Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, outubro 15, 2016
Pedra Verde
Na estrada de Luanda
para Quibaxe, por alturas do Úcua, do lado esquerdo, fica este imenso maciço de
granito, verde pela cor do musgo que o cobriu ao longo da sua longa vida. As
tropas portugueses, ao logo do ano de 1962, bem despejaram sobre ele toneladas
de bombas sem que ele se tivesse mexido ou alterado.
Depois, os
"terroristas" foram-se embora e a aviação deixou-o em paz. Quando cheguei ao
Úcua, em fins de 1962, como Alferes, comandante de um grupo de combate, "essa guerra" já tinha acabado mas,
durante cerca de nove meses, todos os dias, eu via aquele enorme pedregulho da
varanda da casa desocupada pelos colonos e que nós utilizamos durante o tempo
em que lá estivemos.
Aí a temos para me
recordar que não é uma visão inventada pela minha memória já gasta pelos anos.
Feira da Ladra (em Lisboa)
Quando começou estava
longe de ser o local concorrido que ainda é hoje, mesmo concorrendo com os
grandes Centros Comerciais. A Feira da Ladra continua, aqui , em Santa Clara , desde 1903, duas vezes por semana, a
receber peregrinações de vendedores e compradores de tudo e mais alguma coisa.
Todas as terças-feiras e sábados, do
nascer ao pôr-do-sol, em tendas, bancas ou mesmo por panos espalhados no chão,
a especialidade é a segunda mão: móveis, ferro-velho, livros e revistas, roupa,
dos discos de vinil mais antigos aos CDs mais recentes, quadros, etc, etc., tudo
ali se encontra para encanto dos que adoram velharias.
Então, era assim...
O que há, verdadeiramente de novo, na atribuição deste Prémio Nobel da Literatura, foi a sua entrega a um letrista de canções e não a um escritor de romances ou de poesia, como era tradicional e a reacção não foi agradável para o Júri.
A avaliação das obras literárias depende de quem as faz e de
quando são feitas e poucas são consensuais desde o primeiro momento.
No que a nós mais directamente diz respeito, e estamos a pensar em José Saramago ,
também ele Prémio Nobel da literatura em 1998, basta lembrar a reacção de um
Secretário de Estado da Cultura, de seu nome António Sousa Lara, ao seu livro
Evangelho Segundo Jesus Cristo, obra belíssima que tive o gosto de ler, e que ele riscou da lista
de concorrentes ao Prémio Literário Europeu, considerando-o contra o património
religioso português, o que foi, nitidamente, um acto de censura.
Preconceitos religiosos e políticos interferem sempre na avaliação da qualidade artística das obras para além da crítica dos especialistas.
Tão pouco o volume das
vendas são garantia de qualidade pois o público que compra é sensível ao apelo
da publicidade, à mediatização dos temas ou dos próprios escritores, como
sabemos.
Apreciar uma obra
literária apenas pela sua qualidade artística está reservada aos especialistas
que valorizam a qualidade dos textos pela riqueza do léxico utilizado, construção gramatical das frases mas, fundamentalmente, pela beleza e harmonia das palavras e o
impacto que elas nos provocam que sobreleva tudo o resto.
José Saramago “permitiu-se”
escrever um livro, salvo erro, o Memorial do Convento, que não tinha pontuação
sem que tal, eu, como leitor, tenha sentido grande diferença...
O enredo, ou seja a
história que nos é contada é o mais facilmente apreendido pelos leitores anónimos.
A qualidade vem depois.
Eu li quase toda a obra
de Jorge Amado que, de resto, transpus para este Blog em episódios, porque sempre
gostamos de levar até aos outros aqui lo
que nos dá prazer, e é por isso que recomendamos aos nossos amigos, uma música, um
livro ou um filme, etc... em tempos, em Moçambique, custou-me um disco que nunca esquecerei.
Considero Jorge Amado o
melhor contador de histórias da língua portuguesa e José Saramago o melhor
escritor de livros, sendo que uma coisa e outra são o mesmo... e Jorge Amado nunca
recebeu o Prémio Nobel.
