sábado, setembro 17, 2011

VÍDEO


Desligue sempre o telemóvel...

Por uma questão de lógica...




A mulher avisou o marido que a partir de agora só iria dormir de calcinha preta.

O marido surpreso pergunta...

- Calcinha preta ???......

Sim, diz ela:


- Por uma questão de lógica: pinto morto, perereca de luto !!!


TEREZA


BATISTA


CANSADA


DE


GUERRA





Episódio Nº 208


Acusando-o de espionagem, a brincar, Tereza pergunta a Emiliano como obtém tais informações se permanece ausente de Estância a maior parte do tempo. Embora tendo Alfredão regressado à usina, ainda o doutor anda a par dos disse-que-disse.

- Sei tudo, Tereza, acerca de todos aqueles por quem me interesso. Não só sobre você, Favo-de-Mel. Sei tudo a respeito de cada um dos meus, o que fazem, o que pensam, mesmo quando nada digo e finjo não saber.

Um travo na voz de Emiliano? Simulando medo e susto, Tereza busca afastá-lo de preocupações, negócios, amarguras, tenta fazê-lo rir:

- O doutor me arranja tantos candidatos, parece até que deseja se ver livre de mim…

- Favo-de-Mel, não diga isso nem por brincadeira, eu lhe proíbo. – Beija-lhe os olhos: - Você nem se dá conta da falta que me faria se um dia fosse embora. Por vezes temo que você se canse daqui, sempre sozinha, a vida estreita, limitada, triste.

Tereza abandona o tom de troça, torna-se séria:

- Não acho minha vida triste.

- É verdade, Tereza?

- Não me falta que fazer quando o senhor não está: a casa, a minada, as lições, experimento receitas na cozinha para quando o doutor voltar, ouço rádio, aprendo as músicas, não me sobra um minuto…

- Nem para pensar em mim?

- No doutor eu penso o dia inteiro. Se demora a chegar, aí sim eu fico triste. De ruim só tenho isso em minha vida, mas eu sei que não pode ser de outra maneira.

Gostaria que eu ficasse para sempre, Tereza?

- Sei que não pode ficar, de que adianta querer? Não penso nisso, me contento com o que me cabe.

- O que eu lhe dou é pouco, Tereza? Falta-lhe alguma coisa? Porque nunca me pede nada?

- Porque não gosto de pedir e porque nada me falta. O que o senhor me dá é demais, não sei o que fazer com tanta coisa. Não falo disso, o senhor bem sabe.

- Sei, sim Tereza. E você? Você também sabe que para mim também é triste esse ir e vir? Ouça uma coisa, Favo-de-Mel: creio que não me acostumaria mais sem você. Quando estou longe, só tenho um desejo: estar aqui.

Seis anos, uma vida, tanta coisa a recordar. Tanta coisa?

Quase nada, pois de dramático e grave nada sucedera, nenhum acontecimento sensacional a merecer página de romance, apenas a vida a decorrer em paz.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS



À 16ª ENTREVITA COM JESUS SOBRE O TEMA:


“JESUS ANALFABETO”



Alfabetização: Um Direito Recente

A escrita nasceu na Mesopotâmia há cerca de quatro mil anos mas durante a maior parte da história da humanidade ela foi um conhecimento reservado apenas às minorias: a casta sacerdotal, e alguns comerciantes. E embora sempre tenha havido mais leitores do que escritores, a leitura não era um saber comum até há relativamente pouco tempo na maioria dos países.

Até à descoberta da imprensa, os livros eram caros e raros. O uso cada vez mais frequente da imprensa na Europa desde o século XV favoreceu a leitura. É somente a partir do século XVIII que os livros começaram a ser procurados e apreciados pelas minorias ilustradas de cada sociedade.

Tal como acontece com muitos outros avanços da humanidade, a hierarquia da Igreja Católica Romana estava na defensiva contra a massificação da leitura com a invenção da imprensa. Em 1559, a Inquisição criou o Índice de Livros Proibidos, uma lista de nomes de autores e obras cuja leitura era proibida sob pena de excomunhão, bem como a lista de capítulos que teve que ser parcialmente censurada em livros permitidos. Em 1790, o último índice que foi publicado incluía um grande número de obras científicas indesejáveis para um bom católico.

Ainda que pareça incrível, esse Índice não desapareceu oficialmente até 1966. Se estas Entrevistas com Jesus fossem publicadas há algumas décadas atrás, certamente teriam entrado no Índice de Livros Proibidos.

O surgimento de Estados-Nação do século XVI, criou a necessidade de unificar e dar coesão às pessoas que viviam num determinado território e por isso iniciaram um processo de massificação do ensino de leitura e da escrita o que ainda não foi alcançado.

A UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, estima que se as tendências actuais continuarem - o empobrecimento das massas e a concentração da riqueza e do conhecimento - no ano de 2010 (já lá vai...) há ainda 830 milhões de adultos analfabetos no mundo. Muito mais pessoas, no entanto, serão analfabetas funcionais o que significa que apesar de alfabetizados não têm as competências básicas para a comunicação escrita.

sexta-feira, setembro 16, 2011

VÍDEO


Na sauna...



Forreta...





O marido diz à mulher:

- Amor, tenho um plano para poupar dinheiro. Sempre que dermos uma, ponho uma nota de 10 euros no mealheiro e no fim do ano abrimo-lo para ver o que juntamos.

A mulher concordou.

No final do ano, quando o marido abre o mealheiro, não só encontra notas de 10 euros mas também de 20 e de 50 euros.

- Como é que estas notas apareceram aqui?!

E diz a mulher:


- Deves pensar que toda a gente é forreta como tu...

HISTÓRIAS



DE HODJA



Hodja deve muito dinheiro numa loja. O lojista é um homem com pouco tacto, muitas vezes exige o pagamento à frente de outras pessoas.

Hodja pergunta-lhe:

- “Quanto lhe devo?”

- “Vinte e cinco moedas”

- “E quanto deve o imã?”

- “Vinte e quatro moedas”

- “Sabe”, diz o Hodja. O imã é meu amigo, somos mesmos muito amigos, como irmãos. Agora eu devo-lhe vinte e cinco moedas mas quando o imã vier cá pagar as 24, a diferença é só de uma, não e verdade? É uma vergonha que o senhor esteja a fazer isto comigo à frente dos outros apenas por uma única moeda!”

TEREZA

BATISTA

CANSADA

DE

GUERRA




Episódio Nº 207



Ainda recém chegados a Estância, concluídas as obras do chalé, inaugurados os novos banheiros, o doutor iniciou Tereza no prazer do banho de imersão com sais e óleos.

Pela manhã, o duche forte, a água do rio. No fim da tarde, ou à noite, o langor da água morna, os aromas. Com tanto vidro de perfume à escolha, ela, que só viera a gastar cheiro na pensão de mulheres, lorigan-de-coti barato e forte, notara a preferência do doutor por um frasco de água-de-colónia, sem dúvida estrangeira. Ao fazer a barba e ao sair do banho, invariavelmente Emiliano a usava, seca fragrância, agreste.

Para agradá-lo, um dia, após o banho vespertino, Tereza tomou do vidro e se encharcou com água-de-colónia do amásio; assim veio encontrá-lo ao pé do leito. Emiliano levantara-se para a acolher e ao sentir o perfume espalhado sobre ela, riu o riso largo, capitoso:

- Que fizeste, Tereza? Esse perfume é de homem.

- Vi o senhor usar com tanto gosto, usei também, pensando…

Esguia menina, corpo em formação, ancas insolentes, o doutor a volteou e a reteve de costas contra si. Da ponta dos cabelos aos dedos dos pés, da rosa do xibiu ao goivo do subilatório, o corpo inteiro de Tereza foi posse do doutor, chão de sua lavra.

Com o tempo, soube Tereza dos perfumes e da maneira de usá-los. Na hora da barba ela mesmo passava a água-de-colónia, no rosto, no bigode e nos pêlos brancos do peito cabeludo do doutor.

Gostava de aspirar o perfume seco, agreste, de homem. Vez por outra, ele, tomando o frasco da mão da amiga, punha-lhe uma gota no colo e a volteava, sentindo-lhe a palpitação das ancas. Cada gesto, cada palavra, cada olhar, cada aroma, tinha um valor próprio.

Ai, Emiliano, não recordes agora tais momentos, deixa a morte se assentar de todo no meu ventre para que eu recolha então teu legado imenso de alegria e de prazer.

27

Acontecia ao doutor contar a Tereza um mexerico do qual eles eram personagens, matéria para divertimento e riso.

O círculo das comadres transformara um espelho colocado na parede do quarto de dormir em aposento recoberto de espelhos, com funções eróticas. O espelho, é certo, reflectia a cama, os corpos nus e as carícias; a propósito o doutor o escolhera enorme e o situara onde devido. Mas sendo um único, as linguarudas o multiplicaram por dezenas.

As aulas ministradas por Tereza às crianças da rua deram margem a sensacional notícia: a pique de ser abandonada pelo usineiro, preparava-se Tereza para ganhar a vida exercendo o magistério primário.

Contraditórias, as beatas discutiam em seguida, os nomes dos ricaços candidatos a substituir o doutor nos braços da amásia quando afinal chegasse a ocasião, o cansaço inevitável. (clik na imagem)

16ª ENTREVISTA FICCIONADA


COM JESUS SOBRE O TEMA:


“JESUS ANALFABETO?”




