Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, abril 13, 2013
THE PLATTERS - UNCHAINED MELODY
O fascínio desta canção e deste Grupo continua a fazer-me arrepiar...
Os Extra-Terrestres
Neste mundo do planeta Terra muitas pessoas se interrogam sobre a existência de seres extra terrenos que andarão por aí fazendo aparições de soslaio, furtivas, perante poucas testemunhas e sem deixarem rastos indesmentíveis da sua passagem.
Outras, têm uma crença visceral sobre a sua existência de tal forma que se associam em grupos organizados para a recolha e tratamento de todas as informações, especialmente aparições, sempre com a preocupação, dizem eles, de estudarem o fenómeno.
Contudo, sobre este assunto, a posição mais correcta e sensata é a agnóstica, de acordo com o pensamento de cientistas que dedicaram as suas vidas ao estudo dos astros como foi o caso de Carl Sagan, prematuramente falecido aos 62 anos, vítima de uma doença rara, e que sobre as visitas de extraterrestres dizia-nos o seguinte:
“ Se nós mesmos estamos explorando o nosso sistema solar, se somos capazes, como somos, de enviar as nossas espaçonaves não apenas a outros planetas do nosso sistema solar como também para lá do nosso sistema solar, para as estrelas, então seguramente, outras civilizações, milhares ou milhões de anos mais avançadas que nós, devem ser capazes de alcançar a viagem espacial interestelar muito mais facilmente.
Contudo, eu certamente não excluiria a possibilidade de que a Terra está sendo ou já foi visitada. Mas precisamente porque está tanto em jogo, precisamos, porque esta é uma questão que engloba emoções poderosas, dos mais escrupulosos padrões de evidência”.
São estes os naturais cuidados de um cientista que, acima de tudo, coloca a honestidade e o rigor intelectual como pressupostos para abordar qualquer tema e este muito em especial pelas razões que ele próprio refere.
O cepticismo de Carl Sagan é uma exigência da sua inteligência, ele não se esquece que faz parte dessa grande família do Homo Sapiens e exactamente porque é “Sapiens” é que é céptico.
O cepticismo é, de resto, um apelo permanente à inteligência.
O cientista francês Henri Poincaré afirmou a este propósito o seguinte:-“A credulidade é avassaladora e todos sabemos como a verdade é tantas vezes cruel e por isso nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
- Mas não é só porque a credulidade é avassaladora, é que o cepticismo é perigoso, desafia as instituições estabelecidas e se nas escolas ensinarmos os alunos a serem cépticos eles amanhã começarão a fazer perguntas difíceis sobre as instituições económicas, sociais, políticas e religiosas.”
Carl Sagan que passou grande parte da sua vida científica na procura da vida extraterrestre é o primeiro a afirmar:
-“Veja o tempo e o trabalho que eu teria economizado se eles andassem por cá mas quando reconhecemos alguma vulnerabilidade emocional sobre este assunto então temos que redobrar o nosso cepticismo porque é aí que podemos ser enganados”.
Outras, têm uma crença visceral sobre a sua existência de tal forma que se associam em grupos organizados para a recolha e tratamento de todas as informações, especialmente aparições, sempre com a preocupação, dizem eles, de estudarem o fenómeno.
Contudo, sobre este assunto, a posição mais correcta e sensata é a agnóstica, de acordo com o pensamento de cientistas que dedicaram as suas vidas ao estudo dos astros como foi o caso de Carl Sagan, prematuramente falecido aos 62 anos, vítima de uma doença rara, e que sobre as visitas de extraterrestres dizia-nos o seguinte:
“ Se nós mesmos estamos explorando o nosso sistema solar, se somos capazes, como somos, de enviar as nossas espaçonaves não apenas a outros planetas do nosso sistema solar como também para lá do nosso sistema solar, para as estrelas, então seguramente, outras civilizações, milhares ou milhões de anos mais avançadas que nós, devem ser capazes de alcançar a viagem espacial interestelar muito mais facilmente.
Contudo, eu certamente não excluiria a possibilidade de que a Terra está sendo ou já foi visitada. Mas precisamente porque está tanto em jogo, precisamos, porque esta é uma questão que engloba emoções poderosas, dos mais escrupulosos padrões de evidência”.
