Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, março 14, 2015
Jorge Fernando - Umbadá
O Memórias Futuras associa-se ao apelo suscitado pelo Ricardo Araújo e repõe o Umbadá.
1 - Asmática:
- Annhh.. Annhhh...Annhhh!...
2 - Serpente:
Ssss!... Sssss!... Sssssssssssss!!!
3 - Matemática:
Mais! Mais! Mais! Maaaaaaaiis!!!
4 - Religiosa:
- Ai meu Deus!... Ai meu Deus!... Ai
meu Deus!!!
5 - Suicida:
- Ai que eu vou morrer!... Ai! Vou
morrer!... Vou morr eee eeer!!!
6 - Homicida!
- Se páras, mato-te!!! Mato-te!...
Maaaaaato-te!!!
7 - Degustadora:
Ai que bom!... Ai que bom!... Que
bom!... Que booooom!!!
8 - Gulosa:
Que delicia!... Que delicia!... Que
deliiiicia!!!
9 - Interesseira:
- Dá-me!... Dá-me mais!... Dáááááááá-me!!!
10 -
English teacher:
Oh!
Yes!... Oh! Yes!... Oh! My God!... Oh! My Gooood!!!
11 - Zootécnica:
- Vem, meu macho!... Meu garanhão!...
Meu maaaacho!!!
12 - Positiva:
- Sim!... Sim!...Sim!... Siiiiiiim!!!
13- Negativa:
- Não! Não! Não! Nãããããããããoooo!!!
14 - Dominadora:
- Faz!... Isso!.. Faz isso! Faz!
Iiiiiiissssssooooo!!!
15 - Cozinheira:
- Mexe!... Mexe!... Mexe!... Meeeexe!!!
16 - Sensível:
- Estou a senti-lo!... Estou a
senti-lo!. Estou a sentiiiii-lo!!!
17 - Desinformada:
- Ai o que é isto!? Ai o que é isto!? O
que é iiiiiisto!!!???
18 - Profeta:
- Aí vem ele!... Aí vem ele!... Aí
vem!... Aí veeeemmm!!!
19 - Casada:
- ... Olha, querido, pensando bem, acho
que já era tempo de se pintar o tecto do quarto.
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Você já ouviu falar de uma dança chamada de flamenco? |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 197
- O Velho?
Venturinha riu: de pé, na varanda, o Coronel
observava o cocho onde duas mulheres, mãe e filha, trabalhavam: sia Efigénia e
Sacramento. Natário mudou de assunto:
- Deixa pra lá. Me conta pra quem tu
acabou dando a prenda que comprou na mão do Turco Fadul?
- Dei para uma alemãzinha, uma dançarina
chamada Kath.
Um trem de risco, Natário, uma
pimenta-malagueta. Casada, ainda por cima.
Em viagem anterior Venturinha narrara
como, ao chegar no Rio no ensejo da compra do relicário,
deparara com a sublime Adela, a tanguista argentina, “doida por
mim, Natário”, na cama com um crupiê do cabaré - na parte de trás funcionava a
jogatin - um tal de Aristides Pif-Paf. Tão entregues ao bem-bom que nem o viram
entrar no quarto.
Lembrava-se Natário daquela taça que lhe dera
de presente, um rebenque bonito? Fora-lhe de grande utilidade: com ele cortara
a cara do filho da puta e deixara em sangue a bunda da cachorra...
-
Quer dizer que tu tá com uma alemã. Tu gosta mesmo de uma gringa...
A alemã também já pertencia ao passado,
durara pouco, partira para outras plagas, para outros palcos, com o marido.
Na ocasião Venturinha estava amigado com
outra dançarina, só que galega, a coisa mais linda do mundo, Natário.
- Você já ouviu falar numa dança chamada
flamenco? Com música de castanholas?
Pelo nome estrangeiro Natário não
conhecia, não. Mas tivera a oportunidade de assistir num circo em Itabuna uma
fulana tocando castanholas e dançando. Vestia corpete apertado e saias largas:
parecia cigana, quem sabe era galega.
Para tirar a limpo, Venturinha rodopiou o
corpo gordo e volumoso no fandango, imitando com as mãos e a boca o
acompanhamento e o som das castanholas.
- Era parecido... — reconheceu Natário.
Venturinha suspendeu a exibição,
confidenciou:
-
Um ciúme mortal, até faz medo. Não posso olhar para outra mulher, fica uma
fera, ameaça me matar, já armou escândalos.
Espanhola é capaz de tudo quando está
apaixonada.
