sábado, setembro 03, 2016

EDOARDO VIANNELLO - O MIO SIGNORE 



Anos 60, os das músicas melodiosas. Vianello, nasceu em Roma, em 1938 e como Nico Fidenco, Gianni Meceia e Jimmy Fontana, pode consderar-se um expoente de uma "Escola Romana" que se contrapôe à Escola de Veneza" por ser um género mais simples e descomprometido que se presta principalmente à fruição, bailes e convívios.



              se presta principalmente à fruição, bailes e convívios.

            Bobby Vinton - Mr Lonely

Pensilvânia. Filho único de Stan Vinton, um popular músico local. Aos 16 anos formou sua primeira banda, tocando em clubes na região de Pittsburgh. Economizando o dinheiro que ganhava nas apresentações, conseguiu financiar seus estudos na Universidade Duquesne, onde estudou música e formou-se em composição musical. Nessa época já demonstrava grande talento para tocar vários instrumentos entre eles, pianoclarineteSaxofoneTrompetebateria e Oboé.



       

Desespero total
Dizia hoje um amigo meu:














- "Estou numa situação financeira tão má, tão má, mas mesmo tão má, que se a minha mulher decidir ir-se embora com outro homem … terei que ir com eles."

"Atestado médico..."












Passou-se em GOIANA, cidade no interior de  Pernambuco.

O Delegado registava a queixa de uma moça que dizia ter sido desflorada pelo namorado. Na ausência de médico na cidade,  pediu um laudo, por escrito, a uma parteira afamada da região para  anexar ao  processo.

Eis o laudo proferido pela profissional:


 - "Eu, Maria Francisca da Conceição, parteira oficial do distrito de Jenipapo, declaro para o bem do meu ofício que, examinando os baixos fudetórios de Maria das Mercedes, constatei manchas arrôxiadas na altura da crica, que para mim, ou foi supapo de rola ou solavanco de pica.

Por ser verdade e dou fé."



Vale a pena?...
















Madre Teresa de Calcutá chega ao Céu.

 - Tendes fome? - Pergunta Deus.

 Madre Teresa acena afirmativamente com a cabeça.

Deus prepara para cada um uma sanduíche de atum de conserva em pão de centeio.
Entretanto, a virtuosa mulher olha lá para baixo e vê os glutões no Inferno a devorarem bifes, lagostas, amêijoas, doces e vinho.

No dia seguinte, Deus convida-a para outra refeição. Uma vez mais, o pão de centeio seco com atum da lata....

Uma vez mais, ela vê os do Inferno a regalarem-se com uma verdadeira orgia gastronómica...

No dia a seguir, ao ser aberta a terceira lata de atum, Madre Teresa pergunta humildemente:
- Senhor, estou grata por me encontrar aqui Convosco como recompensa pela vida casta, regrada e devotada que levei. 

Mas não compreendo: só comemos pão com atum, enquanto do outro lado comem como reis...

- Ó Teresinha, sejamos realistas - diz Deus com um suspiro - achas  que vale mesmo a pena cozinhar só para duas pessoas

Assim Nasceu Portugal
(Domingos Amaral)


Episódio Nº 76





















Já sozinho num canto, ainda de espada na mão, Gonçalo de Sousa examinou o horizonte, onde se via a tenda do rei. Fechou os olhos. A sua hora chegara e pensou em Zaida e no seu amigo Afonso Henriques.

Teria sido isto que o príncipe de Portugal desejara, uma morte prematura mas honrada, para poder afastá-lo para sempre da bela princesa moura?

- Largai a espada, gritou o Trava. Tenho ordens de Afonso VII para vos poupar, embora não seja o meu desejo!

Num ímpeto vertiginoso, que por vezes assolam os que viram morrer à sua volta tantos solidários companheiros, Gonçalo levantou a espada e prometeu luta, mas o Trava avisou:

 - Sereis empalado se não vos renderes!

Cerrando os dentes, com o coração cheio de ódio por aquele galego nefasto, Gonçalvo de Sousa revelou o seu habitual espírito e gritou:

 - Os portucalenses têm o cu duro, canalha!

