Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, maio 05, 2012
O BUCHA E ESTICA
Oliver Hardy (o Bucha) e Stan Laurel (o Estica) já haviam morrido, quando o famoso guitarrista Carlos Santana compôs a música "Oie, Como vá".
Pois bem. Alguém encaixou perfeitamente a música na performance de Laurel & Hardy... Olha no que deu! ... Um prodígio, acrescento eu, que em miúdo chorava a rir com as "palhaçadas" destes dois grandes cómicos nas matinés do cinema Eden, em Lisboa, a onde a minha mãe me levava.
A jogada Pingo
Doce
O Pingo Doce deve ter arrecadado à volta de 90 milhões de euros em poucas horas em capitalização de produtos armazenados.
De onde saiu o dinheiro: algum do bolso, mas grande parte saiu das contas bancárias por intermédio de cartões. Logo, os bancos vão acusar a saída de tanto dinheiro em tão pouco espaço de tempo, no principio do mês, em que os bancos contam com esse dinheiro nas contas, para se organizarem com ele. Mas, ainda ganham algum porque alguns compraram a crédito.
Ora, se o Pingo Doce pedisse esse dinheiro à Banca iria pagar, digamos a 5%, em 5 anos, 25% da quantia. Assim não paga nada. O povo deu-lhe boa parte do seu ordenado a troco de géneros. Alguns vão ver-se à rasca porque com arroz não se paga a electricidade.
O resto, 75% da quantia aparentemente "oferecida", distribuiu-se assim:
1 - Uma parte dos produtos (talvez20 a 25%) devem estar a chegar ao fim do prazo
de validade. Teriam de ser amortizados como perdas e lançados ao lixo. Enquanto
não fosse lixo seria material que entraria como existência, logo considerado
como ganho e sujeito a impostos. Assim poupam-se impostos, despesas de
armazenamento (logística, energia, pessoal) e o povinho acartou o lixo futuro.
2 - Outra parte (10 -15%) seria vendida com os habituais descontos de ocasião e as promoções diárias. Uma parte foi ainda vendida com lucro, apesar do "desconto".
3 - O Pingo Doce prescinde ainda de30 a 40 % do que seria
lucro por motivos de estratégia empresarial a saber:
1 - Descartar-se da concorrência das pequenas empresas. Quem comprou para dois meses, não vai às compras nesse mesmo tempo.
2 - Aumentar a clientela que agora simpatiza com a cadeia "benfeitora".
3 - Criar uma situação de monopólio ao fazer pressão sobre os preços dos produtores (que estão à rasca e muitos são espanhóis) para repor os novos stocks em grande quantidade.
4 - Transpor já para euros parte do capital parado em armazém e levá-lo do país uma vez que a Sede da Empresa está na Holanda. Não vá o diabo tecê-las e isto voltar ao escudo nos próximos tempos o que levou já J. Martins a passar a empresa para a Holanda.
5 - Diminuir com isto o investimento em Portugal, encurtar a oferta de produtos, desfazer-se de algum armazém central e com isso despedir alguns funcionários. O consumo vai diminuir no futuro e o Estado quer "imposto de higiene" pago ao metro quadrado.
6 - Poupança em todo o sistema administrativo eem publicidade. A
comunicação social trabalhou para eles.
Mesmo que tudo fosse ilegal, a multa máxima para Dumping é de15 a 30.000 Euros, para o
resto não há medidas jurídicas. Verdadeiramente isto são "Peanuts" em
sacos de Pingo Doce, empresa do homem mais rico de Portugal. A ASAE irá só
apresentar serviço.
E o governo o que faz? Até agora calou-se. Se calhar sabia da manobra.
O Pingo Doce deve ter arrecadado à volta de 90 milhões de euros em poucas horas em capitalização de produtos armazenados.
De onde saiu o dinheiro: algum do bolso, mas grande parte saiu das contas bancárias por intermédio de cartões. Logo, os bancos vão acusar a saída de tanto dinheiro em tão pouco espaço de tempo, no principio do mês, em que os bancos contam com esse dinheiro nas contas, para se organizarem com ele. Mas, ainda ganham algum porque alguns compraram a crédito.
Ora, se o Pingo Doce pedisse esse dinheiro à Banca iria pagar, digamos a 5%, em 5 anos, 25% da quantia. Assim não paga nada. O povo deu-lhe boa parte do seu ordenado a troco de géneros. Alguns vão ver-se à rasca porque com arroz não se paga a electricidade.
O resto, 75% da quantia aparentemente "oferecida", distribuiu-se assim:
1 - Uma parte dos produtos (talvez
2 - Outra parte (10 -15%) seria vendida com os habituais descontos de ocasião e as promoções diárias. Uma parte foi ainda vendida com lucro, apesar do "desconto".