Alegre e satisfeito, cheio de si, o
mesmo riso contente do rapazinho que freqüentava quengas em Taquaras e em
Itabuna, sempre a gabar-se de um xodó. — Sabe como é o nome dela?
Imagine só: chama-se Remédios.
- Remédios? Tu inventa cada uma!
Remédios! Isso é nome que se use?
Ele escolheu o amor... |
O Dilema do Pavão
Esclareço que não
estou a referir-me aos pavões que podemos ver no Jardim Zoológico ou àqueles
que se passeiam vaidosos nos jardins dos palácios como elementos vivos de
decoração e exotismo.
Não, esses não se defrontam com
nenhum dilema, talvez tédio mas não dilema.
Apesar do seu mau feitio foi-lhes
roubada a liberdade e escolhidos para alindarem jardins. A troco,
garantiram-lhes a paz e a segurança das suas vidas sem lhes perguntarem se era
isso que eles queriam.
Claro que o homem não costuma
questionar-se quando interfere na natureza. Simplesmente serve-se a seu belo
prazer, põe e dispõe e só agora, tarde demais para muitas espécies para sempre
desaparecidas, tomou consciência das consequências dos seus actos para a sua
própria sobrevivência no longo prazo.
Era, pois, muito difícil, que aquela
ave com uma cauda que chega a atingir os dois metros e meio de comprimento,
ornamentada com desenhos e cores lindíssimas, pudesse passar despercebida e
deixada em paz no seu ambiente natural, lá pelas florestas da Índia, atordoando
os ares com os seus gritos estridentes avisadores de intrusos indesejados.
Quando os estudiosos dos fenómenos do
Evolucionismo reflectiram sobre aquela cauda que “conduz” os pavões direitinhos
para a boca dos tigres, seu principal predador, perguntaram-se como tinha sido
possível a uma espécie evoluir desenvolvendo um atributo - a sua longa cauda -
que era precisamente a razão da sua morte precoce.
Aquelas penas compridíssimas e
pesadas constituem um enorme empecilho quando pretende levantar voo, fazendo
lembrar um B 52 com os porões carregados a devorar a pista até ao fim para
conseguir pôr-se no ar com a diferença que não leva um tigre a correr atrás de
si.
Mas os problemas não acabam mesmo que
consiga elevar-se porque depois vai pousar num ramo e como é pesado não pode
ser um raminho qualquer e, das duas uma, ou fica a uma altura considerável do
chão ou o tigre vai buscá-lo armando um salto, eles que são gatos enormes
dotados de uma incrível agilidade, puxando-o exactamente pelas penas do rabo.
- Mas então, porquê?
- Não é a vida, seja ela de quem for, o principal valor a preservar na natureza?
- Então como é que
essa mesma natureza desenvolve na vítima as características que se transformam
em vantagens acrescidas para o predador?
Se pudéssemos voltar ao tempo de La Fontene , quando os animais
falavam, e ter com o pavão uma “conversinha” em particular o que ele nos
contaria, certamente, seria o terrível dilema em que a sua vida,
progressivamente, se transformou e explica o seu permanente mau feitio:
- Viver um romance de amor com a sua
amada e poder vir a ser o pai de futuros e lindos pavõezinhos ou acabar
estralhaçado na boca voraz de um tigre porque ela, a amada, lhe deu a perceber,
sem margem para dúvidas, que escolheria sempre para pai dos seus filhos os
machos mais lindos... os que tivessem uma cauda maior.
Entre garras do tigre e a amada ele, o pavão, escolheu o amor...
sexta-feira, março 13, 2015
Carminho - Meu Amor Marinheiro
Carminho tem uma característica única. consegue ser simultâneamente popular e contida. Tão vidcerall quanto lúdica.
Estás papando essa franguinha? |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 196
A própria Adriana já lhe parecia pouco
apetitosa, comida requentada, pão dormido. A amigação completara onze anos,
Adriana perdera o viço e o romantismo. Queixava-se dos intestinos, sofria de
flatulência, tinha enxaquecas, embirrava facilmente, dia e noite nas sessões
espíritas, era uma segunda esposa, cópia da primeira, apenas menos gorda e mais
jovem.
Jovem em termos, já passara da casa dos
trinta, não conservara nem a louçania nem o donaire de menina-moça, de quando o
Coronel a conhecera e se apaixonara. Para burro velho, capim novo.
6
Ora, Sacramento de tal maneira
sobressaía na roda de mulheres que, manejando tacos de facão, partiam cocos de
cacau nas plantações, a ponto de nenhum dos alugados, dos mateiros, dos tropeiros
ter-se jamais atrevido com ela.
