Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, janeiro 10, 2015
Trem das Onze - Demónios da Garoua
É a simplicidade desta letra, uma desculpa aparentemente normal para não prolongar um encontro, que torna bela esta canção.
PARA A PESCARIA...
- Então cumpade, tá animado?
- É a cobra, cumpade. Pode num tê lá..,
Desde o
primeiro dia de casamento, Romualdo pedia à mulher para fazer sexo anal, mas
ela nunca aceitava.
Certo
dia, quando ele chegou mais tarde do serviço, a encontrou fazendo um sexo anal
violento com o seu melhor amigo.
Não
acreditando no que havia visto, saiu sem que eles percebessem e foi encher a
cara no bar. Lá ele encontrou um bêbado pra quem desabafou. Contou toda
a história. O bêbado escutou pacientemente e, quando o corno, quer dizer,
o marido traído terminou de falar, ele respondeu:
- É, companheiro... A vida é assim! Olha só o meu caso, por exemplo: outro dia
eu tava viajando de ônibus e de repente fiquei com vontade de cagar....Aí fui
no banheiro, fiz força pra cagar e só peidei...
Quando
voltei pro meu lugar me deu uma vontadezinha de peidar aí fiz força pra peidar
e caguei...
Vamos por partes, estes três homens que mataram todas aquelas
pessoas no jornal e super - mercado no centro de Paris, fazem parte de uma
minoria ínfima dos islamitas que vivem em França, em África e no mundo, tão ínfima
que muitos deles fazem parte de uma lista onde estão assinalados como perigosos
terroristas.
Eles querem dar a impressão que integram uma grande
organização, um grande califado com pretensões a governar todo o norte de África
e parte da Europa mas não, não são uma grande organização mas são os indivíduos
mais perigosos que já existiram nos tempos recentes porque dispõem de uma arma
avançada que não se vende em nenhum armeiro que é o desprezo pela própria vida.
Quando os dois irmãos saíram ontem da tipografia disparando
as suas armas fizeram-no com os olhos vidrados por uma loucura que, naquele
momento, se traduzia na felicidade de uma morte heróica.
Aquele relativamente pequeno número de indivíduos que ao
estilo de “lobos solitários”, como lhes chamam, pretende vingar um Maomé
que só existe nas suas cabeças doentias, quer fazer-se notar, precisa de
ser reconhecido como um inimigo poderoso, precisa que um exército que o defronte,
que dê razão para a sua própria existência.
Por isso, a espectacularidade das suas acções que metem aviões
contra as Torres Gémeas, comboios, metropolitanos, uns e outros às horas de
ponta e agora estes assassínios no centro de Paris.
Antes de serem mortos dão entrevistas via telemóvel como se
fossem pessoas normais fazendo referências aos seus chefes inspiradores que os
treinaram e já foram mortos, fazendo passar a ideia que são soldados que
pertencem a uma hierarqui a e que cumprem
uma missão ao serviço do profeta.
Na realidade, matam quantos não se convertam e não lhes
obedeçam e devem ser tratados, por uma questão estratégica, como
perigosos criminosos à solta e uma vez mortos enterrados em silêncio.
Os jornais e televisões não falam de outra coisa e eles,
inchados de vaidade e importância, estão
já a magicar qual a próxima acção que irão fazer para chocar o mundo.
Entretanto, a parva e oportunista daquela senhora loira,
francesa, que dá pelo nome de Marin le Pen, reconhece-lhes tanta importância
que, por causa deles, fala até em repor a pena de morte e fechar as fronteiras
sem sequer reparar que aqueles assassinos dementes eram franceses e falavam a língua
de Voltaire com a mesma perfeição do que ela.
Quanto à pena de morte, eliminada em França, tardiamente,
em 1981 e em quase todos os países da Europa – nos EUA uma facção poderosa da
igreja evangélica, reaccionária, medrosa e fundamentalista, continua a
impedi-lo - como um avanço civilizacional, comete outro erro de simples
cegueira, pois se as pessoas de quem ela se quer defender com a pena de morte são
estes, parece evidente que eles não temem a morte, dispensam a execução pública,
morrem alegremente com as armas na mão, ao comando dos aviões, de viaturas
armadilhadas ou com cintos de explosivos.
