

No ano seguinte, Justiniano encerrou a Academia de Filosofia de Atenas, onde se havia ensinado Platão.

Na sua magnífica novela, “Juliano ” de Gore Vidal (Edição Roco, 1986) e na obra de Dmitri Merejkowwski, “Juliano, O Apóstata” (Editora Globo, 1945) contam-se aspectos importantes da vida deste Imperador:

- Juliano,
 Imperador (361/363), homem de notável formação intelectual, viveu cercado de filósofos, magos, astrónomos e leu os grandes filósofos pagãos, principalmente Platão. O seu pequeno reinado de apenas 20 meses ficou marcado pela pretensão de harmonizar a cultura e a justiça com os valores da antiga religião pagã de Roma. O seu apelido de Apóstata deve-se, precisamente, ao facto de embora baptizado e educado no cristianismo, ter-se declarado pagão. Introduziu reformas, baixou os impostos e reafirmou a liberdade de culto.

Conta-se que em 362, empenhado na restauração do paganismo, enviou um emissário a Delfos para consultar a pitonisa e saber dos deuses se deveria restaurar o antigo templo de Apolo. A resposta, ouvida do fundo da gruta sagrada, entre os vapores de louro queimado, soou como um gemido de agonia:

- “Por terra ruiu a gloriosa moradia, e as fontes de água estão secas. Nada resta para o deus, nem telhado nem abrigo, e em sua mão os louros do profeta não vicejam mais. Volte e diga ao Imperador que os deuses não estão mais aqui.”

Foi a última vez que se ouviu em Delfos a voz dos deuses antigos. Um novo Deus já se instalara em Roma, com seus próprios profetas e sacerdotes, e doravante dominaria o império e o mundo Greco-Romano.

Este episódio pode ser considerado como o marco decisivo do fim do paganismo e da vitória definitiva do cristianismo, uma parábola sobre o triunfo da nova religião sobre a antiga... com grande prejuízo para o mundo de então.


No seu livro, o escritor norte-americano, Gore Vidal, reconstruiu literàriamente o sentir daquela época no que se refere às perseguições e crimes dos cristãos, aos quais Juliano chamava sempre de “Galileus”, contra os pagãos e o ambiente que antecedeu o fim do Império Romano e fá-lo na perspectiva de Juliano, genro de Constantino, o último dessa dinastia e o último imperador que quis deter o cristianismo e restabelecer o helenismo.


Destruição da Biblioteca de Alexandria e o 

assassinato da sábia Hipatia.


No ano 391, os cristãos, encabeçados pelo patriarca Teófilo, queimaram a biblioteca de Alexandria, a mais famosa do mundo antigo, com meio milhão de volumes escritos à mão, textos originais que continham a ciência acumulada durante séculos e gerações.

Anos depois, em 415, o sucessor de Teófilo, o patriarca Cirilo, destruiu-a definitivamente e animou hordas de cristãos a assassinarem de forma cruel a sábia Hipatia, directora da Biblioteca, escritora, professora de matemática, álgebra, geometria, astronomia, lógica, filosofia e mecânica, inventora do astrolábio e do hidrómetro, e segundo alguns, a percursora das teorias astronómicas de Keppler, Copérnico e Galileu, sem dúvida a última grande cientista da antiguidade.

Estes cristãos fanatizados e com poder, consideravam todo o conhecimento grego, por não vir na Bíblia, como pagão. O desaparecimento da Biblioteca de Alexandria significou a perda de 80% da ciência e da civilização gregas, para além dos legados importantíssimos das culturas asiática e africana.Alexandria era o centro intelectual da antiguidade e a destruição deste acervo do saber estancou o progresso científico durante mais de quatrocentos anos. 

Os talibãs, hoje, 1500 anos depois, fazem o mesmo... um recuo imenso para a humanidade.

sexta-feira, março 10, 2017

Busca Enriquecedora

















No hipermercado, dois homens chocam com os respectivos carrinhos de compras.

Ambos se desculpam e um deles pergunta:

- O que é que está a fazer?

