sexta-feira, agosto 11, 2017

Trump 

pavoneia-se...











Como autentico pavão que é, pavonear-se, é o que ele faz de melhor agrado, naturalmente, sem qualquer esforço. Presidente da maior potencia militar à face do planeta, o que o deixa louco de vaidade, compraz-se em produzir afirmações para o mundo ouvir e ficar a saber que ele é o mais poderoso e todos o devem temer.

O seu ego é tão grande que não deixa espaço para mais o que quer que seja. O seu ar, assumido, convencido e arrogante chega a causar arrepios. Comandante - em - Chefe do maior exército do mundo, ele tem consciência e noção do seu poderio embora lhe sirva para pouco mais do que mandar basófias para tentar impressionar o mundo e satisfazer o seu ego.

Os americanos elegeram, desta vez, para presidente uma "anedota": grande, loura e muito rica... mas também não se pode exigir que acertem sempre. Depois de "Clinton, Kennedy e Obama" e outros, não aparecem sempre crakes  disponíveis para serem Presidentes.

De qualquer forma, com Trump, exageraram nitidamente... Ele, na qualidade de Presidente em exercício, tem 34% de aceitação entre os americanos, o que constitui o mais baixo valor de sempre de um Presidente  ao ponto de se falar na sua destituição  por insanidade mental.

Este é um dos males da democracia direta: - "um homem, um voto " - a comprovar que não há sistemas perfeitos e a própria democracia também tem os seus riscos... e Trump não passaria em nenhum juri de seleção por muito condescendente que ele fosse.

Felizmente a América é tão grande e poderosa que absorve tudo, até erros como o da eleição de Trump, dono da maior propriedade privada, no Estado da Califórnia, onde ele estaria mais vezes, na sua Casa - do Mar - a Lago, em Palm Beach admirando os seus cristais e dourados que, segundo dizem, o acalmam e tranquilizam, tal como o brazâo presente nas louças,tapeçarias e roupões turcos, não fossem as ameaças dos temporais, próprios daquela região.

Mas a América é tão grande e poderosa que consegue absorver tudo, Trump incluído, que terá sido o seu maior "erro de casting" na escolha de Presidentes desde que a América é país... embora estejamos ainda no princípio e de um homem destes se poder  esperar tudo! 

quarta-feira, agosto 09, 2017

Com vistas para o abismo...


A cerimonia da matança do porco a que eu assistia quando era miudo
A MATANÇA

DO

PORCO















A vida dos povos é como a água dos rios: tanto uma como outra fluem… A água dos rios ao sabor da marcha dos terrenos e a vida ao sabor dos “tempos” e “tempos” é tudo o que determina, influencia e explica as nossas existências num emaranhado de razões a que se convencionou chamar os “tempos”.

E, “tempos” houve, em que alguém, vivendo entre os povos do norte de África percebendo que os porcos, que de porcos só têm o nome e pelo contrário adoram chafurdar no meio das poças de água, decidiu que eles não eram bem-vindos àquelas paragens face à escassez do precioso líquido.

A proibição assumiu mesmo uma tal importância que foi o próprio profeta Maomé que a impôs a todos os seguidores da sua religião, no seguimento do que já acontecia com os judeus e, desta forma, se viu o porco livre daquele destino cruel que é o de nascer e ser criado para acabar com uma faca espetada no coração exactamente por aqueles que dele cuidaram com todo o desvelo desde tenra idade.

Mas como neste estremo da Europa a água era coisa que não faltava deixou de haver argumento que privasse os povos que aqui habitavam de aproveitar para a sua alimentação a carne mais saborosa de quantas a natureza criou, excepção feita aos javalis, que são primos e faziam as delícias do nosso amigo Obelix …

O porco é um dos primeiros animais domésticos e entre nós adquiriu uma importância que ultrapassou em muito a do seu valor alimentar para se constituir num factor de natureza sociológica e cultural.

No norte do país dizia-se que um indivíduo era tão pobre que nem tinha um porco para matar e por alguma razão os mealheiros antigos, de barro, tinham a configuração de um porco já que ele assegurava, ao longo de um ano, preservado em sal, na sua própria gordura ou fumado, as deliciosas proteínas constituindo aquilo que na aldeia dos meus avós, na Beira Baixa, chamavam: «o governo da casa».

Mas antigamente as pessoas eram muito pobres e poucas eram aquelas que conseguiam criar e matar um porco. Eram os ricos que distribuíam por eles alguma carne para lhes adocicar um pouco a boca.