RAQUEL – Continuamos as nossas entrevistas com Jesus Cristo durante a sua segunda vinda ao mundo. Estamos em Nazaré, onde ele nasceu, e ao lado da antiga Sinagoga da cidade onde estudou. Porque o senhor estudou aqui, imagino…

JESUS - Estudar, o que se diz estudar… o rabino nos ensinava algumas coisas da lei, mas como éramos muito desobedientes…

RAQUEL - E onde fez seus estudos superiores?

JESUS – Quais estudos superiores?

RAQUEL – Refiro-me a filosofia, teologia… Talvez tenha conseguido uma bolsa em Qumran, o mosteiro nas margens do Mar Morto que já era famoso em seu tempo?

JESUS - Qumran?... Isso é muito longe daqui… Além disso, conforme o meu conhecimento, só o frequentavam as crianças que vinham de famílias de Jerusalém. Juan Baptista, esse sim, esteva lá, mas eu não sabia que deserto.

RAQUEL - Então, Jesus Cristo, onde estudou o senhor?

JESUS – Em parte nenhuma, eu não podia estudar. Meus pais eram muito pobres.

RAQUEL - Bem, pelo menos na Sinagoga ensinaram-lhe o básico, certo?

JESUS - Na Sinagoga ensinavam-nos a lei, mas a lei era escrito em hebraico e nós falávamos o aramaico. Então, o rabino ia-nos traduzindo e fazia-nos repetir…

RAQUEL – Mas… o senhor sabia ler?

JESUS - Como tu disseste, o básico.

RAQUEL – Mas não foi aqui, nesta Sinagoga da Nazaré, onde o senhor leu um texto de uma profeta, creio, Isaías?

JESUS – Vou contar-te um segredo. Esse texto eu sabia-o de cor… Era a minha profecia favorita. Então, passei adiante, desenrolei o pergaminho e comecei: "O Espírito do Senhor está sobre mim. Ele me envia aos pobres para lhes anunciar a Boa Nova ".

RAQUEL - Confesso que o nosso público deve estar ser bastante confuso, porque se o senhor não sabia ler, como poderia escrever?

JESUS - Eu não sabia escrever. Os sacerdotes e os escribas eram aqueles que controlavam os livros.

RAQUEL - Mas não se lembra do caso da mulher adúltera, quando o senhor começou a escrever no chão e ...?

JESUS - Comecei com a vara a fazer riscos como fazem os prisioneiros, fazendo tempo para aqueles velhos hipócritas se irem embora.

RAQUEL - Então, o senhor, e peço desculpa se eu ofender… mas era praticamente analfabeto?

JESUS- Não me ofendes porque todos os camponeses do meu tempo, e especialmente as mulheres, não sabiam ler ou escrever. Minha mãe não conhecia uma letra.

RAQUEL - A Virgem Maria, quero dizer, a Maria sem Virgem também era analfabeta?

JESUS - Também. Raquel, eu estou espantado porque nestes últimos dias eu vi crianças muito jovens, meninas incluídas, a saberem ler e a escrever. Quanto é que o mundo mudou?

JOVEM – Esperem, esperem, tu és a Raquel Perez das Estações Latinas?

RAQUEL – E tu és uma jornalista da concorrência?

JOVEM - Não, eu sou um fã desses programas… eu gosto como fala Jesus, fala duro, continue assim!... Dá-me um autógrafo, por favor?

JESUS - O que é que ele me está pedindo, Raquel?

RAQUEL – Que lhe assine o caderno.

JESUS – Que o assine?

RAQUEL - Sim, o senhor escreve lá o seu nome

JESUS – Ah, isso eu sei escrever...

RAQUEL - Tome este lápis.

JESUS - Meu pai, José, me ensinou as quatro letras ... Vamos ver… espere, já está.

JOVEM - Obrigado, Jesus Cristo, meu irmão... Vai ser o meu tesouro!

RAQUEL - E você, meus amigos e ouvintes, querem também um autógrafo de Jesus? Têm apenas que ligar para 144-000 cento e quarenta e quatro mil. Continuaremos em breve. Estações Latinas, Raquel Perez, Nazaré.


quinta-feira, setembro 15, 2011

IMAGEM

11 de Setembro

( Clik na imagem)

Il DIVO - AMAZING GRACE

Uma música composta no Sec.XVII conhecida em todo o mundo aqui cantada por tenores de talento memorável em alta definição. Com fé ou sem fé é primoroso!


TEREZA
BATISTA
BlockquoteCANSADA
DE
GUERRA


Episódio Nº 206




Os olhos abertos do doutor parecem animar-se à luz tacanha da vela, repletos de malícia, como se ele acompanhasse os pensamentos de Tereza. Não era preciso água milagrosa do Piauitinga, pau-de-resposta, capim-barba-de-bode, catuaba, bastando um olhar, um sorriso, um gesto, um toque, o joelho à mostra, e lá se iam para a folgança reservando a maior parte do tempo estanciano do banqueiro, breve tempo de lazer.

