sábado, setembro 23, 2017

       Que voz maravilhosa em tão linda canção...

          

Parte 6 e última da Entrevista de Richard Dawkins

O pensamento de R. Dawkins exposto nesta última entrevista demonstra, sem dúvida, que estamos na presença de um homem bom, do ponto de vista moral e ético o que, para mim, é mais importante ainda do que a sua fulgurante inteligência e imensos conhecimentos científicos. Escutem-no...

       Sem Preconceitos....


  

                    Reencontro


                

Saudades da minha velha Lisboa...


   

Veja como envelhecemos

sexta-feira, setembro 22, 2017

               Virou barafunda...




           

ALCEU VALENÇA - PERFÍDIA


Alceu Paiva Valença, nascido em 1946, no interior de Pernambuco, nos limites do sertão com o agreste, em São Bento de Una, é um cantor e compositor brasileiro. O seu envolvimento com a música começou logo na infância, através dos cantores de feira da sua cidade natal: Jackson do Pandeiro, Luís Gonzaga e Marinês, três dos principais divulgadores da cultura musical nordestina que ele capotou através dos nostálgicos alti-falantes da sua cidade. Hoje, não resisto à conhecida "Perfídia" acompanhada de belos Quadros de Renoir. Voltaremos com outras canções de Alceu Valença mas de influência nordestina.



              

JORGE AMADO


















Nascido a 10 de Agosto de 1912, no sul do Estado da Bahia, Jorge Amado, nasceu, como dizia sua mãe, “com estrela”; um homem afortunado. Seu pai queria que o filho fosse doutor, e ser doutor naqueles tempos era formar-se em Medicina, Engenharia ou Direito.

Jorge Amado, que desde os catorze anos participava em movimentos culturais e políticos, optou por Direito. Fez a vontade ao pai, mas não foi buscar o diploma e nunca exerceu advocacia. Em compensação, no ano da sua licenciatura, em 1935, já era um escritor conhecido, autor de quatro livros que fizeram sucesso entre o público e a crítica: “O País do Carnaval” com que se estreou aos dezoito anos, “Cacau”, “Suor e Jubiabá”. Em 1937, devido ao seu intenso envolvimento político, viu toda a edição do seu livro “Capitães da Areia” ser queimada em praça pública, o que o levou, em 1941, ao exílio na Argentina e no Uruguai.

Em 1945, Jorge Amado uniu-se a Zélia Gattai, companheira de toda a sua vida. Deputado Federal pelo Estado de São Paulo, fez parte da Assembleia Constituinte votando leis importantes, como a que ainda hoje garante a liberdade religiosa no país. Em 1947, o Partido Comunista foi ilegalizado e Jorge Amado perdeu os seus direitos políticos.

Voltou para o exílio, desta vez em França e na Checoslováquia, continuando a escrever e a trabalhar pela paz, agora na companhia de Pablo Neruda, seu velho amigo, de Pablo Picasso, de Luís Aragon, de Nicolas Guillen, só regressando ao Brasil em 1952. Em 1961 foi eleito para Academia Brasileira de Letras, vindo também a pertencer à Academia de Letras da Baía, à Academia de Ciências e Letras da República Democrática Alemã e à Academia de Ciências de Lisboa sendo membro correspondente destas duas últimas.

O seu livro Gabriela , Cravo e Canela, publicado em 1958, teve grande sucesso e os seus direitos cinematográficos foram vendidos para a Metro, o que possibilitou ao escritor a compra de uma casa em Salvador realizando, assim, o sonho de voltar a viver na sua terra.

Em 1963 muda-se com a sua família para a rua de Alagoinhas, onde continuou a escrever os seus livros.

Foi publicado em 95 idiomas, faleceu a 6 de Agosto de 2001.

Jorge Amado acumulou um sem número de Prémios Literários e foi-lhe atribuído o título de Doutor Honoris Causa pelas principais Universidades de países como: França, Itália e Israel.


Para mim, simplesmente, ele foi o melhor escritor de histórias impregnadas de um humanismo autêntico, inserido numa realidade social que ele tão bem conhecia, e eu sinto-me orgulhoso que elas tenham sido escritas por um compatriota porque, como dizia Fernando Pessoa, a minha língua é o meu país.

Em homenagem a Jorge Amado e como agradecimento pelos momentos de prazer que os seus livros me proporcionaram, reproduzirei neste blog, diariamente, a história da Tieta do Agreste.

O que é natural é sermos felizes... por isso, não complique.