Se aquela senhora vier a ser eleita Presidente dos
Franceses deixarei de ter por eles toda a consideração que me merece um país
campeão das liberdades como, há muitos anos atrás, me zanguei com os americanos
quando mataram os irmãos Kennedy e o pastor Luter King.
sexta-feira, janeiro 09, 2015
Elvis Presley - Release Me (1970)
Fazia ontem ontem, 8 de Janeiro, 80 anos se fosse vivo, As minhas homenagens ao meu cantor romântico favorito.
MINEIRIM
COMPRANDO PASSAGEM
- Quero uma passage para o Esbui
- Não entendi; o senhor pode repetir?
- Quero uma passage para o Esbui!
- Sinto muito, senhor, não temos passagem para o Esbui.
Aborrecido, o caipira se afasta do guichê, se aproxima do amigo que o estava
aguardando e lamenta:
- Olha, Esbui, o homem falou que prá ocê não tem passagem não!
Esse negro tem parte com o diabo. |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 143
Forjava adereços, balangandâs, anéis,
presenteava as raparigas: no Recôncavo se habituara a pagar mulher com lábia e
agrado.
Obsequi ou
Fadul com uma soqueira moldada na proporção dos dedos disformes do turco, arma
de arromba - bem empregado o termo; presenteou o capitão Natário da Fonseca com
um punhal longo e burilado, as iniciais do Capitão entrelaçadas, gravadas a
fogo. Próprio para sangrar um cabra sem-vergonha,
Natário não o dispensava no cinto: nunca
se sabe o que pode acontecer.
Na ida e no regresso da Boa Vista o
Capitão não abria mão de dois dedos de prosa com Fadul e com Castor. Por vezes
reuniam-se os três na venda ou na oficina a cavaquear sobre o volumeda safra e
o preço da arroba de cacau, sobre barulhos e mortes, acontecidos de Ilhéus e de
Itabuna, e as mutações do mulherio.
Bebericando devagar uma lambada de
cachaça.
-
Que novidade é essa? — Quis saber o Capitão ao notar o cachorro aos pés do
negro: - Ganhou de lembrança ou comprou a um vivente?
-
Nem uma coisa nem outra. Acudiu sem ser chamado.
-
É melhor deixar pra lá, Capitão. — Aconselhou Fadul rindo, bonacheirão. — Esse
negro tem parte com o Diabo.
-
Já ouvi dizer... - Natário sorriu de
leve, concordando:
-
Mas um bom cachorro vale a pena. Tive um que não me largava, morreu de mordida
de cobra. Lá em casa tem um renque deles embolado com os meninos. Nenhum presta
pra nada.
Fez festa com os dedos, Alma Penada
respondeu movendo a cauda mas não se levantou dos pés do negro. O Capitão mudou
de assunto:
-
Diz-que o amigo está armando uma folia de São João?
- Tou
nessa disposição. Pro povo brincar um pouco, as meninas se distrair e também
porque sou arroz de festa. O que é que o Capitão acha?
-
Não disse que ele tem parte com o Diabo? Já me enrolou, vou entrar com açúcar e
sal, dinheiro pra comprar milho verde e coco seco e ele ainda quer foguete e
sanfoneiro.
-
Queixou-se o turco sem parar de rir.
-
Não chie, compadre, vancê também dá a vida por um divertimento.
Sempre que em viagens de passeio fiquei em cidades islâmicas
o que sempre aconteceu nessas ocasiões foi ser acordado de madrugada pelo
chamamento, através se potentes alti-falantes pela voz de um clérigo a chamar
os fiéis para a oração.
Com toda a sinceridade, acho aqui lo
um abuso, um incómodo, um atentado ao meu direito de dormir a manhã descansado
mas os valores da minha cultura dizem-me que na casa dos outros devo aceitar e
respeitar os seus hábitos quer sociais, quer religiosos, tanto mais que quando
saí da minha terra para os visitar já sabia o que me esperava.
Da mesmo maneira que ao aceitar um convite para jantar
em casa de certas famílias cristãs e eles tiverem o hábito de encomendar e
agradecer a refeição ao Senhor antes de começarem a comer devo,
respeitosamente, aguardar em silêncio o desenrolar da cerimónia.