Que me desculpe o Bob Dylan...
sexta-feira, outubro 14, 2016
Bob Dylon - Like a
Rolling Stone (legendado)
·
Considerada por muitos a
melhor música já feita, do cantor e compositor Bob Dylan, a música é perfeita
combinação de diversos elementos musicais. Ele baseou a música em uma história
que ele mesmo escreveu sobre uma debutante que tinha tudo e ficou sem nada, mas
esse nada, a libertou.
Apesar do nome a música
não faz nenhuma referência a banda Rolling Stones,como alguns pensam, esta é
apenas uma expressão que diz que "Pedra que rola não cria musgo",
depois de pensar muito decidir seguir a tradução "Como uma perdida",
"perdida na vida", "sem rumo".
Eu sempre primo pela
qualidade das musicas, mas fiquei de mãos atadas com o Bob, pois a gravadora
dele é bem rigorosa com suas músicas e bloqueia as musicas de estúdio dele,
então tive de usar essa musica ao vivo, por isso o som esta um pouco ruim.
Alguns ficam revoltados com esta tradução,
por causa do "Like a Rolling Stone". Talvez por pensarem que a música
fazia referência a banda Rolling Estone (rs),mas não faz, ou que talvez devesse
ser traduzida ao pé da letra, não seria má ideia, mas essa é uma expressão que
de uso comum na época, era usada de maneira negativa para dizer que a pessoa
não finca raízes, não cria musgo. Nós também temos expressões para isso que é,
e uma delas seria "como uma perdida", que faz a mesma referência. Eu
pesqui sei muito antes, e pareceu - meque esse é o consenso comum para tradução dessa música!
(Domingos Amaral)
Episódio Nº 93
O que o Rato queria saber era o esconderijo da relí
- Não sou estúpida, uranista.
Disse-lhes que se fossem
embora, pois desejava voltar a dormir. Só tenho paz e sossego junto dos meus
fantasmas. A minha mãe e o “assassin” continuam por cá
Com um arrepio na espinha, o
Rato dirigiu-se para a saída do casão e Ramiro seguiu-o de cabeça baixa. Já na
rua, a culpa que o atormentava voltou a explodir, quando se flagelou:
- Deitei tudo a perder!
Apesar da hora nona já ir
lançada, declarou ao Rato que iria à Sé confessar-se ao bispo Bernardo.
- Que dizeis? – perguntou o
colega espantado.
Ramiro abriu os braços,
desesperado:
- Tenho de expiar os meus pecados!
Como um louco desatou a
correr, deixando o Rato confundido.
Se Ramiro contasse ao bispo
aquelas ternuras masculinas, aí é que se perdia, dificilmente o prelado lhe
perdoaria pecados tão graves!
Alarmado, perseguiu o amante
pelas ruelas e à porta da Sé ainda tentou demovê-lo daquela abrupt a e tonta ideia. Mas Ramiro, sempre de olhar
esgazeado, empurrou-o como se dele sentisse asco, gritando:
- Sois o demónio, afastai-vos de mim!
Naquele dia, o Rato
convenceu-se de que Ramiro enlouquecera. E tinha razão. Contudo, as duvidosas
acções do bastardo de Paio Soares não eram apenas justificadas pelas suas
convulsões íntimas, havia algo mais.
Algo que era superior às
perdições individuais dos humanos e que era muito mais vasto e perigoso para o
reino de Portugal.
Entusiasmados com a
anunciada guerra contra o Trava e Afonso VII, nunca nos passou pela cabeça que
era também nestes tortuosos momentos privados, insignificantes e videirinhos,
que se jogava o futuro do nosso príncipe e de todos nós.
Como me disse uma vez meu
pai, Egas Moniz:
- Lourenço Viegas, o mundo é
feito de pessoas e são decisões delas que o fazem avançar, por mais pequenas
que sejam. Meu pai tinha razão, como quase sempre, mas naqueles dias nós só
pensávamos na guerra que ia começar!
Tui, Março de 1134
O ataque a Tui foi a
operação mais mal sucedida que recordo em muitos anos de batalhas
portucalenses.