Sem medo, avançou para os inimigos e ainda furou dois, mas rapidamente foi atirado ao chão e desarmado. Já paralisado, obrigaram-no a assistir à degola póstuma dos portucalenses que ali tinham subido com ele, os últimos resistentes de Celmes.

Olhai o que faço aos vossos! – gritou o Trava decepando um.

Mal habituado àqueles golpes, que normalmente deixava para os carrascos ou para os brutos, não conseguiu fazer saltar a penúltima cabeça portucalense e a sua espada ficou presa nos ossos do pescoço do desgraçado que berrou em agonia.

Triste, Gonçalo rezou uma curta oração pelo infeliz, mas depois cuspiu no chão, à frente do Trava e provocou-o:

 - Sois um merdoso, nem uma cabeça sabeis cortar!

Atingido na sua honra, Fernão Peres, enfureceu-se e obrigou um dos soldados a ceder-lhe uma lança. Apontou-a à barriga de Gonçalo e vociferou a babar de raiva.

Vejamos se as vossas tripas são duras como o vosso cu!

Uma voz imperativa ouviu-se então, mandando-o parar. Os olhares voltaram-se para a escada da torre de menagem, onde surgiu Afonso VII, que ao saber dos progressos da querela, entrara na alcáçova, examinado, perplexo, a bestial mortandade.

Qu8em vos deu ordem para tanta sangria? – gritou.

Fernão Peres justificou-se: os portucalenses não se rendiam, ainda agora Gonçalo matara dois galegos e mais mataria se não tivesse sido desarmado se não o tivessem desarmado.

Afonso VII abanou a cabeça, incrédulo declarando não ser possível que cinco mil dos seus, com o castelo conquistado, tivessem tanta ira aos portucalenses ao ponto daquela excessiva barbaridade.

Fosse como fosse, Celmes estava tomada. O monarca de regresso ao seu acampamento, mandou lançar fogo ao castelo depois de lá serem enterrados os mortos adversários.

A mensagem ao primo estava enviada e, antes de partir, o rei leonês obrigou o Trava a prometer levar Gonçalo até Guimarães, onde ele descreveria a Afonso Henriques o que ali se passara.

Mas nem isso o Trava fez. Quando a sua comitiva galega se separou do monarca, que regressava a Toledo, o tio de Chamoa limitou-se a transportar Gonçalo para Tui onde o colocou a ferros nas masmorras.

A sua sede de desforra ainda não ficara saciada com aquele sangue todo que empapara o granito das pedras de Celmes e, nos meses seguintes, Gonçalo de Sousa provou o fel que habitava a alma daquele cínico.

sexta-feira, setembro 02, 2016

PREVISÕES OU

FUTUROLOGIA















A  reboque dos tempos que correm, lembrei-me de vos falar do exercício da futurologia, mais prosaicamente, a adivinhação, numa linguagem mais moderna, previsões.

O difícil, aliciante e irresistível neste exercício é que as nossas previsões não traduzam, mesmo inconscientemente, os nossos desejos, correspondam aos nossos interesses materiais ou ideológicos, condicionando e enviesando o comportamento dos outros na tentativa de “driblar” o futuro.

Jesus Cristo, por exemplo, confundiu os seus desejos com a realidade futura e enganou-se. Acreditou no fim do mundo e na vinda do Reino de Deus… afirmou-o, prometeu-o. Por isso, ou por um simples e ingénuo desejo de justiça igualitária, alguns dos seus seguidores, os ricos, venderam tudo o que tinham, distribuíram os bens pelos pobres e ficaram em paz a aguardar o fim do mundo prometido pelo mestre.

Mesmo enganando-se nas previsões de fim do mundo, que não na sua mensagem de justiça e de amor, Jesus Cristo, terá sido o homem que mais influenciou os destinos de toda a humanidade. Falhou como futurologista, acertou em cheio com a mensagem.

Depois de Jesus Cristo, muitos outros têm previsto o fim do mundo (a mais apocalíptica das previsões…) e se continuarmos nesta senda corremos o risco de, com previsão ou sem ela, ele acabar mesmo, pelo menos tal como o conhecemos hoje.