São estes os naturais cuidados de um cientista que, acima de tudo, coloca a honestidade e o rigor intelectual como pressupostos para abordar qualquer tema e este muito em especial pelas razões que ele próprio refere.
O cepticismo de Carl Sagan é uma exigência da sua inteligência, ele não se esquece que faz parte dessa grande família do Homo Sapiens e exactamente porque é “Sapiens” é que é céptico.
O cepticismo é, de resto, um apelo permanente à inteligência.
O cientista francês Henri Poincaré afirmou a este propósito o seguinte:-“A credulidade é avassaladora e todos sabemos como a verdade é tantas vezes cruel e por isso nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
- Mas não é só porque a credulidade é avassaladora, é que o cepticismo é perigoso, desafia as instituições estabelecidas e se nas escolas ensinarmos os alunos a serem cépticos eles amanhã começarão a fazer perguntas difíceis sobre as instituições económicas, sociais, políticas e religiosas.”
Carl Sagan que passou grande parte da sua vida científica na procura da vida extraterrestre é o primeiro a afirmar:
-“Veja o tempo e o trabalho que eu teria economizado se eles andassem por cá mas quando reconhecemos alguma vulnerabilidade emocional sobre este assunto então temos que redobrar o nosso cepticismo porque é aí que podemos ser enganados”.
Em vida, por vezes, Carl Sagan recebia cartas de alguém que afirmava estar em contacto com um extraterrestre e que o convidava a perguntar-lhe “qualquer coisa”.
Para estes casos C. Sagan tinha já preparada uma lista de perguntas e como os extraterrestres são, obviamente, muito avançados ele questionava coisas como esta:
- Forneça uma prova curta do último teorema de Fermat (já foi resolvido mas por humanos) ou da conjectura de Goldbach e para melhor compreensão por parte do extraterrestre escrevia uma pequena equação com expoentes.
Claro que nunca recebeu qualquer resposta mas se perguntasse algo como “se os humanos devem ser bons” a resposta vinha logo pronta.
Em resumo:
- Qualquer pergunta vaga é respondida com muito prazer mas qualquer coisa de específico, em que haja a possibilidade de se descobrir se sabem alguma coisa, a resposta é sempre o silêncio.
Nestas coisas do cepticismo tem que se encontrar um ponto de equilíbrio porque estamos perante duas necessidades que conflituam uma com a outra:
- Por um lado, o escrutínio mais céptico das hipóteses que nos são oferecidas e pelo outro a necessidade de uma grande abertura a novas idéias.
São, portanto, duas modalidades de pensamento que convivem sobre uma certa tensão e não se pode exercitar só uma delas qualquer que ela seja.
Colocado “apenas” na modalidade do pensamento céptico iremos morrer como velhos excêntricos convencidos que o mundo está a ser governado por idiotas mas, se a nossa abertura de espírito chegar ao ponto da credulidade sem uma certa dose de cepticismo, então estaremos perdidos porque todas as idéias para nós serão boas sem que consigamos distingui-las em função do seu valor.
O sucesso da ciência depende, exactamente, da mistura que se fizer destas duas modalidades de pensamento e é nisso que os cientistas são bons.
Falam sozinhos, criam imensas idéias novas e criticam-nas sem piedade, sendo que, a maior parte delas nunca chega ao mundo exterior e as que conseguem passar pelos rigorosos filtros pessoais têm à sua espera a comunidade científica para as criticar.
Mas vejamos o que, no concreto, Carl Sagan pensava sobre a busca por sinais de rádio da vida inteligente extraterrestre:
- No começo dos anos sessenta os Russos deram uma entrevista em Moscovo para anunciarem que uma distante fonte de rádio, chamada CTA-102 estava variando senoidalmente (como uma onda de seno) com um período aproximadamente de 100 dias.
O porquê desta entrevista em Moscovo residiu no facto de estarem convencidos de que se tratava de uma civilização extraterrestre de enorme poder o que, afinal, não passava de uma “quasar” que ainda hoje não se sabe muito bem o que é mas uma civilização extraterrestre é que ninguém acredita que ela seja.
Logo, do ponto de vista científico, a hipótese extraterrestre é a última em que se pensa e só se todas as outras falharem.
- Outro exemplo:
- Em 1967 os cientistas britânicos encontraram uma fonte intensa de rádio próxima que flutuava num tempo mais curto, com um período constante de dez algarismos significativos.