Até à década de sessenta, a matança tradicional era uma simples festa familiar ou uma refeição de trabalho festiva em que se comiam as partes mais perecíveis do animal, que não eram salgadas nem fumadas, como o sangue, o fígado e pulmão para além da carne velha do porco do ano anterior que ainda sobrava na salgadeira.

Esta situação traduzia a escassez que então se vivia e daí o ditado: “ossos de suão, barba untada, barriga em vão”.

Só a partir daquela década, com algum desafogo proveniente da emigração, é que as Festas da Matança do Porco adquiriram uma dimensão que variava em função das posses de cada um podendo agrupar, as mais pequenas, entre 10 a12 pessoas das quais faziam parte os familiares e vizinhos e as maiores, ao nível do Concelho, de 40 a 100 convivas.

As pequenas e médias Matanças tinham como função contribuir para o estreitamento do pequeno núcleo produtivo no seio da sua esfera habitual de entreajuda, enquanto que as grandes tinham a ver com questões de prestígio e de ostentação de riqueza das “antigas casas grandes”.

As tradicionais Matanças estão a desaparecer e são muito poucos aqueles que levam à risca os rituais desta prática comunitária em que participavam amigos e familiares e que tantas saudades me deixou quando, em rapazinho, participava nelas em casa dos meus avós.

Mais uma vez, são os “tempos” que levam coisas e trazem coisas a tal ponto que os regulamentos da Comunidade Europeia proibiram que as tradicionais Matanças do Porco, mesmo as de âmbito familiar, pudessem acontecer sem a presença de um veterinário para atestar o estado de saúde do animal e as condições sanitárias (?!?...?!?).

Que exagero, que falta de ligação à realidade… Então, não são os próprios donos do animal que o alimentam e acompanham diariamente que logo chamam o veterinário se ele deixa de comer ou apresenta alguma anomalia no seu comportamento?

E quanto às condições sanitárias alguém espera encontrar um mini matadouro para além de um armazém varrido e lavado mais a banca de matar o porco e as facas próprias para cada desempenho devidamente afiadas?

Mas, desta vez, os nossos representantes em Bruxelas, bateram-se galhardamente na defesa das nossas tradições que estavam condicionadas desde 2003 e a título excepcional correu até um Edital pelas Juntas de Freguesia a autorizar o abate caseiro do porco sem interferência da autoridade veterinária.

Uf… que alívio, já posso novamente pensar em deliciar-me com o “arroz do osso do peito” e a “semineta”, ementa tradicional que na aldeia da minha avó, a Concavada, era confeccionada pela mão experiente da senhora Maria, daquele porco a quem, o rapazinho que eu era adorava dar de comer e que foi morto pela facada certeira do ti' Margalho, sem corrermos o risco de irmos todos presos.

Mas isto sou eu a pensar ou a sonhar, melhor dizendo, porque já não há avó, não há pocilga, não há porco, a senhora Maria e o ti' Margalho há muitos anos que morreram e a aldeia quase já não tem vida assim como, da mesma maneira, comigo irão morrer as saudades das pessoas e dos sabores, em suma, a saudade daqueles “tempos”…

terça-feira, agosto 08, 2017

Esclarecimentos 

Adicionais


















Relativamente às considerações favoráveis que fiz às palavras do Cardeal Patriarca chamando-lhes sábias, na medida em que avisadas, um amigo e colega que muito prezo, em visita aos netos em terras do extremo oriente, enviou-me um mail decepcionado comigo porque entendeu a posição do Cardeal e a minha em seu apoio, como de reaccionárias.

Esclareci, na volta do E-mail, o verdadeiro sentido das minhas palavras e julgo que também as de D. Policarpo as quais, de resto, estão na linha daquilo que ele próprio pensa sobre este assunto.

Mas vale a pena voltar ao assunto para que não fiquem dúvidas:

- Diz-me o meu querido amigo lá das terras do sol nascente:

- “Não seria preferível falar de Diferenças Culturais que, como tal, devem ser cuidadas?”

…Mas é óbvio que sim, é precisamente disso que estamos a falar, ou a religião que professamos não será um factor importantíssimo da nossa cultura?

- Molda-nos o pensamento, o comportamento, obriga-nos a ver e a entender a vida de uma determinada maneira e não é cultura?

Vejamos:

- O casamento é uma relação de risco, anote-se a percentagem de divórcios, separações e do casa/descasa, às vezes nem dá tempo a levantar a toalha da mesa da boda e porquê?