3 - O Pingo Doce prescinde ainda de
1 - Descartar-se da concorrência das pequenas empresas. Quem comprou para dois meses, não vai às compras nesse mesmo tempo.
2 - Aumentar a clientela que agora simpatiza com a cadeia "benfeitora".
3 - Criar uma situação de monopólio ao fazer pressão sobre os preços dos produtores (que estão à rasca e muitos são espanhóis) para repor os novos stocks em grande quantidade.
4 - Transpor já para euros parte do capital parado em armazém e levá-lo do país uma vez que a Sede da Empresa está na Holanda. Não vá o diabo tecê-las e isto voltar ao escudo nos próximos tempos o que levou já J. Martins a passar a empresa para a Holanda.
5 - Diminuir com isto o investimento em Portugal, encurtar a oferta de produtos, desfazer-se de algum armazém central e com isso despedir alguns funcionários. O consumo vai diminuir no futuro e o Estado quer "imposto de higiene" pago ao metro quadrado.
6 - Poupança em todo o sistema administrativo e
Mesmo que tudo fosse ilegal, a multa máxima para Dumping é de
E o governo o que faz? Até agora calou-se. Se calhar sabia da manobra.
Episódio Nº 90
_ Tomei de empregada. Pra lavar e
cozinhar.
D. Arminda examinava a retirante, de
alto a baixo, como a medi-la e a pesá-la. Oferecia seus préstimos:
-
Se precisar de alguma coisa menina, é só me chamar, não é? Só que hoje de noite
não vou estar. É dia de sessão em casa do compadre Deodoro, dia de o finado
conversar comigo…
É até capaz que dona Sinhàzinha apareça…
– Seus olhos iam de Gabriela para Nacib – Moça, hem? Agora não quer mais velhas
como Filomena… – Ria seu riso cúmplice.
-
Foi o que arranjei…
-
Pois como eu ia dizendo: para mim não foi surpresa: ainda o outro dia vi o tal
dentista na rua. Por coincidência era dia de sessão, hoje faz uma semana
direitinho.
Olhei para ele e ouvi a voz do finado no
meu ouvido dizendo: «Tá aí, todo prosa, tá morto.» Pensei que o finado tava
brincando. Só hoje quando soube, é que me dei conta, o finado tava-me avisando.
Voltava-se para Gabriela. Nacib já tinha
entrado.
-
Qualquer coisa que precise, é só chamar. Amanhã a gente conversa. Tou aqui pra ajudar, seu Nacib é mesmo que parente. É
patrão de meu Chico…
-
Nacib mostrou-lhe o quarto no qui ntal,
antes ocupado por Filomena, explicara-lhe o serviço: arrumação da casa, lavagem
de roupa suja, cozinhar para ele. Não falou dos doces e salgados para o bar,
primeiro queria ver que espécie de comida ela sabia fazer.
Mostrara-lhe a dispensa, onde Chico
Moleza deixara as compras da feira.
-
Qualquer coisa pergunte a D. Arminda.
Estava com pressa, a noite chegara, o
bar em pouco ficaria novamente cheio e ele ainda devia jantar. Na sala,
Gabriela, os olhos arregalados, olhava o mar nocturno, era a primeira vez que o
via. Nacib disse-lhe em despedida:
-
E tome um banho, está precisada.
No Hotel Coelho encontrou Mundinho Falcão, o
Capitão e o Doutor jantando juntos. Sentou-se, naturalmente na, mesa deles, foi
logo contando da cozinheira. Os outros ouviam em silêncio. Nacib
compreendeu ter interrompido conversa importante. Falaram do crime da tarde,
ele apenas iniciara o jantar quando os amigos, já no fim, se retiraram.
Ficou a reflectir. Aqueles três andavam
arqui tectando coisas. Que diabo
seria?
O bar, naquela noite, não lhe deu
descanso. Andou numa roda-viva, as mesas cheias, todo o mundo querendo comentar
os acontecimentos. Por volta das dez horas o Capitão e o Doutor apareceram,
acompanhados de Clóvis Costa, o director do Diário de Ilhéus. Vinham da casa de
Mundinho Falcão, anunciaram que o explorador apareceria no Bataclan por volta
da meia-noite para a estreia de Anabela. Clóvis e o Doutor conversavam em voz
baixa, Nacib apurou o ouvido.
Noutra mesa, Tonico Bastos contava do
jantar, verdadeiro banquete, em casa de Amâncio Leal. Com vários amigos de
Jesuíno Mendonça, inclusive o Dr. Maurício Caíres, encarregado da defesa do
coronel. Regabofe monumental, com vinho português, comida e bebida em abundância. Nhô-Galo
achava aqui lo um absurdo. Com o
corpo da mulher ainda quente, não havia direito…
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sexta-feira, maio 04, 2012
Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano
É de suma importância que nos
lembremos de um grupo musical que se destacou como um dos mais populares do
país entre nos anos sessenta, trata-se de Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano.