Não me olhes assim, Emiliano, não quero recordar tais deleites na noite da tua morte. E porque não, Tereza? Onde morri senão em teus braços, dentro de ti me desfazendo em amor? Não vivemos dois amores distintos, um reservado aos sentidos, outro aos sentimentos, foi um único amor feito de ternura e de volúpia. Se não queres recordar, recordo eu, Emiliano Guedes, requintado mestre do prazer, utilizando a própria morte.

Os mesmos olhos de malícia, o mesmo olhar travesso com que a mirava durante o jantar na mesa repleta de amigos, mostrando-lhe a ponta da língua. Desde a noite na porta da pensão de Gabi, antes de colocá-la na garupa do cavalo, fixara sensação de intenso poderio com a ponta da língua saindo debaixo do bigode para abrir os lábios dela: bastava que ele a mostrasse de longe e já Tereza a sentia penetrar, íntima de todos os recantos do seu ser.

Tudo em Emiliano era preciso e cada passo no caminho do refinamento se transformava em marco a ser retomado em outra ocasião.

Diante de visitas solenes – o prefeito, o meritíssimo, o promotor – num gesto em aparência inocente, com a unha o doutor coçava o cangote de Tereza, ela tinha de conter-se para evitar um gemido, mãos devassas, lascivas unhas-de-gato.

O olho oblíquo posto no decote do vestido para lhe ver o seio. Uma noite, conversavam no jardim, onde a iluminação era propositadamente escassa, pois o doutor queria o céu livre para a lua e as estrelas. Haviam jantado e a polémica prosseguia entre Lulu Santos e o médico, baixas divergências políticas. João Nascimento Filho tinha feito o elogio da noite esplendorosa e padre Vinícius louvara a generosidade do Senhor criando tanta beleza para regozijo do homem na Terra.

Sob o cajueiro, Tereza, sentada a ouvi-los. O doutor veio até ela e, curvando-se em sua frente, a encobriu da vista dos demais. Afectando lhe dar a beber um gole no cálice de conhaque, abriu-lhe o decote do vestido e olhou o seio moreno e rijo, talvez o mais belo ornamento de Tereza. O mais belo? Que dizer então da bunda? A bunda, ah!

Não, Emiliano, não recordes mais, desvia de mim teus olhos arteiros, lembremos outros momentos. Tudo entre nós foi idílio, sobra muito em que pensar. Favo de Mel não sejas tola, nosso idílio nasceu e se acabou na cama. Ainda há pouco, quando me preparavas para o encontro inevitável com a solenidade da morte de um prócer, de que te recordaste ao sentir o perfume da água-de-colónia masculina? Ai, Emiliano, tais memórias, aromas e deleites terminaram para mim. Não, Tereza, a alegria e o prazer, são o legado que te deixo, o único, não dispus de tempo para mais. (clik na imagem e aumente)

HISTÓRIAS



DE HODJA

Hodja está a comer um frango assado e alguém lhe diz:

- “Esse frango parece muito bom, podes dar-me um pouco?

Responde o Hodja: “Não é meu, não to posso dar. Pertence à minha esposa”

Diz o homem: “Até pode ser que sim, mas és tu que o estás a comer”.

“E o que posso fazer?” respondeu o Hodja. “Se a minha esposa quando mo deu disse-me para eu o comer, então, tenho que ser eu a comê-lo”.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS



À 15ª ENTREVISTA SOB O TEMA:


“SALVADOR OU SALVO” (5ª e última)


Mais lendas, Mais Símbolos.



Houve outras lendas em torno do Santo Graal por toda a Europa. Com o tempo, o Graal não era mais uma taça específica para se tornar num objecto espiritual que assegurava saúde. Foi sendo equiparada à pedra filosofal, a um objecto secreto dos Cavaleiros da Ordem dos Templários ou outros objectos misteriosos.


Mais recentemente, e para reforçar a ideia da linhagem real de Jesus Cristo, o Santo Graal tornou-se equivalente ao Sangue Real ou "Sangreal". Numa interpretação ainda mais simbólica é proposto para o Graal, o cálice, como uma alegoria da matriz feminina, tal como o expressa no romance "O Código Da Vinci", Dan Brown


A lenda do Santo Graal tem sido uma fonte de inspiração para muitas obras de arte: a ópera "Parsifal", de Richard Wagner, o filme "Excalibur", de John Boorman, o romance "O Pêndulo de Foucault" de Umberto Eco

quarta-feira, setembro 14, 2011

IMAGEM

11 de Setembro


(Clik na imagem)

O CANTO DO UIRAPURU

É uma ave encantandora pelas penas, pelo canto e pela sua dinâmica de vida. Não é facil de encontrar no seu meio ambiente mas mesmo assim os seus "admiradores" procuram-na porque ela dá sorte... Amemos os animais, neste caso o Uirapuru, deixando-o livre, respeitando a sua casa na floresta da Amazónia. Essa é que será a magia...


