A GABRIELA VAI À PRAIA. ESTARÁ DE REGRESSO, SEM FALTA, NO DIA 7 DE AGOSTO. PASSEM BEM E CONTINUEM A SER FELIZES...
Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sexta-feira, julho 27, 2012
PRECISAREMOS DE DEUS PARA SERMOS BONS OU
MAUS?
Será que existe uma consciência moral
embutida nos nossos cérebros tal como temos o instinto sexual ou o medo das
alturas?
Sobre esta questão o biólogo Marc Hauser,
biólogo da Universidade de Harvard, realizou estudos estatísticos e
experiências do domínio psicológico recorrendo a questionários colocados na
Internet para investigar a consciência moral de pessoas reais.
A forma como as pessoas reagiram a estes
testes de moral e a sua incapacidade para expressarem as razões que as levaram
a reagir dessa forma parecem ser, em grande medida, independentes das crenças
religiosas ou da falta delas.
Mas vejamos, textualmente, o que nos diz
o autor destes estudos, Marc Hauser:
“Por
detrás dos nossos juízos morais há uma gramática moral universal, uma faculdade
da mente que foi evoluindo ao longo de
milhões de anos de
maneira a incluir um conjunto de princípios que construísse um leque de
sistemas.”
Eis o dilema que foi colocado:
- Uma pessoa tem ao seu alcance o
comando das agulhas que pode desviar o carro eléctrico para uma via de
resguardo de forma a salvar 5 pessoas que estão presas na via principal, um
pouco mais à frente.
Infelizmente há um homem preso na via de
resguardo mas, como é só um a maior parte das pessoas concorda que é moralmente
admissível senão mesmo obrigatório a mudança de agulha matando uma mas salvando
cinco.
Mas, numa outra variante da situação, o
carro eléctrico só pode ser parado pondo-lhe no caminho um peso grande largado
de uma ponte situada por cima da via. É obvio que temos de largar o peso mas,
se o único peso disponível for um homem muito gordo sentado na ponte a admirar
o pôr-do-sol?
Quase toda a gente concorda que, neste
caso, é imoral empurrar o homem gordo da ponte, embora de um certo ponto de
vista, o dilema possa parecer semelhante ao anterior no qual se mata uma pessoa
para salvar cinco.
A maior parte das pessoas tem uma forte
intuição que existe uma diferença crucial nos dois casos, embora não consiga
exprimi-la.
Vejamos um caso idêntico:
- Num hospital há cinco doentes a
morrerem cada um por falha de um órgão diferente e todos eles seriam salvos se
fosse encontrado dador disponível para cada um deles.
O cirurgião repara que na sala de espera
está um homem saudável cujos cinco órgãos em questão se encontram em boas
condições de funcionamento e são adequados para transplante.
Neste caso não há quase ninguém capaz de
dizer que a acção moralmente indicada seria matar esse homem para salvar os
outros cinco.
Tal como no caso do homem gordo sentado
na ponte a ver o pôr-do-sol, a intuição que a maior parte de nós partilha é que
um espectador inocente não deve ser arrastado para uma situação problemática e
usado para salvar outras pessoas sem o seu consentimento.
Immanuel Kant, filósofo alemão,
expressou de forma admirável o princípio segundo o qual um ser racional que não
haja dado o respectivo consentimento nunca deverá ser usado como simples meio
para atingir um fim, mesmo que esse fim seja o benefício de outras pessoas.
A pessoa que se encontrava presa na via
de resguardo do carro eléctrico não estava a ser usada para salvar a vida das cinco pessoas presas na linha
principal, é a via de resguardo que, propriamente, está em causa, sucedendo
apenas que o homem tem o azar de se encontrar nessa via.
Enquanto isto, o homem gordo sentado na
ponte e o homem saudável na sala de espera do hospital estavam nitidamente a
serem utilizados e isso é que viola o princípio de Kant, para quem, não fazer
esta distinção seria um absurdo moral. Para Hauser essa distinção foi-nos
embutida ao longo da nossa evolução.
Numa sugestiva aventura no domínio da
Antropologia o Dr. Hauser e colegas seus adaptaram as suas experiências morais
aos Kunas, uma tribo da América Central que tem poucos contactos com os
ocidentais e não possuem uma religião formal.
Os investigadores fizeram as respectivas
adaptações à realidade local com crocodilos a nadarem na direcção de canoas e
os Kunas, mostraram ter, com pequenas diferenças, juízos morais semelhantes aos
nossos.
Hauser também se interrogou sobre se as
pessoas religiosas diferem dos ateus quanto às suas intuições morais.
Seria evidente que, se fosse certo que é
à religião que vamos buscar a nossa moralidade, elas deviam ser diferentes mas
parece que o não são.
