Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, setembro 10, 2011
Amigo é coisa pra se guardar...
Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo? Ele está doente!
- Claro, mas o que ele tem?
O filho, com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe, furiosa, diz:
-E você quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe volta as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto essa cena?!
Uma última lágrima cai de seus olhos acompanhada de um sorriso e ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
- "EU TINHA CERTEZA QUE TU VINHAS"
TEREZA
CANSADA
DE
GUERRA
24
Com o doutor em vida, o rebenque na mão, quem houvera de se atrever, tenente? Não vejo homem com peito para tanto, em minhas relações ou fora delas, nos arraiais da trova e da cantiga onde a concorrência aumenta a olhos vistos sendo actualmente a nação dos violeiros a mais numerosa do Nordeste.
Com tanto trovador escrevendo folheto, ganhar a vida anda difícil, capitão. O prezado não é capitão? Me perdoe o engano, seu major. Nem capitão nem major, não é militar, simples paisano? Folgo em saber, mas não espalhe, se lhe dão farda e dragonas, bata continência e goze as regalias.
Com o doutor em vida cadê inspiração e rima? Por mais coragem se tenha no trovar, em pôr enfeites nos acontecidos, ninguém está disposto a apanhar na cara ou a engolir papel impresso, mesmo quando no verso se botou sal e pimenta.
Violão é arma de festa, não foi feita para enfrentar chicote, punhal e pistoleiro. Com a prata do rebenque faiscando nas estradas do sertão e aqui nas avenidas do Bahia, capital primaz desses Brasis, ninguém era doido de sair falando no doutor e na amásia, não vejo homem de tanta competência. Com ele em vida, eu queria ver macho rimar gozo com morto.
Quando se registou a ocorrência, a notícia correu de boca em boca, tudo quanto era cantador foi agarrando a viola, há muito não aparecia assunto mais maneiro para uma glosa de patifaria. Da Bahia ao Ceará, nesse fim de mundo se repetia o mesmo mote:
O bode velho morreu
Em riba da rapariga
No meio da putaria.
Já pensou, deputado, se o doutor escutasse esta falta de respeito, bode velho, rapariga e putaria!
Como a história se espalhou, como se teve notícia de tudo direitinho, de todos os particulares? Por quem se soube? Pelos criados, pelo médico, pelo padre-mestre, pelo sacristão?
Por todos e por ninguém, essas coisas se adivinham. Não adianta levar o corpo embora para fazer sentinela noutra freguesia, em casa da família, fabricar morte decente, querer enganar a humanidade; para trovar, não se precisa saber muitos detalhes.
Desde que se conheça o principal, o resto a gente inventa ao sabor da rima.
Muitos folhetos foram escritos, não só os três de seu conhecimento, senador. Na Paraíba saiu um, intitulado O Ricaço Que Morreu Comendo Uma Donzela, pelo título o chefe já vê que o autor ouviu cantar o galo mas não sabe onde.
No dito folheto não houve referência directa ao nome do doutor, sempre tratado de ricaço, milionário, fulano, beltrano, sicrano, mas como diabo o violeiro de Campina Grande aprendeu o nome todo de Tereza? Folheto mais sujo nunca vi – e olhe que eu tenho escrito alguns porretas – tudo rimas em iça, alho, eta, oda, já vê o nobre vereador as palavras nele usadas.
Vossa senhoria não é político? Não é vereador nem deputado? Não é senador nem candidato? Uma pena: os políticos sempre afrouxam um dinheirinho, também, pudera, não gastam dinheiro deles mas sim do povo brasileiro. (clik na imagem)
HISTÓRIAS
- “O que é que estás fazer?
“Há alguns dias atrás” explica-lhe Hodja “fiz umas reparações lá em casa e sempre ficaram alguns detritos que vou agora enterrar neste buraco”.
O vizinho pergunta-lhe novamente:
Responde o Hodja: - “Cavo outro buraco e coloco lá dentro”.
“Tudo bem” diz o vizinho. “E o que vais fazer com o que sobrar do segundo buraco?”
“Então…”, responde o Hodja: - “não podes esperar que eu saiba todos os detalhes”.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
"Jesus" é a forma grega do nome hebraico que soava "Yeshua" e que originalmente tinha a forma "Yehoshua” e significa "Deus salva" ou também "Deus Liberta”. Foi um dos nomes mais populares do sexo masculino entre os israelitas durante séculos. Ele levou, entre outros, Josué, o líder que substituiu Moisés na saga em que conta a aventura de Israel através do deserto para chegar à "terra prometida".