Ou seja, nos seus países ou nas suas casas, os
visitantes devem aceitar os hábitos de cada um como sinal de boa
educação e de respeito pelos outros.
Este foi um dos valores que os meus pais e a minha
sociedade me transmitiu, faz parte de mim, é indiscutível mas se na minha
cidade de Santarém, onde vivo, se instalasse uma mesqui ta
que me acordasse todos os dias de madrugada para me mandar rezar, a mim, que
ainda por cima sou ateu, não iria gostar mesmo nada...
Os cidadãos de países islâmicos do norte de África saem
das terras onde, infelizmente, nem têm paz para poder viver, o que acontece
também pelo contributo directo ou indirecto de países da Europa, e assentam
arraiais, ao abrigo de leis da emigração, em países europeus, entre eles a França,
transportando consigo, como é inevitável, os seus hábitos sociais e religiosos.
Aqui chegados,
reivindicam o direito de viverem como viviam nos seus países algo parecido como
se eu, instalado numa das suas cidades, mandasse desligar o alti-falante da mesqui ta para não ser incomodado no meu sono matinal.
A França vive situações deste género de muito difícil
resolução pois em determinados bairros de Paris ou em certas cidades, como
Marselha, com uma grande concentração de pessoas imigradas de países do Magreb,
a descaracterização da sociedade francesa é quase total.
Se pessoas desses contingentes migratórios, da primeira
ou segunda geração, especialmente estes, já nascidos em França e portanto seus
naturais, irrompem pela Redacção de um jornal, no centro de Paris, e executam pessoas que fazem uns
bonecos de que elas não gostam por ofenderem os seus princípios religiosos então...
“o caldo começa a entornar-se”.
O Mar Mediterrâneo pode não ser mais que um simples rio
a separar dois continentes mas o que acontece é que, na verdade, a religião islâmica
estabelece muitas diferenças entre as pessoas que vivem de um e outro lado.
Maomé era um líder militar, ao contrário de Jesus que
dava a outra face, unificou tribos e impôs pela espada uma religião, a sua, com
regras muito apertadas, preceitos religiosos absorventes em que um crente, para
ser um bom fiel, tem a sua vida regulada sobre todos os aspectos nas 24 horas
do dia.
Para piorar as coisas esses preceitos ficaram escritos
num livro e cada uma das facções religiosas ou grupos de crentes que se
seguiram, dá-lhes a sua interpretação, faz a sua leitura, à boa maneira de certos
textos jurídicos que dizem tudo e o seu contrário.
Eduardo Lourenço, filósofo, pensador, que viveu a maior
parte da sua vida em França onde acompanhou o aprofundamento das diferenças
entre os naturais e várias gerações de muçulmanos, diz que nos confrontos com o Islão
“nunca vimos a Europa levar a melhor, antes se pode afirmar que a Europa sempre
perdeu com o Islão”.
Actualmente, continua ele, “o que acontece de forma inédita
é que nestes últimos anos a Europa ficou cercada e o que nos salva são as divisões
no seio do próprio Islão, que foi sempre qualquer coisa de impenetrável e, portanto,
a tornar-se numa grande sedução para muitos jovens que não encontram nesta
Europa dos últimos anos grandes saídas para a vida.”
quinta-feira, janeiro 08, 2015
IMAGEM
Fragata inoperacional
há já muitos anos, 50 ou 60, talvez mais. Eram utilizadas para fazerem o movimento de carga
e descarga dos navios fundeados no Tejo, Usavam uma vela, carregavam até 100
toneladas e eram uma das embarcações mais emblemáticas do estuário do rio. Um familiar meu, ferrenho benfiqui sta, era
proprietário de um barco destes que se colaram à minha memória de criança apela imagem de homens vergados com sacos às costas a subirem para as fragatas por
pranchas íngremes, numa prova de força, destreza e equilíbrio surpreendentes em corpos aparentemente fracos.
Joe Cocker - Unchain my heart
Falecido a 22 do mês passado com 70 anos a sua voz rouquenha nunca será uma saudade porque a podemos recordar sempre que quisermos.
O vocábulo "maestro" vem do latim "magister" e este, por sua vez, do adjectivo "magis" que significa "mais" ou "mais que". Na antiga Roma o "magister" era o que estava acima dos restantes, pelos seus conhecimentos e habilitações!