 Na realidade, todos os dias o mundo acaba para os que morrem, para as espécies que desaparecem, para as paisagens que se alteram, mas isso já não é futurologia…

Governar é prever e, se olharmos para a história, ficamos alarmados com as consequências para a humanidade pelos erros cometidos no campo das previsões.

Há anos, João Cravinho, um dos responsáveis por obras de infra-estruturas deste país, ao nível de pontes e auto estradas, construídas com o recurso às Parecerias Público Privadas (PPP), admitia que todas as previsões que serviram de base aos pressupostos que levaram à construção dessas obras com os encargos financeiros delas resultantes, estavam errados, falharam completamente.

Ou seja, vamos ter que pagar pontes e auto estradas com escasso tráfego e ficámos, para além das dívidas, com o país rasgado, montes e vales separados, as aldeias isoladas, esquecidas e os automóveis nos stands à espera de futuros donos que tenham dinheiro ou crédito para os comprar, a eles, à gasolina e às portagens, tudo porque falharam as previsões para o futuro…

Menos perigoso, quase ingénuo ou inofensivo, é um outro exercício de futurologia que consiste em fazer previsões sobre aquilo que teria sido o presente se tivéssemos podido alterar o passado, história ainda mais complicada…

Por exemplo: como teria sido a vida dos portugueses se dois dos políticos mais influentes após a revolução dos Cravos, em 1974, Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, não tivessem morrido num estranho acidente de avioneta na noite fatídica de 4 de Dezembro de 1980?

Como estaríamos nós agora se não tivessem descoberto e posto em prática essa “engenharia” das PPP (Parcerias Público Privadas) que é uma maneira de hipotecar o futuro como se o mundo acabasse amanhã?

Mas nesta história do se… abre-se agora uma nova janela, aliciante, que nos permitirá regressar ao passado e alterá-lo criando um outro futuro mais ao nosso jeito, pelo menos diferente deste. E como?

 - Cavalgando um Neutrino.

 - Ah!, os meus amigos não sabem o que é um Neutrino? É uma partícula subatómica que os físicos europeus já afirmam ser mais rápida que a luz (o que diria Einstein…) o que, a ser verdade e em hipótese, permitir-nos-á viajar no tempo, regressar ao passado, andar para trás, “voltar lá…”, estão a perceber… 

Cavalgando um Neutrino, meteríamos os Drs. Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa num avião como deve ser e não aquele “cangalho desafinado e a cair de velho” ou então não teríamos permitido que um criminoso lhe colasse uma bomba antes dele levantar voo.


Teríamos, igualmente, impedido as PPP daquela maneira desenfreada que nos vão custar não sei quantos milhões, lá para 2017 (o que faz de Portugal o campeão europeu das PPP), etc… etc…”

É esta capacidade que a nossa espécie, Homo Sapiens Sapiens, tem e mais nenhuma outra possui: fazer voar a imaginação, sonhar através dela, recriar a realidade, construir só para nós uma outra onde seremos felizes para sempre… como nas histórias da nossa avózinha!

Numa entrevista com um físico japonês especialista nas Teorias de Einstein perguntaram-lhe:

 - Bem, e se pudermos viajar no tempo, regressar ao passado e alterá-lo como fica depois a realidade?

 - Ficarão duas realidades, a que estava continua e começa outra a partir dos factos alterados… respondeu ele.

Ou seja, digo eu, teríamos um Portugal sem Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, que já conhecemos, que o vivemos inclusivamente, e um outro resultante da continuação entre nós daqueles dois grandes políticos que começaria no exacto momento, 4 de Dezembro de 1980, em que interferíamos no passado impedindo-os de entrarem no calhambeque voador e assassino…

A confusão seria tanta que o preferível é mesmo o Neutrino aceitar a velocidade da luz estabelecida por Einstein como a velocidade máxima… e deixar à imaginação o que é da imaginação e à realidade o que é da realidade.


O "iPOD"!
























Os primos da cidade foram passar o Natal com os parentes alentejanos.

