Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, outubro 29, 2016
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Um tipo foi a uma festa de máscaras vestido
de caçador.
Na festa viu um gay vestido de Ursinho... e
o tipo que odiava gays pegou na espingarda e deu 2 tiros...
O gay caiu e ficou prostrado no chão.
O tipo disse:
- Esses tiros eram de pólvora seca, sua bicha ordinária... pode
levantar-se daí e deixar-se de paneleirices....
Responde o gay:
- Não quero saber... caça
é caça, matou, tem que comer...
O Futuro
do
Homem
O futuro do homem no plano genético é
muito pouco interessante pois não é provável que venham a acontecer grandes
mudanças como as que ocorreram nos últimos 100.000.
A
força que muda a nossa biologia é a selecção natural que age através das
diferenças entre a mortalidade e a fertilidade entre os indivíduos mas, como a
medicina quase que aboliu a mortalidade antes da idade reprodutiva, se todas as
famílias tiverem dois filhos e nenhuma mortalidade antes da procriação, a
selecção natural, pura e simplesmente, desaparecerá por completo.
As
forças da evolução foram completamente mudadas pelos desenvolvimentos dos
últimos 10.000 anos com a invenção da agricultura e a criação de animais e,
como em todas as aplicações, pode haver efeitos colaterais nocivos cabendo ao
homem direccioná-los.
Não
há dúvidas de que os resultados alcançados pela agricultura e criação de
animais permitiram ultrapassar uma crise, mas prepararam outras.
Por
exemplo, a pastagem indiscriminada de cabras, ovelhas e até de bovinos em
ambientes secos e de solos frágeis determinou rapidamente uma transformação
irreversível e o deserto do Sara foi e continua a ser uma consequência destes
erros.
A
Mesopotâmia foi em tempos de uma fertilidade lendária mas os terrenos foram
vítimas da salinização devido a irrigações para fins agrícolas e o resultado
foi, mais uma vez, a desertificação parcial.
Da
mesma forma, o uso militar do cavalo não podia ter tido outro efeito que não
fosse a propagação da guerra numa revolução comparável à da invenção das armas
de fogo.
Mas,
no plano genético, a grande mudança que está para acontecer na espécie humana
tem a ver com as migrações que conduzem a uma mestiçagem contínua e complexa.
No
final deste processo, se ele continuar, como tudo leva a crer, ter-se-á uma
humanidade que, num determinado aspecto, apresentará menos diferenças entre os
grupos à custa de uma maior diferença entre os indivíduos no seio de cada
grupo.
Haverá,
por isso, menos razões para o racismo o que será, em si mesmo, uma vantagem,
mas resulta da simples observação que as taxas de reprodução são muito
diferentes entre os vários grupos étnicos,
Os
europeus estão demograficamente estacionários ou em perda, enquanto que a
população de muitos dos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento
está a aumentar a um ritmo que nunca se viu.
De
acordo com os dados da ONU, no nosso planeta vivem 6,5 milhares de milhões de
pessoas, e 75% delas em países subdesenvolvidos com menos de 2 dólares por dia.
Considerando
a década de 1995
a 2005
a variação
da população registada nos diferentes continentes foi a seguinte:
-
Europa………………………………………… - O,36%
-
América do Norte (Canadá e EUA)… + 9,8%
-América
Latina…………………………… + 13,8%
-
África…………………………………………. + 20,4%
-
Ásia……………………………………………. +12,1%
Parece,
pois, que os tipos louros e de pele clara estão a diminuir a frequência
relativa num mundo que deve aprender a não se multiplicar e, por outro lado,
parece indesmentível que a capacidade de controle da natalidade varia na razão
inversa dos níveis de desenvolvimento, bem estar e educação dos povos.
Mas
o futuro cultural do homem está em pleno desenvolvimento e de certo irá
acentuar-se nos tempos vindouros em consequência de uma verdadeira explosão
tecnológica no sector das comunicações.
Uma
parte importante deste desenvolvimento vem dos computadores que funcionam como
uma extensão do nosso cérebro que ajuda a memória e a nossa capacidade de
efectuar cálculos numéricos.
Em
todo o caso, a comunicação entre os indivíduos está limitada, como no tempo do
paleolítico, pelas barreiras linguísticas muito tenazes entre as sociedades
humanas.
A
tendência geral é para a diminuição do número de línguas faladas, muitas em
extinção, e para o aumento de pessoas capazes de falarem correntemente, para
além da língua materna, pelo menos uma das línguas mais comuns.