Não que fosse soberba e empafiosa, mas
era reservada e séria; já completara qui nze
anos contudo parecia não ter pressa em deixar o barraco de barro batido, onde
vivia em companhia da mãe, para se juntar com homem.
Pôr-lhe olhos de cobiça quem não os pôs,
ao vê-la passar modesta, porém garbosa, bem cuidada, as formas do corpo mal
escondidas no vestido de chita?
De Espiridião, negro da carapinha branca,
cabra de confiança cujas únicas tarefas consistiam em acompanhar o Coronel nas
estradas e dormir na casa-grande com o bacamarte ao alcance da mão, até
meninotes ajudantes de tropeiro, contumazes nas jumentas e nas mulas, nas éguas
de anca empinada.
A anca empinada de Sacramento, égua de
estimação, ai! O próprio Venturinha reparara nela durante os poucos dias que
estivera na fazenda e a apontara a Natário quando, junto às barcaças,
cavaqueavam animados a respeito das aventuras amorosas do rapaz: gostava de
contá-las, Natário gostava de ouvi-las.
No cocho, Sacramento dançava sobre o
cacau mole a dança do mel a fim de limpar os caroços, deixando-os prontos para
a secagem nas barcaças e estufas. O mel escorria pelas gretas do cocho.
Presas na cintura as pontas do vestido
de Sacramento, as coxas à mostra, quadris rebolando no passo leve e rápido:
Sou da cor de cacau seco
Sou o mel do cacau mole...
-
Cabocla bonita! Espie, Natário. Merece...
- Não merece nada, Venturinha. Não se
meta, ela tem dono.
- Estás papando essa franguinha? Meus
parabéns.
- Quisera eu. Com um movimento de cabeça
apontou para a casa-grande.
Recordando velhos tempos... |
No meu tempo
é que era bom...
Os meus amigos que visitam o Memórias Futuras e já passaram de uma certa idade que eu não digo qual é porque está longe de ser a mesma para todos, já alguma vez disseram, com uma pontinha de saudosismo, “no meu tempo é que era bom...”
Eu, por exemplo, que me vejo ao espelho todos os
dias, independentemente dos meus 75 anos, continuo a pensar lá no fundo do meu
íntimo que velhos são os outros, os mesmos que eram velhos nos tempos em que
eu era rapaz.
Eles morreram, eu já sou velho mas não passa
nada, continua tudo na mesma...
É tal a força desses tempos da juventude que
tem perdurado por toda a minha vida e na hora da morte, se eu puder pensar, é
dela que me vou recordar.
Eu acho que a natureza preparou os homens e as
mulheres para serem jovens, o resto da vida vem por acréscimo, por arrasto.
É o resultado de uma estratégia de sobrevivência
da espécie que era indispensável para ajudar a criar a segunda geração, tal
como na sociedade dos elefantes em que os velhos são necessários para manter a
disciplina e ordem nos mais novos.
Na entrevista de Mujica, a que já me referi,
diz-se que embora os índices de pobreza tenham baixado nos últimos dez anos de 39 para 11%, a maior parte da população não se apercebe disso, tendendo a
considerar que no passado era melhor.
- Sabe porquê? – Porque quando pensamos assim
lembramo-nos da nossa juventude e, naturalmente, não há passado mais lindo do
que ela, responde o ex-presidente.
A nossa espécie, para conseguir vingar, teve de
superiorizar-se a todas as restantes num extraordinário “golpe de asa” que
passou por um cérebro capaz de aprender os ensinamentos dos mais velhos ao
longo de muitos anos.
Cada pessoa tem a sua juventude e muitas delas
foram vivências duras de recordações difíceis, mas mesmo quando isso aconteceu
são quase sempre lembradas como tendo sido melhores que o presente, como refere
o ex-presidente Mujica.
A minha infância foi um mar de rosas mas a juventude, por causa do divórcio dos meus pais aos 12 anos de idade, foi
um mar de dificuldades onde, apesar de tudo, face às "ginásticas" do meu pai e
à casa dos meus avós na aldeia, nunca me faltou nada do essencial e, acima de
tudo, aquelas inesquecíveis férias grandes de Verão.
Durante toda essa juventude de dificuldades
financeiras, aprendi o valor do dinheiro e a necessidade de que era preciso
estudar para preparar o futuro e que o mercado, com as montras tentadoras das
suas lojas que não estavam ao meu alcance, eram dispensáveis para se fazer uma
vida digna se tivéssemos para o essencial.