Idealizado por Moises Cardoso Neves, verdadeiro nome de Nilo Amaro, o conjunto formado por negros e composto de um soprano, um mezzo soprano, um contralto, dois baixos, um tenor e três barítonos, teve seu nome inspirado numa árvore da família das ebenáceas que fornece uma madeira escura, pesada e muito resistente, dando origem a expressão “negro como Ébano.
Porém o ingrediente negro não estava representado apenas pela raça de seus integrantes e sim pelas características interpretativas de seu canto. Nilo Amaro e seu grupo foram os responsáveis pela introdução e versão brasileira do spirituals canto afro religioso dos negros americanos que daria origem aos blues e ao jazz e também o precursor da musica gospel em nosso país.
Idealizado por Moises Cardoso Neves, verdadeiro nome de Nilo Amaro, o conjunto formado por negros e composto de um soprano, um mezzo soprano, um contralto, dois baixos, um tenor e três barítonos, teve seu nome inspirado numa árvore da família das ebenáceas que fornece uma madeira escura, pesada e muito resistente, dando origem a expressão “negro como Ébano.
Porém o ingrediente negro não estava representado apenas pela raça de seus integrantes e sim pelas características interpretativas de seu canto. Nilo Amaro e seu grupo foram os responsáveis pela introdução e versão brasileira do spirituals canto afro religioso dos negros americanos que daria origem aos blues e ao jazz e também o precursor da musica gospel em nosso país.
Luiz
Américo Lisboa Júnior (2005) (continua)
Leva Eu Sodade - Lino Amaro e Seus Cantores de Ébano
E que saudades da minha juventude me desperta esta canção com toda a sua ternura...
O árabe vai à loja do
judeu para comprar sutiãs pretos.
O judeu, pressentindo negócios, diz que são
raros e poucos e vende por 40 euros cada um.
O árabe compra 6, e volta alguns dias depois
querendo mais duas dúzias.
O judeu diz que as peças vão ficando cada vez
mais raras e vende por 50 euros a unidade.
Um mês mais tarde, o árabe compra o que resta
por 75 euros cada.
O judeu, encucado, pergunta-lhe o que faz
com tantos sutiãs pretos.
Diz o árabe: - Corto o sutiã em dois, faço dois
chapeuzinhos ridículos e vendo para os judeus por 100 euros cada.
FOI AÍ QUE A GUERRA COMEÇOU...
DIZERES...
“Cai o Carmo e a Trindade”
Significado:
- Desgraça, aparato, barulheira, confusão.
Origem:
- O terramoto de 1755 deixou muitas marcas físicas.
Mas há marcas culturais que também persistem. Uma delas é esta expressão.
Durante o terramoto ouviu-se um enorme estrondo por toda a cidade de Lisboa.
Quando os
habitantes descobriram a verdadeira causa de tal barulheira disseram logo: caiu
o Carmo e a Trindade, isto é, desabaram os conventos do Carmo e da Trindade
Os Grandes Autores do Século XX e o Que Aprendemos ou "Devíamos Ter Aprendido" com Eles.
Texto de José Mário Silva
Texto de José Mário Silva
THOMAS
MANN (1875 – 1955)
Talvez
o último dos grandes escritores clássicos, mostrou-se ambicioso ao ponto de
querer fixar, nos seus imponentes romances, o espírito de uma época.
Politicamente conservador, exilou-se nos Estados
Unidos quando Hitler subiu ao poder, como a grande maioria dos intelectuais
alemães. Da sua pena brotaram personagens prodigiosas, como Hans Castorp (A
Montanha Mágica), Gustav von Aschenbach (Morte em Veneza) ou Adrian Leverkühn (Doutor
Fausto).
O que nos ensinou:
O recurso a certas
personagens ideológicos como arqétipos ideológicos.
SOBRE A ENTREVISTA Nº 48 SOBRE
O TEMA: “SANTA INQUISIÇÃO” (7)
UM MUNDO INTOLERANTE
Durante
séculos, as guerras religiosas e a Inqui sição
asfixiaram a Europa com a intolerância e a brutalidade. Também os protestantes
perseguiam aqueles que consideravam hereges. Um
tribunal calvinista, por iniciativa do próprio Calvino, queimou na fogueira o
médico, teólogo e filósofo espanhol Miguel Servet em 1553, em Genebra. Servet descobriu a
circulação do sangue entre o coração e os pulmões e, ao contrário dos católicos
e protestante, negou a doutrina do pecado original e da doutrina da Trindade e
rejeitou o baptismo infantil. Servet
sempre acreditou que tudo o que pode ser pensado, pode ser dito, discutido e
feito, dizem deste mártir humanista
aqueles que mantém viva a sua memória.