VÍDEO


O que os homens se dispôem a fazer para não pagarem multas....

SOGRA ...


A SOGRA CHEGA à CASA DA NORA E ENCONTRA O FILHO SAINDO COM AS MALAS, FURIOSO.

- O que aconteceu, Manuel?

- O que aconteceu?

- Aconteceu o seguinte, minha mãe! - Fui viajar e mandei um
telegrama para a Isabel avisando que voltaria hoje.


- Chego a casa e o que eu encontro?

- Ela com um sujeito!


- Os dois na nossa cama!


- É o fim, estou a ir embora para sempre!

- Calma! - pede Dona Maria.


- Deve haver algo errado nessa história, a Isabel jamais teria uma
atitude dessas!


- Espera um pouco que vou verificar o que se passou.

Momentos depois, Dona Maria volta sorridente:

- Não disse que havia um equívoco, meu filho?

- A Isabel não recebeu o teu telegrama.

TEREZA


BATISTA

CANSADA

DE

GUERRA


Episódio Nº 205


O capitão gostava de fazer aos demais ostentando galos de briga, cavalos de sela, pistola alemã, colar de cabaços. Levara Tereza à rilha de galos para ver nos olhos dos parceiros o brilho turvo da cobiça. Mas por acaso se parece o doutor com o capitão?

- Quero você para mim somente.

Os amigos ao jantar, o banho de Piauitinga, o passeio vespertino, a caminhada nocturna, a ponte sobre o rio Piauí, o porto das barcas. Para ela bastava e mesmo se devesse ficar trancada em casa não se importaria. Ouvi-lo dizer que a quer para si, exclusivamente, paga qualquer limitação.

Mais de uma vez planejaram passeios a lugares próximos. Ida de lancha à barra do rio Real, na divisa da Bahia com Sergipe para ver o mar rebentando na praia do Mangue Seco, dunas imensas de areia, para visitar a povoação do Saco, aldeia de pescadores. Nunca saíram da cidade, Tereza não conheceu o mar naquela época, e se bem houvesse desejado a excursão, não cobrou a promessa, não se importou de não realizá-la. Bastando-lhe a presença do doutor, estar com ele em casa, com ele a conversar, rir e aprender, com ele sair à rua, com ele se deitar, ah! com ele se deitar!

Sendo curto o tempo disponível do doutor, o tempo dedicado à Tereza, roubado à usina, ao Banco, aos negócios, à família, gastavam-no quase todo a sós, no escondido do chalé. Para o doutor era um repouso, uma pausa: para Tereza, a vida.

A cidade se habituara à presença constante e transitória do doutor – a sunga no banho do rio, a flor na mão, em companhia da amásia, parados os dois diante dos casarões antigos a conversar no Parque Triste, debruçados na ponte, indiferentes à maledicência.

O doutor perdera por completo o comedimento: homem rico – todos sabem – tem direito a manter amásia de casa posta e conta aberta, quase obrigatória condição de seu estado, mas, sendo casado, não fica bem exibir a amiga em público, ofendendo aos bons costumes, pois grandeza se deve possuir e não exibir.

Com o passar dos anos a maledicência perdeu força e volume, sabor de novidade, fazendo-se necessária a chegada à terra de um filho pródigo para retirar do esquecimento gasto tema de conversa e mexerico, antigamente apaixonante: o doutor Emiliano Guedes e amásia, formosa e pública. Patriota, a idónea Dada louva as benemerências de Estância, chão de flores, céu de estrelas, de lua desbragada e louca, povo generoso e tolerante, abrigo ideal para amores clandestinos:

- Quem diz não sou eu, primo, é o major Atílio: chegou aqui no fim das forças, velho entrevado, para mulher não olhava há anos, já se esquecera como eram as partes. Com o ar de Estância e a água do Piauitinga, em menos de um mês botou rapariga em casa e lhe fez filho.

Ele mesmo conta para quem quiser ouvir. A fulana do doutor também já esteve de bucho cheio, já tirou menino, é a água daqui, primo, milagrosa!

- Ai prima, a moça do doutor dispensa milagre. Basta um olhar, levanta até defunto. (clik na imagem)

INFORMAÇÕES ADICIONAIÀ
15ª ENTREVISTA SOB O TEMA:
“SALVADOR OU SALVO” (4)

A Lenda do Santo Graal

Tradicionalmente conhecido como o Santo Graal o cálice que Jesus teria usado na sua última refeição antes de ser morto e com o qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue de Jesus quando Ele estava pregado na cruz. Não é plausível pensar que alguém mantenha a taça e ela se tenha preservado durante séculos. No entanto, a busca do "sagrado objecto" está cheio de lendas na Idade Média.