A
língua mais falada no mundo é o Chinês, mais de mil milhões de pessoas, e a
seguir o inglês com a particularidade de que mais de um terço das pessoas que o
falam fazem-no como segunda língua ou língua estrangeira aprendida.
Seguem-se
as línguas espanhola, o Hindu, falada por 70% dos indianos, e em igual posição,
o Árabe, o Bengali e o Russo.
Talvez
o computador venha a tornar mais fácil no futuro a tradução mas, por enquanto,
ainda estamos longe.
Contudo,
as dificuldades de comunicação não constituem o problema mais grave do mundo,
outros existem, de natureza social, bem piores, como sejam:
- O
número de pessoas vivendo abaixo do nível de pobreza, a ignorância, o
crescimento demasiado rápido das populações, o racismo, o abuso das drogas e
mais recentemente o terrorismo.
Muitos
destes problemas correlacionam-se e interagem agravando os resultados e
dificultando as soluções.
O
fortíssimo aumento demográfico nos países mais pobres é uma consequência de
descobertas médicas que reduziram drasticamente a mortalidade infantil sem que
tenha havido uma diminuição dos nascimentos que compensasse.
Os
programas sociais foram desadequados e estão na origem de profundos desequi líbrios e sofrimentos.
A
única esperança reside na educação e aqui os
modernos meios de comunicação abrem grandes possibilidades mas ainda estamos
longe de os saber utilizar de modo eficaz e com objectivo educativo.
As
religiões, infelizmente, também se esquecem muitas vezes da sua missão de paz
social, transformando-se em adept as
de extremismos preocupantes.
É
muito provável que a causa mais importante do actual mal estar seja
precisamente o crescimento demográfico excessivo em muitas partes do mundo mas
poucas são as religiões que se preocupam com isso, também porque consideram que
dar apoio a campanhas de controle dos nascimentos poderia constituir um perigo
contra os seus próprios interesses.
Em
certo sentido, várias religiões e outras entidades que têm papel fundamental na
sociedade humana, mostram uma confiança excessiva numa forma de “darwinismo
social” que o próprio Darwin nunca aceitou.
Pensar
que as relações sociais podem ser entendidas como uma forma de selecção natural
numa luta de vida ou de morte é uma visão apocalípt ica
que poderá ter a ver com a luta pela sobrevivência entre presa e predador mas
não para uma competição entre indivíduos da mesma espécie em que a selecção
natural gera facilmente comportamentos corporativos e altruístas.
Mas,
atenção, esse risco de competição não será importante se a densidade
populacional não for excessiva e, neste aspecto, o comportamento reprodutivo na
Europa está francamente em descida mas o resto do mundo tem de seguir
rapidamente o exemplo.
É
tarefa de toda a humanidade prevenir os desenvolvimentos perigosos que possam
derivar das suas potencialidades económicas, tecnológicas e do conhecimento
porque só aprendendo a prever é que é possível gerar medidas de controlo que as
possam evitar.
Estamos
a chegar a um ponto em que nos apetece pedir à humanidade que pare um pouco
para pensar… porque nos sentimos apreensivos, porque já andámos muito nesta
longa caminhada de tantos milhares de anos, porque já alcançamos tantas coisas
e obtivemos tantas vitórias no que se refere ao respeito que nos é devido por
nós próprios e, no entanto, olhamos para os jornais e muitas coisas que lá
vemos reconduzem-nos ao ponto zero e outras fazem-nos recuar centenas de anos.
Ao
longo do processo evolutivo desenvolvemos características que nos permitiram
uma vitória improvável na luta pela sobrevivência.
Como
prémio, ganhamos há dez mil anos, o direito a enveredar por uma nova fase no
nosso percurso de vida que nos abriu perspectivas surpreendentes mas recheadas
de perigos e armadilhas e à medida que caminhamos para a aldeia global os
desafios apenas adqui rem uma cada
vez maior dimensão.
Do
passado distante sentimos a nostalgia do “espírito” da tribo que nos dava a
segurança de fazermos parte integrante de um grupo que era, também ele, a nossa
própria razão de ser sem o qual, a nossa vida, não só era impossível como
impensável.
Hoje
estamos mais sós, mais entregues a nós próprios, a tribo já não existe
substituída que foi por uma sociedade tão complexa que em muitos aspectos a
deixámos de compreender.