Trabalhando em conjunto com o filósofo
de moral Peter Singer, Hauser centrou-se em três modelos hipotéticos comparando
depois as respostas dos ateus e das pessoas religiosas:
1º No dilema do carro eléctrico 90 % das
pessoas disseram que era admissível desvia-lo, matando uma pessoa para salvar
cinco.
2º Vê uma criança a afogar-se num
pequeno lago e não há mais ninguém por perto para ajudar. Você pode salvar mas,
se o fizer, estraga as calças: 97 % das pessoas concordaram que se deve salvar
a criança (surpreendentemente, parece que 3% preferiam salvar as calças).
3º No dilema do transplante de órgãos já
descrito: 97% dos sujeitos concordaram que é moralmente condenável pegar na
pessoa saudável da sala de espera e matá-la para lhe retirar os órgãos,
salvando com isso cinco outras pessoas.
A principal conclusão deste estudo é que
não existe diferença estatisticamente significativa entre ateus e crentes
religiosos quanto à formação destes juízos o que é compatível com o ponto de
vista segundo o qual não precisamos de Deus para sermos bons – ou maus.
No entanto, Steven Weinberg, físico
norte-americano galardoado com o Prémio Nobel é mais pessimista:
-
“A religião é um insulto à dignidade humana. Com ou sem ela, haveria sempre
gente boa a fazer o bem e gente má a fazer o mal. Mas é preciso a religião para
pôr gente boa a fazer o mal.”
Blaise Pascal (1623-1662), filósofo,
físico e matemático francês disse algo semelhante:
-
“Os homens nunca fazem o mal tão completa e alegremente como quando o fazem por
convicção religiosa.”
Lembrem-se apenas das guerras-santas... umas inspiradas e em nome de Jesus, um pacifista, e outras por Maomé, um chefe guerreiro. O resultado foi o mesmo em termos de crueldade... era preciso impor um Deus nem que fosse a ferro e fogo!
CRAVO
E
CANELA
Episódio Nº 160
- E ele, que disse? – Tonico, atento e curioso, queria
saber.
- Não disse nada, também não pedi resposta.
Mas se o coronel Ramiro qui ser, como
é que vai ficar se não aceitar? Se o coronel estender a mão, como é que ele
pode recusar?
- Quem sabe se o senhor tem razão… – Tonico
puxava a cadeira pesada, aproximava-se da Altino.
A voz do coronel Ramiro
Bastos, alterada, interrompia o diálogo:
- Coronel Altino Brandão se foi só isso que
lhe trouxe aqui , a sua visita está
terminada…
- Meu pai! Que é isso?
- E você, cale a boca. Se qui ser a minha bênção nem pense em acordo. Coronel ,
me desculpe, não quero lhe ofender, sempre me dei bem com o senhor. Nessa casa
o senhor manda como se fosse na sua. Vamos falar de outra coisa, se qui ser. De acordo, não. Escute o que vou lhe dizer:
posso até ficar sozinho, podem até meus filhos me abandonar, se unirem a esse
forasteiro. Posso ficar sem um amigo, ou só com um, porque compadre Amâncio,
esse não me abandona, tenho certeza.
Posso ficar sozinho, não
faço acordo. Antes que eu morra ninguém vai tomar conta de Ilhéus. O que serviu
ontem pode servir hoje. Nem que eu tenha de morrer de arma na mão. Nem que
tenha outra vez, Deus me perdoe, de mandar matar.
Daqui
a um ano vai ter eleição. Eu vou ganhar, coronel, mesmo que esteja todo mundo
contra, mesmo que Ilhéus vire outra vez coito de bandidos, terra de cangaço –
Elevava a voz trémula, punha-se de pé… – Eu vou ganhar!
Também Altino se levantava e
tomava o chapéu.
- Eu vim de boa paz, vosmiçê não quer me
ouvir. Não quero sair de sua casa inimigo de vosmicê, lhe tenho muita
consideração. Mas saio sem compromisso, não sou seu devedor, tou livre de votar
em quem qui ser. Adeus coronel Ramiro
Bastos.
O velho dobrou a cabeça, os
seus olhos pareciam vidrados. Tonico acompanhava o coronel até à porta:
- Meu pai é cabeçudo, obstinado. Mas talvez eu
possa…
Altino apertava-lhe a mão,
cortava-lhe a frase:
- Assim, ele vai terminar sozinho. Com dois ou
três amigos mais dedicados – Olhava o moço elegante, um «vira-bosta».
Penso que Mundinho tem
razão, Ilhéus precisa de nova gente para governar. Fico com ele. Mas vosmicê,
sua obrigação é ficar junto de seu pai, lhe obedecer. Outro qualquer tem
direito de negociar, lhe pedir acordo, até misericórdia. Vosmicê não, só tem
uma coisa a fazer. Ficar junto dele, nem que seja para morrer. Fora disso
vosmicê não tem mais nada a fazer.
Cumprimentou Jerusa, loira e
curiosa na janela da outra sala, saíu andando.
