sábado, abril 13, 2013

DUO OSMOSE -  VERSÃO SENSUAL

IMAGEM

Nos meus tempos de jovem as mulheres das aldeias levavam cântaros à cabeça e as senhoras ricas da cidade chapéus ridículos. Esta, leva um bloco de esferovite... podia dar-lhe para pior!


THE  PLATTERS - UNCHAINED MELODY

O fascínio desta canção e deste Grupo continua a fazer-me arrepiar...


Os Extra-Terrestres


Neste mundo do planeta Terra muitas pessoas se interrogam sobre a existência de seres extra terrenos que andarão por aí fazendo aparições de soslaio, furtivas, perante poucas testemunhas e sem deixarem rastos indesmentíveis da sua passagem.

Outras, têm uma crença visceral sobre a sua existência de tal forma que se associam em grupos organizados para a recolha e tratamento de todas as informações, especialmente aparições, sempre com a preocupação, dizem eles, de estudarem o fenómeno.

Contudo, sobre este assunto, a posição mais correcta e sensata é a agnóstica, de acordo com o pensamento de cientistas que dedicaram as suas vidas ao estudo dos astros como foi o caso de Carl Sagan, prematuramente falecido aos 62 anos, vítima de uma doença rara, e que sobre as visitas de extraterrestres dizia-nos o seguinte:

 Se nós mesmos estamos explorando o nosso sistema solar, se somos capazes, como somos, de enviar as nossas espaçonaves não apenas a outros planetas do nosso sistema solar como também para lá do nosso sistema solar, para as estrelas, então seguramente, outras civilizações, milhares ou milhões de anos mais avançadas que nós, devem ser capazes de alcançar a viagem espacial interestelar muito mais facilmente.

Contudo, eu certamente não excluiria a possibilidade de que a Terra está sendo ou já foi visitada. Mas precisamente porque está tanto em jogo, precisamos, porque esta é uma questão que engloba emoções poderosas, dos mais escrupulosos padrões de evidência”.


São estes os naturais cuidados de um cientista que, acima de tudo, coloca a honestidade e o rigor intelectual como pressupostos para abordar qualquer tema e este muito em especial pelas razões que ele próprio refere.

O cepticismo de Carl Sagan é uma exigência da sua inteligência, ele não se esquece que faz parte dessa grande família do Homo Sapiens e exactamente porque é “Sapiens” é que é céptico.

O cepticismo é, de resto, um apelo permanente à inteligência.

O cientista francês Henri Poincaré afirmou a este propósito o seguinte:
-“A credulidade é avassaladora e todos sabemos como a verdade é tantas vezes cruel e por isso nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.

- Mas não é só porque a credulidade é avassaladora, é que o cepticismo é perigoso, desafia as instituições estabelecidas e se nas escolas ensinarmos os alunos a serem cépticos eles amanhã começarão a fazer perguntas difíceis sobre as instituições económicas, sociais, políticas e religiosas.”


Carl Sagan que passou grande parte da sua vida científica na procura da vida extraterrestre é o primeiro a afirmar:

-“
Veja o tempo e o trabalho que eu teria economizado se eles andassem por cá mas quando reconhecemos alguma vulnerabilidade emocional sobre este assunto então temos que redobrar o nosso cepticismo porque é aí que podemos ser enganados”.

Em vida, por vezes, Carl Sagan recebia cartas de alguém que afirmava estar em contacto com um extraterrestre e que o convidava a perguntar-lhe “qualquer coisa”.

Para estes casos C. Sagan tinha já preparada uma lista de perguntas e como os extraterrestres são, obviamente, muito avançados ele questionava coisas como esta:

- Forneça uma prova curta do último teorema de Fermat (já foi resolvido mas por humanos) ou da conjectura de Goldbach e para melhor compreensão por parte do extraterrestre escrevia uma pequena equação com expoentes.


Claro que nunca recebeu qualquer resposta mas se perguntasse algo como “se os humanos devem ser bons” a resposta vinha logo pronta.