- Distraí-me à procura da minha mulher.

- Que coincidência, eu também.

- Como é a sua?

- Loira, alta, olhos azuis, pernas bem torneadas, seios salientes e lábios carnudos. E a sua?

- Que se lixe a minha, vamos procurar a sua!

Resultado de imagem para o erro dos abades
O Erro dos Abades









Um jovem noviço chegou ao mosteiro e logo lhe deram a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja.
Ele se surpreendeu ao ver que os monges faziam o seu trabalho, copiando a partir de cópias e não dos manuscritos originais.

Foi falar com o velho abade e sugeriu que, se alguém cometesse um erro na primeira cópia, esse erro se propagaria em todas as cópias posteriores.

O abade respondeu-lhe que há séculos copiavam da cópia anterior, mas que achava procedente a observação do noviço.

Na manhã seguinte, o abade desceu até às profundezas do porão do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais, intocados há muitos séculos.

Passou-se a manhã, a tarde e a noite, sem que o abade desse sinal de vida.

Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que estava acontecendo. Encontrou o velho abade completamente descontrolado, possesso, com as vestes rasgadas, desgrenhado, batendo com a cabeça ensanguentada nos veneráveis paredes do mosteiro.

Espantado, o jovem monge perguntou:

- Abade, o que aconteceu?

- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!!!...

CARIDADE... era CARIDADE!

Eram votos de "CARIDADE" que tínhamos que fazer...não de


"CASTIDADE"!!!



Todos os erros se pagam mas o dos abades,qualquer abade, esses pagam.se com juros...

               Oh, Pretty Woman - Roy Orbison

          

quinta-feira, março 09, 2017

Mudança da hora no Porto... .!













Tinha acabado de entrar o "horário de verão".

Na paragem do autocarro, estavam uma velhinha, a sua neta de dezoito anos e dois fulanos a conversar.

Um deles pergunta ao outro:

- João, que horas são?

Responde o outro:

- Três na nova e duas na velha!

E a velha, que não tinha ouvido tudo, dispara:

- E cinco na tua mãe, meu grande filho da puta!

Há os que gostam com vistas para o mar... outros para o campo... e outros, ainda mais exigentes... para o precipício. Nada que perturbe a concentração na leitura.

          

Mixórdia de temáticas -- Cinema do bom...

                               Viviane  -  A Vida não chega


            

Nobres, Igreja e Povo
A Idade Média na Europa

(Depois dos Romanos…)
















É um período da história da Europa entre os séculos V e XV com a queda do Império Romano do Ocidente. Os ocupantes bárbaros  formam novos reinos, apoiando-se na estrutura do Império do Império Romano

No século VII, o Norte de África  e o Médio Oriente, que tinham sido parte do Império Romano, tornam-se territórios islâmicos depois da sua conquista pelos sucessores de  Maomé que expandiram a sua religião pela espada.

O cristianismo disseminou-se pela Europa Ocidental e assistiu-se a um surto de edificação de novos espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os Francos, governados pela dinastia carolíngia, estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa ocidental até ao século IX, quando se desmoronaria perante as investidas dos Vikings pelo norte, Magiares pelo leste e Sarracenos pelo sul.

Depois do início do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas.

 É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até ao Renascimento:

- O Senhorialismo – A organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre.

- Feudalismo — Uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial e o direito a cobrar impostos em determinado território.

 As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dos muçulmanos o domínio sobre a Terra Santa tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente.

Os últimos séculos da Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas fomes e pestes. Só a peste negra foi responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350.

Na Península Ibérica foi um período confuso o da Idade Média. Se do lado muçulmano o poder político estava pulverizado por inúmeros estados minúsculos, da banda dos cristãos o panorama era idêntico, apenas com a diferença de que os condados dependiam nominalmente dos reis que, em teoria, estavam acima deles e os englobavam. Mas só em teoria, porque a sua independência era quase total.