Do Demónio solto nas ruas
- T’esconjuro!... Até parece que o demónio
anda solto em Ilhéus.
Onde já se viu moça solteira namorar homem casado? –
imprecava a áspera Doroteia no átrio da Igreja em meio às solteironas.
(Click na imagem para observar mais em pormenor a máquina fotográfica...)
A VIDA
SEXUAL DOS PAPAS
(continuação)
(Extraído do livro escrito
pelo jornalista peruano Eric Frattini, editado pela Bertrand)
Martinho V encomendava
contos eróticos, que gostava de ler no recolhimento do seu quarto.
Paulo II era
homossexual e Listo IV, que cometeu incesto com os sobrinhos, bissexual.
Inocêncio VIII reconheceu todos os filhos que fez e levou-os para a Santa Sé.
Um deles tornou-se violador. João XI (931-936) cometeu incesto com a própria
mãe, violava fiéis e organizava orgias com rapazes.
Sérgio III teve o
infortúnio de se apaixonar por mãe e filha e não esteve com meias medidas:
rendeu-se à prática da ménage à trois. Bento V só esteve no Governo da Igreja
29 dias, por ter desonrado uma rapariga de 14 anos durante a confissão. Depois
de ser considerado culpado, fugiu e levou boa parte do tesouro papal consigo.
João XIII era servido
por um batalhão de virgens, desonrou a concubina do pai e uma sobrinha e comia
em pratos de ouro enquanto assistia a danças de bailarinas orientais. Os bailes
acabaram quando foi assassinado pelo marido de uma amante em pleno acto sexual.
Silvestre II fez um pacto com o diabo. Era ateu convicto e praticava magia.
Acabou envenenado.
Dâmaso I, que a Igreja
canonizou, promovia homens no ciclo eclesiástico, sendo a moeda de troca poder
dormir com as respectivas mulheres. Já o Papa Anastácio, que tinha escravas,
teve um filho com uma nobre romana, que se viria a tornar no Papa Inocêncio I
(famoso pelo seu séqui to de
raparigas jovens). Pai e filho acabaram canonizados.
Leão I era convidado
para as orgias do Imperador, mas sempre se defendeu, dizendo que ficava só a
assistir. Mesmo assim, engravidou uma rapariga de 14 anos, que mandou encerrar
num convento para o resto da vida. Bento VIII morreu com sífilis e Bento IX era
zoófilo. Urbano II criou uma lei que permitia aos padres terem amantes, desde
que pagassem um imposto.
Alexandre III fazia
sexo com as fiéis a troco de perdões e deixou 62 filhos. Foi expulso, mas a
Igreja teve de lhe conceder uma pensão vitalícia, para poder sustentar a
criançada.
Gregório I gostava de
punir as mulheres pecadoras, despindo-as e dando-lhes açoites. Bonifácio VI
rezava missas privadas só para mulheres e João XI violou, durante quatro dias,
uma mãe e duas filhas. Ao mesmo tempo. (continua)
(Imagem do Papa Martinho V - 1368-1431)
quinta-feira, julho 26, 2012
IMAGEM
Este senhor, alguns anitos mais tarde, andou no Colégio interno Nuno Álvares em Tomar, precisamente o mesmo em que eu andei cerca de três anos, e parece que já aí o tempo que lhe sobrava das reuniões da política, da baixa que não da alta, era tão pouco que não chegava para ele estudar... Sinceramente, não sei se será melhor ou pior ministro do que qualquer outro que tivessem posto no seu lugar, mas há coisas que vamos sabendo e ele nos vai revelando que nos permitem concluir que, se na verdade, é um homem muito esperto e extraordinariamente ambicioso, na linha da maioria dos nossos políticos de carreira, não prima nem pela inteligência nem pelo carácter.
Como é que uma pessoa que desde muito cedo sabe que vai fazer carreira na política com as aspirações que ele tinha se permite tirar um curso superior para ter acesso ao Dr., nas circunstâncias em que ele o tirou?
Isto não é de um homem inteligente, quando muito de alguém que demonstra um grande desprezo pela capacidade crítica dos seus concidadãos do outro lado da barricada (os da sua, naturalmente, calam-se) com a agravante de ter dito "cobras e lagartos" do Eng. Sócrates por causa de uma simples cadeira de Inglês Técnico tirada à "trouxa-mocha" quando ele tinha um curso inteiro... obtido por equivalências. Como dizia a minha avózinha: ... valha-me Deus e um burro aos coices!
A GAROTA DE IPANEMA
Para os que estiverem distraídos esta versão da "gloriosa" Garota de Ipanema não tem qualquer apoio instrumental e, pelos vistos, não precisa...