Tibon Gutierre
Uma Mudança Etimológica
sexta-feira, setembro 09, 2011
VÍDEO
O desassombro desta mulher, a potência da sua voz, a inteligência da resposta à ultima pergunta do jurado, encantaram-me. A força dos seus oitenta anos são um hino à vida. Não consigo deixar de me comover com a sua prestação... que hei-de fazer...
- O que se está a passar... aqui?
- Estamos a fazer um batismo nas Águas. Você também deseja encontrar o Senhor?
- Eu quero, sim....
Os evangélicos vestiram o bêbado com uma roupa branca e levaram-no para a fila. Numa margem do rio estava um pastor que pegava nos fieis, mergulhava a cabeça deles na água, depois tirava e perguntava:
- Irmão... viste Jesus?
- Ah, eu vi, sim...
E todos os evangélicos diziam:
- Aleluia! Aleluia!
Quando chegou a vez do bêbado, o pastor meteu-lhe a cabeça na água, depois tirou e perguntou-lhe:
- Irmão... viste Jesus?
- Num bi! - Disse o bêbado.
O pastor colocou novamente a cabeça do bêbado na água e deixou-a lá um certo tempo. Depois tirou-a e perguntou:
- E agora, irmão... viu Jesus?
O bêbado já bastante ofegante, lá disse:
- Num bi, carago!
O pastor, já nervoso, colocou de novo a cabeça do bêbado debaixo de água e deixou-a lá por uns cinco minutos. Depois puxou o bêbado e perguntou-lhe:
- E agora, irmão... já conseguiste ver Jesus?
O bêbado, já mole e trôpego de tanta água engolir, disse:
- Fod...-se , já disse que num bi caraaago! Bocês têm a certeza de que ele caiu aqui????... Num estará no estádio da Luz a treinar o Benfica ? ....
TEREZA
BATISTA
CANSADA
DE
GUERRA
Apesar da cortesia e do conforto, da atenção constante e da afeição crescente, aquele começo teve muros e grades de prisão. Não tanto devido às limitações impostos pelo recato de Tereza e o comedimento do doutor; os muros erguiam-se dentro deles. Tereza confusa, retida, temerosa, revelando na maneira de agir o peso das heranças do passado próximo. O doutor enxergando na menina as matérias primas necessárias, beleza, inteligência, carácter, aquela flama nos olhos negros, à formação de amásia ideal; diamante bruto a ser lapidado, criança a ser transformada em mulher.
Disposto a gastar com ela tempo, dinheiro e paciência, apaixonante diversão, mas não sentindo ainda por Tereza nada além de prazenteiro interesse e de desejo – um desejo intenso, incontrolável, sem medida, desejo de velho por menina. Tempo de prova, de sementeira, com muros e grades, difícil percurso.
Que tempo? Aquele em que os sentimentos brotaram e o riso desabrochou? Quando a volúpia somou-se à ternura, quando as provas terminaram e o doutor a reconheceu mulher direita, digna de confiança e estima, não somente de interesse, quando as dúvidas de Tereza deixaram de existir e ela se deu sem reservas de corpo e alma, vendo no doutor um deus, por isso mesmo posta a seus pés, sua amante mas não sua igual.
Tempo de prudência e descrição. Saíam juntos mas somente à noite, após o jantar, trilhando caminhos de pouco trânsito; recebiam em casa apenas o doutor Amarílio e João Nascimento Filho, além de Lulu Santos, o primeiro amigo.
Já se foram aqueles tempos, sim, um outro começou no dia de cinzas, dia de morte; não, porém, de solidão. Naquele dia ou tudo se acabava de uma vez ou o amor latente irromperia, triunfante. Construído com todos os sentimentos anteriores amalgamados, transformando-se na única coisa válida, definitiva.
O doutor passou a vir a Estância com redobrada frequência, ampliando as estadas no chalé, por fim a morada onde ele mais permanecia. Nela recebendo não só os amigos, em jantares, almoços e serões, mas também a visita dos notáveis da cidade: juiz, perfeito, pároco, promotor e delegado. Chamando a Estância prepostos do Banco Interestadual, da Eximportex S. A., para discutir negócios, despachar assuntos.
Tereza deixara de ser a chucra menina do sertão, retirada da cadeia e do prostíbulo, corpo e coração marcados a ferro e fogo. As marcas foram desaparecendo, no trato do doutor ela cresceu em formosura, em elegância, em graça, em mulher no esplendor da juventude.
Antes solitária, fez-se risonha e comunicativa; era trancada, abriu-se em alegria.
Tempo do amor, quando se tornaram indispensáveis um ao outro. Amor de um deus, de um cavaleiro andante, de um ser sobre humano, de um senhor e de uma menina do campo, moleca de roça por elevada à condição de amásia, de moça com um verniz de finura e educação, mas amor profundo e terno, desbragado de desejo.