Em resumo:

- Qualquer pergunta vaga é respondida com muito prazer mas qualquer coisa de específico, em que haja a possibilidade de se descobrir se sabem alguma coisa, a resposta é sempre o silêncio.
Nestas coisas do cepticismo tem que se encontrar um ponto de equilíbrio porque estamos perante duas necessidades que conflituam uma com a outra:

- Por um lado, o escrutínio mais céptico das hipóteses que nos são oferecidas e pelo outro a necessidade de uma grande abertura a novas idéias.

São, portanto, duas modalidades de pensamento que convivem sobre uma certa tensão e não se pode exercitar só uma delas qualquer que ela seja.

Colocado “apenas” na modalidade do pensamento céptico iremos morrer como velhos excêntricos convencidos que o mundo está a ser governado por idiotas mas, se a nossa abertura de espírito chegar ao ponto da credulidade sem uma certa dose de cepticismo, então estaremos perdidos porque todas as idéias para nós serão boas sem que consigamos distingui-las em função do seu valor.

O sucesso da ciência depende, exactamente, da mistura que se fizer destas duas modalidades de pensamento e é nisso que os cientistas são bons.

Falam sozinhos, criam imensas idéias novas e criticam-nas sem piedade, sendo que, a maior parte delas nunca chega ao mundo exterior e as que conseguem passar pelos rigorosos filtros pessoais têm à sua espera a comunidade científica para as criticar.

Mas vejamos o que, no concreto, Carl Sagan pensava sobre a busca por sinais de rádio da vida inteligente extraterrestre:

-
 No começo dos anos sessenta os Russos deram uma entrevista em Moscovo para anunciarem que uma distante fonte de rádio, chamada CTA-102 estava variando senoidalmente (como uma onda de seno) com um período aproximadamente de 100 dias.

O porquê desta entrevista em Moscovo residiu no facto de estarem convencidos de que se tratava de uma civilização extraterrestre de enorme poder o que, afinal, não passava de uma “quasar” que ainda hoje não se sabe muito bem o que é mas uma civilização extraterrestre é que ninguém acredita que ela seja.

Logo, do ponto de vista científico, a hipótese extraterrestre é a última em que se pensa e só se todas as outras falharem.


- Outro exemplo:

Em 1967 os cientistas britânicos encontraram uma fonte intensa de rádio próxima que flutuava num tempo mais curto, com um período constante de dez algarismos significativos.

O que seria? E a primeira ideia era de que se tratava de algo como uma mensagem que era emitida para nós ou uma baliza de navegação interestelar para naves espaciais que andam entre estrelas tendo mesmo, na Universidade de Cambridge, sido dado-lhe o nome de LGM-1, ou seja: Little Green Men, Os Homenzinhos Verdes.

Ao contrário, os Russos, foram mais cautelosos e não convocaram nenhuma entrevista para anunciar ao mundo a descoberta e fizeram bem porque não passava de uma “Pulsar”, a primeira Pulsar da nebulosa Caranguejo, e o que é uma Pulsar?

- Mais uma vez não se trata de nenhuma civilização extraterrestre mas de uma estrela encolhida ao tamanho de uma cidade que se mantêm coesa de maneira diferente de qualquer outra estrela, não pela pressão do gás, não pela degeneração dos eléctrodos mas por forças nucleares.


Frequentemente perguntavam a Carl Sagan se existia inteligência extraterrestre e ele dava a resposta habitual:

De que há biliões de lugares no Universo e de que seria incrível que essa inteligência não existisse mas que não havia nenhuma evidência forte, até agora, a seu favor.

Depois, insistiam e voltavam a perguntar-lhe:

- Mas o que é que você acha de verdade?

- Ao que ele respondia: “ 
Mas eu acabei de dizer exactamente o que penso”.
- Sim, mas a sua intuição o que é que lhe diz e ele respondia:

Mas eu tento não pensar com a minha intuição, não há nenhum problema de adiar a resposta até que as evidências cheguem.

- Eu acredito que em parte, muito do que empurra a ciência, é a sede de nos maravilharmos e isso constitui uma emoção poderosa sentida por todas as crianças.