O que seria? E a primeira ideia era de que se tratava de algo como uma mensagem que era emitida para nós ou uma baliza de navegação interestelar para naves espaciais que andam entre estrelas tendo mesmo, na Universidade de Cambridge, sido dado-lhe o nome de LGM-1, ou seja: Little Green Men, Os Homenzinhos Verdes.
Ao contrário, os Russos, foram mais cautelosos e não convocaram nenhuma entrevista para anunciar ao mundo a descoberta e fizeram bem porque não passava de uma “Pulsar”, a primeira Pulsar da nebulosa Caranguejo, e o que é uma Pulsar?
- Mais uma vez não se trata de nenhuma civilização extraterrestre mas de uma estrela encolhida ao tamanho de uma cidade que se mantêm coesa de maneira diferente de qualquer outra estrela, não pela pressão do gás, não pela degeneração dos eléctrodos mas por forças nucleares.
Frequentemente perguntavam a Carl Sagan se existia inteligência extraterrestre e ele dava a resposta habitual:
- De que há biliões de lugares no Universo e de que seria incrível que essa inteligência não existisse mas que não havia nenhuma evidência forte, até agora, a seu favor.
Depois, insistiam e voltavam a perguntar-lhe:
- Mas o que é que você acha de verdade?
- Ao que ele respondia: “ Mas eu acabei de dizer exactamente o que penso”.
- Sim, mas a sua intuição o que é que lhe diz e ele respondia:
- Mas eu tento não pensar com a minha intuição, não há nenhum problema de adiar a resposta até que as evidências cheguem.
- Eu acredito que em parte, muito do que empurra a ciência, é a sede de nos maravilharmos e isso constitui uma emoção poderosa sentida por todas as crianças.
Mais tarde, na última fase do ensino, o mesmo já não acontece e não será só por uma questão de puberdade mas tem a ver com a instrução que não só não ensina o cepticismo como também dá pouco incentivo a essa agitante sensação de nos maravilharmos.
- Mas eu tento não pensar com a minha intuição, não há nenhum problema de adiar a resposta até que as evidências cheguem.
- Eu acredito que em parte, muito do que empurra a ciência, é a sede de nos maravilharmos e isso constitui uma emoção poderosa sentida por todas as crianças.
Mais tarde, na última fase do ensino, o mesmo já não acontece e não será só por uma questão de puberdade mas tem a ver com a instrução que não só não ensina o cepticismo como também dá pouco incentivo a essa agitante sensação de nos maravilharmos.
E, finalmente, Carl Sagan, não deixava de se lamentar:
- Na América, todo o jornal diário tem uma coluna sobre astrologia mas sobre astronomia quantos têm, sequer, uma coluna semanal? Eu acredito que também seja culpa do sistema educacional.
Nós não ensinamos como pensar e essa é uma falha muito grave que pode até, num mundo equipado com 60.000 armas nucleares, comprometer o futuro da humanidade.
- Eu afirmo que há uma maravilha muito maior na ciência do que na pseudo ciência caso aquela fosse explicada ao indivíduo médio de uma maneira acessível e emocionante.
- Também aqui há um tipo de lei de Grecham que estabelece que na cultura popular a ciência ruim retira o espaço à boa e a comunidade científica tem muita responsabilidade por não fazer melhor um trabalho de popularização da ciência.
Obrigado, Carl Sagan, pela tua parte não podias ter feito mais nem melhor!
Frank Drake, um apaixonado pela astronomia, depois de tirar o seu Curso em Astronomia Óptica com uma especialização em Radioastronomia foi trabalhar para o Observatório Nacional de Radioastronomia dos EUA e apresentou, em 1961, aquilo que ficaria conhecido por Equação Drake.
Através dela pretendeu calcular o número de civilizações extraterrestres na nossa Galáxia com as quais poderemos entrar em contacto.
Feitas as contas dessa equação complicadíssima que nem me atrevo a transcrevê-la o resultado era do mais pessimista: 0,0000008.
Hoje, passados todos estes anos, com os avanços registados na ciência, existirão 170 planetas extra solares girando na órbita de 147 estrelas o que constitui uma considerável melhoria relativamente ao cálculo de Drake mas não o suficiente para deixarmos de ser agnósticos embora um pouco menos ignorantes do que em 1961.