Atravessar toda a minha vida nessa disciplina
de gastos foi uma lição que retirei das dificuldades financeiras da minha
juventude.
Preciosa lição para estes tempos de crise...
quinta-feira, março 12, 2015
Richard Dawkins - A Raiz de Todo o Mal (2/6)
A Voz da Razão e do pensamento cientifico, ele próprio Prémio Nobel em Etologia, - estudo do comportamento dos animais - em 1973. Catedrático na Universidade de Oxford. "As religiões que tiveram a sua génese na evolução, por causa de alguma vantagem selectiva na moralidade, devem agora, com a explicação científica, ser metidas no caixote das velharias."
Os culpados da crise... |
Os
Culpados
Culpados
Já se sabia que, para além dos nossos próprios pecados, éramos vítimas da Alemanha na crise e sacrifícios porque quase todos nós passamos.
Por isto, por aqui lo,
com esta ou aquela justificação, desequi librámos
fortemente os orçamentos de Estado, aumentámos a dívida do país e perdemos a
credibilidade junto daqueles que nos emprestavam o dinheiro e chegámos ao
limiar da banca-rota. Esta é a verdade.
A seguir, inevitavelmente, foram só desgraças tuteladas por um
chefe de Governo, jovem teimoso, inexperiente, apologista dos sacrifícios retemperadores
dos erros cometidos pelos cidadãos e que foi objecto da maior manifestação
silenciosa de protesto que este país já viu.
Quando precisámos de alguém que nos compreendesse na dor, saíu-nos
um tipo arrogante e convencido que de forma displicente mandou os nossos jovens
sair da zona de conforto e ir arranjar trabalho para fora do país.
O outro, é a Alemanha, para mal da Europa, é novamente a Alemanha,
quem havia de ser?...
Todos os analistas convergem nesta conclusão, que nada tem a ver com a
necessidade lógica e racional de vivermos dentro de Orçamentos equi librados.
Contudo, há aqui
interesses escondidos, que não se coadunam com os sacrifícios impostos aos mais
fracos.
Um Orçamento é como uma balança, tem dois pratos e o equi líbrio tanto pode resultar da descida do prato
mais alto como da subida do mais baixo.
A Alemanha que manda na Europa, espera-se que no futuro mande um
pouco menos, impôs reduções drásticas nos Orçamentos dos países
independentemente das suas fragilidades e quando era indispensável ajudar as
economias a produzir riqueza para ajudar no outro prato da balança, a Alemanha
recusa sair do seu caminho de poupança e continua a ter um enorme excedente de
liqui dez sem que tal se traduza em
despesa pública que gera emprego e aumento de consumo ou seja, estímulo à
economia.
O Sr. Junkers vai fazendo o que pode da parte da expansão monetária
mas, por si só, sem investimento não pode resolver o problema da economia
europeia.
E, no entanto, tudo parece favorável: preço do combustível baixo,
taxas de juro praticamente inexistentes, inflacção negativa, o euro a
desvalorizar-se face ao dólar... e a Alemanha, ciosa do seu dinheiro, apesar de
possuir estruturas fracas a precisarem de investimento, mantém-se na retranca,
como se dizia no meu tempo de rapaz.
Quem vem agora reforçar estas acusações é o Sr. Ewin Cameron,
Director Geral do Instituto de Investimento BlackRock, naturalmente
especialista nestas coisas da macro-economia, que diz que a Alemanha “só quer
poupara à custa dos outros países” e assim, "a taxa de crescimento da Europa, na
melhor das hipóteses, será de 2,5
a 3%, o que é muito pouco para ajudar as economias dos países mais débeis como o nosso".
Com a economia europeia estagnada podemos, definitivamente,
começar a pensar no pior... porque a Europa não é o Japão. Quem o afirma é Luís Amado, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros.
O maior e o mais pequeno cavalo do mundo. |
Lista de Recordes
Pénis mais longo do mundo
Robert Dickinson documentou na primeira metade do século 20 um pênis de 34 cm . Essa é a mesma medida
do órgão erecto de Jonah Falcon, que chegou a ser apreendido no aeroporto de São
Francisco, nos Estados Unidos, por estar com um pacote “estranho” dentro de
suas calças, mas os policiais verificaram e constataram que se tratava apenas
do pénis dele.
Maior orgia do mundo
A maior orgia contou com 500 pessoas, 250 mulheres e 250 homens. A sessão foi
registada em um vídeo pornográfico.
Maior vagina do mundo
O recorde é da escocesa Anna Swan, que viveu entre 1846 e 1888 e tinha 2,33 metros de altura.