Para Emiliano cada despedida mais difícil; para Tereza mais longos de passar os dias de espera. Alguns meses antes da morte do doutor, um dos chefões do Banco resumiu a situação para outros colegas de directoria, amigos de confiança:
- Pelo jeito que as coisas vão, em breve a matriz do Banco se mudará da Bahia para Estância. (clik na imagem e aumente)
15ª ENTREVISTA FICCIONADA
JESUS - E tu, Raquel?
RAQUEL - Eu não, eu acho que… o senhor é mesmo Jesus Cristo apesar de não negar que às vezes ... mas prossigamos. O senhor já nos disse que aqui foi circuncisado ao oitavo dia.
JESUS – Foi aqui que também me puseram o nome.
RAQUEL - Jesus.
JESUS – Sim, Jesus. Mas na minha língua tem um som diferente, Yehoshuah.
RAQUEL – Julgo que Jesus ou Yehoshuah significa Salvador, e se seus pais lhe colocaram este nome é porque sabiam de sua missão salvadora.
JESUS - Não sei, porque no meu tempo era um nome muito comum ... Vários dos meus amigos foram chamados Jesus. É que assim foi chamado Josué, que pela primeira vez chegou a esta terra.
RAQUEL - Temos uma chamada em linha… Sim, Olá? ... De onde é que fala?
GUTIERRE – Sou Gutierre Tibbon. Falo do México e estou desapontado, senhorita.
RAQUEL - E por quê decepcionado?
GUTIERRE - Para qualquer estudante de etimologia sabe que "Jesus" não significa Salvador, mas sim salvado.
RAQUEL - Salvo? ... Mas salvo por quem?
GUTIERRE - Salva por Deus. Assim se traduz o nome de Jesus. Aproveito esta oportunidade para lhe pedir que o saúde da minha parte.
RAQUEL – Com todo o prazer. Graças ao amigo mexicano. O senhor, Jesus, sabia que seu nome significa salvo por Deus?
JESUS - Claramente. O nosso povo sabia o significado dos nomes, sempre demos muita importância ao nome de cada pessoa.
RAQUEL - Mas o senhor não é salvo, mas a salvação, o Salvador do Mundo, ou não?
JESUS - Fui salvo por Deus assim como tu e todos os ... Deus é o único que salva.
RAQUEL - Mas…
JESUS - Deixemos isso agora e sigamos com os nomes. Tu sabes qual o significado do teu nome, Raquel?
RAQUEL - Não, não sei.
JESUS – É ovelha, ovelha de Deus.
RAQUEL - Agradável… eu gosto.
JESUS - E o nome de minha mãe, Maria? Alguém uma vez te disse que Maria significava amargura? Mas eu pensei que se deviam ter enganado porque todas as Marias são felizes. Depois, é que um rabino me disse que Maria significa mulher rebelde e eu gostei mais porque se adaptava perfeitamente à pessoa da minha mãe.
RAQUEL - No seu tempo lembravam os nomes de antepassados, as genealogias…
JESUS - Sim, nos recordávamos dos avós, bisavós…
RAQUEL - E no seu caso ainda mais porque sua linha de família era de grande realeza.
JESUS – Realeza o quê?
RAQUEL - Eu li que seu pai Joseph estava aparentado nada menos do que o Rei David. O senhor tem sangue real.
JESUS – Esse foi o mesmo jogo daqueles que me fizeram nascer em Belém para me apresentarem como herdeiro do rei David!... Mas eu… um camponês da Galileia…
RAQUEL - No entanto, existem muitos livros que o revelam como o Santo Graal.
JESUS – E quem é esse Graal?
RAQUEL - Santo Graal é Sangue Real. Em suas veias, Jesus Cristo, o sangue flui real. O senhor é um filho de reis.
JESUS - Eu sou filho do homem, sempre me chamei assim. Um de muitos, mais um…
RAQUEL - Um tal de Jesus?
JESUS – Sim, isso mesmo. Porque neste mundo ninguém tem sangue azul ou sangue real… todos os sangues são iguais, vermelhos. E todos os irmãos e irmãs, somos salvos por Deus, o único Rei, o único Salvador.
RAQUEL – Mais uma entrevista exclusiva com Jesus, o Salvador, quero dizer o Salvado. Convosco esteve a ovelha Perez, quero dizer, Raquel Perez.
quinta-feira, setembro 08, 2011
(Versões diferentes dos mesmos factos)
Duas mulheres conversando:
- Como foi sua transa ontem?