A religiosidade daqueles tempos estava obcecada pela busca e adoração de relíquias. A principal dessas lendas, transmitidas oralmente no início, e depois registada por escrito, é a dos Cavaleiros do mítico rei Arthur que procuraram o Santo Graal em Albion, ilha mitológica identificada com a Grã-Bretanha, onde, como rico comerciante, José de Arimatéia tinha chegado levando essa taça.

terça-feira, setembro 13, 2011

MUNGO JERRY - IN THE SMMERTIME

Vá lá... recue 30 anos e bata também o pezinho... Se por acaso já tem 70 anos tinha então apenas acabado de sair dos trintas...


TEREZA


BATISTA


CANSADA


DE


GUERRA





Episódio Nº 204




25


Puxa! Como aquele sujeito é parecido com o doutor Emiliano Guedes, nem que fossem gémeos… Admirou-se Valério Gama, comerciante de Itabuna, emigrado de Estância rapazola, voltando quarentão e abastado a visitar parentes.

Não é gémeo é o próprio, passeando com a excelentíssima rapariga – esclareceu prima Dada, em dia com os assuntos locais, língua destemida: - O doutor há vários anos, mantém amásia aqui, uma honra para a nossa cidade…

- Não brinque…

- Nunca ouviu dizer, primo, que as águas do Piauitinga são milagrosas para restaurar as forças? Velho aqui vira homem novo. – língua em sotaque de deboche, mas sem má vontade; em Estância, cidade hospitaleira e cúmplice, até mesmo as velhas beatas contemplam amores e amantes com condescendência.

O grapiúna tocou-se em passadas largas para tirar a limpo a informação da xereta, inacreditável! O doutor e Tereza subiam a rua em passo lento, desfrutando a brisa da tarde. Ao defrontá-los o comerciante abriu a boca: por Deus, a prima não inventara, tratava-se do doutor Emiliano Guedes e não de um sósia, acompanhado de mulher nova, de apetite, a la vonté nas ruas de Estância. Boquiaberto e confuso levou a mão ao chapéu para saudar o banqueiro. O doutor correspondeu ao cumprimento:

- Boa tarde Valério Gama, revendo a terra? – Emiliano guardava para sempre a fisionomia e o nome das pessoas com quem tivera qualquer espécie de relação; Valério era cliente do Banco.

- Sim, seu doutor, aqui e lá um servidor.

Abobalhado provocando sorriso e comentário de Tereza:

- Parece que viu assombração…

- A assombração sou eu. Valério até agora só me encontrou no Banco, engravatado, discutindo negócios, de repente dá de cara comigo em Estância, a flanar na rua, de camisa desportiva, junto a uma beleza de mulher, é surpresa demais mesmo para um comerciante de Itabuna. Quando chegar lá vai ter o que contar.

Talvez fosse melhor o senhor não se mostrar tanto comigo…

- Não seja tola, Favo de Mel. Não me disponho a abrir mão do prazer de passear com você devido ao comentário de a ou bê. Não me interessa nem me atinge. Tudo não passa, Tereza, de inveja porque você é minha. Se eu quisesse matar de inveja a meio-mundo, levaria você comigo à Bahia, ao Rio, aí, sim, ia ser um falatório. – Riu, abanou a cabeça: - Mas sou demasiado egoísta para sair exibindo exibindo o que realmente prezo, pessoas ou objectos. Eu os quero para mim somente.

Deu a mão a Tereza para ajudá-la a descer a calçada.

- No fundo cometo uma injustiça com você, lhe tendo aqui em Estância, isolada, entre os muros do chalé, quase uma prisioneira. Não é verdade Tereza?

- Aqui tenho tudo quanto quero, sou feliz.

Levá-la mundo afora em exibição? Pelo amor de Deus, não, doutor! (clik na imagem e aumente)

INFORMAÇÕES ADICIONAIS



À 15ª ENTREVISTA SOB O TEMA:


“SALVADOR OU SALVO” (3)


Teologia, Mas Não Genealogia


Pela genealogia, cada família israelita indicava de onde vinha, a qual das doze tribos pertencia a sua linhagem. Assim, demonstrava por qual ramo estava entroncado no povo de Deus. A relação com a tribo de Judá foi a que deu origem ao maior número de ramos genealógicos ou seja, de famílias. E dentro da tribo de Judá, a família de David já que aquele rei marcara a história do povo. Em geral, os israelitas estavam cientes do seus ancestrais várias gerações atrás.