Dentro destas unidades políticas quem mandava verdadeiramente eram os senhores locais – senhorialismo -  ou os municípios, inspirados estes nos antigos Municípios do Império Romano, que eram administrados por plebeus, os tais vilões ou burgueses que se especializaram na produção de artesanato ou na actividade comercial, e deram origem à classe dos artesãos e mercadores que passaram a comercializar esses produtos, ou eventuais excedentes agrícolas e que tinham sido autorizados a fazê-lo por meio de uns documentos assinados pelo Rei chamados “cartas de foral” ou, simplesmente, “forais”.

Nós agora queixamo-nos, e com toda a razão, da Brisa que nos cobra as portagens nas auto-estradas e engordam à custa de dinheiros públicos e da exploração das estradas mais transitáveis mas, no que toca a portagens, na Idade Média não era muito diferente, senão pior:

 - Para se viajar através do país era preciso ter a bolsa bem recheada. E então no que toca a mercadorias, era de arrepiar pois cada concelho, apoiado na sua “carta de foral”, tinha o direito de cobrar taxas de passagem.

Mas, se quanto aos concelhos ainda vá que não vá, pois eram uma espécie de mini-governos regionais, o pior é que não eram apenas estes que cobravam portagens, alcavalas, dízimos e outros impostos de passagem: os nobres também o faziam quando as suas terras eram atravessadas.

E o problema de mudar de terra não se ficava por aqui. É que cada região, cada cidade e às vezes cada aldeia, adoptava os seus pesos e medidas próprios.

Aquilo que hoje denominamos por Estado – que seria a Coroa, nessa altura – tinha uma reduzida interferência do dia-a-dia da vida das pessoas e não regulamentava coisas de “pequena importância” como estas em que os viajantes estavam sujeitos a toda a espécie de extorsões.

Para além de tudo isto, viajar era muito difícil porque… não havia estradas praticamente a não ser aquelas que ainda sobravam das antigas “vias romanas”.

Os rios eram, por isso, a alternativa, largamente utilizados como vias de comunicação e no nosso país os rios Tejo e Douro eram navegáveis por barcos relativamente grandes ao longo de todo o seu curso.

Recordo ainda o que restava das ruínas do que seriam armazéns nas areias do rio Tejo, junto à aldeia dos meus avós, onde em miúdo ia tomar banho. Era o antigo porto da Concavada, concelho de Abrantes, comprovando a importância do rio no transporte de pessoas e mercadorias para Lisboa para contornar as dificuldades e perigos das viagens por terra. Parece que o célebre Zé do Telhado operava ali para os lados do Pinhal da Azambuja. Acabou preso e deportado para Angola, onde morreu. Visitei a sua campa aquando de uma viagem de estudo àquele território em 1960.

No século XIII, quando Portugal atingiu as suas fronteiras definitivas, Leiria, Mértola, Odemira e Silves possuíam portos de mar. Viajar por mar ou rio era sempre preferível do que fazê-lo por terra. Por exemplo, para ir de Lisboa a Barcelona ou a Valência, ninguém pensava em atravessar a península – era preferível contorná-la.

Na segunda metade do século XV, na sua viagem à corte de Luís XI de França, o nosso rei D. Afonso V, navegou pelo estreito de Gibraltar e mar Mediterrâneo até um porto vizinho de Marselha e daí seguiu numa longa viagem por terra até Blois e Paris.

Mas, de uma forma geral, pura e simplesmente, não se viajava. Apenas os nobres e os guerreiros que os acompanhavam se deslocavam por razões militares ou diplomáticas. A gente do povo nascia e morria no mesmo sítio ou num raio de poucos quilómetros em redor, para irem à feira.

No nosso Portugal, do tempo de Salazar, por todo o interior do país era ainda precisamente assim. Foi a guerra do Ultramar e a “fuga” para o Brasil e depois para França  para sobreviverem à fome nas suas aldeias -  tudo já em tempos recentes - que puseram as pessoas, finalmente, a viajar. Antes, muito antes, alguns tinham estado envolvidos nas viagens marítimas a darem “novos mundos ao mundo”.