- Uma catástrofe! Meu marido chegou do trabalho, jantou em 3 minutos, depois fizemos sexo durante 4 minutos e após 2 minutos, ele já estava dormindo! E a sua, como foi?
- Foi fantástica! Meu marido chegou em casa levou-me para jantar fora e depois passeamos à pé, durante 1 hora até voltarmos para casa. Após 1 hora de preliminares à luz de velas, fizemos sexo durante 1 hora e, no fim, ainda conversamos durante mais 1 hora!
Os dois maridos conversando:
- Como foi tua "trepada" ontem?
- Foi fantástica! Cheguei a casa e o jantar estava na mesa; jantei, dei uma rapidinha e dormi feito pedra! E a sua?
- Uma catástrofe! Cheguei em casa e tinha faltado energia. Tive que levar minha mulher para jantar fora. A comida foi uma porcaria e caríssima, tão cara que fiquei sem dinheiro para pagar o táxi de volta. Tivemos de voltar a pé, chegamos em casa e como ainda não
tinha electricidade, fomos obrigados a acender velas! Eu estava tão estressado que precisei de 1 hora para fazer o "pau" levantar e mais outra para conseguir gozar. Fiquei tão irritado que perdi o sono e tive de aguentar mais uma hora de conversa.
TEREZA
Ao regressar da primeira viagem após o aborto, o doutor trouxe mil lembranças para Tereza, entre elas um maiô de banho.
- Para irmos ao banho do rio.
- Irmos? Os dois juntos? – quis saber Tereza, pensativa.
- Sim, Favo de Mel, os dois juntos.
Tereza com o maiô por debaixo do vestido, o doutor com uma sunga minúscula sob as calças, atravessavam Estância em direcção ao rio. Apesar da hora matinal, já as lavadeiras batiam roupa nas coroas de pedra, mascando fumo de rolo, Tereza e o doutor recebiam o duche forte da cachoeira do Ouro, pequena queda de água.
O lugar era deslumbrante: correndo sobre seixos, a sombra de árvores imensas, o rio abria-se mais adiante num grande remanso de água límpida. Para ali se encaminhavam após o duche, atravessando entre as peças de roupa postas a enxaguar pelas lavadeiras.
A água, no ponto mais profundo, dava no ombro do doutor. Estendendo os braços ele mantinha Tereza à tona ensinando-a a nadar. Os redemoinhos, as brincadeiras, o riso solto, os beijos trocados dentro de água, o doutor num mergulho a sujeitá-la pela cintura, a mão no seio ou por dentro do maiô, insolente, estranho peixe escapando-lhe da sunga. Prelúdios de amor, o desejo se acendendo no banho do rio Piauitinga.
Na volta, em casa, no banheiro e na cama completavam o alegre começo da manhã.
Manhãs de Estância, ai, nunca mais.
A princípio despertaram a curiosidade geral, janelas repletas, as solteironas lastimando a nova atitude do doutor, antes prudente e respeitoso, perdendo a descrição com o passar do tempo, virando velho gaiteiro a satisfazer caprichos de rapariga jovem.
Outra coisa não queria a descarada senão exibir o amásio rico, esfregando-se nas fuças da população, num desrespeito às famílias.
Na maior safadeza nas águas do rio, ele praticamente nu, só faltavam botar ali mesmo, na vista das lavadeiras. Na vista das lavadeiras, não, não dava para elas verem. Por mais de uma vez acontecera, Tereza escanchada no doutor, na pressa e no medo de surgir alguém, numa atrapalhação, uma delícia.
Assim sendo, jamais poderiam as beatas imaginar houvesse Tereza oferecido certa resistência quando do convite.
Juntos? O povo vai falar, vai-se meter na vida do senhor.
Deixa que falem, Favo de Mel – Tomando-lhe as mãos acrescentou: - Já se foi o tempo…
Que tempo? Aquele inicial, de desconfiança, de acanhamento?
Adventícios ambos, adivinhando-se mas não se conhecendo, descontraídos só na cama e mesmo ali em termos: ela a se dar com violência, com fome de carinho, ele a dirigi-la pouco a pouco, paciente. Tempo de prova, Alfredão a segui-la pela rua, a ouvir e a transmitir conversas, a guardar a porta, a correr com galanteadores e mexeriqueiros. Tereza escondida no jardim, no pomar, dentro de casa, envolta nas exigências da responsabilidade do doutor. (clik na imagem)
HISTÓRIAS
DE HODJA
Diz o Hodja: “Há muito tempo que quero comer helva, mas não consigo quem ma cozinhe.”
Perguntam os seus amigos: “Porque é que não consegues?
Responde o Hodja:
- “Às vezes há manteiga mas não há farinha. Outras, há manteiga e farinha mas não há açúcar. Noutras há todos os ingredientes mas então não estou eu.”