Por exemplo um "Magister equitum" era um Chefe de cavalaria, e um "Magister Militum" era um Chefe Militar.
Já o vocábolo "ministro" vem do latim "minister" e este, por sua vez, do adjectivo "minus" que significa "menos" ou "menos que". Na antiga Roma o "minister" era o servente ou o subordinado que apenas tinha habilidades ou era jeitoso.
Nota - O novo Acordo ortográfico que se esteve nas tintas para os étimos latinos da língua portuguesa teve como finalidade ficarmos sem saber que a verdadeira razão da incompetência de certos ministros se não vem das calendas gregas vem, pelo menos, das romanas.
E
O MINEIRIN
Uma pesqui sadora do IBGE bate à
porta de um sitiozinho perdido no interior de Minas.
- Essa terra dá mandioca?
- Não, senhora.
- Dá batata?
- Também não, senhora!
- Dá feijão?
- Nunca deu!
- Arroz?
- De jeito nenhum!
- Milho?
- Nem brincando!
- Quer dizer que por aqui não
adianta plantar nada?
- Ah! ... Se plantar é diferente.
O resto as putas resolviam |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 142
O frio castigava as criaturas, a chuva
desfazia os caminhos mas, do meio da tarde ao meio da noite, Tocaia Grande
vivia horas intensas, circulavam dinheiro e emoções.
Na forja acesa, à luz do dia ou à luz
das lamparinas, o negro Castor Abduim, o dorso nu, examinava
ferraduras, calçava burros, reajustava arreios, amolava facões, media o gume
dos punhais e os afiava, recondicionava armas de fogo.
Sempre às ordens para dar um jeito nos apuros
dos tropeiros que viam na forja de Tição e no armazém de seu Fadul sucursais
terrenas da divina providência. O restante as putas resolviam.
A perene lufa-lufa do inverno
parecia-lhe bem pouca coisa tendo em vista a pretensão que o fizera levantar
ali uma oficina destinada a muito mais.
Ferrar burros, ótimo!, proporcionava-lhe o
necessário para viver, mas era com o rústico fabrico de panelas, baldes e
chaleiras, de facas e punhais que vinha conseguindo pagar o empréstimo tomado
ao coronel Robustiano de Araújo.
O fazendeiro, todas as vezes que o negro
lhe aparecia na intenção de amortizar a dívida, repetia a mesma simpática
lengalenga, não estava cobrando, fossem os demais dispostos e honestos como o
ferreiro e tudo correria melhor nas divisas do rio das Cobras.
Tição não se afobava: sabia não ser
chegado ainda o momento de realmente ganhar dinheiro gordo com a oficina. Mas
sabia também que estava prestes a acontecer.
Da Fazenda Santa Mariana, nas nascentes do
rio, até aquela sobra de mata em torno de Tocaia Grande, estendia-se um
ilimitado território de roças novas, plantadas recentemente, nos anos que se
seguiram à sanguinolenta conqui sta,
às tocaias e aos caxixes.
Esses
cacauais não tardariam a florir e a dar frutos. Aí, então, não haveria medida
capaz de aferir o ganho e a ganância.
Tocaia Grande já não dependeria de
tropas e tropeiros.
sobre Paris
Com alguma sorte à mistura, até se enganaram no número da porta,
o acto de vingança sobre os jornalistas e cartoonistas do jornal satírico/humorístico
Charlie Hebdo, foi um sucesso.
Instalações que tinham portas de segurança, guardadas por polícias,
jornalistas protegidos por agentes especializados na defesa de pessoas, e tudo
foi facilmente ultrapassado e os crimes realizados na totalidade e em
impunidade.
No entanto, este sucesso ao estilo Al Capone correspondeu a mais
um tremendo fracasso para um Movimento, Organização, ou lá o que seja aqui lo, que afirma querer dominar o mundo árabe através
de um enorme Califado e também a Europa e, qui çá,
o Mundo.
O Charly Hebdo, com as suas caricaturas fazendo troça do profeta
Maomé, procurando vulgarizar a sua religião, como já o tinha feito com outras
religiões, entre elas a cristã, era uma arma poderosa que atingia o coração dos
fanáticos.