A VIDA SEXUAL DOS
PAPAS
São mais de 300 páginas com centenas de
histórias pouco santas sobre a vida sexual dos Papas da Igreja Católica. O
livro do jornalista peruano Eric Frattini, recém-chegado às livrarias
portuguesas e editado pela Bertrand, percorre, ao longo dos séculos, a
intimidade secreta de papas e antipapas, mas não pretende causar
"escândalo". Apenas "promover uma reflexão sobre a necessária
reforma da Igreja ao longo dos tempos".
O escritor admite,
aliás, que alguns dos relatos possam ter sido inventados, nas diferentes
épocas, por inimigos políticos dos sumos pontífices. Lendas ou verdades
consumadas, no livro "Os Papas e o Sexo" há de tudo. Desde Papas
violadores e zoofílicos a Papas homossexuais e fetichistas, além de Santos
Padres incestuosos, pedófilos ou sádicos, passando por Papas filhos de Papas e
Papas filhos de padres.
Alguns morreram
assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto sexual. Outros foram
depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias sexuais e banidos da história
da Igreja. Outros morreram com sífilis, como o Papa Júlio II, eleito em 1503,
que ficou na história por ter inventado o primeiro bordel gay de que há
memória.
Bonifácio IX
deixou 34 filhos, a que chamava, carinhosamente, de "adoráveis
sobrinhos". Martinho V encomendava contos eróticos, que gostava de ler no
recolhimento do seu quarto.
(Bonifácio IX 1356 - 1404) (Continua)
CRAVO
E
CANELA
Episódio Nº 159
Antigamente para governar
bastava mandar, cumprir compromissos com o governo. Hoje não basta. Vosmicê
cumpre com o Governador, é seu amigo, por isso não fica mais respeitado. O povo
não quer saber. Quer governo que atenda suas precisões. Porque seu Mundinho tá
dividindo, tem tanta gente com ele?
- Porquê? Porque ele tá comprando gente,
oferecendo mundos e fundos. E tem sujeitos sem vergonha que não cumprem seus
compromissos.
- Me desculpe, seu coronel, não é isso não. O
que é que ele pode oferecer e vosmicê não pode? Lugar em chapa, influência,
nomeação, prestígio? Vosmicê pode mais. O que ele oferece e está fazendo é
governar de acordo com o tempo.
Governar? Desde quando
ganhou eleição?
- Nem precisa ganhar. Abriu rua na praia,
fundou jornal, ajudou a comprar as marinetes, trouxe agência de banco,
engenheiro prá barra. Que é isso, não é governar?
Vosmicê manda no Intendente,
no Delegado, nas autoridades dos povoados. Mas quem está governando, já faz
tempo, é Mundinho Falcão.
Por isso vim aqui : porque uma terra não pode ter dois governos.
Saí do meu canto para falar com vosmicê. Se isto continuar vai mal suceder. Já
começou: vosmicê mandou tocar fogo na gazeta, quase mataram um homem de vosmicê
em Guaraci. Isso
foi bom noutro tempo, não podia ser de outra forma. Pra hoje é ruim. Por isso
vim lhe falar, bati palmas na porta de sua casa.
- Pra que coisa vir me dizer?
- Que só há um jeito de arrumar a situação. Um
só, outro eu não vejo.
- E qual é, me diga? – A voz do coronel soava
ríspida: agora pareciam quase dois inimigos face a face.
- Sou seu amigo, coronel. Voto em vosmicê há
vinte anos. Nunca lhe pedi nada, só uma vez reclamei, eu tava com razão. Venho
aqui como amigo.
- E eu lhe agradeço. Pode falar.
- Só há um jeito, é entrar num acordo.
- Quem? Eu? Com esse forasteiro? O que é que
pensa de mim coronel? Não fiz acordo quando era moço e corria perigo de vida.
Sou homem de bem, não é quando tou pra morrer que vou me dobrar. Nem fale
nisso.
Mas Tonico intervinha.
Aquela ideia de acordo era-lhe grata. Há alguns dias, Mundinho, andara na
fazenda de Altino. Certamente partia dele a proposta.
- Deixe o coronel falar, pai. Ele veio como
amigo, o senhor deve ouvir. Aceita ou não, isso é outra coisa.
- Porque vosmicê não toma a direcção do caso
da barra? Não chama Mundinho para o seu partido? Não junta tudo, vosmicê na
frente? Ninguém lhe quer mal em Ilhéus, nem o Capitão. Mas se vosmicê continuar
como vai, vosmicê vai perder.
Alguma proposta concreta,
coronel? – perguntou Tonico.
- Proposta, não. Com seu Mundinho nem qui s falar coisas de política. Apenas lhe disse que
eu só via um caminho: um acordo entre os dois.
(Click na imagem. Não é, mas poderia ser a escultural Gabriela preparando-se para se refrescar nas águas do rio mais próximo...)
quarta-feira, julho 25, 2012
A crise segundo"Einstein"
Não pretendemos que as coisas mudem se
sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as
pessoas e os países, porque a crise trás progressos. A criatividade nasce da
angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções,
os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera-se a si
mesmo sem ficar “superado”.