Mais tarde, na última fase do ensino, o mesmo já não acontece e não será só por uma questão de puberdade mas tem a ver com a instrução que não só não ensina o cepticismo como também dá pouco incentivo a essa agitante sensação de nos maravilharmos.

E, finalmente, Carl Sagan, não deixava de se lamentar:

Na América, todo o jornal diário tem uma coluna sobre astrologia mas sobre astronomia quantos têm, sequer, uma coluna semanal? Eu acredito que também seja culpa do sistema educacional.

Nós não ensinamos como pensar e essa é uma falha muito grave que pode até, num mundo equipado com 60.000 armas nucleares, comprometer o futuro da humanidade.

- Eu afirmo que há uma maravilha muito maior na ciência do que na pseudo ciência caso aquela fosse explicada ao indivíduo médio de uma maneira acessível e emocionante.

- Também aqui há um tipo de lei de Grecham que estabelece que na cultura popular a ciência ruim retira o espaço à boa e a comunidade científica tem muita responsabilidade por não fazer melhor um trabalho de popularização da ciência.


Obrigado, Carl Sagan, pela tua parte não podias ter feito mais nem melhor!
Frank Drake, um apaixonado pela astronomia, depois de tirar o seu Curso em Astronomia Óptica com uma especialização em Radioastronomia foi trabalhar para o Observatório Nacional de Radioastronomia dos EUA e apresentou, em 1961, aquilo que ficaria conhecido por Equação Drake.

Através dela pretendeu calcular o número de civilizações extraterrestres na nossa Galáxia com as quais poderemos entrar em contacto.

Feitas as contas dessa equação complicadíssima que nem me atrevo a transcrevê-la o resultado era do mais pessimista: 0,0000008.

Hoje, passados todos estes anos, com os avanços registados na ciência, existirão 170 planetas extra solares girando na órbita de 147 estrelas o que constitui uma considerável melhoria relativamente ao cálculo de Drake mas não o suficiente para deixarmos de ser agnósticos embora um pouco menos ignorantes do que em 1961.


A LÁPIDE

O túmulo mais visitado em Utah, nos EUA, é por causa do texto na lapide! Ganhou mesmo o “Concurso da Lápide mais visitada”


Na sua Lápide está escrito:


CINCO regras a seguir pelo homem para uma vida feliz:


1. É importante ter uma mulher que ajude em casa, cozinhe de tempos em tempos, limpe a casa e tenha um trabalho;

2. É importante ter uma mulher que te faça rir;

3. É importante ter uma mulher em que possa confiar e não minta;

4. É importante ter uma mulher que seja boa na cama e que goste de estar contigo;

5. É muito, mas muito importante que estas quatro mulheres não se conheçam ou podes terminar morto como eu.

Nota É claro que tinha de acabar antes do tempo…


O PAÍS
DO
CARNAVAL

Episódio Nº 72

Conceição, os sentidos satisfeitos, jogou-se para um lado. As pernas abertas, estiradas, na serenidade de quem pôs a carne em dia. Jerónimo puxou a coberta até ao pescoço e dispôs-se a dormir.

Mas não perdera de todo o vício de conversar consigo mesmo, vício que herdara do convívio com Pedro Ticiano. E, antes de entregar-se ao sono entregou-se aos pensamentos.

Afinal, ele não traíra os amigos. O próprio Ticiano dizia não haver defeitos nem virtudes. A questão se resumia em saber cultivar suas virtudes como defeitos ou em rebaixar os defeitos a virtudes.

As suas virtudes eram os seus motivos de prazer. Demais, todos os outros haviam tentado a Felicidade. Fracassaram, ele vencera.

E julgava, na sua ingenuidade, que fora apenas uma questão de sorte. Não se recordará nunca mais da frase de Ticiano: “Só os burros e os cretinos conseguem a Felicidade…”

O pior era aquela coisa que lhe faltava. Achado aquilo viveria feliz toda a existência. Que coisa seria?