Em
1536, antes de a Inglaterra se separar de Roma e nascer a Igreja Anglicana, foi
estrangulado e queimado na fogueira, na Bélgica, com a cumplicidade do rei Henrique
VIII da Inglaterra, o linguista britânico e padre católico, William Tyndale,
que foi acusado de heresia por traduzir a Bíblia em Inglês, longe da versão
oficial latina, a Vulgata, imposta por Roma.
As últimas palavras de Tyndale foram: Senhor,
abre os olhos do Rei da Inglaterra! Apenas três anos mais tarde, e como
resultado do cisma anglicano, a sua tradução da Bíblia era a oficial em toda a
Inglaterra.
GABRIELA
CRAVO
E
CANELA
Episódio Nº 89
-
É um homem de muita ambição. Mas como vai poder resolver o caso da barra, se
nem compadre Ramiro deu jeito? – Melk falava sobre Mundinho Falcão.
A mão de Clemente acariciou a harmónica
no fundo da canoa, ouviu a voz de Gabriela cantando. Olhou em torno, como a
procurá-la. A selva cercando o rio, árvores e um intricado de cipós, gritos
amedrontadores e pios agoirentos de corujas, uma exuberância de verde
fazendo-se negro, não era como a caatinga cinzenta e nua. Um remeiro estendeu o
dedo, mostrando um lugar na mata.
-
Foi por aqui o tiroteio entre Onofre
e os cabras de seu Amâncio Leal… Morreu bem uns dez.
Dinheiro a ganhar naquela terra, era
preciso não ter medo do trabalho. Ganhar dinheiro e voltar à cidade em busca de
Gabriela. Haveria de encontrá-la, fosse como fosse.
-
Melhor é não pensar, tirar ela da cabeça – aconselhou Fagundes. Os olhos do
negro perscrutavam a selva, sua voz fez-se suave para falar de Gabriela – Tira
ela da cabeça. Não é mulher para tu nem para mim. Não é como essas quengas, é…
-
Tou com ela metida em meu juízo, mesmo querendo não posso.
-
Tu tá maluco. Ela não é mulher para se viver com ela.
-
Que é que tu tá dizendo?
-
Num sei… Pra mim é assim. Tu pode dormir com ela fazer as coisas. Mas ter ela
mesmo, ser dono dela como é de outras, isso ninguém vai nunca ser.
-
E porquê?
-
Num sei, o Diabo é que sabe. Num tem explicação.
Sim, o negro Fagundes tinha razão.
Dormiam juntos à noite, no outro dia era como se ela não se recordasse,
olhava-o como aos outros, tratava-o como os demais. Como se não tivesse nenhuma
importância…
As sombras cobrem e cercam a canoa, a
selva parece aproximar-se mais e mais, fechando-se sobre eles. O pio das
corujas corta a escuridão. Noite sem Gabriela, seu corpo moreno, seu riso sem
motivo, sua boca de pitanga.
Nem lhe disse até logo. Mulher sem
explicação. Uma dor sobe pelo peito de Clemente. E de súbito a certeza de que
jamais voltará a vê-la, tê-la nos braços, esmagá-la contra o peito, ouvir seus
ais de amor.
O coronel Melk Tavares, no silêncio da
noite, ergueu a voz, ordenou a clemente.
Toca alguma coisa prá gente, rapaz. Pra
disfarçar o tempo.
Tomou da harmónica. Entre as árvores
crescia a Lua sobre o rio. Clemente enxerga o rosto de Gabriela. Brilham luzes
de fifós e lamparinas ao longe. A música se eleva num choro de homem perdido,
solitário para sempre. Na selva, rindo, aos raios da Lua, Gabriela.
Gabriela Adormecida
Nacib a levara até casa na ladeira de
São Sebastião. Apenas meteu a chave na fechadura e D. Arminda, fremente,
apareceu na janela:
-
Que coisa, hem, seu Nacib? Parecia tão distinta, tão cheia de nós pelas costas,
toda a tarde na igreja. É por isso que eu digo sempre… bateu os olhos em
Gabriela, ficou com a frase suspensa.
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quinta-feira, maio 03, 2012
Bêbado
sim, mas com classe !!
UM BÊBADO É DETIDO PELA POLÍCIA ÀS 3 DA MANHÃ.
O AGENTE
PERGUNTA:
- AONDE VAI A
ESTA HORA?