        

O SAMBA




Entre os grandes sucessos de Ismael Silva que fazem parte do repertório do disco temos, "Se Você Jurar", gravada pela dupla Francisco Alves/Mario Reis, na Odeon em 5 de Março de 1931, musica que implantou definitivamente um estilo de marcação rítmica do samba urbano que vinha se desenvolvendo na década de vinte.


"Adeus", em parceria com Francisco Alves e Noel Rosa, foi gravado originalmente pela dupla Jonjoca e Castro Barbosa, em 12 de abril de 1932, e é uma homenagem póstuma a Newton Bastos, falecido prematuramente.


"O Que Será de Mim", gravado por Francisco Alves/Mario Reis em 28 de Fevereiro de 1931, traz na sua letra uma exaltação à malandragem que pode muito bem ser considerada como um auto retrato do autor que levava uma vida irregular vivendo em permanentes dificuldades financeiras.


"Novo Amor", apenas de Ismael, teve sua versão original gravada por Mario Reis, em 27 de Fevereiro de 1929, e é uma das suas mais belas criações. "Nem é bom falar", é outra obra prima de Ismael registrada por Francisco Alves e Os Bambas do Estácio em 27 de novembro de 1930. O disco contem ainda "Me Diga Teu Nome" lançada em 1931 e "Sofrer é da Vida", mais outro sucesso alcançado pela dupla Francisco Alves/Mario Reis e gravada em 28 de novembro de 1931.



ISMAEL SILVA - SE VOCÊ JURAR

             

quinta-feira, setembro 21, 2017

Resultado de imagem para outros temposOutros tempos...















Nunca esquecerei o desabafo do meu vizinho do 3º Esq., há uns anos atrás, quando um dia nos cruzamos no elevador e ele desabafou: -  "o dia em que morrer vai ser o mais feliz para mim", e as palavras saíram-lhe sentidas, em voz lenta, envoltas em grande tristeza.

Pessoa de poucas palavras, vivia sozinho por motivos de viuvez e percebia-se que arrastava os dias sem interesse até que um dia, lá estava na porta do prédio, o papelinho com a Cruz preta a anunciar uma morte no prédio. Tinha sido a dele. Consumara-se o desejo, finalmente a morte chegara... e a pedido! Morrera de tristeza.

Tenho a idade dos"velhos" do meu tempo de juventude, sentados no banco do Largo da Chã da Eira a verem o tempo passar. Não liam, não conversavam, por vezes jogavam à sueca e o meu t´Zé Menaia, que tinha sido maqueiro na 1ª GGM e fora gazeado, "baralhava-se" muito e ia à procura do ás com a bisca. Quando a via partir, levada pelo mão do adversário, levantava o boné com o indicador e polegar, coçava a cabeça com os restantes dedos interrogando-se, mentalmente, como tinha aquilo sido possível...

- O t´Zé Menaia e os meus tempos de rapaz, na taberna do Zé Palmeiro, antes de lhe chamarmos Café...

- Há quantos anos!... Por vezes dou comigo a recordá-los parecendo-me terem sido já noutras vidas, tantos os anos que já lá vão... e hoje que já nada sei daquela gente: tão pouco se são vivos ou já mortos, pelo menos os da minha idade, os que ainda deviam vivos pelas minhas contas.

Aquelas longas e quentes tardes do meu "querido mês de Agosto" que metiam passeios ao rio Tejo com as inevitáveis petiscadas.

- Oh Quim, toma conta do João, cuidado com o rio... - dizia-me a mãe -  e lá íamos e lá ia indo o João, corrente do rio abaixo direito ao canto do inferno onde a água fazia um remoinho e afundava.

Não chegou lá, por pouco... O Zé Burguete, bom nadador, da "escola" de Moçambique, chegou ao nosso encontro providencialmente mais tarde, mesmo a tempo ainda de correr ao longo da margem e trazer por um braço o amigo João que lá ia... direto ao canto do inferno.

- "É pá, estava a ver que nunca mais chegavas!..."  reclamou o João que entretanto ia ao fundo e vinha ao de cima com o braço no ar e eu dentro de água, com ela pela barriga e sem sequer saber nadar.

- Ah, João, João! -  Se a tua mãe tivesse vindo a saber do ocorrido nunca mais tinhas ido ao Tejo...

Ontem, fui a Lisboa almoçar com os meus colegas - o almoço mensal a que a minha "netita" chama de "velhotes", talvez porque já têm cabelos brancos.