 - Nada – procurava convencer-se – não me falta nada. Isso é o resto da influência do pessoal. O sono começava a pesar-lhe nas pálpebras Encolheu-se mais e dormiu.

Teve um sonho estranho. Recordou, no sonho, aquela noite em que viera da casa de Ticiano irritado. Fizera Conceição arrancar da cabeceira da cama a imagem de Santo António.

Ela, por sinal chorara muito…

Acordou sobressaltado. E resolveu o problema. O que lhe faltava era a fé, a religião. Sim, talvez Deus.

Alegre, sacudiu Conceição..

 - Conceição! Amor, acorde!

 A rapariga despertou estremunhada.

 - Que é Jerónimo?

Sabe que amanhã é preciso ir à missa?

 - Hã?

Espantou-se. Fez uma cara de aborrecimento (acordá-la para bulir com ela), virou-se para o outro lado e voltou a ressonar.

 - O jeito é ir mesmo…

Jerónimo benzeu-se, cobriu a cabeça com os lençóis e dormiu o primeiro sono inteiramente feliz da sua vida…


Os caixeiros-viajantes que se aventuravam a romper até àquela cidadezinha do interior do Piauí deitavam opinião sobre ela:

 - Cidade sem vida, sem movimento, de gente tola.

Tinham razão os “cometas”. Muita razão. A cidade tipo do norte do Brasil, aquela. Falta de movimento. Pequeno comércio entregue a árabes espertos.

sexta-feira, abril 12, 2013

JESSIER QUIRINO - O BARBEIRO

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Esta ponte faz-me lembrar as que eram feitas pelas populações de Angola a mando das autoridades  administrativas do Portugal colonial do antigamente.


ELVIS PRESLEY - MY WAY

Já devia cantar assim na barriga da mãe... "milagre da natureza" que ele destruiu, "criminosamente", demasiado cedo.


Só mesmo vinda de uma criança...

Definição de Avó!

Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do
Cartaxo. Uma delícia!



"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali.
Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem 'Despacha-te!'. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.
As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão".

A Maria adoece e o Manel diz-lhe 

para ir ao doutor.



O médico receitou-lhe uns supositórios...


A Maria chega a casa e pergunta ao Manel:- Onde fica o ânus?E o Manel responde:- Ê sê lá mulher... por que não perguntaste ao Sr. Doutor?

No dia seguinte, a mulher volta ao médico e pergunta-lhe onde colocar aquilo.


- Ponha no recto!!! - respondeu o médico.
Maria chega a casa e desconhecendo onde era o recto, pergunta ao Manel.


Ele responde:
 

- Ê sê lá mulher!!!... Por que não perguntaste ao doutor?A Maria volta então ao consultório médico e volta a fazer a mesma pergunta ao doutor.


Ao chegar a casa diz ao Manel:- Sabes o que o Sr. Doutor me disse? ... Que o metesse no cú.

- Atâo, o que esperavas mulher? ... Depois de teres ido lá chatear o home três vezes?!!!


A RELIGIÃO

“A religião convenceu efectivamente as pessoas de que existe um homem invisível que vive no céu e que vê tudo o que fazemos, a cada minuto do dia. E o homem invisível tem uma lista de dez coisas que não quer que façamos. E se fizermos algumas dessas coisas, ele tem um lugar especial, repleto de fogo e fumo e calor e abrasamento e dor para onde nos manda viver e sofrer e arder e sufocar e gritar e chorar para todo o sempre, até ao fim dos tempos…

…Mas ele ama-nos!”
(George Carlin)

A "caça" ao dinheiro devia ser considerada um roubo...

A Igreja Enriqueceu 
Com o Dízimo

Na medida em que o Cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano a lei Bíblica do dízimo recuperou o seu lugar. Os bispos reunidos nos Concílios Regionais de Tours e Maçon (Anos 567 e 585) reviveram a obrigação do dízimo que se devia pagar aos bispos e aos párocos. O imperador Carlos Magno no Séc. VIII estabeleceu o pagamento obrigatório do dízimo das colheitas para sustentar os bispos das igrejas locais.