Vendedora ambulante, mãe de 3 filhos. |
Mãe Coragem
Certo dia, uma senhora com o seu bebé de dois ou três meses
esperava atendimento no Ministério Público, buscando auxílio para que o pai
fosse compelido a pagar a pensão de alimentos. Via-se que era extremamente
pobre, jovem, mas com a tez já devorada pelas rugas do sofrimento e, ao que me
pareceu, de inanição.
O recém-nascido entrou em pranto estridente, denunciando agonia
por fome de leite.
A mãe, ignorando que existia leite em pó ou outro sucedâneo,
desesperava, pois os seus seios mirravam da seiva da vida.
Sendo já choro lancinante, a Drª Leonor Esteves, ouvindo do seu
gabinete, acercou-se daquela mãe, e como estava em período de aleitação do seu
primogénito logo pegou no bebé, à vista de toda a gente que entretanto se
juntara, e deu o seu peito, saciando aquele infeliz imberbe.
O dramaturgo Bertolt Brecht
autor de uma peça denominada “Mãe Coragem e os Seus Filhos” conta a história de
uma vendedora ambulante, mãe de três filhos, que segue um exército em guerra
para com ele fazer lucro. Ao longo desse percurso obstinado de 12 anos, ela
acaba por ver morrer todos os seus filhos.
O episódio em que intervém a Drª Leonor Esteves aconteceu em
Lamego, num Tribunal daquela Comarca, há cerca de duas décadas e é-nos contado
no Boletim da Ordem dos Advogados.
Dele, retiramos dois exemplos de “mãe coragem” qualquer deles
comprovativo do que as mulheres, na relação da maternidade, sem vacilar, fazem
pelos filhos:
- De um lado, a juíza, que sem pruridos ou preconceitos despiu a
toga para de imediato, sem hesitações e em público, amamentar um bebé que não
era o dela, no superior papel de mulher e mãe;
- Do outro, uma jovem mãe, pobre e frágil que arrosta com os
corredores dos Tribunais para pedir ajuda ao Ministério Público no cumprimento
da lei naqui lo que respeita às
mais legítimas, mínimas e elementares obrigações paternais: colaborar na
criação do seu filho com o pagamento da pensão de alimentos.
Sem dúvida, ambas “Mãe Coragem”.
Aprendi....que
ninguém
é perfeito enquanto não se apaixona.
Aprendi....que a vida é dura
mas eu sou mais que ela!!
Aprendi que... as oportunidades nunca se perdem, Aquelas que desperdiças... alguém as aproveita.
Aprendi que... quando te importas com rancores e amarguras a felicidade vai para outra parte.
Aprendi que... devemos sempre dar palavras boas... porque amanhã nunca se sabe as que temos que ouvir.
Aprendi que...um sorriso é uma maneira económica de melhorar teu aspecto.
Aprendi que... não posso escolher como me sinto... mas posso sempre fazer alguma coisa.
Aprendi que...quando o teu filho recém-nascido,
segura o teu dedo na sua mão tenta prende-lo para toda a vida.
Aprendi que...todos, todos querem viver no topo da montanha... mas toda a felicidade está durante a subida.
Aprendi que... temos que aproveitar da viagem
e não apenas pensar na chegada.
Aprendi que...o melhor é dar conselhos só em duas circunstâncias... quando são pedidos e quando deles depende a vida.
Aprendi que...quanto menos tempo se desperdiça...
mais coisas posso fazer.
é perfeito enquanto não se apaixona.
Aprendi....que a vida é dura
mas eu sou mais que ela!!
Aprendi que... as oportunidades nunca se perdem, Aquelas que desperdiças... alguém as aproveita.
Aprendi que... quando te importas com rancores e amarguras a felicidade vai para outra parte.
Aprendi que... devemos sempre dar palavras boas... porque amanhã nunca se sabe as que temos que ouvir.
Aprendi que...um sorriso é uma maneira económica de melhorar teu aspecto.
Aprendi que... não posso escolher como me sinto... mas posso sempre fazer alguma coisa.
Aprendi que...quando o teu filho recém-nascido,
segura o teu dedo na sua mão tenta prende-lo para toda a vida.
Aprendi que...todos, todos querem viver no topo da montanha... mas toda a felicidade está durante a subida.
Aprendi que... temos que aproveitar da viagem
e não apenas pensar na chegada.