- As pessoas são naturalmente diferentes, o sentimento do amor/paixão aproxima-as irresistivelmente mas retira-lhes discernimento e o casamento é uma relação íntima, intensa, diária, continuada, desgastante em que tudo vem ao de cima, e mesmo quando resulta bem exigiu maturidade, cedências e compromissos recíprocos que acabaram por se mostrar mais fortes que as diferenças dando até lugar a novos sentimentos de amizade que nos reconfortam e dão segurança mas, repito, foram necessárias cedências e compromissos recíprocos.

As diferenças, nos casamentos bem sucedidos, acabaram diluídas e submersas na própria relação.

Portanto, temos que ultrapassar diferenças de carácter pessoal com a outra pessoa que é, na nossa hipótese, da mesma cultura, religião, extracto social, económico e educacional, tudo factores comuns que servem os objetivos da relação casamento.

- Agora, a noiva não pertence à cultura do noivo (cultura é aquela espécie de óculos através dos quais “vemos a vida”), a religião, aspecto importantíssimo da cultura, também é diferente, neste caso concreto, é a religião de Maomé que impõe um código rígido de comportamentos que, levados à risca, e eles levam-no à risca, domina completamente a vida das pessoas que a seguem, muito diferente do catolicismo da generalidade das pessoas que se afirmam católicas.

E neste contexto cultural e religioso dos seguidores de Maomé, que estatuto está reservado às mulheres?

- Um estatuto de subalternidade que em alguns casos representa quase a anulação da própria pessoa, não é verdade?

- Se a noiva pertencer a esse contexto social essa foi a sua herança, o futuro dirá qual a evolução…

- Mas se a noiva não tem nada a ver com esse contexto, aos inevitáveis riscos de um casamento inter cultural/religioso juntam-se os outros, e não reconhecer isto é não querer ver a realidade.

- Foi para estes riscos acrescidos que o Cardeal chamou a atenção das jovens tal como eu faria se a minha filha me dissesse que ia casar com um seguidor do Corão.

- E qual de nós não chamaria?

Não estou a falar de proibições ou qualquer coisa do género… “deixas de ser minha filha”…”nunca mais contas com o teu pai”, cenas de telenovelas rascas. Ficaria mais apreensivo mas não deixaria de ir ao casamento.

Onde está o reacionarismo ou o xenofobismo? Chamar a atenção para o risco das diferenças acrescidas, é isso?

Estamos a falar de decisões pessoais e íntimas, em último lugar das probabilidades de alguém ser feliz, se é que a felicidade se pode pesar em termos de probabilidades e eu acho que sim.

O que estaria em causa seria a felicidade da minha filha e se ela tivesse que ser feliz com um marroquino para mim seria igual a ser feliz com outra pessoa qualquer.

- O que me parece, à partida, é que seria muito mais difícil, as probabilidades de sucesso da relação muito menores e os riscos acrescidos.

Pareceu-me a mim e também ao Cardeal. Não há aqui nenhum tipo de segregação ou de xenofobia mas apenas diferenças que devem ser levadas em linha de conta numa decisão de casamento e é deste que estamos a falar.

E diz-me o meu querido colega lá das terras do Extremo Oriente:

- “Os problemas que surgem num casamento entre um cristão e um muçulmano não serão os mesmas que entre um quaker e um muçulmano?”

- “ E os problemas de um casamento entre um cristão urbano europeu e um fulano do bible belt americano, não continuam a ser os mesmos?”.

É óbvio que sim!...mas porque há-de ser reacionarismo no particular e deixar de o ser no geral?

O Cardeal é português, estava a falar para jovens portuguesas potencialmente envolvidas numa relação de casamento com um muçulmano, e esta era a situação concreta que estava em causa e foi para as diferenças existentes entre estes grupos de pessoas que ele chamou a atenção por “constituírem riscos acrescidos” de insucesso na relação casamento, subentenda-se de infelicidade.

Será que o tema no particular é tabu e no geral deixa de o ser?

Vindas de onde vieram as palavras do Cardeal foram apontadas como sendo a expressão do “politicamente incorreto” mas, não são verdadeiras?

Afinal, ele limitou-se a dizer… “Cautela”, e não haverá razões para dizer, “Cautela”?

Milhões de páginas negras de vil submissão, humilhação e maus-tratos físicos – que são legais! – em certos países islâmicos, como na Arábia Saudita, para dar um exemplo, não constituem motivo suficiente para o Cardeal ou qualquer pai de moça casadoira dizer, Cautela?