O BÊBADO
RESPONDE:
- VOU A UMA
PALESTRA SOBRE O ABUSO DO ÁLCOOL E SEUS EFEITOS LETAIS PARA O ORGANISMO, O MAU EXEMPLO,
AS CONSEQUÊNCIAS NEFASTAS PARA A FAMÍLIA, BEM COMO O PROBLEMA QUE CAUSA
NA ECONOMIA FAMILIAR E A IRRESPONSABILIDADE
ABSOLUTA.
O AGENTE OLHA
SEM ACREDITAR E DIZ:
- SÉRIO ? E
QUEM VAI DAR ESSA PALESTRA A ESTA HORA DA MADRUGADA ?
- A MINHA MULHER,
CLARO ! ASSIM QUE EU CHEGAR A CASA !!!
|
||
Um herói pouco conhecido no seu Portugal de origem, açoreano de gema, da ilha Terceira e a sua história:
- Pedro Francisco, herói da Guerra da Independência dos E.U.A. Lutou ao lado de George Washington e do Marquês de Lafayette.
A sua biografia
está cercada de uma aura de lenda, sendo-lhe atribuídos feitos extraordinários. As suas
origens são relativamente obscuras. Foi encontrado em tenra idade
(presumivelmente cinco anos), numa tarde em 23 de Junho
de 1765, a chorar,
nas docas de City Point,
na Virgínia.
Quando se acalmou o suficiente para falar,
percebeu-se que não falava o inglês
e sim uma língua parecida com o Castelhano. Embora nada possuísse que o
identificasse, as suas roupas eram de boa qualidade e, na fivela do cinto, liam-se as
iniciais "P.F.".
Ele contou às
autoridades que "estava num local lindo com palmeiras, a brincar
com a sua pequena irmã, quando dois homens grandes apanharam ambos. A irmã
conseguiu libertar-se dos captores mas o menino não, e foi levado para um navio
grande que acabou por conduzí-lo a City Point.
Sobre as suas
origens, o investigador John E.
Manahan identificou que, nos registos de nascimentos da ilha Terceira, nos
Açores, existe um Pedro Francisco nascido em Porto Judeu , a 9 de Julho
de 1760.
A criança foi
acolhida pelo juiz Anthony Winston, de Buckingham
County na Virgínia, um tio de Patrick
Henry. Quando atingiu idade suficiente para trabalhar, foi instruído
como ferreiro,
devido ao seu enorme tamanho e força (ultrapassou os 1,98 metros e pesava
cerca de 120 kg ).
O escritor Samuel
Shepard, que observou o jovem no seu trabalho, registou:
"Os seus ombros são como os de uma
antiga estátua, como uma figura da imaginação de Miguel Angelo, como o seu Moisés mas não como
David. A sua queixada é longa, forte, o nariz imponente, a inclinação da testa
parcialmente ocultada pelo seu cabelo negro de aspecto desgrenhado. A sua voz
era suave, surpreendendo-me, como que se um touro ganisse."
Com os rumores de
secessão alastrando-se entre a população da Virgínia, Francisco alistou-se aos
16 anos no 10º Regimento da Virgínia. Estava presente, junto à igreja de St.
John em Richmond,
quando Patrick Henry fez o seu famoso discurso "Liberdade ou Morte".
Em Setembro de 1777,
serviu sob o comando do general George Washington em Brandywine Creek na Pensilvânia,
onde as forças dos colonos tentaram deter o avanço de 12.500 soldados
britânicos que avançavam em direcção à Filadélfia.
Não está claro se foi nesse momento que o
jovem Francisco salvou a vida a Washington, apesar de se reconhecer que o jovem
foi aqui alvejado. Alguns relatos
afirmam que ele se tornou guarda-costas pessoal do general, enquanto outros dão
conta de que ele era apenas um soldado agressivo e vigoroso, que lutou a seu
lado.
Foi Washington
quem determinou que uma espada especial, adequada ao seu tamanho, fosse
confeccionada para Francisco. Foi esta espada, com 6 pés de comprimento, que
aterrorizou os britânicos. Washington terá eventualmente se referido
posteriormente a Francisco:
- "Sem ele teríamos perdido duas batalhas cruciais,
provavelmente a guerra e, com ela, a nossa liberdade. Ele era verdadeiramente
um Exército de um Homem Só."
Posteriormente, em
1850, o historiador
Benson Lossing registou no "Pictorial Field Book of the Revolution"
que "um
bravo virginiano, deitou abaixo 11 homens de uma só vez com a sua espada. Um
dos soldados prendeu a perna de Francisco ao seu cavalo com uma baioneta. E
enquanto o atacante, assistido pelo gigante, puxava pela baioneta, com uma
força terrível, Francisco puxou da sua espada e fez uma racha até aos ombros na
cabeça do pobre coitado!"