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 14 SOB O TEMA:
Este desdém, desprezo e rejeição das mulheres não tem a menor base nas palavras e atitudes de Jesus de Nazaré, que violou todos esses princípios patriarcais da sua religião e da cultura machista. Mas este desprezo foi transferido do judaísmo ao cristianismo, em primeiro lugar por Paulo, um fariseu de formação. Ele então encorajou todos os Padres da Igreja, com Agostinho à cabeça, que chegou a dizer que as mulheres não tinham alma.
A literatura dos primeiros séculos do cristianismo está tão saturada com a misoginia que causa consternação e exige auto-reflexão crítica, ainda que distante. O protestantismo não variou substancialmente esta orientação. Hoje, a Igreja Católica, traindo Jesus de Nazaré e em sentido contrário aos avanços no conhecimento e na consciência da humanidade, apresenta-se ao mundo como a Instituição mais machista do Ocidente.
Tudo Baseado Num Mito
Ao longo dos séculos, tanto o judaísmo como o cristianismo têm argumentado a favor da rejeição das mulheres e da primazia dos homens, numa doutrina férrea e sem brechas elaborada a partir do mito de Adão e Eva no Génesis, lendo-o como se tivesse sido um facto, qualquer coisa que tivesse acontecido na realidade, um texto histórico, apresentando-o como a verdade revelada a partir da qual devemos interpretar o significado da vida humana, o papel das mulheres e homens na história e as relações da Humanidade com Deus.
quarta-feira, setembro 07, 2011
TEREZA
BATISTA
CANSADA
DE
Episódio Nº 199
22
O sacristão acende as velas, dois altos castiçais aos pés da cama, dois à cabeceira. Ao entrar, mastigando uma oração, persignara-se, o olho cúpido posto em Tereza, a imaginá-la na hora da morte do doutor, recebendo no bucho a gala e o sangue. Será que ela também gozara? Duvidoso, estas tipas metidas com homens velhos apenas representam na cama, para enganar os trouxas, guardando o fôlego para os outros, os xodós, os rapagões.
Não sendo Nina de absolver ninguém, muito ao contrário, no entanto afirma que a tipa se manteve honesta, não tendo caso conhecido, não recebendo estranhos às escondidas. Com certeza por medo de vingança, esses Guedes são uma raça de tiranos. Ou para garantir o conforto, o luxo, fazer um gordo pé-de-meia. Honesta, pode ser mas não é certo. Essas finórias enganam a Deus e ao Diabo, quanto mais a velho caduco, apaixonado, e a criada analfabeta.
Os olhos do sacristão vão de Tereza para o padre Vinícius. Quem sabe, o padre? Também ele, Clerêncio, sacristão atento e alerta, nunca pegara o padre em falso, escorregando o pé, castigando a batina. Com o finado padre Freitas, a conversa era outra: em casa a afilhada, um pancadão; na rua quantas viessem.
Bons tempos para o sacristão, agindo de leva-e-traz, na intimidade das descaradas. Padre Vinícius, moço e desportivo, língua solta, pouco paciente com as beatas, nunca dera lugar a comentários apesar da vigilância das comadres, em pé de guerra atrás de uma suspeita.
Tanta virtude e soberba não impediram o padre de frequentar a casa da tipa, covil de amásia, moradia do pecado, ali se empanturrando de comida e vinho, regalando o pandulho. Só o pandulho? Talvez, nesse mundo velhaco a gente encontra de um tudo, até padre donzelo.
Todavia, Clerêncio não ficará admirado caso se venha a descobrir que o padre e a tipa andavam a comer ao assanhaço e à andorinha.
Padre e rapariga são bons para o Inferno, quem bem sabe é Clerêncio, sacristão e putanheiro.
Tereza absorta, na cadeira, Clerêncio lança-lhe um último olhar: pedaço de mulher, se ele a pegasse, ah! que regalo. Não nessa noite, porém, quando ela está prenha da morte. Estremece o sacristão: tipa imunda. Faz o pelo sinal, o padre também, saem os dois.
Clerêncio para prosseguir na prosa com Nina e Lula, o padre para esperar a família Guedes no jardim.
A aurora surge num barrufo de chuva. No quarto ainda é noite: as quatro velas, chama vacilante e pífia, Tereza e o doutor.