Entretanto, ergamos as nossas taças e bebamos à continuação da felicidade de todas as portuguesas que casaram com muçulmanos e são felizes… para o amor e para a felicidade nunca há barreiras, mas…Cautela!

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João Pereira Coutinho
O Fim último da Vida não é a Excelência mas sim a Felicidade













“Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo à volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e apesar da benesse, não levam vidas descansadas.

Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três anos, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais uns atrás dos outros em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho ou a esposa de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que até 2020 um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos mais queremos. Quanto mais queremos mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.

Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência mas sim a Felicidade.”




Este texto é da autoria de João Pereira Coutinho, um jovem, nascido em 1976, formado em História na variante História de Arte com Pós Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Católica de Lisboa onde ensina como Professor Convidado.

Jornalista e colunista do Independente entre 1998 e 2003 e presentemente do Expresso. Obviamente, é um jovem culto, inteligente, bom escritor e bem falante.

De acordo com os rótulos em vigor é um homem de direita e como colunista contracenava no Expresso, com Daniel Oliveira, do Bloco de Esquerda, seu adversário e opositor político.

Este texto está na linha exata daquilo que politicamente é João P. Coutinho e eu, que não simpatizo com rótulos, prefiro não concordar ou discordar à priori e em bloco, já que a realidade social é muito complexa e na sua análise exige muita serenidade, ponderação e distanciamento.

O que, no fundo, João P. Coutinho afirma é que as pessoas são hoje preparadas para competir ferozmente por falsos objetivos que mesmo quando são atingidos, e eles nunca o serão totalmente, nos impedem de viver e retirar da vida aquilo que ela tem verdadeiramente de bom e, por isso, vão fatalmente ser infelizes e sobreviver à custa de anti depressivos.

Realmente, não é fácil fazer a apologia de um tipo de vida que permanentemente nos coloca numa “arena” na qual, como antigos gladiadores, “terçamos armas” contra colegas de aula, de profissão, amigos, conhecidos e desconhecidos, sempre debaixo de “aplausos” ou mudas censuras da família e da sociedade, sem que alguém se preocupe em saber, simplesmente, se somos felizes.

Há uns bons anos atrás, um colega meu que triunfou na política e chegou mesmo a membro do governo, nos anos oitenta, confessava-me, orgulhoso, que o filho estava envolvido em três Cursos em simultâneo. Como ele me dizia: “era o três em um…”

Ele tinha conseguido incutir no filho o espírito de um lutador e apoiou-o e incentivou-o na persecução de metas que se transformaram em objetivos para os quais só a excelência podia satisfazer.

É justa esta preocupação dos pais em dotarem os filhos com todas as armas para uma competição vitoriosa?

Para João P. Coutinho não só é injusta como também criminosa embora, ele próprio, nem sequer se atreva a ter filhos talvez, porque em sociedade, o melhor é seguir a “ordem estabelecida”… mesmo quando não se concorda ela.

Mas, João P. Coutinho parece fazer a apologia da sociedade que existia há cem ou duzentos anos atrás quando a vida de cada um se definia pelo nascimento, pelo extracto social e pela fortuna dos progenitores ou seja, uma sociedade de exclusão, injusta e desigual.

O egoísmo e a desigualdade decorrem da própria natureza humana enquanto ela não se corrigir a si própria, se é que alguma vez isso irá acontecer.
Introduzi-la na sociedade logo à partida, como um vírus, não me parece que seja princípio que ainda se continue a defender.

Neste ponto fulcral eu e João Pereira Coutinho vamos cada um para seu lado.

Quanto à sociedade de “pessoas de excelência” mas infelizes e neuróticas, creio que os jovens darão a resposta a esse problema porque a felicidade, como objectivo, será sempre uma preocupação individual e os caminhos para ela, dos mais difíceis que
 existem, estão sempre a tempo de ser corrigidos.

Jamais leve trabalho para casa!
















Um funcionário da agência funerária está trabalhando à noite, para examinar corpos antes destes serem sepultados ou cremados.

Examina um corpo, identificado como José Chagas, que está pronto para ser cremado, e descobre que o defunto tem o maior pênis que ele já viu na vida.

- "Desculpe, Sr. Chagas...." Pensa o funcionário.  Mas não posso mandá-lo para o crematório com essa coisa enorme. Ela tem que ser conservada para a posteridade! 

Com um bisturi, remove o pênis do morto, guarda-o num frasco e vai para casa.

A primeira pessoa a quem ele mostra a monstruosidade é sua mulher.