Quem atribui à crise seus
fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos
problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O
inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e
soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina,
uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de
cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o
conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única
crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
Albert Einstein
Nota
– Dá para reflectir e meditar:
- Será que estávamos
a fazer as coisas bem? Sem a crise mudaríamos alguma coisa?
Falemos por nós: - Se o crédito nos
continuasse a ser concedido iríamos parar de fazer despesas em grandes obras? –
Já se anunciavam TGV, novo Aeroporto, novas estradas, novas pontes a atravessar
o Tejo… que iriam ser pagas com dinheiro dos nossos impostos, com as receitas das nossas
exportações? - Não: por aumento da dívida, cujo montante,
com os juros a taxas insuportáveis, já será muito provavelmente impagável…
Entretanto,
assistimos aqui , na nossa vizinha
Espanha, às reivindicações das pessoas nas ruas que continuam a exigir a
manutenção de empregos e apoios sociais porque não se aperceberam que durante
os últimos anos, eles e nós vivíamos uma vida de prosperidade fictícia que, em resumo, se pode
definir por “gastar sem o ter”. Em certas zonas da
Espanha, bairros de moradias construídas por dinheiro emprestado pelos bancos,
estão agora desertos de pessoas…
Leio já, que quando voltarmos às nossas antigas moedas, entraremos numa economia de guerra com senhas de racionamento de que me lembro
ainda, aqui em Portugal, do tempo da
última Grande Guerra. Terá sido só para nos meter medo ou para nos irmos
preparando?
A indefinição é tanta
e por tanto lado que a minha intuição – que outra coisa podia ser – me diz que
é de esperar tudo como. por exemplo, as famigeradas senhas de racionamento da minha meninice… (Será que, por ironia do destino, nasci com elas e com elas vou morrer?)
GABRIELA
CRAVO
E
CANELA
Episódio Nº 158
Onde foi buscar o direito de
mandar aqui ? Nosso direito a gente
conqui stou.
- Tá certo, coronel. Tudo isso tá certo mas é
de outro tempo. A gente vive penando no trabalho, não se dá conta, o tempo vai
passando, as coisas vão mudando. De repente, a gente abre os olhos e tudo tá
diferente.
Tonico, silencioso e
alarmado, escutava. Quase arrependido de ter vindo à sala. No corredor, Jerusa,
dava ordens às empregadas.
- Qual é a diferença? Não tou lhe entendendo…
- Vou dizer a vosmicê. Dantes, era fácil
mandar. Bastava ter força. Governar era fácil. Hoje tudo mudou.
A gente ganhou o mando,
vosmicê já disse, derramando sangue. Ganhou pra garantir a posse das terras,
era preciso. Mas a gente já fez o que tinha que fazer. Tudo cresceu. Itabuna
está tão grande como Ilhéus, Pirangi, Água Preta, Macuco, Guaraci, tão virando
cidades. Tá tudo entupido de doutor, de agrónomo, de médico, de advogado. Tudo
reclamando. Será que a gente ainda sabe mandar, ainda pode mandar?
- E porque está assim, tanto doutor, tanto
progresso? Quem fez? Foi o senhor, coronel, e foi esse seu criado. Não foi
nenhum forasteiro. E agora, que está feito, com que direito se voltam contra
quem fez?
- A gente planta pé de cacau, cuida pra
crescer, colhe os cocos, parte, mete os grãos no cocho, seca nas barcaças, nas
estufas, bota no lombo dos burros, manda pra Ilhéus, vende prós exportadores. O
cacau está seco, cheirando, o melhor do mundo, foi a gente quem fez. Mas será
que a gente pode fazer chocolate, a gente sabe fazer? Foi preciso vir seu Hugo
Kaufmann lá das Europas. E assim mesmo só faz cacau em pó. Vosmicê , coronel,
fez tudo isso. O que Ilhéus tem, o que Ilhéus vale, deve a vosmicê. Deus me
livre de negar, sou o primeiro a reconhecer. Mas vosmicê já fez tudo que sabe,
tudo que pode fazer.
- E o que é que Ilhéus está pedindo além do
que estamos fazendo? O que é que é preciso fazer? Pra falar a verdade, não vejo
essas necessidades. Só o senhor botando dedo em cima para eu enxergar.
- Vosmicê vai enxergar. Ilhéus está bonito que
nem um jardim. Mas Pirangi, Rio do Braço, Água Preta? O povo tá reclamando, tá
exigindo. A gente abriu os caminhos com os trabalhadores, os jagunços. Agora se
precisa de estradas, jagunços não pode fazer.
O pior de tudo é a barra,
essa história do porto. Porque vosmicê ficou contra, coronel Ramiro Bastos?