Aprendi que...o melhor é dar conselhos só em duas circunstâncias... quando são pedidos e quando deles depende a vida.
Aprendi que...quanto menos tempo se desperdiça...
mais coisas posso fazer.
Neste mundo do planeta Terra muitas pessoas se interrogam sobre a existência de seres extra terrenos que andarão por aí fazendo aparições de soslaio, furtivas, perante poucas testemunhas e sem deixarem rastos indesmentíveis da sua passagem.
Outras, têm uma crença visceral sobre
a sua existência de tal forma que se associam em grupos organizados para a
recolha e tratamento de todas as informações, especialmente aparições, sempre
com a preocupação, dizem eles, de estudarem o fenómeno.
Contudo, sobre este assunto, a
posição mais correcta e sensata é a agnóstica, de acordo com o pensamento de
cientistas que dedicaram as suas vidas ao estudo dos astros como foi o caso de
Carl Sagan, prematuramente falecido aos 62 anos, vítima de uma doença rara, e
que sobre as visitas de extraterrestres dizia-nos o seguinte:
“ Se nós mesmos estamos
explorando o nosso sistema solar, se somos capazes, como somos, de enviar as
nossas espaçonaves não apenas a outros planetas do nosso sistema solar como
também para lá do nosso sistema solar, para as estrelas, então seguramente,
outras civilizações, milhares ou milhões de anos mais avançadas que nós, devem
ser capazes de alcançar a viagem espacial interestelar muito mais facilmente.
Contudo, eu certamente não excluiria
a possibilidade de que a Terra está sendo ou já foi visitada. Mas precisamente
porque está tanto em jogo, precisamos, porque esta é uma questão que engloba
emoções poderosas, dos mais escrupulosos padrões de evidência”.
O cept icismo
de Carl Sagan é uma exigência da sua inteligência, ele não se esquece que faz
parte dessa grande família do Homo Sapiens e exactamente porque é “Sapiens” é
que é cépt ico.
O cept icismo
é, de resto, um apelo permanente à inteligência.
O cientista francês Henri Poincaré
afirmou a este propósito o seguinte:-“A credulidade é avassaladora e
todos sabemos como a verdade é tantas vezes cruel e por isso nos perguntamos se
a ilusão não é mais consoladora.
- Mas não é só porque a credulidade é
avassaladora, é que o cept icismo é
perigoso, desafia as instituições estabelecidas e se nas escolas ensinarmos os
alunos a serem cépt icos eles amanhã
começarão a fazer perguntas difíceis sobre as instituições económicas, sociais,
políticas e religiosas.”
-“Veja o tempo e o trabalho que eu
teria economizado se eles andassem por cá mas quando reconhecemos alguma
vulnerabilidade emocional sobre este assunto então temos que redobrar o nosso
cept icismo porque é aí que podemos
ser enganados”.
Para estes casos C. Sagan tinha já
preparada uma lista de perguntas e como os extraterrestres são, obviamente,
muito avançados ele questionava coisas como esta:
- Forneça
uma prova curta do último teorema de Fermat (já foi resolvido mas por humanos)
ou da conjectura de Goldbach e para melhor compreensão por parte do
extraterrestre escrevia uma pequena equação com expoentes.
Claro que nunca recebeu qualquer
resposta mas se perguntasse algo como “se os humanos devem ser bons” a resposta
vinha logo pronta.
Em resumo:
- Qualquer
pergunta vaga é respondida com muito prazer mas qualquer coisa de específico,
em que haja a possibilidade de se descobrir se sabem alguma coisa, a resposta é
sempre o silêncio.
Nestas coisas do cept icismo tem que se encontrar um ponto de equi líbrio porque estamos perante duas necessidades
que conflituam uma com a outra:
- Por um lado, o escrutínio mais cépt ico das hipóteses que nos são oferecidas e pelo
outro a necessidade de uma grande abertura a novas idéias.
São, portanto, duas modalidades de
pensamento que convivem sobre uma certa tensão e não se pode exercitar só uma
delas qualquer que ela seja.
Colocado “apenas” na modalidade do
pensamento cépt ico iremos morrer
como velhos excêntricos convencidos que o mundo está a ser governado por
idiotas mas, se a nossa abertura de espírito chegar ao ponto da credulidade sem
uma certa dose de cept icismo, então
estaremos perdidos porque todas as ideias para nós serão boas sem que
consigamos distingui-las em função do seu valor.