É sempre bom revê-los, já um pouco tortos, como eu. mas nestas idades já não se pode ser muto exigente...

terça-feira, setembro 19, 2017

           Angela Maria - Falhaste Coração




               

Loiras...







Uma loura está no carro com o namorado num namoro desenfreado. Beijo puxa beijo e às tantas...
- Não queres ir para o banco de trás? (diz ele em visível sofreguidão) -
Para o banco de trás? Não.
Bom, o namoro lá continua, mais beijo, mais festa, mais aperto, mais amasso e...
- Não queres mesmo ir para o banco de trás? (diz ele ainda com mais vontade)
- Não, não quero. O pobre rapaz já meio desnorteado, lá continua no beija-beija, esfrega-esfrega até que...
- Vá lá! Tens a certeza de que não queres ir para o banco de trás? (já desesperado).
- Mas que coisa! Já te disse que não! Claro que não! - Então, mas porquê? (já desesperadíssimo)
- Porque prefiro ficar aqui ao pé de ti!

             




Quem lhe terá posto a cana na mão?...


Liz McClamon - Woman in Love

A vida é um instante no espaço
Quando o sonho acaba
Ela se torna um lugar mais solitário
Eu me despeço da manhã com um beijo
Mas no fundo você sabe
Nós nunca saberemos o porque
A estrada é estreita e longa
Quando olhos se encontram
E o sentimento é forte
Eu me afasto da parede
Eu tropeço e caio
Mas eu me entrego à você




segunda-feira, setembro 18, 2017

           
Salvatore Adamo - Uma lágrima ao vento   


        Imagem


Vale do Rio Douro


  

O MEDO CAUSADO

PELA INTELIGÊNCIA











Quando Winston Churchil, ainda jovem, acabou de pronunciar o seu primeiro discurso na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu desempenho naquela assembleia de vedetas políticas.

O velho pôs a mão no ombro de Churchil e disse-lhe em tom paternal:

- “Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi demasiado brilhante neste seu primeiro discurso. Isso é imperdoável!

Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco.

Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta”.

É verdade, a inteligência assusta, especialmente os oportunistas e medíocres ambicioso que se encastelaram em posições políticas e se comportam como num grupo de senhoras burguesas, bem casadas, que boicotam, automaticamente, a entrada de uma jovem bonita no seu círculo.

Têm medo que ela lhes roube os maridos… os outros, que um jovem talentoso lhes roube o poder.

Falta apenas acrescentar que, quando o talento transborda torna-se imparável e Churchil, com inimigos ou sem eles, foi o político europeu mais importante do século XX.

Com um discurso em idênticas circunstâncias, Obama foi catapultado para Presidente dos EUA. 

domingo, setembro 17, 2017

Resultado de imagem para lixoJá não sou lixo...











Já não sou lixo, decidiu a Standart & Poor´s - uns senhores que trabalham num arranha-céus, numa grande cidade e avaliam, lá de bem do alto, numa sala envidraçada, olhando o mundo a seus pés, a situação financeira das empresas e países e, que, desta vez, decidiram que o meu país e eu próprio, com certeza, já não sou lixo... 


Posso, a partir de agora, andar de cara bem levantada, sem vergonha e principalmente sem o medo de que venha uma camioneta verde, que vocês também devem conhecer, e se encarrega, ela própria, de despejar uns grandes caixotes de lixo, alinhados na minha rua são três, quase em frente da porta , e que eu com o meu saquinho, todos os dias, ajudo a encher.

Até aqui, havia os pobres, que antigamente eram muitos e hoje em dia, entre nós, já são poucos pelo desenvolvimento dos apoios sociais, os ricos e, finalmente, os remediados que constituem a grande massa dos que têm emprego e vão ganhando para a bucha.

Depois, com a evolução das coisas, apareceram situações mais complexas entre elas os países que são "lixo", o que nós éramos e agora já não somos.

Tudo fazem para humilhar os pobres... Este país, depois de antigamente ter dado mundos ao mundo, é estranho que agora tenha acabado em lixo de onde de sair. Ainda bem, porque eu já estava a ficar complexado com essa "história do "lixo.

Um passado histórico tão rico e fértil de aventuras por mares nunca dantes navegados e terras desconhecidas, para agora virem uns palermas que até são capazes de desconhecer quem foram e o que fizeram os seus avós, dizerem que nós éramos lixo...

Hoje é Domingo e eu não quero desconsiderar ninguém...

Site Meter