Alguns dias após o Natal, estava o primo da cidade a fazer alarde dos presentes que tinha ganho.

- Primo, viste o que eu ganhei de presente? Um 'Ipod' espectacular e ainda por cima da melhor marca do mercado!

O primo alentejano respondeu:

- Bom primo, muito bom!!! Mesmo muito bom...

Aí o da cidade perguntou:

E o que foi que tu ganhaste?

- Ganhei o mesmo que tu.

- Mas, quem te deu?

- A minha prima, tua irmã...

- Foi mesmo?

- Foi. Estávamos no ribeiro nadando nus. Cheguei por trás, encostei-me a ela e perguntei:

- Posso?

Ela virou-se e disse:

- "Aí Pode!".

É bom demais primo! Agora, se tem marca, não sei... nós no Alentejo não somos esquisitos com as marcas...

Lição do Rato



















Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.

Ao descobrir que era ratoeira ficou aterrorizado.

Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

- Há ratoeira na casa, ratoeira na casa!!

A galinha:

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até ao porco e:

- Há ratoeira na casa, ratoeira !

- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca e:

- Há ratoeira na casa!

- O que? Ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.

Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima... A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado. No escuro, ela não percebeu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.

O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.


Moral da História:

- Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.

O problema de um é problema de todos!

"Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver solidàriamente, como irmãos."

Viva a Geringonça!




















Chegámos, finalmente, a Setembro. O “nosso querido mês de Agosto” deixou-nos até ao próximo ano, e o “inferno” não apareceu, de acordo com as previsões catastrofistas do nosso líder da oposição, esse político “sádico/masoquista”, que dá pelo nome de Passos Coelho.

Não é que ele costume acertar, mas isto de “mandar palpites” pode, uma vez, sem saber, bater certo e depois vangloriar-se com o já muito conhecido: “...eu bem dizia!...”,

Claro que as coisas não estão para deitar foguetes mas, com excepção do nossa vizinha Espanha, que descobriu a solução para crescer acima de 2,5%, que é não ter governo e fazer eleições atrás de eleições, sem que a economia se ressinta, ou melhor, reaja positivamente, entre nós, sem que percebamos bem por quê, parecemos aqueles velhotes que, por muito que queiram, não conseguem apressar o passo.

Tenho algumas dúvidas que a aliança do PS ao Bloco e aos comunistas, a Geringonça, não tenha assustado os investidores, sempre de pé atrás com “aquela gente dos comunas”.

O nosso Presidente itinerante, que não pára em parte alguma, como se quisesse transmitir ao país a sua dinâmica, ficará satisfeito se o crescimento do PIB for abaixo dos 3%" - Se for 2,7%, é um número de que não me recordo há muito tempo em Portugal". -  

Para quem me leia fora de Portugal, fique a saber que vivemos aqui sob a ditadura dos números imposta por Bruxelas, melhor dizendo pela Alemanha, que manda na Europa, e tem uma concepção contabilística da vida política dos países independentemente das desigualdades existentes entre eles.

Sem investimento não há aumento da criação da riqueza – PIB - e melhoria significativa das condições de vida dos portugueses. Simplesmente, os investidores privados não aparecem e os públicos estão condicionados pelas metas do Deficit que não nos dá margem, com a Caixa Geral de Depósitos, castigada por empréstimos que nunca lhe serão pagos, a que eles chamam de imparidades -  a levar-nos 4 mil   milhões, o que não ajuda nada...

É sempre assim, por uma razão ou outra, a vida dos portugueses está sempre lixada...

quinta-feira, setembro 01, 2016

Amália Rodrigues - Barco Negro

O reportório de Amália , depois de uma primeira fase de fados tradicionais, adquire a qualidade dos melhores poetas portuguses, como David Mourão FerreiraPedro Homem de MelloAry dos SantosManuel AlegreAlexandre O'Neill. Amália Rodrigues falava e cantava em castelhanofrancêsitaliano e inglês. O Barco Negro, de David Mourão Ferreira, "toca-me" especialmente pelo dramatismo que a voz de Amália lhe dá. Incomparável.




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