Clara Ferreira Alves e o Budismo
CLARA FERREIRA ALVES E O
BUDISMO
Clara F. Alves foi ver o Dalai Lama e na sua Pluma Caprichosa deixou-nos um relato dessa experiência que foi estar num espaço fechado onde se respirava um ambiente de espiritualidade na presença de um homem que irradia inteligência, bondade e simpatia que, em doses iguais, parecem constituir a receita ideal para um enorme poder de sedução.
Clara F. Alves não conseguiu entender a prelecção, não sabe tibetano e o inglês do Dalai Lama é incompreensível mas deu-lhe suficiente prazer ouvir o som das palavras.
Numa situação de encantamento o entendimento das palavras pode ser até um factor de distracção para o clímax que se estabelece e que dispensa perfeitamente o esforço de tentar perceber “o que é que o senhor está a dizer”.
De resto, Templos, Conventos, Mosteiros, Igrejas não vivem de palavras mas antes de silêncios, murmúrios e de uma musicalidade sem música que certos estados de alma conseguem ouvir.
Clara F. Alves ficou seduzida e só não muda de religião porque é demasiado tarde convencida como está que, se fosse budista, viveria e morreria melhor.
As religiões correspondem à satisfação de necessidades interiores das pessoas e deveriam servir, na verdade, para se viver e morrer melhor mas quem se lembrar um pouco daquilo que estudou na História, logo verifica como elas têm contribuído para infernizar a vida e apressado e piorado a morte.
Mas se tudo está esquecido no que se refere ao passado leiam-se os jornais e pasme-se sobre o que é viver e morrer sob o lema das religiões na Palestina entre Judeus e seguidores do Islão e no Iraque entre facções diferentes de uma mesma Religião.
Sim, mas os budistas defendem o princípio da não-violência, para eles, a paz e a convivência pacífica constituem ensinamentos básicos: “evitar o mal, fazer o bem e cultivar a mente”.
Quem não se lembra do exemplo dado pelo Mahatma Gandhi na Índia?
E já se esqueceram da mensagem de paz e amor dada por Cristo que morreu na cruz para não transigir destes princípios?
E o Islão, que é descrito em árabe como um “Deen” que possui uma relação etimológica com outras palavras árabes que significam paz.
Ou seja, nenhuma religião seria religião senão advogasse a paz entre aqueles que pretende persuadir a serem seus seguidores só que, até à data, ainda não o conseguiram.
Bom, mas talvez a paz não seja o único objectivo a ser perseguido pelas religiões pois, se assim fosse, corriam até o risco de já terem desaparecido.
Há quem sinta nas religiões um alimento para a alma, um amparo para as suas existências sem o qual elas deixariam de ter sentido.
As religiões fazem as pessoas sentirem-se pequeninas, frágeis, indefesas, ignorantes e daí a necessidade da sua protecção e dos seus ensinamentos.
Pessoalmente, é a promessa da continuação da vida sob uma qualquer outra forma e num qualquer outro sítio, é a recusa do fim, a não aceitação da morte como solução definitiva.
Clara F. Alves sentiu-se interiormente reconfortada ouvindo o Dalai Lama, rodeada de budistas… talvez pelo exotismo do ambiente que foi criado pelos personagens e pelo convite à paz e meditação que lhe foi transmitido.
Acredito piamente na sinceridade das suas palavras pois quem vive permanentemente no stress do dia-a-dia desta sociedade meio louca bem precisa de umas férias em um qualquer Mosteiro budista para uns tempinhos de tranquilidade e meditação.
BUDISMO
Clara F. Alves foi ver o Dalai Lama e na sua Pluma Caprichosa deixou-nos um relato dessa experiência que foi estar num espaço fechado onde se respirava um ambiente de espiritualidade na presença de um homem que irradia inteligência, bondade e simpatia que, em doses iguais, parecem constituir a receita ideal para um enorme poder de sedução.
Clara F. Alves não conseguiu entender a prelecção, não sabe tibetano e o inglês do Dalai Lama é incompreensível mas deu-lhe suficiente prazer ouvir o som das palavras.
Numa situação de encantamento o entendimento das palavras pode ser até um factor de distracção para o clímax que se estabelece e que dispensa perfeitamente o esforço de tentar perceber “o que é que o senhor está a dizer”.
De resto, Templos, Conventos, Mosteiros, Igrejas não vivem de palavras mas antes de silêncios, murmúrios e de uma musicalidade sem música que certos estados de alma conseguem ouvir.
Clara F. Alves ficou seduzida e só não muda de religião porque é demasiado tarde convencida como está que, se fosse budista, viveria e morreria melhor.
As religiões correspondem à satisfação de necessidades interiores das pessoas e deveriam servir, na verdade, para se viver e morrer melhor mas quem se lembrar um pouco daquilo que estudou na História, logo verifica como elas têm contribuído para infernizar a vida e apressado e piorado a morte.
Mas se tudo está esquecido no que se refere ao passado leiam-se os jornais e pasme-se sobre o que é viver e morrer sob o lema das religiões na Palestina entre Judeus e seguidores do Islão e no Iraque entre facções diferentes de uma mesma Religião.
Sim, mas os budistas defendem o princípio da não-violência, para eles, a paz e a convivência pacífica constituem ensinamentos básicos: “evitar o mal, fazer o bem e cultivar a mente”.
Quem não se lembra do exemplo dado pelo Mahatma Gandhi na Índia?
E já se esqueceram da mensagem de paz e amor dada por Cristo que morreu na cruz para não transigir destes princípios?
E o Islão, que é descrito em árabe como um “Deen” que possui uma relação etimológica com outras palavras árabes que significam paz.
Ou seja, nenhuma religião seria religião senão advogasse a paz entre aqueles que pretende persuadir a serem seus seguidores só que, até à data, ainda não o conseguiram.
Bom, mas talvez a paz não seja o único objectivo a ser perseguido pelas religiões pois, se assim fosse, corriam até o risco de já terem desaparecido.
Há quem sinta nas religiões um alimento para a alma, um amparo para as suas existências sem o qual elas deixariam de ter sentido.
As religiões fazem as pessoas sentirem-se pequeninas, frágeis, indefesas, ignorantes e daí a necessidade da sua protecção e dos seus ensinamentos.
Pessoalmente, é a promessa da continuação da vida sob uma qualquer outra forma e num qualquer outro sítio, é a recusa do fim, a não aceitação da morte como solução definitiva.
Clara F. Alves sentiu-se interiormente reconfortada ouvindo o Dalai Lama, rodeada de budistas… talvez pelo exotismo do ambiente que foi criado pelos personagens e pelo convite à paz e meditação que lhe foi transmitido.
Acredito piamente na sinceridade das suas palavras pois quem vive permanentemente no stress do dia-a-dia desta sociedade meio louca bem precisa de umas férias em um qualquer Mosteiro budista para uns tempinhos de tranquilidade e meditação.