- 'Tenho algo incrível para te mostrar, querida. Nem vais acreditar! '

Depois, abre o frasco e.... Ao ver o conteúdo, a sua mulher grita, estarrecida:

- 'Oh, meu Deus !!!!! O Chagas morreu ?!?!?'T


Resultado de imagem para lula da silvaLula morreu e foi para o Céu...

 











Chegando lá, após breve entrevista, São Pedro recomendou que ele ficasse quinze dias na ala dos filósofos, para aprimorar sua cultura, já que tratava-se de um ex-presidente...

No dia seguinte, preocupado com a decisão que tinha tomado, São Pedro foi até a ala dos filósofos e, pela fresta da janela, surpreendeu Confúcio conversando com Lula.

O velho sábio estava com uma péssima aparência, mais amarelo que nunca e, profundamente irritado, dedo em riste, gritava com Lula.- Olha Lula, é a última vez que repito:- Platão não é o prato grande do Hortelino Trocaletra; - Epístola não é a mulher do apóstolo; - Eucaristia não é o aumento do custo de vida;

Cristão não é um cristo como o Redentor;
- Encíclica não é bicicleta de uma roda só;- Quem tem parte com o diabo não é diabético;- Quem trabalha na Nasa não é nazista;- Annus Domini nada tem a ver com o cu do Papa;

- E, volto a repetir, meu nome é Confúcio ... Companhêro Pafúncio é a puta que te pariu...!

segunda-feira, agosto 07, 2017

A Morte da 


Executiva...


























Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou-se. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.

Ainda meio tonta, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava a acontecer, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes:

- Enfermeiro, eu preciso voltar com urgência para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque o meu seguro de saúde é Platina, e isto aqui está a parecer-me mais a urgência dum Hospital público. Onde é que nós estamos?

- No céu.

- No céu?...

- É.

- O céu, CÉU....?! Aquele com querubins, anjinhos e coisas assim?

- Exacto! Aqui vivemos todos em estado de graça permanente.

Apesar das óbvias evidências, ausência de poluição, toda a gente a sorrir, ninguém a usar telemóvel, a executiva bem-sucedida levou tempo a admitir que havia mesmo batido a bota.

Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana iria receber o bónus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa.

E foi aí que o interlocutor sugeriu:

- Talvez seja melhor a senhora conversar com Pedro, o coordenador..

- É?! E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?

- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.



- Quem me chama?

A executiva bem-sucedida quase desabava da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro.

Mas, a executiva tinha feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu logo:

- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e...

- Executiva... Que palavra estranha. De que século veio?

- Do XXI. O distinto vai dizer-me que não conhece o termo 'executiva'?

- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.

Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.

- Sabe, meu caro Pedro. Se me permite, gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para essa gente toda aí, só na palheta e andando a toa, para perceber que aquino Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistémica.

- É mesmo?

- Pode acreditar, porque tenho PHD em reorganização. Por exemplo, não vejo ninguém usando identificação. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê?

- Ah, não sabemos.

- Percebeu? Sem controlo, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar em anarquia. Mas podemos resolver isso num instante implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.

- Que interessante...

- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.

- !!!...???...!!!...???...!!!

- Aí, contrataríamos uma consultoria especializada para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do Grande Accionista... Ele existe, certo?

- Sobre todas as coisas.

- Óptimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico, por exemplo, parece-me extremamente atractivo.

- Incrível!

- É óbvio que, para conseguir tudo isso, teremos de nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias da praxe. Porque, agora falando de colega para colega, tenho a certeza de que vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar num Turnaround  radical. 

- Impressionante!

- Isso significa que podemos partir para a implementação?

- Não. Significa que a senhora terá um futuro brilhante... se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque acaba de descrever, exactamente, como funciona o Inferno...

Max Gehringer


                Rouxinol Faduncho - Dona Maroca

                

E se um elefante selvagem africano, de 7 toneladas, lhe entrasse pelo quarto no melhor dos seus sonhos, será que eles não iam virar pesadelos?...



De rosa às costas....


               Grande orador foi o Presidente Cavaco Silva... 


Também eu estive nos Açores e, provavelmente, vi as mesmas vacas que o Presidente, mas não me lembraria de salientar as sensações da vaca no processo de ordenha que é igual em toda a parte do mundo...

Em contrapartida, admirei a capacidade de equilíbrio dos animais que vivem permanentemente nas encostas de tal forma inclinadas que só os cavalos são capazes de irem buscar as vasilhas de leite.


          

Simples desencontro....


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