O sucesso da ciência depende,
exactamente, da mistura que se fizer destas duas modalidades de pensamento e é
nisso que os cientistas são bons.
Falam sozinhos, criam imensas idéias
novas e criticam-nas sem piedade, sendo que, a maior parte delas nunca chega ao
mundo exterior e as que conseguem passar pelos rigorosos filtros pessoais têm à
sua espera a comunidade científica para as criticar.
Mas vejamos o que, no concreto, Carl
Sagan pensava sobre a busca por sinais de rádio da vida inteligente
extraterrestre:
- No começo dos anos sessenta os
Russos deram uma entrevista em Moscovo para anunciarem que uma distante fonte
de rádio, chamada CTA-102 estava variando senoidalmente (como uma onda de seno)
com um período aproximadamente de 100 dias.
O porquê desta entrevista em Moscovo
residiu no facto de estarem convencidos de que se tratava de uma civilização
extraterrestre de enorme poder o que, afinal, não passava de uma “quasar” que
ainda hoje não se sabe muito bem o que é mas uma civilização extraterrestre é
que ninguém acredita que ela seja.
Logo, do ponto de vista científico, a
hipótese extraterrestre é a última em que se pensa e só se todas as outras
falharem.
- Em 1967 os cientistas britânicos
encontraram uma fonte intensa de rádio próxima que flutuava num tempo mais
curto, com um período constante de dez algarismos significativos.
O que seria? E a primeira ideia era
de que se tratava de algo como uma mensagem que era emitida para nós ou uma
baliza de navegação interestelar para naves espaciais que andam entre estrelas
tendo mesmo, na Universidade de Cambridge, sido dado-lhe o nome de LGM-1, ou
seja: Little Green Men, Os Homenzinhos Verdes.
Ao contrário, os Russos, foram mais
cautelosos e não convocaram nenhuma entrevista para anunciar ao mundo a
descoberta e fizeram bem porque não passava de uma “Pulsar”, a primeira Pulsar
da nebulosa Caranguejo, e o que é uma Pulsar?
- Mais uma vez não se trata de
nenhuma civilização extraterrestre mas de uma estrela encolhida ao tamanho de
uma cidade que se mantêm coesa de maneira diferente de qualquer outra estrela, não
pela pressão do gás, não pela degeneração dos eléctrodos mas por forças
nucleares.
- De que há biliões de lugares no
Universo e de que seria incrível que essa inteligência não existisse mas que
não havia nenhuma evidência forte, até agora, a seu favor.
- Mas o que é que você acha de
verdade?
- Ao que ele respondia: “ Mas eu acabei de dizer exactamente o
que penso”.
- Sim, mas a sua intuição o que é que lhe diz e ele respondia:
- Mas eu tento não pensar com a minha
intuição, não há nenhum problema de adiar a resposta até que as evidências
cheguem.
- Eu acredito que em parte, muito do
que empurra a ciência, é a sede de nos maravilharmos e isso constitui uma
emoção poderosa sentida por todas as crianças.
Mais tarde, na última fase do ensino,
o mesmo já não acontece e não será só por uma questão de puberdade mas tem a
ver com a instrução que não só não ensina o cept icismo
como também dá pouco incentivo a essa agitante sensação de nos maravilharmos.
- Na América, todo o jornal diário tem
uma coluna sobre astrologia mas sobre astronomia quantos têm, sequer, uma
coluna semanal? Eu acredito que também seja culpa do sistema educacional.
- Eu afirmo que há uma maravilha
muito maior na ciência do que na pseudo ciência caso aquela fosse explicada ao
indivíduo médio de uma maneira acessível e emocionante.
- Também aqui
há um tipo de lei de Grecham que estabelece que na cultura popular a ciência ruim
retira o espaço à boa e a comunidade científica tem muita responsabilidade por
não fazer melhor um trabalho de popularização da ciência.