Porque o Governador pediu? O povo tá todo querendo, é uma grandeza pra terra: o
cacau saindo daqui para o mundo
inteiro. E a gente deixando de pagar transporte para Baía. Quem paga? Os
exportadores e os fazendeiros.
- A gente tem compromissos. Cada um cumpre os
seus. Porque se não cumprir se termina o respeito. Sempre cumpri, o senhor sabe
disso. O governador me pediu, me explicou. Os filhos da gente depois faz o porto,
fora da barra, no Malhado. Tudo tem seu tempo.
- O tempo chegou, vosmicê não quer se dar
conta. No tempo da gente não tinha cinema, os costumes eram outros. Tão mudando
também, é tanta novidade que a gente nem sabe para onde virar.
(Click na imagem e nem peço a atenção para a colocação estratégica da flor...)
(Click na imagem e nem peço a atenção para a colocação estratégica da flor...)
terça-feira, julho 24, 2012
Parece, pela expressão dos rostos e dos olhares, que a partir de determinado momento elas já não ouvem nada do que ele diz...
|
O alentejano e a vagina...
Um alentejano senta-se no comboio, em frente a uma ruiva, vestida com uma minissaia. Nisto, dá conta que ela não tinha roupa interior. Então a ruiva diz-lhe: - Está a olhar para a minha vagina ... - Sim, desculpe!... - responde o alentejano. - Não há problema! - responde a mulher, como és simpático vou fazer com que a minha vagina te mande um beijo. Incrivelmente, a vagina manda-lhe um beijo!
O
alentejano, fica totalmente doido! Nisto, pergunta:
- Que outras coisas sabe fazer? - Posso também fazer com que te dê uma piscadela... O homem observa uma vez mais assombrado, como a vagina lhe dá piscadelas.
A
mulher, já muito excitada, diz ao alentejano:
- Queres enfiar-me dois dedinhos?... Paralisado, o alentejano benze-se e responde: - F***-se! Não me digas que também assobia?! |
GABRIELA
CRAVO
E
CANELA
Episódio Nº 157
Altino aparecera em Ilhéus,
viera a sua casa reclamar, fazia disso uns doze anos. Queria a remoção do cabo,
a volta do seu protegido ao cargo. Ramiro concordara. Aquela troca de
autoridades fora feita sem que o tivessem consultado, sem sua aprovação quando,
na Baía, funcionava no Senado.
- Vou mandar chamar o cabo – prometera.
- Não precisa. Voltou no mesmo trem em que
foi, parece que teve medo de ficar. Não sei bem porquê, não tou muito
informado. Ouvi dizer que andaram fazendo umas graças com ele, rapaziadas.
Penso que não há de querer voltar. É preciso desnomear, botar meu compadre de
novo. Autoridade sem força legal não vale nada…
E assim fora feito. Ramiro
recorda a conversa difícil. Altino ameaçara romper, apoiar a oposição. Que
queria ele agora?
- Hoje tou vindo de novo. Pode ser até pra
meter onde não me chamaram. Ninguém me encomendou sermão. Mas fico na roça
pensando nas coisas que tão acontecendo em Ilhéus. Mesmo que a
gente não se meta, as coisas se metem com a gente. Porque, afinal, quem termina
pagando as despesas da política é mesmo os fazendeiros, os que vivem na roça
colhendo cacau. Dei de ficar preocupado…
- O que é que o senhor pensa da situação?
- Penso que é ruim. Vosmicê sempre foi respeitado,
faz muitos anos que é o chefe político e disso é merecedor. Quem pode negar?
Não hei-de ser eu, Deus me livre.
- Agora estão negando. E nem que fosse gente
daqui . Um forasteiro, veio se meter
em ilhéus ninguém sabe porquê. Os irmãos que são homens direitos, botaram para
fora da firma deles, não querem nem ver a cara do arrenegado. Veio dividir o
que estava unido, veio separar o que estava junto.
Que o Capitão me combata, tá
certo, combati o pai dele, derrubei do governo. Ele tem sua razão, por isso
nunca deixei de me dar com ele, de lhe ter consideração. Mas esse senhor
Mundinho devia se contentar com o dinheiro que ganha. Porque se intromete?
- Altino acendia o cigarro de palha, espiava
as lâmpadas do nicho dos santos:
- Iluminação de primeira. Lá em casa tem uns
santos, devoção da patroa. Gasta vela que é um horror. Vou botar umas luzes
iguais a essas. Ihéus é uma terra de forasteiro, seu coronel. A gente mesmo o
que é? Nenhum nasceu aqui . A gente
daqui o que é que vale? Tirante o
Doutor, homem ilustrado, os outros são uns restos, só serve pró lixo.
Por assim dizer, a gente é
os primeiros grapiúnas. Os filhos da gente é que são ilheenses. Quando a gente
chegou nesta mata medonha, eles não podia também dizer que nós não passava de
forasteiros?
