sábado, abril 16, 2016

A obra-prima da criação divina

A OUTRA VERSÃO























A história da criação do mundo está mal contada. Quando Deus, depois de ter feito o céu e a terra, as árvores e as nuvens, o mar e os peixes e se preparava para descansar, olhou à sua volta e tudo lhe pareceu muito vazio.


Faltavam animais que preenchessem todo aquele espaço, que dessem animação ao cenário criado, e Deus, num supremo esforço, embora já muito cansado, lá foi criando a bicharada.

No fim, olhou para toda aquela variedade de seres, e percebeu que não havia um único que fosse suficientemente belo, à altura da grandiosidade de toda a sua obra, que verdadeiramente o arrebatasse mas, cansado como estava, adormeceu encostado ao tronco de uma árvore.

Manhã cedo, despertado pelos primeiros raios de sol desse primeiro dia de todos quantos haviam de se seguir, levantou-se e dirigiu-se a um lago de águas límpidas e transparentes, como só então podiam ser, e sobre as quais se debruçou olhando a sua imagem reflectida.

- E por que não, alguém à sua semelhança?

- E num momento de inspiração, que só poderia ser divina, lançou a sua mão, dedo indicador ligeiramente espetado na direcção de umas bananeiras que para ali estavam, proferiu as palavras mágicas utilizadas para a criação de toda a sua obra no dia anterior, o primeiro, e... ali estava um novo ser, esbelta, elegante, roliça, morena, cabelos escuros escorridos pelos ombros, e Deus, conquistado por tanta beleza, reconheceu que a sua obra estava agora concluída.

As suas formas arredondadas e harmoniosas, aqueles olhos que enviavam mensagens e convites... novos e estranhos, encantaram o próprio Deus que seduzido por aquela visão a olhou perplexo, pensativo e, simultaneamente, embevecido.

Agora, sim, poderia dar a sua obra como concluída com total sucesso, demasiado sucesso, talvez... pois não sentia nenhuma vontade de partilhar com mais ninguém aquele ser encantador a que ele chamou “mulher” e que decidiu guardar só para Ele, prerrogativa de Criador para com a obra Criada.

Na imensa escala do tempo estariam destinados a serem felizes para sempre: Deus e a sua criação por Ele imortalizada mas..., sem que se soubesse por quê, um dia aconteceu a ruptura.

O que terá sucedido, então, é dos segredos mais guardados pela natureza divina. Não havia então cronistas sociais e todos os restantes bichos, embora estranhassem aquela ligação entre o Criador e aquele animal, nada poderiam contar. 

Eram mudos, comunicavam apenas por sinais entre eles, os indispensáveis para o acasalamento, ataque e defesa que a mais, Deus, não os tinha dotado.

Teria havido, com certeza, razões de queixa dadas por ela e estando por provar que Deus seja infinitamente bom e misericordioso, como se pode aferir no dia-a-dia da humanidade, o inevitável aconteceu:

 - Foi-se a ela, arrancou-lhe uma costela, e a contra-gosto e por castigo, fez o Adão.

E foi assim, nesse dia, por razões que nunca se saberão, que terminou o paraíso, e ela, mulher, como todas as outras fêmeas, para além de ter que lhe dar herdeiros, ainda passou a ser obrigada a limpar-lhe a casa, fazer-lhe a comida, engomar-lhe as camisas e aturar-lhe as bebedeiras... isto, até há uns tempos atrás.

Agora, vão ambos para os copos, a Merkel manda na Europa e a Catarina Martins com a Mariana Mortágua roubaram a vitória ao António Costa e agora fazem-lhe a cabeça em água coligadas com ele...

Que pensará Deus disto tudo?