Temos
um passado que é uma fonte de ensinamentos, conhecimentos científicos que eram
impensáveis há meia dúzia de anos e, no entanto, repetimos, no plano social e
político, erros de criança permanentemente desatenta.
Impõe-se
uma tomada de consciência colectiva sobre tudo aqui lo
que já conseguimos e é consensual no mundo, servido por uma determinação
assente em organizações de âmbito mundial com força e prestígio indiscutíveis.
O
mundo tem que ser regulado e posto ao serviço dos valores da cidadania e sobre
esses valores já ninguém tem dúvidas, o que existe são fragilidades intrínsecas
ao próprio homem na sua implantação.
Por
vezes julgamos que estamos próximos…quase que lá chegámos…pelo menos estamos no
bom caminho… mas é mais a nossa boa vontade… porque não conseguimos deixar de
sentir que o desalinho na nossa caminhada para o futuro traduz-se num grau de
incerteza e de ansiedade.
Será
que é possível reencontrar o “espírito” da tribo no mundo global?
- O mais perto que me pareceu estarmos, foi entre um grupo de sócios num estádio de futebol, gritando em uníssono pela sua equipa.
sexta-feira, outubro 28, 2016
JORGE FERNANDO - A CHUVA
Jorge Fernando é um músico e produtor português, um dos compositores mais cantados. Aos 4 anos já acompanhava o avô a cantar o fado e aos 16 teve de escolher entre uma carreira futebolística e a música... esta falou mais alto. Este vídeo é muito bonito e a canção uma das que mais gosto.
(Domingos Amaral)
Episódio Nº 105
O eco desta violenta frase
de Elvira Peres de Trava assombrou a parte inicial da viagem daquela pequena
comitiva formada por Pêro Pais, Gonçalo de Sousa e Chamoa.
Só ao final do dia, quando
pararam para pernoitar é que Gonçalo de Sousa se aproximou do desconfiado Pêro
Pais, dizendo-lhe que não ligasse aos ditos infames da avó, que faria tudo para
impedir um casamento entre Chamoa e Afonso Henriques.
A língua das mulheres é mais
perigosa do que as nossas espadas.
Incapaz ainda de avaliar tão
judiciais ditos, o rapaz só se interessou quando Gonçalo lhe pediu que descrevesse
a batalha de Tui.
A dado momento, Pêro Pais
referiu que o cavalo asturiano do príncipe se recusou a continuar, o que levou
Gonçalo a exclamar.
- Foda-se, que besta mais idiota!
O petiz riu-se mas Chamoa
avisou o nosso amigo que não falasse assim e pouco depois levou o filho para o
quarto de hóspedes onde se tinham instalado.
Na manhã seguinte e pelo
caminho, Gonçalo soltou mais palavrões e todos galhofaram, especialmente quando
passaram por braga, onde o nosso amigo os alertou de que não visitassem o
arcebispo Paio Mendes.
Se vos vê, esse velho
insuportável vai mandar-vos dar duas voltas à Sé de Braga, ajoelhados e em
penitência!
Depois de tanto tempo
fechados naquele buraco em Tui, o espírito folgazão do nosso amigo estava a
regressar e eu fui o primeiro a senti-lo quando a pequena comitiva chegou a
Guimarães.
- Então, tudo espeta? -
perguntou Gonçalo.
Abraçamo-nos e
congratulei-me com a sua libertação, tal como Maria Gomes, meu pai e Teresa de
Celanova, aliás os únicos presentes, pois Afonso Henriques na ânsia de esquecer
as derrotas no norte, partira para o sul com Peres Cativo e meu tio Ermígio.
Embora decepcionada com a
ausência do seu amado, a minha cunhada ficou feliz por rever a irmã e conhecer
os nossos dois filhos mas enxofrou-se de imediato quando soube que Elvira
Gualter, a normanda, esperava outra criança de Afonso Henriques.
Como é que ela emprenha tão depressa?
Ao vê-la em tal perturbação,
Teresa de Celanova inqui riu-a:
- Continuais a amar o príncipe?
Chamoa confessou que assim
era, por causa disso há mais de dois anos não dormia com homem algum.
Já esqueci, já esqueci!
Depois relatou a sua prisão
na masmorra e a ameaça mortal do Trava, narrativa que Gonçalo confirmou com um
aceno de cabeça, mas tentou prontamente ignorar, ao perguntar-me curioso:
- E a minha Zaida, onde está?
Escritor, filósofo e neurocientista americano. |
Pensar é Melhor
Que
Rezar
(Manifesto Ateísta de
Sam Harris )
Por que razão a
Religião há-de ser fonte de violência?