- Não falo para lhe ofender. Sei que o senhor
vendeu seu cacau a ele. Não sabia que eram amigos, por isso falei. Mas também
não retiro. O que eu disse está dito. Não se compare com ele, coronel, não me
compare com ele. A gente veio quando isto aqui
ainda não era nada. Foi diferente. Quantas vezes a gente arriscou a vida,
escapou de morrer? Pior do que isso, quantas vezes a gente não teve que mandar
tirar a vida dos outros? Isso então não vale nada? Não se compare com ele, não
me compare.
- A voz do ancião, por um esforço de vontade,
perdia o tremor, a vacilação, era aquela voz antiga de mando. – Que vida ele
arriscou? Desembarcou com dinheiro, montou escritório, compra e exporta cacau.
Que vida ele tirou?
(Será a Gabriela, nostálgica, com saudades do seu sertão? Não me parece. Gabriela é vida, para ela, a beleza de cada dia está no sol que nasce e o sertão foi fome, miséria e morte... também não daria para recordar.)
segunda-feira, julho 23, 2012
A tribo Massai juntou-se aos que apelam a Miguel Relvas que estude. Os Massai não entendem porque Miguel Relvas insiste em não ir estudar se até as suas crianças já vão à escola e todos os doutores dos Massai cumpriram com os seus deveres de estudo. Os Massai acham que não basta andar a pastorear vacas, é preciso estudar.
Música Imortal
Garett, nasceu em 1980 de mãe americana e pai alemão. Aos 7 anos já tocava uma vez por semana em público e aos 12 tocava com a violinista polaca-britânica Ida Haendel. Em 2007, depois de uma apresentação, bateu com o seu violino exclusivo que, ao princípio, se julgava ser um Stradivarius.
Era apenas um Giovanini Battista Guadagnini que tinha comprado 4 anos atrás por um milhão de dólares. O conserto custou-lhe 120.000. Isto diz tudo sobre a sua categoria... A mim, destapam-se-me as lágrimas.
Onde anda a
inocência das criancinhas?!?!?!?
ai ai ai....
Um destes dias, uma professora do 1.º ano decidiu contar a historia dos três porquinhos. Foi contando até que chegou à parte em que os porquinhos tentavam angariar materiais para construir as suas casas.
Disse a professora:
E então, o primeiro porquinho chegou-se ao pé de um carroceiro que transportava fardos de palha, e perguntou:
- O Sr. não se importa de me ceder um pouco da sua palha para que possa construir a minha nova casa?' - contou ela.
Depois, virando-se para os alunos, perguntou:
- E o que acham vocês que o homem disse?
Respondeu logo uma das criancinhas:
- O homem deve ter dito: 'Fooooooooooda-se! Olha um porco que fala!!!
ai ai ai....
Um destes dias, uma professora do 1.º ano decidiu contar a historia dos três porquinhos. Foi contando até que chegou à parte em que os porquinhos tentavam angariar materiais para construir as suas casas.
Disse a professora:
E então, o primeiro porquinho chegou-se ao pé de um carroceiro que transportava fardos de palha, e perguntou:
- O Sr. não se importa de me ceder um pouco da sua palha para que possa construir a minha nova casa?' - contou ela.
Depois, virando-se para os alunos, perguntou:
- E o que acham vocês que o homem disse?
Respondeu logo uma das criancinhas:
- O homem deve ter dito: 'Fooooooooooda-se! Olha um porco que fala!!!
CRAVO
E
CANELA
Episódio Nº 156
- Vosmicê, está cada vez mais rijo – mentiu Altino.
- Fazendo das fraquezas forças. Vamos sentar.
O espaldar recto da cadeira.
Bonita podia ser, mas era incómoda. Preferias as poltronas macias de couro azul
do escritório de Mundinho, estufadas, o copo se afundando molemente, tão
cómodas, tiravam a vontade de levantar-se e ir embora.
- Me desculpe a pergunta: com que idade
vosmicê está?
- Ando nos oitenta e três.
- Bonita idade. Pois que Deus lhe dê ainda muitos
anos de vida, coronel.
- Na minha família se morre tarde. Meu avô meu
avô viveu oitenta e nove anos. Meu pai, noventa e dois.
- Me lembro dele.
Jerusa entrava na sala
trazendo xícaras de café numa bandeja.
- As netas estão ficando moças…
- Casei já com idade, o mesmo sucedeu com
Alfredo e Tonico. Senão já tinha bisneto, até tetraneto podia ter.
- Bisneto não vai demorar. Com essa lindeza de
neta…
- É capaz.
Jerusa retornava, retirava
as xícaras, dava um recado:
- Avô, tio Tonico chegou, pergunta se pode vir
aqui .
Ramiro olhou para Altino:
- Que diz, coronel? Conversa particular?
- Pra seu Tonico, não, é seu filho.