23
Passaram a ser vistos juntos na rua, durante o dia. De começo, nas saídas matutinas para o banho de rio, um dos prazeres do doutor. Desde que instalara a amásia em Estância o usineiro tornou-se freguês do banho na Cachoeira do Ouro no rio Piauitinga. Sozinho, ou em companhia de João Nascimento Filho, lá se ia para o rio de manhã cedinho:
- Esse banho é saúde, mestre João. (clik na imagem)
HISTÓRIAS
O comandante da polícia, um homem muito sovina, pede ao Hodja que lhe traga um galgo de barriga magra. O Hodja encontrou um cão grande abandonado, colocou-lhe uma coleira ao pescoço e levou-o ao comandante.
“Hodja”, disse o comandante. “Eu pedi-te para me arranjares um galgo de barriga magra. Ao invés disso, trazes-me um cão grande que encontraste na rua – um rafeiro, é o que é”.
“Não se preocupe”, responde Hodja. “Se ele ficar consigo um mês, este cão tornar-se-á num grande galgo de barriga magra”.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
A Religião Super-Masculina
O deus do judaísmo, o Senhor, ao contrário dos outros deuses da antiguidade, é um deus super-masculino, homem sozinho: não tem nem esposa nem mãe. É um ancestral Deus Pai, tribal, guerreiro e ciumento.
Nessa cultura e nessa religião, os homens são superiores às mulheres e crescem acreditando que é assim. Os judeus piedosos rezaram e rezaram até ao dia de hoje uma oração agradecendo a Deus por terem nascido judeus e não pagãos, homens e não mulheres. Eles são eleitos como povo e como um género.
O judeu piedoso não fala com mulheres estrangeiras e fazem até um desvio para evitar o contato com a sombra projetada pelo corpo da mulher no chão. Em hebraico, as palavras "justo", "piedoso" e "santo" não têm feminino porque se supõe que as mulheres não podem ser justas, piedosas ou santas. "Infeliz é aquele cujos filhos são meninas" é um ditado popular judeu. Nas sinagogas judaicas, as mulheres ficam para trás, separadas dos homens e no Muro das Lamentações, em Jerusalém, as mulheres oram num lugar separado dos homens, mais pequeno do que o deles.
terça-feira, setembro 06, 2011
VÍDEO
O que eles fazem para impressionar a fêmea... imitações perfeitas de todos os sons que ouvem no seu meio ambiente .
Histórias de Hodja
Hodja e o terrível Tamerlão estão a nadar numa piscina pública e o Tamerlão pergunta ao Hodja:
- “Se eu fosse um escravo para venda, que preço estarias disposto a pagar por mim?”
Diz o Hodja: “Duas moedas”.
- “Sê justo” diz o Tamerlão. “Só a minha toalha por si vale as duas moedas”.
“Bem” responde o Hodja. “Foi mesmo pela toalha que eu disse duas moedas”.
TEREZA
BATISTA
CANSADA
DE
GUERRA
Durante os seis anos de amigação nenhum interesse mesquinho moveu Tereza e se algum dinheiro teve na bolsa ao ir embora, deveu-se ao acaso. Nas vésperas de morrer, o doutor lhe entregara, como sempre em excesso, o necessário às despesas da casa e as dela. Despesas pessoais não tinha, praticamente, o doutor lhe trazendo de um tudo, vestidos de moda, sapatos, cremes, perfumes, bijuterias, caixas de chocolate para ela dividir com os moleques da rua.
Não que Tereza fosse estulta, indiferente ao bom e ao agradável. Muito ao contrário, sendo inteligente, um azougue, tinha zelo e estima pelas coisas, aprendeu a distingui-las e a apreciá-las, apenas não se fez escrava do conforto, indolente ou interesseira. Alguns presentes, a caixa de música, por exemplo (a pequena bailarina a dançar ao som da valsa) deixavam-na deslumbrada. Prezava cada objecto, cada regalo, cada mimo mas poderia viver sem eles; só a ternura, o calor dos sentimentos, a atenção constante, a doce amizade, o amor, lhe farão falta.
Se escolheu o amásio na hora da opção, ela o fez porque o situava acima de todos os bens da vida, até de um filho: para mim o senhor passa antes de tudo.
No dia seguinte ao do aborto, o médico deu alta a Tereza, permitindo-lhe deixar o leito, andar pelo jardim, mas ainda lhe aconselhando repouso para o corpo e o coração:
- Não saia por aí a trabalhar, comadre, não abuse das suas forças, nem fique aperreada – tratando-a de comadre para a apoiar e lhe demonstrar estima: - Quero lhe ver forte e alegre.
- Fique descansado, doutor, já não sinto nada doutor, ou pensa que sou uma molenga? Já passou tudo, pode crer.
Tocado pela bravura de Tereza e no desejo de apressar-lhe a completa convalescença, doutor Amarílio aconselhou Emiliano, ao despedir-se na porta do jardim:
- Quando o doutor for à Bahia, traga de lá uma dessas bonecas grandes que falam e andam e ofereça à Tereza, será uma compensação.