O dízimo teve um papel importante na acumulação da riqueza da Igreja Romana. Na Idade Média, todos os proprietários das terras estavam obrigados a entregarem uma décima parte das suas produções ou dos seus rendimentos à autoridade hierárquica da igreja local., sob pena de excomunhão ou ameaça de condenação às penas do inferno.

No tempo de Gregório VIII, instituiu-se o “dízimo de Saladin” que devia ser pago por todos os cristãos que não participavam nas cruzadas contra os muçulmanos.

Na América colonial pagava-se também o dízimo às autoridades religiosas locais para sustentar os párocos e as paróquias. Esta lei acabou a quando das independências.


Todavia Ainda Se Pagam Dízimos

Em vários países europeus de tradição cristã, ainda que laicos, - Espanha, Alemanha, Itália – sobrevivo o equivalente ao dízimo: “o imposto religioso” que se entrega ao Estado na Declaração de Impostos e que se destina a financiar a igreja católica ou as igrejas protestantes. De há uns anos para cá, cidadãos e cidadãs, críticos com a actuação do clero espanhol, proveram uma campanha de apostasia (afastamento deliberado das doutrinas e crenças mantidas e defendidas com firmeza): trata-se de renunciar, por escrito e oficialmente em documento formal, a sua pertença à igreja católica, o que lhes evita pagarem este imposto.



Actualmente, em resultado do crescente fundamentalismo bíblico e de uma leitura literal da Bíblia, algumas igrejas cristãs evangélicas, especialmente de Pentecostes e Neopentecostes, recuperaram a prática do dízimo convertendo-o numa condição de fé verdadeira. É uma autêntica transacção comercial: a troco do pagamento do dízimo os pastores e pregadores oferecem aos fiéis bênçãos e a prosperidade por Deus.

O Dízimo É Uma Fraude


Gary Amirault é um pastor e pregador evangélico dos Estados Unidos, defensor do universalismo cristão e fundador no Missouri do Tentmaker Ministries. Participa num programa como autor de vários textos nos quais demonstra a origem histórica do dízimo e a falta de um fundamento evangélico para o exigir. Para Amirault o dízimo bíblico não passa de uma completa fraude.


As igrejas nos E.U. através dos seus milhares de esquemas para reunir dinheiro acumularam mais de um trilião em Acções, Fundos, Programas de Seguros, Bens de Raiz, etc. que dariam para alimentar, literalmente, os pobres de todo o mundo. Os meios engenhosos que milhares de pastores usam para levantar dinheiro, dos quais o dízimo moderno é um deles esgotou o nosso país de recursos que poderiam ajudar tremendamente o mundo.

 Mas a Igreja está sentada sobre o dinheiro e, como todos temos conhecimento, muitas seitas ditas religiosas, mais recentes, inspiradas no dízimo da Igreja de Roma, montaram autênticos negócios que são uma afronta à sociedade e à moral mas que se encontram "defendidas" porque a lei não pode actuar. Os princípios e os métodos são exactamente os mesmos da Igreja Católica Romana.


NOTA 


Fosse esse dinheiro para apoiar projectos de natureza social e eu perdoaria ao ladrão. Mas não, esse dinheiro destina-se a enriquecer pessoas de forma escandalosa.

Relacionou-se com os vizinhos....

O PAÍS
DO
CARNAVAL

Episódio Nº 71


Recordava-o como um mito, um ser excepcional que tortura e se impõe. Ticiano, que o torturara, que lançara a dúvida no seu espírito, dominara-o com a força da sua bizarria, de seu todo esquisito de céptico e demolidor.

Jerónimo Soares voltou a sentir entusiasmo quando passavam pelas ruas, garbosos, soldados a cantar um chamado hino nacional.

Começou novamente a achar graça nas coisas comuns da vida. Relacionou-se com os vizinhos. Discutia política com o Sr, Brederodes Antunes da Encarnação, que opinava pelo regresso do país ao regime constitucional.