Mas a mim, o que mais me incomoda nesta Idade Média eram os costumes bárbaros, a morte corriqueira pelos motivos mais fúteis, o desprezo pela vida e a impunidade para os cruéis:

- Um tal Fernando Mendes, alcunhado do Bravo, que era filho do alferes-mor de D. Afonso Henriques que mandou cozer a própria mãe dentro de uma pele de urso e deu-a a comer aos cães porque a senhora se sentia incomodada por uma certa mulher por quem o filho se tinha tomado de amores:

 - Ou de um outro, um tal D. Gonçalo Henriques, antepassado de D. Nuno Álvares Pereira, que informado de que a mulher, que ficara no castelo de Lanhoso enquanto ele combatia nas expedições contra os mouros, o atraiçoava com um frade, possivelmente seu confessor, regressou ao castelo, fechou-lhe as portas, pegou-lhe fogo, matando a mulher, o frade e todos os que lá estavam dentro, criados, cães, gatos e aves de capoeira. 

Ele justificou-se, mais tarde, dizendo que eram todos cúmplices da mulher uma vez que não o avisaram…

Terá sido, pois, um período muito pouco recomendável para se viver…

quarta-feira, março 08, 2017

Papa Inocêncio III, considerado, de todos, o mais poderoso
A VIDA SEXUAL DOS 

PAPAS 

(Da autoria de jornalista Eric Fratini)














Martinho V encomendava contos eróticos, que gostava de ler no recolhimento do seu quarto.

Paulo II era homossexual e Listo IV, que cometeu incesto com os sobrinhos, bissexual. Inocêncio VIII reconheceu todos os filhos que fez e levou-os para a Santa Sé. Um deles tornou-se violador. João XI (931-936) cometeu incesto com a própria mãe, violava fiéis e organizava orgias com rapazes.

Sérgio III teve o infortúnio de se apaixonar por mãe e filha e não esteve com meias medidas: rendeu-se à prática da ménage à trois. Bento V só esteve no Governo da Igreja 29 dias, por ter desonrado uma rapariga de 14 anos durante a confissão. Depois de ser considerado culpado, fugiu e levou boa parte do tesouro papal consigo.

João XIII era servido por um batalhão de virgens, desonrou a concubina do pai e uma sobrinha e comia em pratos de ouro enquanto assistia a danças de bailarinas orientais. Os bailes acabaram quando foi assassinado pelo marido de uma amante em pleno acto sexual. Silvestre II fez um pacto com o diabo. Era ateu convicto e praticava magia. Acabou envenenado.

Dâmaso I, que a Igreja canonizou, promovia homens no ciclo eclesiástico, sendo a moeda de troca poder dormir com as respectivas mulheres. Já o Papa Anastácio, que tinha escravas, teve um filho com uma nobre romana, que se viria a tornar no Papa Inocêncio I (famoso pelo seu séquito de raparigas jovens). Pai e filho acabaram canonizados.

Leão I era convidado para as orgias do Imperador, mas sempre se defendeu, dizendo que ficava só a assistir. Mesmo assim, engravidou uma rapariga de 14 anos, que mandou encerrar num convento para o resto da vida. Bento VIII morreu com sífilis e Bento IX era zoófilo. Urbano II criou uma lei que permitia aos padres terem amantes, desde que pagassem um imposto.

Alexandre III fazia sexo com as fiéis a troco de perdões e deixou 62 filhos. Foi expulso, mas a Igreja teve de lhe conceder uma pensão vitalícia, para poder sustentar a criançada.

Gregório I gostava de punir as mulheres pecadoras, despindo-as e dando-lhes açoites. Bonifácio VI rezava missas privadas só para mulheres e João XI violou, durante quatro dias, uma mãe e duas filhas. Ao mesmo tempo. (
                                            

 (Imagem do Papa Martinho V  - 1368-1431)



(Papa João XI. Foi o Papa Nº 125, de 931 a 935 por influência das intrigas da mãe que governava Roma. Ela acabou presa e ele refugiou-se entre os monges de Cluny.)

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