BEE GEES - TRAGEDY



Tyson fala sobre OVNs




Tieta do Agreste

(Jorge Amado)


EPISÓDIO Nº 124





















DO REGRESSO A AGRESTE, CAPÍTULO NOTICIOSO POR EXCELÊNCIA NO QUAL TIETA CITA O EXEMPLO DO VELHO ZÉ ESTEVES




Ao regressar a Agreste para a festa da inauguração das benfeitorias na praça do Curtume, acompanhada pelo sobrinho Ricardo, Tieta quis saber de Leonora notícias de seus amores. A moça sorriu embaraçada, tomou das mãos da protectora:

- Não sei o que se passou, Mãezinha. Ascânio esteve fora durante dois dias, vendo uns trabalhos da prefeitura, voltou diferente. Sempre entusiasmado com a história do turismo, sempre terno, porém menos reservado. Me disse que, com a morte do prefeito, vai ser eleito para o cargo, a situação dele vai mudar. Está exaltado, nem parece o mesmo. Até me beija, sabe? Outro dia, dona Perpétua deu flagrante na gente… Estou tão contente, Mãezinha. Aproveite enquanto é tempo, mais dia menos dia a gente arruma as malas e capa o gato.

- Ai, Mãezinha, nesse dia vou morrer.

- Ninguém morre de amor, como é mesmo que Barbozinha diz? De amor a gente vive.

Boa, devotada Carmô! Com todo o seu diploma de sabida, deixara-se enrolar pela trama de Tieta e, para impedi-la de apressar a data da partida, revelara a Ascânio a situação de Leonora, deflorada pelo calhorda do noivo. Acontecera exactamente o que Antonieta desejava. Ascânio, a par do acontecido, mudara imediatamente de conduta, tornando-se audacioso e beijoqueiro. Não tarará a perder o resto do acanhamento e a chamar a namorada aos peitos, arquivando os planos de casamento e lar, interessado tão somente em cama. Na cama tudo se resolve.

Tudo. Basta citar o exemplo do sobrinho Ricardo, quase louco de remorso e medo, apavorado, querendo desistir do seminário, sentindo-se leproso e condenado às penas eternas após ter dormido com a tia no areal de Mangue Seco.

Agora não quer outra ocupação, se pudesse passava o dia no fuque-fuque, adolescente deslumbrado, força estuante, potência sem limite, desejo infinito, ilimitada, dulcíssima estrovenga. Um temporal, um terramoto, uma festa!

A qualquer momento, nas dunas, no banho de mar, onde quer que seja e possa, ele a derruba e monta. Tieta está quebrada, moída, mordida, sugada, satisfeita, trêfega menina em férias, saltitante cabrita. Cabrita? Cabra velha que antes jamais recebera bode novo, de trouxa apenas desatada, insaciável garanhão.

Fogoso e exigente, meigo e exultante, Ricardo também mudara. Perdera o medo, enterrara o remorso mantendo, ao mesmo tempo, a vocação sacerdotal. Descobrira a bondade de Deus.

No sábado, no fim da tarde, quando os operários regressaram ao arraial do Saco, Ricardo os acompanhou na canoa de Jonas. De volta, irradiava serenidade no rosto juvenil e, encontrando Tieta na praia, oferecida no maiô a mostrá-la mais que a vesti-la, desviando os olhos, informara:

- Hoje vou dormir a Agreste, Jonas me leva na canoa.

- Hoje, por quê? Daqui a mais uns dias a gente vai para ficar. O principal está feito, do resto o Comandante se ocupa, basta a gente vir uma vez ou outra, passar um dia e uma noite. Hoje, por quê? Já se fartou de mim?

- Não diga isso nem por brincadeira. É que hoje me confessei, amanhã vou comungar, e se dormir aqui… Volto amanhã mesmo. Me dê licença, me deixe ir.

Duas Filhas Lindas














Um casal tinha duas filhas lindíssimas e decidiram tentar ter um rapaz.

A mulher engravida e nasce um saudável menino, só que muito, muito feio!

O pai estava feliz, mas ao mesmo tempo nãocompreendia como o miúdo podia ser tão feio...