Cumprimentava sorridente a velhota da esquina que fazia doces para vender na cidade. Tornou-se o modelar funcionário público do antigamente, de antes de conhecer Pedro Ticiano.

Era a escalada da Felicidade.

E, além do mais, tinha Conceição. A antiga prostituta, muito carinhosa, enchia-lhe a vida. Amava-o como sabem amar as mulheres que venderam o seu corpo a multidões de homens.

Essas mulheres são as requintadas no amor. As mestras do carinho. Conceição adivinhava-lhe os desejos. Dava-lhe essas felicidades quotidianas que os homens equilibrados conseguem e outros tantos procuram.

À noite deitava a cabeça de Jerónimo nos seus joelhos e ficava horas perdidas a alisar-lhe o cabelo mestiço. Ficavam silenciosos, voluptuosos da felicidade.

Ele já não tinha dias de mau humor. O mesmo, sempre. A mesma bondade grande. O mesmo sorriso confiante de quem se livrou da insatisfação.

Ruth, a mulher de Ricardo, é que falava certo. Tudo aquilo, todo aquele negócio de insatisfação, era literatura…

Hoje, como ele dava razão a Ruth! Literatura, tudo…

Entretanto, ele sentia ainda que lhe faltava alguma coisa. A sua felicidade, apesar de grande, não podia ser chamada de absoluta. Ressentia-se de algo. Jerónimo não sabia o que fosse.

E por vezes, raras vezes é verdade, passava-lhe pela cabeça aquilo, perturbando-o. Faltava-lhe alguma coisa…

Na repartição, onde agora assinava o ponto todo o dia, largava a pena e matutava. Amor, tinha. Ganhava bem. Boa comida, boa cama. Que precisava?

Seria o diabo da insatisfação que o perseguia? Então seriam verdades as blagues e os paradoxos de Pedro Ticiano?

- Não. Esse negócio de insatisfação e de dúvidas é para Paulo e José Lopes. Comigo, não. Eu sou um burguês feliz. Nada de intelectualismos… Mas que diabo me faz falta?

O companheiro de banca despertava-o:

 - Eh, mano! Está no mundo da lua?

 - Não. Estou pensando cá umas coisas…

 - Pensando? Você é poeta, rapaz?

 - Qual! Deus me livre…

À noite também cismava. Enquanto não chegasse a completa felicidade não descansaria. E quase que se infelicita criando um problema.

Nessa época Jerónimo Soares não desejava, não carregava aspirações. O querer ser o chefe da sua secção não chegava a ser uma ambição…

quinta-feira, abril 11, 2013

IMAGEM

Para onde irão elas de pastinha?



 
O Amigo sabe
como funciona
o seu cérebro 

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém o colocar dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo. 

Por alguns dias, sua mente ainda detectará a passagem do tempo sentindo as reacções internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. 

Isso acontece porque a nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objectos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. 

Compreendido este ponto, há outra coisa que tem que considerar: 
- Nosso cérebro é extremamente optimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.


Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Ora,qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que vê.

É quando você se sente mais vivo.  

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reacções no modo "automático" e "apagando" as experiências duplicadas. 

Se o meu amigo entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. 

Quando começamos a conduzir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia conduzimos, mudamos de velocidade, olhamos os semáforos, lemos os sinais ou até falando ao telemóvel e tudo ao mesmo tempo. 

Como acontece?

- É simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente), o cérebro já sabe qual a velocidade a trocar trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência). 

- Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de mudança de velocidade, leitura das placas são apagados de sua noção de passagem do tempo.

Quando você repete algo exactamente igual, a memória apaga a experiência repetida.

À medida em que envelhecemos as coisas começam a repetir - se: as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

"É sempre tudo a mesma coisa"... como costumamos dizer. 

Repetindo-se tanta coisa é difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. 


Por outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...


ROTINA

A rotina é essencial para a vida e optimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas gosta tanto da rotina que, ao longo da vida, o seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. 

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).


Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registe com fotografias.


Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.


Tenha filhos ou animais de estimação. Eles destroem a rotina.