Através dela pretendeu calcular o número de civilizações extraterrestres na nossa Galáxia com as quais poderemos entrar em contacto.
Feitas as contas dessa equação complicadíssima que nem me atrevo a transcrevê-la o resultado era do mais pessimista: 0,0000008.
Hoje, passados todos estes anos, com os avanços registados na ciência, existirão 170 planetas extra solares girando na órbita de 147 estrelas o que constitui uma considerável melhoria relativamente ao cálculo de Drake mas não o suficiente para deixarmos de ser agnósticos embora um pouco menos ignorantes do que em 1961.
A LÁPIDE
O túmulo mais visitado em Utah, nos EUA, é por causa do texto na lapide! Ganhou mesmo o “Concurso da Lápide mais visitada”
Na sua Lápide está escrito:
CINCO regras a seguir pelo homem
para uma vida feliz:
1. É importante ter uma mulher que ajude em casa, cozinhe de tempos em tempos, limpe a casa e tenha um trabalho;
1. É importante ter uma mulher que ajude em casa, cozinhe de tempos em tempos, limpe a casa e tenha um trabalho;
2. É importante ter uma mulher que te faça rir;
3. É importante ter uma mulher em que possa confiar e não minta;
4. É importante ter uma mulher que seja boa na cama e que goste de estar contigo;
5. É muito, mas muito importante que estas quatro mulheres não se conheçam ou podes terminar morto como eu.
Nota – É claro que tinha de acabar antes do tempo…
DO
CARNAVAL
Episódio Nº 72
Conceição, os sentidos
satisfeitos, jogou-se para um lado. As pernas abertas, estiradas, na serenidade
de quem pôs a carne em
dia. Jerónimo puxou a coberta até ao pescoço e dispôs-se a
dormir.
Mas não perdera de todo o
vício de conversar consigo mesmo, vício que herdara do convívio com Pedro
Ticiano. E, antes de entregar-se ao sono entregou-se aos pensamentos.
Afinal, ele não traíra os
amigos. O próprio Ticiano dizia não haver defeitos nem virtudes. A questão se
resumia em saber cultivar suas virtudes como defeitos ou em rebaixar os
defeitos a virtudes.
As suas virtudes eram os
seus motivos de prazer. Demais, todos os outros haviam tentado a Felicidade.
Fracassaram, ele vencera.
E julgava, na sua
ingenuidade, que fora apenas uma questão de sorte. Não se recordará nunca mais
da frase de Ticiano: “Só os burros e os cretinos conseguem a Felicidade…”
O pior era aquela coisa
que lhe faltava. Achado aqui lo
viveria feliz toda a existência. Que coisa seria?
- Nada – procurava convencer-se – não me falta
nada. Isso é o resto da influência do pessoal. O sono começava a pesar-lhe nas
pálpebras Encolheu-se mais e dormiu.
Teve um sonho estranho.
Recordou, no sonho, aquela noite em que viera da casa de Ticiano irritado.
Fizera Conceição arrancar da cabeceira da cama a imagem de Santo António.
Ela, por sinal chorara
muito…
Acordou sobressaltado. E
resolveu o problema. O que lhe faltava era a fé, a religião. Sim, talvez Deus.
Alegre, sacudiu
Conceição..
- Conceição! Amor, acorde!
A rapariga despertou estremunhada.
- Que é Jerónimo?
Sabe que amanhã é preciso
ir à missa?
- Hã?
Espantou-se. Fez uma cara
de aborrecimento (acordá-la para bulir com ela), virou-se para o outro lado e
voltou a ressonar.
- O jeito é ir mesmo…
Jerónimo benzeu-se, cobriu
a cabeça com os lençóis e dormiu o primeiro sono inteiramente feliz da sua
vida…
Os caixeiros-viajantes que
se aventuravam a romper até àquela cidadezinha do interior do Piauí deitavam
opinião sobre ela:
- Cidade sem vida, sem movimento, de gente
tola.
Tinham razão os “cometas”.
Muita razão. A cidade tipo do norte do Brasil, aquela. Falta de movimento.
Pequeno comércio entregue a árabes espertos.
sexta-feira, abril 12, 2013
ELVIS PRESLEY - MY WAY
Já devia cantar assim na barriga da mãe... "milagre da natureza" que ele destruiu, "criminosamente", demasiado cedo.