As nossas religiões são
intrinsecamente incompatíveis uma com a outra.
Ou Jesus subiu dos mortos e está a chegar à terra como um super herói ou não;
ou o Alcorão é a palavra de Deus ou não é.
Todas as religiões fazem reivindicações explícitas sobre o mundo e a profusão
destas reivindicações incompatíveis cria uma base duradoura para o conflito.
Não há nenhum outro campo no qual os seres humanos estejam tão completamente
cientes das suas diferenças ou lance essas diferenças em termos de recompensas
ou castigos perpétuas.
Se uma pessoa acredita realmente que chamando Deus pelo nome certo pode fazer a
diferença entre a felicidade e o sofrimento eterno, então é razoável tratar os
hereges e os incrédulos bastante mal, será até mesmo razoável se os matar.
Se uma pessoa pensa que há algo que outra pessoa possa dizer a uma criança que
ponha em perigo a sua alma para toda a eternidade, então o herege que mora na
porta ao lado é mais perigoso do que um molestador de crianças. As “estacas”
das nossas diferenças religiosas são mais altas e profundas do que aquelas que
resultam do mero tribalismo, racismo ou políticas.
Fé “religiosa” é uma conversão-tampão. A religião é uma área do nosso discurso
no qual as pessoas não são obrigadas a apresentarem evidências sobre convicções
das quais estão tão seguras.
De tal forma seguras que são elas que vão determinar, frequentes vezes, a razão
porque vivem, morrem e até matam.
Este é um problema porque quando as “estacas” são demasiado altas o ser humano
apenas tem uma escolha simples entre a conversão e a violência.
Por isso, a nossa vontade fundamental, para ser razoável, tem que assentar em
convicções sobre o mundo baseadas em evidências e argumentos novos. Só assim será
garantido que o diálogo entre os homens é possível.
Certezas sem evidências são factores de divisão. Nada garante que pessoas
racionais estejam de acordo mas é certa a divisão irracional entre pessoas
aprisionadas dentro dos seus dogmas.
É muito pouco provável que consigamos ultrapassar as nossas divisões
multiplicando as oportunidades de diálogo entre as religiões.
O desfecho para a nossa civilização não pode ser a tolerância mútua entre
irracionalidades patentes.
Enquanto o discurso dos religiosos liberais, não fundamentalistas, concordar em
seguir pontos onde as suas visões do mundo colidem, esses mesmos pontos
permanecerão fontes perpétuas de conflito para os seus correligionários.
A justiça política, só por si, não oferece uma base duradoura para a cooperação
humana.
Tendo dispensado o dogma da fé a guerra religiosa passou, simplesmente, a ser
inconcebível do mesmo modo que, para outros, o canibalismo e a escravidão
parecem equi librados.
Quando temos razões para aqui lo que
acreditamos não precisamos para nada da fé e quando não temos nenhuma razão
perdemos a conexão com o mundo e entre uma pessoa e outra.
O ateísmo não é mais nada do que um compromisso para o padrão mais básico da
honestidade intelectual.
As convicções das pessoas deveriam ser proporcionais às suas evidências. Fingir
estar certo sobre proposições relativamente às quais nenhuma evidência é até
mesmo concebível, constitui uma falha intelectual e moral e só ateu percebeu
isto.
O ateu é simplesmente uma pessoa que percebeu as mentiras da religião e recusou
fazer parte dessa mentira.
fé religiosa?
“A
fé em Deus vai morrer em, pelo menos, nove países – diz um estudo de
investigadores americanos. Analisadas as respostas sobre crenças aos Censos dos
últimos cem anos, e usando um modelo matemático de dinâmica não linear, a equi pa concluiu que a fé organizada se está a
extinguir na Austrália, na Áustria, no Canadá, Finlândia, Holanda, Nova Zelândia,
República Checa, Suiça e até a Irlanda. Destes nove países, o “menos crente” é
a República Checa, onde 60% da população diz que não tem qualquer inclinação
religiosa”.
De
acordo com o Censos de 2011, o numero de pessoas sem religião em Portugal
praticamente duplicou, de 340.000 para 615.000.
Uma
pergunta final: - Para que lado se inclinará o futuro da humanidade?
-
Para esta nova realidade de checos, australianos, finlandeses, austríacos, etc…
que não têm qualquer inclinação religiosa, ou para os milhões de islamitas que
continuam a seguir rigorosamente as normas do Corão?