Faça sempre festas de aniversário (marcando o evento e diferenciando o dia). 



Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. 


Faça festas disso ou daquilo, participe em eventos, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a espectáculos, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. 



Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.


Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, procure experiências diferentes. 



SEJA DIFERENTE


Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver reformado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.... em outras palavras...

V-I-V-A. !!!

Porque se o amigo viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. 

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. 

CERQUE-SE DE AMIGOS

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que já entendeu o recado, ou não?


Boa sorte nas suas experiências para expandir o seu tempo com qualidade. emoção, rituais e vida.


É o que resta hoje, visto do espaço

O VULCÃO TOBA

O Grande teste à nossa sobrevivência

A sobrevivência da nossa espécie, como de qualquer outra, resulta de um processo permanente de mudança sem destino, sem hora marcada, nem tão pouco com futuro assegurado.

Umas vezes somos nós próprios que introduzimos esses factores de mudança provocando revoluções, outras, a mudança acontece por força de fenómenos geológicos, repentinos e inesperados, alguns com consequentes alterações climáticas que obrigam a grandes mudanças nas nossas vidas na tentativa de sobreviver adaptando-nos a elas.

Desses cataclismos naturais, contemporâneos da nossa espécie, o de mais graves consequências, aconteceu há 75.000 anos com a explosão do vulcão Toba, na Indonésia.

A dimensão e intensidade foram tão grandes que em consequência a temperatura do globo teria baixado até 12 graus originando uma nova era glaciar que se prolongou por mais de mil anos.

O exame do ADN mitocondrial, através da análise das mutações, parece comprovar que todos nós, os mais de 6 mil milhões de pessoas que hoje habitam o nosso planeta, descendem de um pequeno grupo de mil a dois mil sobreviventes desse enorme cataclismo.

Maior que essa revolução que nos colocou no limite mínimo do numero de indivíduos suficientes para assegurar a sobrevivência da espécie nunca terá acontecido.


Um super vulcão destes, situado por baixo do Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA, estará em vésperas de explodir o que, em termos geológicos, significa a qualquer hora ou daqui a 10.000 anos.


Paradoxalmente, parece que foram essas novas condições resultantes da explosão do vulcão que não tendo exterminado a nossa espécie, acabaram por ser decisivas para a verdadeira eclosão do Homo Sapiens, Sapiens.

Realmente, é difícil explicar tão pouca diversidade de ADN, senão for através desse cataclismo que terá posto fim a todos os restantes ramos do Homo Sapiens que habitavam a terra permitindo apenas a sobrevivência desse pequeno grupo do qual todos nós hoje descendemos.

Há pesquisas que indicam que o número de mulheres teria chegado apenas a umas 500 e durante séculos qualquer uma dessas gerações poderia ter sido a última.


Calcula-se que terão sido necessários 20.000 anos para que a curva da recuperação trouxesse a população para os níveis anteriores.

A um passo da extinção não só conseguiram recuperar e também evoluir porque foram capazes de forjar as respostas para os problemas da escassez da vida vegetal e animal subsequente.

A erupção em si terá durado cerca de duas semanas e alguns dos nossos antepassados terão morrido logo como vítimas directas da erupção, mas a crise populacional detectada pelos geneticistas terá resultado da queda da temperatura em todo o planeta que terá atingido entre os 5 e os 12 graus conforme as fontes.

Muitas das plantas não conseguiram mais germinar, os animais morreram aos milhares espalhando pelo solo carcaças putrefactas.


Com a formação das geleiras o nível dos mares desceu deixando à mostra uma paisagem em que o solo podia ser varrido pelo vento.

Traços do cálcio do solo disperso podem ser hoje encontrados nas geleiras da Gronelândia demonstrando que deve ter havido tempestades de areia por dias a fio, matando as plantas e privando humanos e animais das fontes de alimento.
Famintos e desesperados teria sido muito difícil aos sobreviventes gerar filhos e ainda mais criá-los.

Assoladas pela fome as crianças teriam sido as primeiras a morrer seguidas pelas mulheres. Foi um duro golpe, o mais terrível, para a nossa espécie.