Conseguiram mais vítimas que se juntaram à das Torres Gémeas de
Nova Yorque, às do Metropolitano de Madrid e às de Londres e a tantas outras às
quais se juntarão mais no futuro porque os radicais fanáticos religiosos vão
continuar a existir e a fazer-nos pagar o preço da sua existência.
Esta gente, infelizmente, veio para ficar não sabemos por quanto
tempo. Os meios tecnológicos, a capacidade de organização, as tácticas
militares, tanto estão ao serviço dos bons como dos maus e por isso a
dificuldade em combatê-los, por isso a sua eficiência.
Como dizia recentemente um jornalista alemão, recebido em visita
aos territórios do Estado Islâmico:
- “eles são um em cem
misturados no meio da população. Até nem são muito inteligentes mas andam com
cintos de bombas à cintura e um total desprezo pela sua própria vida.” – Como podem
ser combatidos?
Estão possuídos por ideias que perderam toda a racionalidade,
deixaram de ser pessoas, deixaram de ser humanos refugiados atrás de Maomé e
por isso, sentados no banco dos réus, em vez de se defenderam, limitam-se a ler
ou a recitar o Corão.
Como lidar com isto? – Não é, com certeza com exércitos e
drones, embora eles também sejam precisos e possam ter o seu papel.
É preciso ir ao âmago das sociedades, às famílias, às crianças e
o campo de actuação principal é aqui ,
na Europa, onde vivem mais de 10 milhões de muçulmanos, a maior parte
concentrados na França e na Alemanha, respectivamente, 6,4 e 3 milhões, muitos
deles nascidos nestes países, seus nacionais.
No conjunto, no entanto, não representam mais de 5 a 6% numa sociedade que toda
ela é cristã, agnóstica ou ateia.
É evidente que se esses milhões de muçulmanos estiverem
concentrados nas cidades, em guetos, segregados ou auto segregados, vivendo sem
emprego, sem trabalho e sem o que fazer, a situação torna-se muito perigosa
porque propícia a comportamentos radicais especialmente de natureza religiosa,
tendo, como reacção, o crescimento de partidos de extrema direita racistas e xenófobos.
O que aconteceu agora em Paris é uma lástima porque, para além
de tudo, as pessoas que foram mortas era gente excepcional pela sua coragem e
pelo seu humor que é o tipo de inteligência mais fino e raro do cérebro
humano.
quarta-feira, janeiro 07, 2015
IMAGEM
Se alguma vez lhe perguntarem onde fica o Eden aponte para aqui, sob as vistas do monte Kilimanjaro, no Norte da Tanzânia, fronteira com o Kénia. Se andasse com o relógio para trás veria por estes lados alguns dos nossos antepassados. São locais considerados pela UNESCO em 1989 Património da Humanidade.
If I Were a Rich Man
Adoro esta canção, empolgante, deliciosamente cantada no cenário de um palheiro por um lavrador enquanto dá de comer aos animais e sonha o que seria se fosse um homem rico. Quem não sonhou, um dia, o que seria se fosse "a rich man? "
O EMPRESÁRIO
E O MINEIRIM
Num certo dia, um empresário viajava pelo interior
de Minas. Ao ver um peão tocando umas vacas, parou para lhe fazer algumas
perguntas:
- Acha que você poderia me passar umas informações?
- Claro,
sô!
- As vacas dão muito leite?
- Qual que o senhor quer saber: as maiáda
ou as marrom?
- Pode ser as malhadas.
- Dá uns 12 litro por dia!
- E as
marrons?
- Tamém uns 12 litro por dia!
O empresário pensou um pouco e logo
tornou a perguntar:
- Elas comem o quê?
- Qual? As maiáda ou as
marrom?
- Sei lá, pode ser as marrons!
- As marrom come pasto e sal.
-
Hum! E as malhadas?
- Tamém come pasto e sal!
O empresário, sem conseguir
esconder a irritação:
- Escuta aqui, meu amigo! Por quê toda vez que eu te
pergunto alguma coisa sobre as vacas você me diz se quero saber das malhadas ou
das marrons, sendo que é tudo a mesma resposta?
E o matuto responde:
- É
que as maiáda são minha!
- E as marrons?
- Tamém!