Ao escrever o evangelho, tanto Mateus como Lucas elaboraram genealogias para demonstrarem que Jesus era da família do rei David. Assim também "provavam" que ele era o Messias. A Genealogia definia-se sempre em função dos antepassados do pai e não aos da mãe. Por isso, fizeram pertencer a José e não a Maria a família de David. Desta maneira não construíram uma genealogia autêntica, biográfica mas apenas uma construção genealógica de natureza teológica e para a catequese das comunidades para quem eles a escreveram.

segunda-feira, setembro 12, 2011

IMAGEM

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OTIS REDDING - MY GIRL

Uma canção linda numa voz do "outro mundo".




Era um casal com cerca de 15 anos de casados.
Eles acabam de se deitar e ela prepara-se para dormir, enquanto ele lê um livro.
De repente, a mão dele que estava livre (a outra estava segurando o livro) desliza carinhosamente pelo corpo de sua querida esposa até chegar ao veículo de prazer.
O marido acaricia suavemente a região por alguns segundos e finalmente pára.
Ela se vira para ele e pergunta:
- Então? É só isso?
- Só isso o quê? – pergunta-lhe ele.
Responde ela:
- Ué! Você me acaricia por 5 segundos e depois pára?! Você não acha que é muito pouco?
Ele justifica-se:

- Ahh! Eu só queria molhar o dedo para virar a página.

TEREZA

BATISTA

CANSADA

DE

GUERRA


Episódio Nº 203




Se Toninho da livraria não arranjou, ninguém vai lhe conseguir um exemplar, seja porque dinheiro for, do CASO DO VELHO QUE MORREU GOZANDO NA MULATA, composto em Aracaju pelo cego Heliodoro, com pouco nome feio mas com uma descrição retada da folgança da morte, que a gente se tiver mulher por perto, chama aos peitos e se desforra e se desforra dos cruzeiros gastos na compra do folheto.

A descrição da morte, de tão bonita e comovente, chega a dar vontade de se morrer da mesma forma. Nem por ser cego, Heliodoro enxerga menos. Parece ter visto o acontecido acontecer.

Pode ser que Toninho lhe arranje algum dos que se publicaram aqui na Bahia: O VELHO QUE LEVOU A BRECA NA HORA DE GOZAR, de mestre Possidónio de Alagoinhas, violeiro de valor mas infeliz nesse livrinho. Tudo errado fazendo do doutor ruim patrão, dela suja criada, envolvendo a patroa no enredo, a surgir na hora errada para matar de susto o pobre velho, nem parece obra saída da cachola de mestre Possidónio.

Para completar os absurdos, na gravura ele pôs cavanhaque no doutor, transformou os negros cabelos de Tereza em carapinha.

A família pagou um dinheirão pela edição destes folhetos, mas os dois sabidos esconderam vários números para vender depois, devagarinho. Não vale a pena ler, não levantam o pau nem fazem a gente rir.

O que se passou comigo foi pior, pois dei nome aos bois e não me reduzi ao caso do nome do doutor, contei os podres todos da família, chifres, desfalques, cheques sem fundos, contrabando, os irmãos, os filhos e o genro e por aí fora, uma antologia, acredite.

Dei com os costados na cadeia e para me livrar tive de ceder por uma ninharia a edição completa. O advogado dos parentes fez questão de vir a minha casa acompanhado pelo comissário da polícia, arrebanhou e destruiu uns poucos exemplares escondidos debaixo do colchão, guardados para servir a amigos como o distinto. Me ameaçaram de mais cadeia e de porrada se algum aparecesse à venda; veja quanto risco corre um pobre trovador.

Assim sendo, se o prezado deseja mesmo ler A ÚLTIMA TREPADA DO DOUTOR MORTO NA HORA AGÁ, tem de pagar o preço dos versos e o preço do perigo. Perca o amor a uma nota de quinhentos e eu lhe facilito um exemplar, o último que sobra, por simpatia pelo amigo não pelo dinheiro.

No meu folheto contei tudo direitinho, não perdi tempo com bobagens. Não entreguei a alma do doutor a Satanás nem disse que Tereza ficou doida e se atirou no rio, conforme inventaram e escreveram.

Contei a verdade e nada mais: para o doutor, morrer naquela hora, daquele jeito, foi uma bênção de Deus; o peso da morte ficou foi nos ombros de Tereza, peso mais ingrato!

Assim escrevi por assim pensar e entender, eu, Cuíca de Santo Amaro, o Tal, de fraque e chapéu de coco em frente do Elevador Lacerda, mercando minha inspiração e minhas rimas. (clik na imagem e aumente)

HISTÓRIAS
DE HODJA







De cima de um banco Hodja monta o cavalo ao contrário e algumas pessoas começam a gritar:

- “Montaste o cavalo ao contrário.”

- “Não” grita Hodja. “O cavalo é que se aproximou do banco ao contrário.”