As populações que já teriam abandonado as zonas tropicais e subtropicais devem ter sido dizimadas pelo frio e nas latitudes mais altas os Neandertais, embora biologicamente mais adaptados, aparentemente declinaram em número e abandonaram o norte da Europa.

O Homo Sapiens sobreviveu porque existiam então no mundo três áreas tropicais de grande índice pluviométrico cujo solo conseguia sustentar maior número de pessoas e essas áreas estavam todas em África onde existem evidências de expansão humana depois do cataclismo com ferramentas e gravuras de há 70.000 anos que atestam focos de desenvolvimento anteriores a qualquer outro lugar.

Assim, de uma coisa parece podermos estar certos, devemos a nossa existência a essas populações que por sorte e engenho conseguiram sobreviver ao desastre ecológico.

Esse super vulcão está hoje escondido debaixo do lago Toba, a norte de Sumatra e pode ser visto do espaço. Milhares de anos de chuva encheram de água a cratera do vulcão transformando-a num lago.


A Ressurreição, por Maria, mãe de Jesus


A propósito das comemorações da Páscoa, referi-me aqui no Memórias Futuras, há poucos dias, à importância decisiva da afirmada ressurreição de Jesus.

Primeiro para que não fosse esquecido por parentes, amigos e seguidores da sua mensagem e mais tarde para o lançamento de uma religião inspirada na sua figura e na sua mensagem. Para isso, Jesus tinha que continuar a viver, não na terra mas no céu sentado á direita de Deus com todo o poder que tal lhe conferia.

Lesley Hazleton, socióloga, feminista e jornalista política britânica, reconstroi este momento “mágico” pondo em destaque o papel de Maria, mãe de Jesus, que não aceita a morte precoce do seu filho e que, com outras mulheres, tinha assistido impotente à sua morte.

Ela construiu uma imagem arrojada e bela em seu livro "Maria, uma virgem de carne e osso”. Faz entrar Maria na tumba de Jesus, acompanhado de Madalena e de outras mulheres e juntas desafiam o fedor e a dor da morte, que haviam testemunhado impotentes e desesperadas.


 Em seguida, Maria se acerca de Jesus, segura-lhe a cabeça com força e o "trás de volta à vida." Ela pode fazer isso, é a mãe. Se ela o havia trazido à vida, lhe devolve de novo a vida.


Hazleton conclui a sua imagem com uma ideia central, muitas vezes minimizada: O cristianismo começa com essas mulheres.


Nem Paulo nem Pedro, nem com nenhum da longa lista de santos e papas, mas com estas mulheres no sepulcro. Elas são o núcleo fundador do cristianismo: as últimas a verem o corpo de Jesus e as primeiras que o viram ressuscitado.


E explica por que isto aconteceu assim: Maria tem que fazer isso para seu próprio bem e pelo bem de seu filho. A alternativa era ser reduzida à dor mais terrível e a pesadelos para o resto de sua vida.

Maria não poderia ter salvo o filho. Ela não podia ter-se oferecido em seu lugar. Mas ainda podia actuar. Poderia quebrar a inércia e livrar-se do papel passivo de testemunha, transformando-o num papel activo.

"Não deixe que isto passe despercebido", deve ter dito e apela à acção. "Não é a mulher que sofra em silêncio. Acima de tudo, não permanece em silêncio. E então, quando decidiu que não faria, decidiu o que fazer: "Há que fazê-los ouvir a sua voz”. Fazer com que esse sacrifício tenha um significado: “Torná-lo importante para o mundo.”


Maria comportou -se como a mãe dos Macabeus e como todas as mães que mantiveram vivos os seus filhos mortos prematuramente.

Nota

“Alguém” ressuscitou Jesus e faz sentido que esse "alguém" tenham sido as mulheres que mais o amaram à frente das quais se encontrava Maria, sua mãe. E para que perdure na memória dos homens com a força dos vivos só a ressurreição… Chavez, na Venezuela, já foi santificado...

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