- "Não é possível!! Como é que as nossas filhas são tão lindas e ele veio tão feio?!

-  Tu enganaste-me com outro!!"

Resposta da mulher:

-"Não! Juro que desta vez, não!"







Assim Nasceu Portugal
(Domingos Amaral)

Episódio Nº 242




















Desiludida e triste, Zaida, observou o corpo de Zulmira e murmurou.

 - Não foi um cristão que matou a nossa mãe.

Fátima ficou momentaneamente entupida e a irmã prosseguiu:

- O assassin era muçulmano. E foi um príncipe cristão que impediu que ele vos degolasse!

De imediato, Fátima colocou nova careta desdenhosa e provocando-a:

- Em agradecimento, aposto que ides abrir as pernas para ele!

Zaida abanou a cabeça desolada.

Não sei porque o odiais, nunca vos fez mal.

Indignada, Fátima exclamou:

 - É cristão e basta! Só isso me faz revirar as tripas!

Zaida ficou uns momentos em silêncio e depois disse:

 - Parece-me um homem forte e gentil.

Mas logo Fátima deu uma pequena gargalhada e escarneceu:

- A vós, qualquer homem vos parece bom!

A irmã encolheu os ombros e disse, comovida:

 - Nossa mãe ensinou-me a ser meiga e ternurenta, tal como ela era. Com os homens e com as mulheres.

Desdenhosa e sempre implacável, Fátima relembrou:

 - Isso vi eu! Nunca percebi porque nossa mãe se entregou assim ao Mem ou à galega!

Em defesa da memória da mãe, Zaida contrapôs:

 - Porque se sentia sozinha e precisava de ser amada! E perante o silêncio da irmã, recordou as origens de ambas.

- Esses eram os costumes de Sevilha, onde o nosso avô Al-Mutamid reinou. Ou dos haréns de Córdova! Somos mulheres de paixão, de amor, de poesia, de sentimentos e sentidos.

Não somos mulheres de guerra... Sou como a minha avó Zaida, não herdei só o seu nome.

Cada vez mais enervada, Fátima ripostou-lhe com desprezo:

 - Essa enganou o marido com um núbio! E depois casou-se com um rei cristão, de quem teve um filho. Cometeu a maior traição, converteu-se ao deus deles só para poder chupar a piça ao imperador!

- É isso que quereis também?

Zaida respirou fundo e muito calma respondeu:

 - E que mal teria? O sonho de Afonso VI, o império das Duas Religiões! Porque não? Nós, os muçulmanos de Andaluzia, de Córdova, Badajoz, Saragoça e Sevilha, somos mais parecidos com os cristãos do que com os berberes de Marraquexe!

Preferia, mil vezes beijar a mão a Afonso Henriques do que a Ali Yusuf!

Ao ouvi-la falar assim, a maliciosa Fátima logo adiantou:

 - A mão e não só!

Desesperada, Zaida, tapou a cara com as mãos


 - Só pensais em luta, em guerra! Não gostais de sentir o calor de um corpo ao vosso lado? Precisamos de amor...

sexta-feira, abril 15, 2016

Ela é uma lutadora...

Este foi o espectáculo a que assisti e aqui recordo como um convite para todos portugueses que não sabem que Brasil conhecer. Anos antes, quando ali estive, o Bolero era tocado em violino e havia menos gente e menos movimento. Então, era algo mais íntimo.



António Zambujo - Uma vez que seja...



Namorada de 78 anos...
   


Para baixo e para cima...














Um lisboeta vai ao consultório de um conhecido psicólogo e diz-lhe:


- Todas as vezes que estou na cama, acho que está alguém debaixo da cama. Nessa altura eu vou para baixo da cama para ver, e acho que há alguém em cima da cama.



Para baixo, para cima, para baixo, para cima. Estou a ficar maluco doutor!



- Deixe-me tratar de si durante dois anos - diz o psicólogo. Venha três vezes por semana, e eu curo esse problema.