Só mesmo vinda de uma criança...
Definição de Avó!
Definição de Avó!
Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do
Cartaxo. Uma delícia!
Cartaxo. Uma delícia!
"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali.
Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem 'Despacha-te!'. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.
As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão".
A Maria adoece e o Manel diz-lhe
para ir ao doutor.
O médico receitou-lhe uns supositórios...
A Maria chega a casa e pergunta ao Manel:- Onde fica o ânus?E o Manel responde:- Ê sê lá mulher... por que não perguntaste ao Sr. Doutor?
No dia seguinte, a mulher volta ao médico e pergunta-lhe onde colocar aquilo.
- Ponha no recto!!! - respondeu o médico.
Maria chega a casa e desconhecendo onde era o recto, pergunta ao Manel.
Ele responde:
- Ê sê lá mulher!!!... Por que não perguntaste ao doutor?A Maria volta então ao consultório médico e volta a fazer a mesma pergunta ao doutor.
Ao chegar a casa diz ao Manel:- Sabes o que o Sr. Doutor me disse? ... Que o metesse no cú.
- Atâo, o que esperavas mulher? ... Depois de teres ido lá chatear o home três vezes?!!!
“A religião convenceu efectivamente as pessoas de que existe um homem invisível que vive no céu e que vê tudo o que fazemos, a cada minuto do dia. E o homem invisível tem uma lista de dez coisas que não quer que façamos. E se fizermos algumas dessas coisas, ele tem um lugar especial, repleto de fogo e fumo e calor e abrasamento e dor para onde nos manda viver e sofrer e arder e sufocar e gritar e chorar para todo o sempre, até ao fim dos tempos…
…Mas ele ama-nos!”
(George Carlin)
A "caça" ao dinheiro devia ser considerada um roubo... |
A
Igreja Enriqueceu
Com o Dízimo
Na
medida em que o Cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano
a lei Bíblica do dízimo recuperou o seu lugar. Os bispos reunidos nos Concílios
Regionais de Tours e Maçon (Anos 567 e 585) reviveram a obrigação do dízimo que
se devia pagar aos bispos e aos párocos. O imperador Carlos Magno no Séc. VIII
estabeleceu o pagamento obrigatório do dízimo das colheitas para sustentar os
bispos das igrejas locais.
O dízimo teve um papel importante na
acumulação da riqueza da Igreja Romana. Na Idade Média, todos os proprietários
das terras estavam obrigados a entregarem uma décima parte das suas produções
ou dos seus rendimentos à autoridade hierárqui ca
da igreja local., sob pena de excomunhão ou ameaça de condenação às penas do
inferno.
No tempo de Gregório VIII,
instituiu-se o “dízimo de Saladin” que devia ser pago por todos os cristãos que
não participavam nas cruzadas contra os muçulmanos.
Na América colonial pagava-se também
o dízimo às autoridades religiosas locais para sustentar os párocos e as paróqui as. Esta lei acabou a quando das independências.
Todavia
Ainda Se Pagam Dízimos
Em vários países europeus de tradição
cristã, ainda que laicos, - Espanha, Alemanha, Itália – sobrevivo o equi valente ao dízimo: “o imposto religioso” que se
entrega ao Estado na Declaração de Impostos e que se destina a financiar a
igreja católica ou as igrejas protestantes. De há uns anos para cá, cidadãos e
cidadãs, críticos com a actuação do clero espanhol, proveram uma campanha de
apostasia (afastamento deliberado das doutrinas e crenças mantidas e defendidas
com firmeza): trata-se de renunciar, por escrito e oficialmente em documento
formal, a sua pertença à igreja católica, o que lhes evita pagarem este
imposto.
Actualmente, em resultado do
crescente fundamentalismo bíblico e de uma leitura literal da Bíblia, algumas
igrejas cristãs evangélicas, especialmente de Pentecostes e Neopentecostes,
recuperaram a prática do dízimo convertendo-o numa condição de fé verdadeira. É
uma autêntica transacção comercial: a troco do pagamento do dízimo os pastores
e pregadores oferecem aos fiéis bênçãos e a prosperidade por Deus.