Sua vagina tinha 48 cm
de circunferência. Depois de atingir um mínimo de 15 cm de dilatação, seu filho
nasceu, em 1879, e se tornou o maior bebê da história, porque pesava 11,8 kg e sua cabeça
apresentava diâmetro de 48 cm .
No entanto, ele não sobreviveu.
Prostituta mais velha do mundo
Ela tem 82 anos, vive em Taipei e supostamente começou a prostituir -se aos 40 anos, quando seu marido morreu.
Maior reprodutora
A russa camponesa Vassilyeva Valentina tem o recorde de 69 filhos. Sabe-se que entre 1725 e
Sessão de masturbação mais longa
Durou nove horas e 58 minutos. O registro foi feito pelo japonês Masanobu Sato, que ganhou uma competição anual
Mulher com mais relações
sexuais em um dia
A atriz pornográfica americana Lisa Sparks esteve com 919 homens em um dia.
Pai mais velho do mundo
Nanu Ram Jogi mora na Índia e teve seu 21° filho aos 90 anos. A intenção dele é ter filhos até os 100 anos.
Ejaculação à distância
Horst Shutz conseguiu lançar seu sêmen a 6 m de distância.
Vagina mais forte do mundo
A russa Tatyana Kozhevnikova, 42, conseguiu levantar 14 kg com a vagina.
Dona Enestina virara um sapo gordo. |
TOCAIA
GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 195
5
Para consolar-se, esquecer a ausência do filho, o Coronel necessitava de algo mais do que percorrer a fazenda, inspeccionar as plantações e as benfeitorias: os cochos, as estufas, as barcaças.
Em momentos de desabafo, com o padre
Afonso, na sacristia da Matriz, ou com a médium Zorávia, no Tenda Espírita Fá e
Caridade, dona Ernestina, lavada em lágrimas, se referia à ingratidão do filho:
algum espírito inferior encostara nele.
O
Coronel não falava em ingratidão, sempre fora prudente no uso das palavras: quando
diziam tocaia ele dizia trampa, e a luta sangrenta pela posse da terra, as
refregas e combates, os tiroteios entre jagunços, as mortes - tantas! - haviam-se
reduzido em seu dizer a barafundas da política.
Quando algum amigo, de intimidade e
confiança, trazia à baila a prolongada demora de Venturinha no Rio de Janeiro,
o Coronel explicava, levantando os ombros num gesto de quem atribui a pouca
importância ao fato: rapaziadas.
Antes que rotulassem de
irresponsabilidade ou de descaso. Não se queixava, evitava o assunto, trancava
a amargura no fundo do peito. Mas Natário o conhecia como as palmas das mãos e
sabia o que lhe custava tanto o silêncio quanto a explicação: rapaziadas.
Dona Ernestina, entregue por completo à
religião e à indolência - para matar a saudade do doidivanas empanturrava se de
doces e chocolates - envelhecia obesa e pudibunda.
Dos deboches de cama a que se entregara
outrora com o marido nem queria se lembrar - deboches em sua opinião, pois jamais os cônjuges
foram além de modesto papai-mamãe procriador.
Cumprira o dever de esposa, concebera e
dera à luz um filho. Na esperança de ter uma menina e assim completar o casal,
ainda aceitara durante alguns pares de anos a frequentação do Coronel, aliás a cada
dia mais vasqueira.
Ela o fez pela menina que não veio, por nenhum
outro motivo: como a grande maioria das senhoras casadas, suas conhecidas e
amigas, nunca soubera, nem por ouvir dizer, o significado da palavra orgasmo e
o que fosse gemer de gozo nos braços do parceiro.
Umas poucas descaradas, bem certo, se comportavam
no leito conjugal como putas em cama de bordel, não se davam ao respeito,
maculavam a nobreza do matrimônio e a sublime condição de mãe de família.
Pouquíssimas e indignas.
Para as baixas necessidades dos homens
sobravam as mulheres damas, as públicas e as exclusivas. Dona Ernestina tinha
conhecimento da existência de Adriana, amásia do Coronel havia mais de dez anos:
não lhe causava mossa.
Tampouco a ofendia o desinteresse do
marido: fazia um século que não se punha nela, que a deixara em paz. Graças a Deus.
Ainda bem que a santa senhora assim
pensava, pois com a religião e as pitanças - os santos, os espíritos, as
chocolatadas, as gemadas, a ambrosia, a cocada-puxa - dona Ernestina virara um
sapo-boi enquanto o Coronel, devido à idade, tornava-se exigente.