- Você acha Amarílio que uma boneca pode compensar um filho? Eu não creio. Vou trazer um bocado de coisas, tudo de bonito que eu encontrar, mas boneca não. Tereza, meu caro, não é só bonita e jovem, é sensível e inteligente. Só é menina na idade, nos sentimentos é mulher madura, vivida e de carácter, vem de dar provas disso. Não, meu amigo, se eu trouxesse uma boneca para Tereza, ela não haveria de gostar. Se uma boneca pudesse substituir um filho, tudo no mundo seria fácil.
Talvez o senhor tenha razão. Amanhã volto a vê-la. Até, doutor.
Do portão do jardim, Emiliano vê o médico dobrar a esquina, a maleta na mão. O que ela perdeu, Amarílio, o que lhe tomei à força, usando um truque, colocando-a entre a cruz e a caldeirinha, só se compensa com carinho, afecto, ternura e amizade. Só com amor se paga.
Afecto, ternura, carinho, amizade, regalos e dinheiro, com certeza, são moedas correntes no trato das amásias. Mas amor, desde quando, Emiliano? (clik na imagem)
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À 14ª ENTREVISTA SOBRE O TEMA:
Uma Antiga Tradição
No antigo Egito praticava-se a circuncisão e é possível que o povo de Israel tenha aprendido este ritual com os egípcios. Em muitos povos a circuncisão na adolescência é como um ritual de iniciação à vida sexual. Em Israel, é um ritual sagrado que se expressa na aliança de Deus com seu povo e um sinal de que os israelitas do sexo masculino se unem ao povo de Abraão.
De acordo com o livro de Gênesis, Deus ordenou a Abraão que se circuncisasse aos 99 anos para começar com ele a linhagem de Israel (Gênesis 17,1-27).
No tempo de Jesus, as crianças eram circuncisadas aos oito dias de idade e, em seguida, atribuía-se-lhe o nome. Assim o foram fazendo os judeus piedosos.
A prática da circuncisão foi motivo de disputa nas primeiras comunidades cristãs. Foi Paulo quem sugeriu deixar cair este ritual para trazer o cristianismo para os povos do Mediterrâneos que não o conheciam nem o aceitavam embora, nas igrejas do Egipto e da Etiópia continuasse a ser praticado. No Islão, que foi muito influenciado pelo judaísmo e cristianismo, os homens são circuncisados, embora o Alcorão não o exija.
segunda-feira, setembro 05, 2011
- Já ouvi o suficiente das suas piadas denegrindo as loiras, seu idiota. O que é que o faz pensar que pode estereotipar as mulheres dessa maneira?
O que é que têm a ver os atributos físicos de uma pessoa com o seu valor como ser humano, com as suas qualidades?
São homens como você que impedem que mulheres como eu sejam respeitadas no trabalho e na comunidade, o que nos impede de alcançar o pleno potencial como pessoas.
Por sua causa e por causa de gente da sua laia perpetua-se a discriminação não só contra as loiras, mas contra as mulheres em geral...tudo em nome do humor!!!
Confuso, o ventríloquo começou a pedir desculpas mas a loira interrompe muito rapidamente e diz:
- O senhor não se intrometa! Estou falando com esse rapazinho que está aí sentado no seu colo!!!....
(Logo agora que estava indo tão bem...)
TEREZA
Nunca antes Emiliano Guedes tivera consciência de haver praticado uma vilania. Em inúmeras oportunidades, no quotidiano de senhor de terras, patrão de usina, banqueiro e empresário, brigando e comandando, cometera injustiças, violências, atropelos, actos discutíveis e condenáveis. De nenhum sentiu remorso, de nenhum se recordou para lastimar tê-lo feito ou ordenado. Todos necessários e justificados. Também no caso do aborto agira na defesa dos interesses da família Guedes e da comodidade pessoal dele, Emiliano. Por que diabo, então, o feto lhe espinha a memória numa sensação incómoda e persistente?
Tereza no leito, seca por dentro, o doutor desdobrando-se em atenções até fazê-la sorrir em meio ao desconsolo.
Naquele dia oco e turvo aconteceu subtil mudança nas relações entre os dois amásios, imperceptível aos estranhos e aos íntimos: Tereza Batista deixou de ser para o doutor Emiliano Guedes um brinquedo, entretenimento caro, fonte de prazer, passatempo de velhote rico com a mania de livros e de vinhos, de requintado grão-senhor disposto a transformar chucra menina sertaneja em perfeita senhora das boas maneiras, de finura, do gosto, da elegância.