- Diga a ele que venha…
Tonico surgia de colete e
polainas. Altino levantou-se, foi envolvido num abraço cordial, caloroso. «Um
vira-bosta» pensou o fazendeiro.
- Pois, coronel é com muita satisfação que
vejo o senhor nesta casa. Quase nunca aparece…
- Sou homem do mato, só saio do Rio do Braço
quando não tenho outro jeito. É de lá prás Águas Claras…
- Que safra este ano, hem, coronel? – atalhava
Tonico.
- Deus seja louvado. Nunca vi tanto cacau…
Pois vim a Ilhéus e resolvi: vou fazer uma visita ao coronel Ramiro.
Conversando umas coisas que ando pensando. Na roça a gente fica matutando, de
noite… Vosmicê sabe como é, a gente pega a pensar, depois quer dizer.
- Sou todo ouvidos, coronel.
- Vosmicê sabe que nessa coisa de política
nunca qui s me meter. Só uma vez, fui
mesmo obrigado. Vosmicê deve-se lembrar: quando seu Firmo era Prefeito.
Quiseram fuçar em Rio do Braço, nomear autoridade para lá. Vim falar com
vosmiçê naquela ocasião.
Ramiro recordava o incidente.
O delegado de polícia, homem seu, demitira o subdelegado de Rio do Braço, um
protegido de Altino, nomeara um cabo da polícia militar.
domingo, julho 22, 2012
DOMINGO
(Na minha cidade de Santarém)
Continua a situação de indigência dos
países europeus relativamente à Alemanha. Só depois das férias, lá para meados
de Setembro, é que os magistrados do Tribunal Constitucional alemão devem dizer
de sua justiça sobre os planos de salvação para o euro, incluindo o resgate da
banca espanhola. O que eles terão de esclarecer é se a soberania do seu país e
a sua lei suprema são postas em causa pelos acordos assinados pela chanceler
Ângela Merkel. É evidente, pelo menos muito provável, que até lá os mercados
vão fazer gato-sapato das economias italiana e espanhola.
-
Mas alguém sabe, estou a pensar num italiano ou num espanhol, o que vai dentro
da cabeça desses senhores magistrados quando estiverem a fazer essa avaliação?
-
Será um raciocínio em sentido estrito, assim como quem confere uma factura ou
será com base num pensamento que leva em linha de conta os interesses do
conjunto da população europeia, agora e especialmente no futuro?
-
Qual será a ligação desses senhores à história recente do seu país que haveria
de causar duas guerras franco-germânicas e mundiais em 1914 e 1939?
-
Nós sabemos que o povo alemão também estará dividido: uns a favor de uma
Alemanha europeia na linha de Adenauer, Brandt, Schmidt e kohl, e outra fiel a
uma Alemanha germânico-prussiana “que não paga contas e desgovernos a estes
preguiçosos do sul da Europa.”
-
Será que essas eminentes cabeças já equacionaram a tragédia alemã que se
seguirá ao colapso da Zona Euro quando os países da periferia europeia tiverem
de regressar às suas moedas nacionais, a nacionalizar a sua banca e a criar uma
economia de guerra com racionamento para alimentarem legiões de desempregados?
-
Onde estarão, então, os mercados e os aliados da Alemanha?
Transcrevendo o que o Prof. Viriato
Soromenho escreve:
-
“Para lá do Reno e do Pó só terá rancor e dívidas insolventes. A América de
Mitt Romney não saberá localizar Berlim no mapa. A China já não precisará dos
carros alemães e a Rússia de Putin estará com uma mão no arsenal nuclear e a
outra no botão energético de que a Alemanha depende.”
E voltamos aos senhores magistrados do
Tribunal Constitucional alemão:
-
Qual será o sector da população alemã de que eles serão porta-vozes no seu
douto Parecer?
Que a União Europeia era uma solução que
parecia óbvia face ao passado recente da Europa e às naturais tendências de
expansão das economias mundiais, não ofereceu grandes dúvidas à generalidade
dos políticos de então.
Porque não correu bem? Porque estamos
neste impasse?
Deu-se como adqui rido
algo que não o estava. O mesmo passado histórico que apontava para a União
deveria ter levantado reservas e, acima de tudo, muitos cuidados e precauções.
A Europa não se começou a fazer a partir
de europeus mas sim de franceses, alemães, italianos… Os europeus não existiam
porque as realidades sociais e políticas não passam a existir pela simples
assinatura de documentos, constroem-se no dia a dia, sem reservas mentais, com
coragem e inteligência… e com tempo.
Ao contrário de um edifício em que os ar
A Europa joga a sua oportunidade no
mundo. Pulverizada politicamente num mundo globalizado desaparece. Cada um por si é uma aventura e uma incógnita.
(Click na imagem do Mercado Municipal com os seus lindos mosaicos de azulejos retratando cenas da vida rural do antigamente)