O que se passa neste momento com os
fundamentalistas do Islão e o seu "Estado Islâmico", parece dar razão
para os que alertam para o risco do pensamento religioso, e eu sou um deles.
Desde sempre a religião funcionou como uma arma virada contra a própria
humanidade, separando-a, fomentando o ódio e a morte, muito em especial as
religiões monoteístas.
Mas
o homem nasceu crente. Foi assim, acreditando, que ele evoluiu e sobreviveu ao
longo de centenas de milhar de anos, sem duvidar do que lhe diziam os pais e os
mais velhos da tribo, primeiro, com bons conselhos para a sua sobrevivência, e de seguida o culto os deuses que faziam chover, chuva indispensável à vida, que precederam um Deus todo poderoso senhor da vida e da morte...
Embora
a razão esteja a fazer progressos sobre o pensamento religioso, como as
estatísticas mostram, as religiões só desaparecerão com a própria humanidade...
O vírus da fé continuará a fazer estragos provocando rupturas na humanidade por muito que seja o sentido ecuménico que os responsáveis da religião Católica, procurem introduzir no relacionamento do homem com Deus.
O que se passa hoje com alguns representantes dos sunitas, seguidores de Maomé, que em nome de Ala matam e escravizam, testemunha o perigo que estas seitas religiosas ou ditas religiosas, representam para a humanidade.
quinta-feira, outubro 27, 2016
Não te esqueças de feliz... |
OS PERTENCES
Um homem morreu
intempestivamente…
Ao dar-se conta viu que se aproximava
um ser muito especial que não se parecia com nenhum ser humano.
Trazia consigo uma maleta e
disse-lhe:
… Bom, amigo, é hora de irmos… sou a
Morte.
O homem, assombrado, perguntou à
Morte:
-Já?... tinha muitos planos para
breve…
-Sinto muito, amigo… mas é o momento
da tua
partida.
-Que trazes nessa maleta?
E a morte respondeu-lhe:
- Os teus pertences.
- Os meus pertences? – São as minhas
roupas, as
minhas coisas, o meu dinheiro?
- Não, amigo, as coisas materiais que
tinhas nunca te
pertenceram… Eram da Terra.
- Trazes as minhas recordações?
- Não amigo, essas já não vêem
contigo. Nunca te
pertenceram… Eram do Tempo.
- Trazes os meus talentos?
- Não amigo, esses nunca te
pertenceram… Eram
das
Circunstâncias.
- Trazes os meus amigos, os meus
familiares?
- Não amigo, eles nunca te pertenceram… Eram do
Caminho.
- Trazes a minha mulher e os meus
filhos?
- Não amigo, eles nunca te
pertenceram… Eram
do
Coração.
- Trazes o meu corpo?
- Não amigo, esse nunca te
pertenceu… Era
da Terra.
_ Então, trazes a minha alma?
- Não amigo, ela nunca te
pertenceu… Era
do
Universo
Então o homem, cheio de medo,
arrebatou a maleta e abriu-a… e deu-se conta de que estava vazia.
Com uma lágrima de desamparo a brotar
dos seus olhos o homem disse à Morte:
- Nunca tive nada?
- Tiveste, sim, meu amigo… Cada um
dos momentos que viveste foram só teus… a Vida é só um momento… um Momento todo
teu.
Desfruta-o na totalidade… Vive Agora
a Tua Vida e…
Não Te Esqueças de Ser Feliz!
O carteiro que roubava os cheques das
reformas aos velhos pensionistas, morre e vai para o inferno.
Lá encontra o Diabo que lhe diz:
- Como castigo pelos teus pecados em
vida, vais ficar uma eternidade dentro de um imenso tanque cheio de merda e atolado até ao queixo.
Ele olha para o lado e vê o Gaspar,
dentro do mesmo tanque com a merda só pela cintura.
O carteiro irritado, chama o demónio e
reclama:
- Desculpa lá!! - Assim não dá!!
Tem dó, eu não roubei tanto assim!
Só roubei o dinheiro dos reformados de
Vila Nova de Gaia, mas nunca ninguém conseguiu provar nada contra mim e estou aqui quase afogado em merda, enquanto o Ministro Gaspar que roubou o ordenado e a reforma a tantos funcionários públicos e pensionistas, está atolado em merda só até à cintura?
O diabo, muito zangado, olha para o Ministro Gaspar e grita:
- Gaspar! Sai já das cavalitas
do Passos Coelho!!!!!