Mais tarde,
enquanto se recuperava, Francisco tornou-se amigo de Lafayette.
Francisco sofreu
mais seis ferimentos enquanto ao serviço do seu país, tendo morto um número
incerto de britânicos e sido condecorado ao final do conflito por generais
estadunidenses que se certificaram de que ele estava presente na rendição do
general Charles Cornwallis e dos britânicos em Yorktown, a 19 de
Outubro de 1781.
Uma capa de uma
edição de 2006 da "Military
History" levantou uma questão de retórica que sugeria que ele
poderia ter sido o maior soldado da história americana. A seu respeito, Joseph
Gustaitis, na American
History Magazine, referiu:
"Um
Hércules de 6 pés
e meio de altura que empunhava um sabre de seis pés de comprimento, Peter
Francisco foi provavelmente o soldado mais extraordinário da Guerra da
Revolução Americana".
OS AUTORES MAIS IMPORTANTES
DO SÉCULO XX E O QUE
APRENDEMOS ou
“Devíamos ter aprendido” COM ELES
Texto de José Mário Silva
GUY DEBORD (1931 – 1994)
Publicado em vésperas do Maio de 68, o ensaio A Sociedade do Espectáculo
estabeleceu Guy Debord, já então conhecido pela sua participação activa em movimentos
subversivos (do Letrismo à Internacional Situacionista), como um dos principais
críticos do capitalismo, reinterpretando o trabalho de Marx de forma a estender
o conceito de alienação a outras esferas, para lá da actividade laboral. A sua
análise da cultura de massas e do poder das imagens tornou-se ainda mais pertinente
após o triunfo da globalização a que já não assistiu por se ter suicidado, em 1994,
aos 63 anos, com um tiro no coração.
A Antígona acaba de editar um livro sobre a sua figura e obra, assinado
por Anselm Jappe.
O que nos ensinou:
- A urgência revolucionária, da teoria à prática.
GABRIELA
CRAVO
E
Episódio Nº 88
- Só que aquele
tempo quando cujo chegava com as mãos abanando, com a cara e a coragem, e ia
para a mata plantar roça, se acabou. Naquele tempo era bom… Bastava ter peito,
tocar para a frente, liqui dar quatro
ou cinco que tinham a mesma tenção, e o cidadão tava rico…
- Ouvi falar
desse tempo… - disse o negro Fagundes. – Foi por isso que vim…
- Não gosta da
enxada, moreno? – perguntou Melk.
- Não desprezo,
não sinhô. Mas manejo melhor o pau de fogo… – riu acariciando a repetição.
- Ainda há
matas grandes. Lá para a serra do Baforé, por exemplo. Terra
boa para o cacau como não há outra…
- Só que é
preciso comprar cada palmo de mata. Tudo está medido e registado. O senhor
mesmo tem terras por lá.
Um pedacinho… –
confessou Melk. – Coisa à toa. Vou começar a derrubar a mata no ano que
vem, se Deus qui ser.
- Hoje Ihéus
não vale mais nada, não é como dantes. Tá virando lugar importante –
lastimou-se um remeiro.
- E por isso
não presta?
- Dantes um
homem valia pela coragem. Hoje, só quem enriquece é turco Mascate e espanhol de
armazém. Não é como antigamente…
- Aquele tempo
acabou – explicou Melk – Agora chegou o progresso, as coisas são diferentes.
Mas um homem trabalhador ainda se arranja, ainda há lugar para todo o mundo.
- Não se pode
mais nem dar uns tiros na rua… querem logo prender a gente.
A canoa subia
vagarosa, as sombras da noite a envolviam, gritos de animais chegavam da selva,
papagaios faziam súbita algazarra nas árvores. Só Clemente ia silencioso, todos
os demais participavam da conversa, contavam casos, discutiam sobre Ilhéus.
- Essa terra
vai crescer demais é no dia que começar a exportação directa.
- É mesmo.
Os sertanejos não entendiam, Melk Tavares explicou:
todo o cacau para o estrangeiro, para a Inglaterra, para a Alemanha, a França,
os Estados Unidos, a Escandinávia, a Argentina, saía pelo porto de Baía. Um
dinheirão de impostos, a renda exportação, tudo ficava na capital, Ilhéus não
via nem sobras.
A barra era estreita, pouco profunda. Só com muito
trabalho – havia até quem dissesse não haver jeito – seria possível capacitá-la
para a passagem dos grandes navios. E quando os grandes cargueiros viessem
buscar o cacau no porto de Ihéus, então poder-se-ia falar realmente em progresso…
- Agora só se
fala num tal de seu Mundinho Falcão, coronel. Diz que ele vai resolver… Que é
um homem danado.