- E quanto é que eu vou pagar por cada sessão, doutor? - pergunta o lisboeta.



- 80 Euros por sessão - responde o psicólogo.



- Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito.


Passados seis meses, eles encontram-se na rua.



- Então, porque não apareceu no meu consultório? - pergunta o psicólogo.



- 80 euros a consulta, três vezes por semana, dois anos = 12.480 euros, ia ficar-me muito caro.



Além disso, falei com um Alentejano que trabalha na minha herdade e que me curou por 20 euros.



- Ah é? Como? - pergunta o psicólogo.



O sujeito responde:



- Por 20 euros ele cortou os pés da cama... Já ninguém vai para lá !!...



Conclusão:

- Pense numa solução, em vez de ficar focado no problema!



                                            




Enviado por Labutesman

Assim Nasceu Portugal
(Domingos Amaral)


Episódio Nº 241

















Coimbra, Julho de 1129





Miguel Salomão contou-nos que, no pátio os homens falavam de punhais, do passado e do futuro, dentro da cripta uma violenta discussão entre as duas irmãs mouras.

Sentadas num banco de madeira corrido, velavam o corpo da mãe, envolta numa túnica de linho e deitada de lado com a cara virada para Meca.

As criadas haviam limpo o sangue, mas ainda se viam ligaduras tingidas de vermelho na zona do pescoço, tal fora a brutalidade daquela decapitação.

À porta da sala tumular, o pároco Miguel Salomão rezava pela alma de Zulmira, escutando o que as filhas diziam.

Abu Zakaria estragou tudo! Agora o príncipe já não nos deixará ir a Córdova! – protestou Zaida.

Fátima enfureceu-se:

 - Tenho a certeza de que vós estais satisfeita com isso! Sempre a fazer olhinhos aos cristãos! Ao Gonçalo e até ao burro do príncipe! Não vos chega Mem?

Zaida abanou a cabeça exasperada.

- Nossa mãe também adorava Mem!

Fátima bufou, impaciente.

- Esse, ainda compreendo, é moçárabe! Agora cristãos? Se pudesse cortava-lhes a cabeça a todos! Não escapava um! E podeis ter a certeza de que o Abu vai voltar, e vai matar essa gente toda! As ruas de Coimbra vão tingir-se de sangue!

Depois de uma curta pausa, a irmã mais nova encolheu os ombros.

Não deve ser tão bom guerreiro como dizeis. Já é a terceira vez que tenta vir buscar-nos e falha sempre.

Ferida no orgulho que sentia pelo seu amado, Fátima exclamou:

- É uma cidade inteira contra ele! Estes porcos reproduzem-se como coelhos, têm imensos soldados! Zaida voltou a encolher os ombros, indiferente ao ódio da irmã e relembrou:

 - Estamos à treze anos cativas e nunca nos fizeram mal.

Fátima replicou de pronto, com uma careta enojada:

- Mas vão fazer! E vós em vez de olhardes como o Corão nos ensina, andais para aí a rir-vos com eles! Quereis emprenhar de um cristão, como a nossa avó Zaida?

A irmã encolheu de novo os ombros e perguntou:

- Que mal tinha? Cristo também é nosso profeta, tal como Moisés ou Abraão.

Irritada, Fátima protestou:

- Onde haveis lido tal infâmia? Deve ter sido nas bibliotecas cheias de mofo desta Sé! Sei bem o que diz o Corão, e o que a nossa mãe nos ensinou!

Olhou em volta e continuou:


 - Esta guerra dura há séculos, mas o El-Andaluz é nosso! Se o Califado de Córdova não tivesse terminado, ainda hoje mandaríamos em terras de Coimbra! Virá o dia em que voltarão a ajoelhar à nossa frente!

quinta-feira, abril 14, 2016

Como se vê pela fotografia estou muito bem...

Samba da Benção - Vinícius de Moraes



Fulano de Tal...




A Boa da tia Amparo...