O Dízimo É Uma
Fraude
Gary Amirault é um pastor e pregador evangélico dos Estados
Unidos, defensor do universalismo cristão e fundador no Missouri do Tentmaker
Ministries. Participa num programa como autor de vários textos nos quais
demonstra a origem histórica do dízimo e a falta de um fundamento evangélico
para o exigir. Para Amirault o dízimo bíblico não passa de uma completa fraude.
As igrejas nos E.U. através dos seus
milhares de esquemas para reunir dinheiro acumularam mais de um trilião em
Acções, Fundos, Programas de Seguros, Bens de Raiz, etc. que dariam para
alimentar, literalmente, os pobres de todo o mundo. Os meios engenhosos que
milhares de pastores usam para levantar dinheiro, dos quais o dízimo moderno é
um deles esgotou o nosso país de recursos que poderiam ajudar tremendamente o
mundo.
Mas a Igreja está sentada sobre o dinheiro e, como todos temos conhecimento, muitas seitas ditas religiosas, mais recentes, inspiradas no dízimo da Igreja de Roma, montaram autênticos negócios que são uma afronta à sociedade e à moral mas que se encontram "defendidas" porque a lei não pode actuar. Os princípios e os métodos são exactamente os mesmos da Igreja Católica Romana.
NOTA
Mas a Igreja está sentada sobre o dinheiro e, como todos temos conhecimento, muitas seitas ditas religiosas, mais recentes, inspiradas no dízimo da Igreja de Roma, montaram autênticos negócios que são uma afronta à sociedade e à moral mas que se encontram "defendidas" porque a lei não pode actuar. Os princípios e os métodos são exactamente os mesmos da Igreja Católica Romana.
NOTA
Fosse esse dinheiro para apoiar projectos de natureza social e eu perdoaria ao ladrão. Mas não, esse dinheiro destina-se a enriquecer pessoas de forma escandalosa.
Relacionou-se com os vizinhos.... |
O PAÍS
DO
CARNAVAL
Episódio Nº 71
Recordava-o como um mito,
um ser excepcional que tortura e se impõe. Ticiano, que o torturara, que
lançara a dúvida no seu espírito, dominara-o com a força da sua bizarria, de
seu todo esqui sito de céptico e
demolidor.
Jerónimo Soares voltou a
sentir entusiasmo quando passavam pelas ruas, garbosos, soldados a cantar um
chamado hino nacional.
Começou novamente a achar
graça nas coisas comuns da vida. Relacionou-se com os vizinhos. Discutia
política com o Sr, Brederodes Antunes da Encarnação, que opinava pelo regresso
do país ao regime constitucional.
Cumprimentava sorridente a
velhota da esqui na que fazia doces
para vender na cidade. Tornou-se o modelar funcionário público do antigamente,
de antes de conhecer Pedro Ticiano.
Era a escalada da
Felicidade.
E, além do mais, tinha
Conceição. A antiga prostituta, muito carinhosa, enchia-lhe a vida. Amava-o
como sabem amar as mulheres que venderam o seu corpo a multidões de homens.
Essas mulheres são as requi ntadas no amor. As mestras do carinho. Conceição
adivinhava-lhe os desejos. Dava-lhe essas felicidades quotidianas que os homens
equi librados conseguem e outros
tantos procuram.
À noite deitava a cabeça
de Jerónimo nos seus joelhos e ficava horas perdidas a alisar-lhe o cabelo
mestiço. Ficavam silenciosos, voluptuosos da felicidade.
Ele já não tinha dias de
mau humor. O mesmo, sempre. A mesma bondade grande. O mesmo sorriso confiante
de quem se livrou da insatisfação.
Ruth, a mulher de Ricardo,
é que falava certo. Tudo aqui lo,
todo aquele negócio de insatisfação, era literatura…
Hoje, como ele dava razão
a Ruth! Literatura, tudo…
Entretanto, ele sentia
ainda que lhe faltava alguma coisa. A sua felicidade, apesar de grande, não
podia ser chamada de absoluta. Ressentia-se de algo. Jerónimo não sabia o que
fosse.
E por vezes, raras vezes é
verdade, passava-lhe pela cabeça aqui lo,
perturbando-o. Faltava-lhe alguma coisa…
Na repartição, onde agora
assinava o ponto todo o dia, largava a pena e matutava. Amor, tinha. Ganhava
bem. Boa comida, boa cama. Que precisava?