- Tá pensando
na moça? – perguntou Fagundes a Clemente.
- Nem me disse
até logo… Nem me olhou de despedida.
- Ela tava
virando tua cabeça. Tu não era mais o mesmo.
- Como se a
gente nem se conhecesse… Nem até logo.
- Mulher é
assim mesmo. Num vale a pena.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
À ENTREVISTA Nº 48 SOBRE O TEMA:
“A SANTA INQUISIÇÃO?” (6)
A Inquisição Romana
A Inquisição de Roma, também chamada de Congregação do Santo Ofício, foi criada pelo Papa Paulo III em 1542, depois da Reforma para examinar os erros doutrinários que foram surgindo por toda a Europa e para puni-los severamente.
Em 1600, o Santo Ofício julgou, condenou e queimou na fogueira o filósofo renascentista Giordano Bruno pelas suas ideias inovadoras. Em 1633, foi julgado e condenado Galileu Galilei, um génio científico por afirmar que a Terra girava em torno do Sol e não vice-versa. A Inquisição descobriu que essa teoria era contrária às Escrituras. Temendo a tortura, Galileu, depois dos 70 anos, renunciou à sua teoria e negou-as ao tribunal romano.
Foi só em 1965 que o Papa Paulo VI reorganizou o Santo Ofício passando-lhe a chamar Congregação para a Doutrina da Fé.
quarta-feira, maio 02, 2012
Dizeres
- Nunca mais acabam, interminável, sem fim.
Origem:
- Reza a lenda que ...
“Simão Pires, um cristão
novo, cavalgava todos os dias até aos convento de Santa Clara para se
encontrar, às escondidas com Violante.
A jovem tinha sido feita noviça à força por vontade do seu pai, fidalgo que não
estava de acordo com o seu amor.
Um dia, Simão pediu à sua amada para fugir com ele, dando-lhe um dia para
decidir. No dia seguinte, Simão foi acordado pelos homens do rei que o vinham
prender acusando-o do roubo das relíqui as
da igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento.
Para não prejudicar Violante, Simão não revelou a razão porque tinha sido visto
no local. Apesar de ter invocado a sua inocência, foi preso e condenado à morte
na fogueira, que se realizaria junto da nova igreja de Santa Engrácia, cujas
obras já tinham começado.
Quando as labaredas envolveram o corpo de Simão, este gritou que “Era tão certo
morrer inocente como as obras nunca mais acabarem!”.
Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos
momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha
sido ele, o ladrão das relíqui as e
sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado o Simão. Pedia-lhe
agora o perdão que Violante lhe concedeu.
Entretanto, um facto singular acontecia, as obras da igreja iniciadas à época
da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se
habituou a comparar “Tudo aqui lo que não mais acaba” às obras de
Santa
Engrácia.”
Na realidade, levou cerca de 350 anos porque foi fundada em 1568 mas ruiu em 1681 e a sua reconstrução durou até cerca de meados do Século XX. É hoje conhecida pelo Panteão Nacional.
Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos
momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha
sido ele, o ladrão das relíqui as e
sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado o Simão. Pedia-lhe
agora o perdão que Violante lhe concedeu.
Entretanto, um facto singular acontecia, as obras da igreja iniciadas à época
da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se
habituou a comparar “Tudo aqui lo que não mais acaba” às obras de
Santa
Engrácia.”
Na realidade, levou cerca de 350 anos porque foi fundada em 1568 mas ruiu em 1681 e a sua reconstrução durou até cerca de meados do Século XX. É hoje conhecida pelo Panteão Nacional.
Honestidade acima de tudo...
Uma senhora foi presa por roubar no supermercado.
Quando estava no tribunal, o juiz perguntou-lhe:
- O que é que a senhora roubou?
Ela respondeu:
- 1 lata pequena de pêssegos.
O juiz perguntou-lhe o motivo do roubo, e ela respondeu:
- Porque estava com fome.
O juiz então perguntou à senhora quantos pêssegos tinha a lata:
- Tinha 6 pêssegos.
O juiz então disse:
- Vou-a mandar prender por 6 dias, 1 dia por cada pêssego.
Quando estava no tribunal, o juiz perguntou-lhe:
- O que é que a senhora roubou?
Ela respondeu:
- 1 lata pequena de pêssegos.
O juiz perguntou-lhe o motivo do roubo, e ela respondeu:
- Porque estava com fome.
O juiz então perguntou à senhora quantos pêssegos tinha a lata:
- Tinha 6 pêssegos.
O juiz então disse:
- Vou-a mandar prender por 6 dias, 1 dia por cada pêssego.
Mas antes que o juiz pudesse terminar a sentença, o marido da senhora
perguntou se poderia ter uma palavra com o juiz sobre o acontecido...
perguntou se poderia ter uma palavra com o juiz sobre o acontecido...