INFORMAÇÕES ADICIONAIS


À 15ª ENTREVISTA SOB O TEMA:


“SALVADOR OU SALVO (2)


O Significado do Nome



Para Israel e para todos os povos do Oriente e das culturas mais antigas, o nome não distinguia apenas uma pessoa de outra, indicava a sua identidade mais profunda. O nome faz a pessoa, indica quem está no mundo. A colocação de um nome a uma criança tinha um enorme significado, não era uma mera formalidade ou um simples gesto social.

Este modo de entender os nomes explica a reverência com que os israelitas pronunciavam o nome de Iahveh, o nome do seu Deus. Eles acreditavam que, de alguma forma, com o nome se fazia presente quem se falava. Também se entendia que dizer a alguém o nome próprio era um sinal de grande confiança.

Por isso, não se dava a conhecer o nome no início de uma conversa, mas no final, quando já se tinha estabelecido um certo conhecimento. Também se acreditava que saber o nome de outro conferia poder sobre ele.

domingo, setembro 11, 2011

HOJE É DOMINGO
(Da minha cidade de Santarém)



Nesta manhã de Domingo, sentado à mesa do meu Café, hoje, dia 11 de Setembro, não posso deixar de me referir aos factos ocorridos precisamente dez anos atrás e que ficaram a constituir o mais cobarde e vergonhoso atentado não contra os americanos mas contra a humanidade. Por isso, hoje é dia de luto mundial.

Num contexto de guerra posso lembrar as bombas atómicas lançadas pelos americanos sobre o Japão, os bombardeamentos de Londres pelos alemães e dos aliados sobre a Alemanha. Destruição e morte com o objectivo de alcançar vitórias militares sobre países que ameaçavam a liberdade e a dignidade do homem.

As Torres Gémeas de Nova York e milhares de vidas de pessoas foram destruídas num contexto de paz, em nome do deus Alá!...

Gente vidrada em crenças religiosas, gritando o nome do seu deus, atiraram aviões de passageiros contra edifícios enormes, repletos de pessoas de todas as nacionalidades provocando-lhes mortes horríveis na mais espectacular cena de terror.

A esta distância a história dos acontecimentos está feita e mais uma vez aponta para erros crassos da política externa norte-americana, neste caso, Ronald Reagan (1981-1989) e o seu ódio visceral aos comunistas e à União Soviética.

Apoiou e armou até aos dentes os homens do Afeganistão para combaterem os russos e depois largou-os à sua sorte quando já não precisou deles porque, entretanto, o inimigo fidagal mandou regressar a casa os seus soldados e por fim à guerra. Mas este é um aspecto da questão que podendo estar na génese do ataque às Torres Gémeas não o justifica nem explica porque nada pode explicar uma barbárie assim.

Deixem-me recordar a propósito da destruição das Torres Gémeas que foram motivações religiosas que mobilizaram homens inteligentes com comportamentos sociais normais que destruíram com desprezo e elã as suas próprias vidas para cumprirem desígnios do seu deus… em nome de Alá!

Vale a pena recordar o que disse Steven Weinberg, físico norte-americano galardoado com o Prémio Nobel:

- “A religião é um insulto à dignidade humana. Com ela ou sem ela haveria sempre gente boa a fazer o bem e gente má a fazer o mal. Mas é preciso a religião para pôr gente boa a fazer mal.”

Blaise Pascal disse algo semelhante:

- “Os homens nunca fazem o mal tão completa e alegremente como quando o fazem por convicção religiosa”.

Depois destes atentados às Torres Gémeas alguém ficou com dúvidas de que a realidade se encaixa nestas afirmações?

O fanatismo religioso constitui um dos maiores riscos para a humanidade quer se trate de seguidores de Cristo ou de Maomé e isto porque, infelizmente, não há religiões sem fanáticos. Deixem-me recordar-vos que em 2006 Abdul Rahman, no Afeganistão, foi condenado à morte por se ter convertido ao Cristianismo, apenas por isto, nada mais.

Nos EUA, quando perguntaram a Sarah Palin, ex-governadora do Estado do Alasca e candidata à chefia do Partido Republicano e portanto da América, a razão porque o seu país tinha atacado o Iraque ela afirmou simplesmente: “…porque Deus quis”.

Sabemos dos interesses que se escondem por detrás das guerras e dos quais pouco se fala, mas também sabemos que ao longo da história têm sido argumentos de deuses - cruzes, livros santos e glória a deus - que levaram homens para as guerras numa fé e convicção cegas e atiraram, faz hoje10 anos, aviões contra as Torres Gémeas num espectáculo televisivo que horrorizou o mundo despoletando, de seguida, o presente conflito no Afeganistão.

Bom Domingo para todos e… “valha-nos Deus…”


(Clike na imagem. Campinos alinhados em frente da Casa do Campino)

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