Seria o diabo da
insatisfação que o perseguia? Então seriam verdades as blagues e os paradoxos
de Pedro Ticiano?
- Não. Esse negócio de
insatisfação e de dúvidas é para Paulo e José Lopes. Comigo, não. Eu sou um
burguês feliz. Nada de intelectualismos… Mas que diabo me faz falta?
O companheiro de banca
despertava-o:
- Eh, mano! Está no mundo da lua?
- Não. Estou pensando cá umas coisas…
- Pensando? Você é poeta, rapaz?
- Qual! Deus me livre…
À noite também cismava.
Enquanto não chegasse a completa felicidade não descansaria. E quase que se
infelicita criando um problema.
Nessa época Jerónimo
Soares não desejava, não carregava aspirações. O querer ser o chefe da sua
secção não chegava a ser uma ambição…
quinta-feira, abril 11, 2013
|
É o que resta hoje, visto do espaço |
O VULCÃO TOBA
O Grande teste à nossa sobrevivência
A
sobrevivência da nossa espécie, como de qualquer outra, resulta de um processo
permanente de mudança sem destino, sem hora marcada, nem tão pouco com futuro
assegurado.
Umas vezes somos nós próprios que introduzimos
esses factores de mudança provocando revoluções, outras, a
mudança acontece por força de fenómenos geológicos, repentinos e inesperados,
alguns com consequentes alterações climáticas que obrigam a grandes mudanças nas nossas vidas na tentativa de sobreviver adaptando-nos a elas.
Desses cataclismos naturais,
contemporâneos da nossa espécie, o de mais graves consequências, aconteceu há
75.000 anos com a explosão do vulcão Toba, na Indonésia.
A dimensão e intensidade foram tão
grandes que em consequência a temperatura do globo teria baixado até 12 graus
originando uma nova era glaciar que se prolongou por mais de mil anos.
O exame do ADN mitocondrial, através
da análise das mutações, parece comprovar que todos nós, os mais de 6 mil
milhões de pessoas que hoje habitam o nosso planeta, descendem de um pequeno
grupo de mil a dois mil sobreviventes desse enorme cataclismo.
Maior que essa revolução que nos
colocou no limite mínimo do numero de indivíduos suficientes para assegurar a
sobrevivência da espécie nunca terá acontecido.
Um super vulcão destes, situado por
baixo do Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA, estará em vésperas de
explodir o que, em termos geológicos, significa a qualquer hora ou daqui a 10.000 anos.
Paradoxalmente, parece que foram
essas novas condições resultantes da explosão do vulcão que não tendo
exterminado a nossa espécie, acabaram por ser decisivas para a verdadeira
eclosão do Homo Sapiens, Sapiens.
Realmente, é difícil explicar tão
pouca diversidade de ADN, senão for através desse cataclismo que terá posto fim
a todos os restantes ramos do Homo Sapiens que habitavam a terra permitindo
apenas a sobrevivência desse pequeno grupo do qual todos nós hoje descendemos.
Há pesqui sas
que indicam que o número de mulheres teria chegado apenas a umas 500 e durante
séculos qualquer uma dessas gerações poderia ter sido a última.
Calcula-se que terão sido necessários
20.000 anos para que a curva da recuperação trouxesse a população para os
níveis anteriores.
A um passo da extinção não só
conseguiram recuperar e também evoluir porque foram capazes de forjar as
respostas para os problemas da escassez da vida vegetal e animal subsequente.
A erupção em si terá durado cerca de
duas semanas e alguns dos nossos antepassados terão morrido logo como vítimas
directas da erupção, mas a crise populacional detectada pelos geneticistas terá
resultado da queda da temperatura em todo o planeta que terá atingido entre os
5 e os 12 graus conforme as fontes.
Muitas das plantas não conseguiram
mais germinar, os animais morreram aos milhares espalhando pelo solo carcaças
putrefactas.
Com a formação das geleiras o nível
dos mares desceu deixando à mostra uma paisagem em que o solo podia ser varrido
pelo vento.
Traços do cálcio do solo disperso
podem ser hoje encontrados nas geleiras da Gronelândia demonstrando que deve
ter havido tempestades de areia por dias a fio, matando as plantas e privando
humanos e animais das fontes de alimento.
