Um homem muito
ocupado...
Só por ser um homem muito ocupado é que Donald Trump não aceitou ser considerado "a pessoa do ano" pela Revista Time. Segundo ele, é que, como se pode calcular, a "coisa" implicava discursos, sessões fotográficas, muitas perdas de tempo para um homem tão ocupado como ele...
Isto, foi o que ele pôs a correr mas, posteriormente, veio a ser desmentido pela própria Revista, sendo o premio atribuído às mulheres que tiveram a coragem de pôr a "boca no trombone" e revelar o nome dos homens de quem foram vítimas de assédio sexual: a jovem engª informática que com um post no blog levou ao despedimento do fundador se uma startup de Silicon Valley ou a trabalhadora de apanha de morangos que também contou a sua história.
A Time, entendeu, que a fotografia destas mulheres corajosas devia figurar na capa da sua revista, como aparece em cima à direita, em vez da fotografia do Presidente.
A ironia disto é que na véspera do anuncio da Time, Trump usou o twitter para declarar o apoio ao candidato republicano ao Senado, pelo Alabama, Roy Moore, de 70 anos, acusado de ter "namorado" uma menina de 14 anos quando tinha 32 e era procurador.
Trump apoiou-o e o partido republicano retomou o financiamento da campanha de Moore...
É esta a gente que está nos comandos da América o que não deixa de ser, no mínimo, perturbador e também perigoso quando reconhece, isoladamente no mundo, Jerusalém como a capital de Israel, pondo em polvorosa política, para já, todos os países da região. Acaba, mostrando orgulhoso, na televisão, a sua assinatura, como já vem sendo hábito, no livro em que a decisão ficou tomada por escrito.