Também na cama, trazendo-a da explosão violenta do instinto para a sabedoria das carícias prolongadas, para o refinamento do prazer no desfrute total de cada instante, ma descoberta e conquista da ilimitada escala da volúpia. Fazendo de Tereza ao mesmo tempo fêmea exímia e senhora dona. Apaixonante passatempo, mas um passatempo, um capricho.
Até àquele dia de cinzas, Tereza se considerou sobretudo em dívida com o doutor, a gratidão ocupando preponderante lugar entre os sentimentos a ligá-la ao usineiro. Ele a mandara retirar do cárcere, indo depois pessoalmente buscá-la em quarto imundo de prostíbulo e, fazendo-a sua amásia, a tratou como se ela fosse alguém, uma pessoa, com bondade e interesse.
Dera-lhe calor humano, ternura, tempo e atenção, erguendo-a da ignomínia, da indiferença pelo destino, ensinando-lhe a amar a vida. Tereza fizera do doutor um santo, um deus, alguém muito acima dos demais, e isso a deixava acanhada, diante dele. Não era sua igual, nem ela nem ninguém; só na cama, na hora do desfalecimento, ela o tinha em homem de carne e osso, ainda assim superior aos outros em dar e receber. Fosse na medida dos sentimentos, não existindo quem a ele se pudesse comparar.
Ao optar entre o doutor e a vida a lhe intumescer o ventre, Tereza, sem se dar conta, resgatara a dívida. Não podia vacilar nem vacilou no instante cru e frio em que dispôs do filho e dispôs da vida e da morte alheias. Num átimo teve de pensar os valores máximos e colocou o amor de mulher acima do amor de mãe; certamente a gratidão desempenhou relevante papel na escolha. Sem o perceber, pagou a dívida e adquiriu crédito ilimitado junto ao amante. Encontraram-se próximos um do outro e tudo se tornou mais fácil dali em diante.
O doutor sabia que os interesses materiais não pesaram na decisão, pois garantira sustento e conforto para Tereza e para a criança, desobrigando-a, ao mesmo tempo de qualquer dever ou compromisso. Enquanto eu viver você e o menino terão de um tudo, ele só não terá o meu nome, você só não terá a mim.
O dinheiro significa pouco para ela, tendo Emiliano de estar atento para nada faltar à amásia, pois ela não pede, não reclama, não se a aproveita.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
"O SINAL DALIANÇA" (1)
A circuncisão é a remoção ou a amputação do prepúcio, o tecido que cobre a glande do pénis. Esta microcirugia expõe a glande, por isso, é possível ver quem foi circuncisado. A circuncisão pode fazer-se por motivos religiosos, culturais ou médicos. Nos últimos anos, tem-se difundido em alguns países circuncidar os meninos recém-nascidos por razões de higiene e para prevenir doenças infecciosas, mas o valor da circuncisão como medida preventiva está agora posta em causa, pois ela associa-se a riscos para a saúde, porque é uma parte delicada e sensível do corpo.
Alguns grupos questionam mesmo a circuncisão como uma forma de mutilação e, portanto, como uma expressão de desprezo para com o corpo com base em ideias religiosas.
domingo, setembro 04, 2011
HOJE É
DOMINGO
(Da Minha cidade de Santarém)
A realidade é o que é e não se deve mentir às pessoas... mas não me parece que se ganhe muito atormentando-as constantemente com comunicados, notícias, comentários e opiniões na imprensa, na rádio e na televisão, falando de crise e de impostos em doses maciças.
- “Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros-quentes da região.
Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.
As vendas foram aumentando e ele insistia cada vez mais comprando o melhor pão e as melhores salsichas. Assim, foi
necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.
O negócio prosperava... Os seus cachorros-quentes eram os melhores!
Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho que acabou a estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.
Finalmente, o filho já formado voltou para casa e vendo que o que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, teve uma séria conversa com ele:
- Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é muito crítica. Há que economizar!
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e Internet e acha isto, então só pode ter razão!
Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior); começou a comprar salsichas mais baratas (que já não eram tão boas) e para economizar ainda mais deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada.
Abatido pela notícia da crise, triste e deprimido, já não oferecia o seu produto em voz alta.
Tomadas estas “providências”, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis. O negócio de cachorros-quentes do homem que antes gerava recursos... faliu.
O pai, triste, disse ao filho: - Estavas certo filho, nós estamos no meio de uma grande crise.
E comentou com os amigos, orgulhoso: - “Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise...”
Tirem os meus amigos a moral desta história que entenderem mais apropriada.
Eu, por mim, digo: se tem que ser venha a crise mas não me falem mais dela…
Bom Domingo a todos e… não se deixem abater pelas más notícias.