A Tia Amparo era uma mulher de 93 anos que estava particularmente afectada pela morte recente do seu marido. Por isso, decidiu suicidar-se e juntar-se a ele no além.


Pensando que o melhor para ela seria acabar rápidamente com o assunto, foi buscar a pistola do exército que pertencera ao seu marido e tomou a decisão de disparar um tiro no coração.

Não querendo falhar o tiro num órgão vital e tornar-se um fardo para os seus familiares, telefonou ao seu médico de família para lhe perguntar onde ficava exactamente o coração.

O médico respondeu-lhe:

- "Dona Amparo, que pergunta?!... O seu coração está exactamente debaixo do seu seio esquerdo"


















………..e foi assim que a tia Amparo deu cabo dum joelho!!!



Assim Nasceu Portugal
(Domingos Amaral)




Episódio Nº 240

















Sempre rebelde, Gonçalo logo exclamou:

 - Nunca vos vi com tais preocupações com Paio Soares!

Disse-o sem se lembrar que estava a falar do pai de Ramiro e por isso logo se arrependeu, olhando para o templário.

 - Desculpai-me...

Este encolheu os ombros:

- Nunca me tratou como filho.

Depois de um curto silêncio, Afonso Henriques declarou que Coimbra não podia estar tão exposta, e disse a paio Soares que era imperioso construírem mais castelos para sul, abaixo de Soure, para impedir os infiéis de chegarem ao Mondego. Por fim exclamou:

- Hoje foi a última vez que Abu Zakaria pôs os pés nesta cidade!

Peres Cativo afastou-se, de certo já a planear aquela nova missão, enquanto Afonso Henriques colocava a mão no ombro de Ramiro e o olhava nos olhos.

- Lamento ter ferido vosso pai – disse

O outro aceitou aquele arrependimento póstumo sem palavras e o príncipe prosseguiu:

- Espero contar convosco como meu pai contou com o vosso.

Ramiro prometeu-lhe lealdade. Depois, relembrou que Paio soares e o conde Henrique, muitos anos antes, haviam saído de Coimbra para esconder uma relíquia, ninguém sabe onde e que Gondomar morrera infeliz por não a encontrar.

Meu pai recusou-se a revelar-me onde a escondeu – acrescentou – mas sei que a relíquia deve ser entregue a vós, disse-me Gondomar.

O príncipe ficou calado durante algum tempo. Depois afirmou:

 - Nossos pais vieram juntos esconder uma relíquia sagrada. Agora temos de procurá-la os dois.

Ramiro informou-o que só a bruxa sabia quem era o terceiro homem que acompanhara o conde Henrique e Paio Soares e o príncipe ordenou ao templário que encontrasse a mulher de negro.

 - Será a vossa missão.

Ao ouvi-lo Gonçalo comentou, olhando para a cripta:

 - já que falamos em mulheres... está na hora de conversar com as outras!

Começaram a dirigir-se à capela mortuária mas, antes de entrarem, Ramiro chamou o príncipe à parte e pediu-lhe em voz baixa que devolvesse o punhal com que matara o fedayin e que pertencia a seu pai, Paio Soares.

Em segundo lugar, porque o príncipe não podia devolver o que não tinha, pois não ficara com o belo punhal.

Tirara-o das mãos do Rato e depois matara o assassin, mas não o recolhera da garganta do morto!

- Deve ter sido o vosso companheiro! – exclamou Afonso Henriques.

Assim tinha sido. O Rato retirara o punhal da garganta do assassin, mas depois colocara-o num balde com água para o lavar do sangue. Porém, no final daquela confusão e quando o fora buscar, o punhal já não estava lá.

Nos dias seguintes Ramiro investigou o estranho roubo. Falou com os soldados e os curandeiros que tinham estado no barracão, com Fátima e com Zaida, com Mem e com o rato, com o Peida Gordo e com o Velho, mas ninguém vira o punhal de Paio Soares.

Misteriosamente, desaparecera.

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