O Juiz disse que sim, e perguntou o que queria ele dizer.
Então o marido disse:
- Ela também roubou uma lata de ervilhas e uma de milho....
- Ela também roubou uma lata de ervilhas e uma de milho....
GABRIELA
E
CANELA
Episódio Nº 87
Da Canoa Na Selva
- Diz que o coronel Jesuíno matou a mulher lá dele e um doutor que dormia com ela. É mesmo verdade, coronel? – perguntou um remeiro a Melk Tavares.
-
Também ouvi falar… – disse outro.
-
Verdade, sim. Apanhou a mulher na cama com o dentista. Despachou os dois.
-
Mulher é bicho ruim, faz a desgraça da gente.
A canoa subia o rio, a selva crescia nos
barrancos, os sertanejos olhavam a paisagem inédita, um vago terror no coração.
A noite precipitava-se das árvores sobre as águas, assustadora.
A canoa era quase um batelão de tão
grande, descia carregada de sacos de cacau, voltava cheia de mantimentos. Os
remeiros curvavam-se num esforço descomunal, avançavam lentamente. Um deles
acendeu uma lamparina na popa: a luz vermelha criava sombras fantásticas no
rio.
Lá no Ceará sucedeu um caso parecido… –
começou um sertanejo a contar.
- Mulher é enganadeira, a gente nunca
sabe que coisa mulher tá maginando… Conheci uma, parecia uma santa, ninguém podia
pensar… – lembrou o negro Fagundes.
Clemente ia silencioso. Melk Tavares
puxava conversa com os novos agregados, querendo saber de cada um as qualidades
e os defeitos de seus trabalhadores, seu passado.
Os sertanejos iam contando, as histórias
assemelhavam-se, a mesma terra árida queimada pela seca, o milheiral, o
mandiocal, perdidos a caminhada imensa. Eram sóbrios ao narrar. Chegavam por lá
notícias de ilhéus: a terra rica, o dinheiro fácil. Lavoura de futuro, barulhos
e mortes. Quando a seca batia, largavam tudo e rumavam para o sul. O negro
Fagundes era mais falador, contava valentias.
Eles também desejavam saber:
-
Diz que tem ainda muita mata para derrubar…
Pra derrubar tem muita. Pra medir é que
não tem mais. Tudo já tem dono. – riu um remeiro.
Mas ainda há dinheiro a ganhar, e muito,
para um homem trabalhador – consolou Melk Tavares.
(Click na imagem de Gabriela, "moça bonita")
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
À ENTREVISTA Nº 48 SOBRE O TEMA:
“A SANTA INQUISIÇÃO?” (5)
Um Caso, um Exemplo, um Horror…
No livro de Henry Charles Lea, "História da In
Elvira del
Campo, uma mulher grávida, foi presa pela Inqui sição,
por suspeita de que era judia. Na
prisão, ela deu à luz uma criança. Um
ano depois foi levada perante o tribunal da Inqui sição
em Toledo.
Dois
trabalhadores que viviam como inqui linos
na sua casa foram apresentados como testemunhas e disseram que Elvira não comia
carne de porco e que aos sábado vestia roupa interior limpa. Por causa deste comportamento
desconfiaram que ela fosse judia e as duas testemunhas foram premiados com três
anos de indulgências por seus pecados.
Quando
questionada, Elvira afirmou ser cristã, tal como seu marido e seu pai o eram. No entanto, sua mãe tinha antepassados
judeus. Elvira
disse ao tribunal que desde a infância não comiam carne de porco porque lhe
dava náuseas e sentia-se mal e que sua mãe havia lhe ensinado a mudar de roupa
interior no sábado, e que ela nunca viu nisso qualquer significado religioso. O tribunal ameaçou torturá-la, se não
dissesse que era judia. Como não
o disse foi desnudada. Amarraram-lhe
as mãos, apertando-os com cordas até quebrar ossos. Ela foi então amarrado a uma mesa com
bordas afiadas, mantendo-o amarrada. Durante
a tortura confessou violar a lei, mas como não sabia que as leis eram foi
submetida à tortura da água: taparam-lhe o nariz e pela boca, através de um
funil, jogaram litros de água. Depois
a golpearam no ventre assim inchado. Muitas
vítimas desta tortura morriam afogadas ou esventradas. Elvira não morreu. Por quatro dias a tortura foi suspensa
e trancaram-na numa cela onde ela confessou ser judia e pediu misericórdia. Essa misericórdia consistiu em não a matarem mas confiscaram-lhe todos os seus bens e condenaram-na a três anos de
prisão Ao fim de seis meses, libertaram-na. Tinha
enlouquecido.