Famintos e desesperados teria sido muito
difícil aos sobreviventes gerar filhos e ainda mais criá-los.
Assoladas pela fome as crianças
teriam sido as primeiras a morrer seguidas pelas mulheres. Foi um duro golpe, o
mais terrível, para a nossa espécie.
As populações que já teriam
abandonado as zonas tropicais e subtropicais devem ter sido dizimadas pelo frio
e nas latitudes mais altas os Neandertais, embora biologicamente mais
adaptados, aparentemente declinaram em número e abandonaram o norte da Europa.
O Homo Sapiens sobreviveu porque existiam
então no mundo três áreas tropicais de grande índice pluviométrico cujo solo
conseguia sustentar maior número de pessoas e essas áreas estavam todas em
África onde existem evidências de expansão humana depois do cataclismo com
ferramentas e gravuras de há 70.000 anos que atestam focos de desenvolvimento
anteriores a qualquer outro lugar.
Assim, de uma coisa parece podermos
estar certos, devemos a nossa existência a essas populações que por sorte e
engenho conseguiram sobreviver ao desastre ecológico.
Esse super vulcão está hoje escondido
debaixo do lago Toba, a norte de Sumatra e pode ser visto do espaço. Milhares
de anos de chuva encheram de água a cratera do vulcão transformando-a num lago.
A Ressurreição, por Maria, mãe de Jesus
A propósito das comemorações da Páscoa, referi-me aqui no Memórias Futuras, há poucos dias, à
importância decisiva da afirmada ressurreição de Jesus.
Primeiro para que não fosse esquecido por parentes, amigos e
seguidores da sua mensagem e mais tarde para o lançamento de uma religião
inspirada na sua figura e na sua mensagem. Para isso, Jesus tinha que continuar
a viver, não na terra mas no céu sentado á direita de Deus com todo o poder que tal lhe conferia.
Lesley Hazleton, socióloga, feminista e jornalista política
britânica, reconstroi este momento “mágico” pondo em destaque o papel de Maria,
mãe de Jesus, que não aceita a morte precoce do seu filho e que, com outras
mulheres, tinha assistido impotente à sua morte.
Ela construiu uma imagem arrojada e bela em seu livro
"Maria, uma virgem de carne e osso”. Faz entrar Maria na tumba de Jesus,
acompanhado de Madalena e de outras mulheres e juntas desafiam o fedor e a dor
da morte, que haviam testemunhado impotentes e desesperadas.
Em seguida, Maria se
acerca de Jesus, segura-lhe a cabeça com força e o "trás de volta à
vida." Ela pode fazer isso, é a mãe. Se ela o havia trazido à vida, lhe
devolve de novo a vida.
Hazleton conclui a sua imagem com uma
ideia central, muitas vezes minimizada: O cristianismo começa com essas
mulheres.
Nem Paulo nem Pedro, nem com nenhum da longa lista de santos e
papas, mas com estas mulheres no sepulcro. Elas são o núcleo fundador do
cristianismo: as últimas a verem o corpo de Jesus e as primeiras que o viram
ressuscitado.
E explica por que isto aconteceu
assim: Maria tem que fazer isso para seu próprio bem e pelo bem de seu filho. A
alternativa era ser reduzida à dor mais terrível e a pesadelos para o resto de
sua vida.
Maria não poderia ter salvo o filho. Ela não podia ter-se
oferecido em seu lugar. Mas ainda podia actuar. Poderia quebrar a inércia e
livrar-se do papel passivo de testemunha, transformando-o num papel activo.
"Não deixe que isto
passe despercebido", deve ter dito e apela à acção. "Não é a mulher
que sofra em silêncio.
Acima de tudo, não permanece em silêncio. E então,
quando decidiu que não faria, decidiu o que fazer: "Há que fazê-los ouvir
a sua voz”. Fazer com que esse sacrifício tenha um significado: “Torná-lo
importante para o mundo.”
Maria comportou -se como a mãe dos Macabeus e como todas as mães
que mantiveram vivos os seus filhos mortos prematuramente.
Nota
“Alguém”
ressuscitou Jesus e faz sentido que esse "alguém" tenham sido as mulheres
que mais o amaram à frente das quais se encontrava Maria, sua mãe. E para que
perdure na memória dos homens com a força dos vivos só a ressurreição… Chavez, na Venezuela, já foi santificado...