Frank Drake, um apaixonado pela astronomia, depois de
tirar o seu Curso em Astronomia Ópt ica
com uma especialização em Radioastronomia foi trabalhar para o Observatório
Nacional de Radioastronomia dos EUA e apresentou, em 1961, aqui lo que ficaria conhecido por Equação Drake.
Através dela pretendeu calcular o
número de civilizações extraterrestres na nossa Galáxia com as quais poderemos
entrar em contacto.
Feitas as contas dessa equação
complicadíssima que nem me atrevo a transcrevê-la o resultado era do mais
pessimista: 0,0000008.
Hoje, passados todos estes anos, com
os avanços registados na ciência, existirão 170 planetas extra solares girando
na órbita de 147 estrelas o que constitui uma considerável melhoria
relativamente ao cálculo de Drake mas não o suficiente para deixarmos de ser
agnósticos embora um pouco menos ignorantes do que em 1961.
quinta-feira, outubro 13, 2016
A MÁQUINA QUE
APANHAGATUNOS
Nos EUA fabricaram uma máquina que apanha gatunos.
Testaram-na em New York e em 5 minutos apanhou 1500 gatunos;
Levaram-na para China e em 3 minutos apanhou 3500;
Na África do Sul em 2 minutos apanhou 6000 gatunos;
Trouxeram-na para Portugal e num minuto, roubaram a 'p...' da máquina.
Este caso está em segredo de justiça, para se apurar se faz parte do processo Face Oculta, uma vez que a referida máquina, pode estar numa sucata ou num banco.
DIZERES
“ERRO CRASSO”
SIGNIFICADO: Erro Grosseiro
ORIGEM: Na Roma antiga, o poder dos Generais era tripartido. O primeiro Triunvirato foi constituído por Caio Júlio, Pompeu e Crasso. Foi dado a este uma missão simples de atacar os Partos, pequeno e aparentemente inocente povo.
Crasso descurou qualquer estratégia e o resultado foi a derrota.
“ERRO CRASSO”
SIGNIFICADO: Erro Grosseiro
ORIGEM: Na Roma antiga, o poder dos Generais era tripartido. O primeiro Triunvirato foi constituído por Caio Júlio, Pompeu e Crasso. Foi dado a este uma missão simples de atacar os Partos, pequeno e aparentemente inocente povo.
Crasso descurou qualquer estratégia e o resultado foi a derrota.
Texto de José Mário Silva
VIRGÍNIA WOOLF ( 1882-1941)No tempo que lhe coube viver, conseguiu impor uma voz feminina num mundo dominado por homens.
“Para escrever ficção, uma mulher precisa de dinheiro e de um quarto que seja seu”, afirmou num famoso ensaio. Ao longo da vida levou a frase à letra, como comprovam os nove romances e dois livros de contos que constam da sua bibliografia.
Pertenceu ao Grupo de Bloomsbury e ao Movimento modernista inglês, tendo contactado de perto com os principais intelectuais britânicos da primeira metade do século XX.
Atormentada pela depressão, pôs fim à vida como sentido trágico das suas personagens, afogando-se no rio Ouse com os bolsos cheios de pedras, depois de escrever ao marido uma pungente nota de suicídio.
A cena está reproduzida no romance As Horas, de Michael Cunningham (adaptado ao cinema em2002), que cruza a vida da escritora com a da protagonista do livro Mrs.Dalloway (1925). Um exemplo dos muitos ecos que a obra de Woolf continua a ter na literatura contemporânea.
O Que nos Ensinou:
O Que nos Ensinou:
- A utilização exemplar do monólogo interior.
À direita, vê-se o coberto da capelinha das aparições. |
O Negócio da Fé
Mil e
Eu
era criança, jovem de 11 ou 12 anos, e também ali andei, há mais de 60 anos, de
velinha na mão, na procissão do Adeus à Virgem, como mostra a imagem.
Lembro-me
de como então, eu e alguns dos meus colegas, alunos do Colégio de Jesuítas São
João de Brito, nos divertimos nesse passeio à luz da vela, cantando, à socapa
da vigilância dos padres, aquela velha canção: “... a caminho da Califórnia vai
um...” o resto da letra os meus amigos também sabem pelo que me dispenso de
continuar.
Os
padres andavam numa fona, tentando descobrir os “cantores” profanos, porque
esta coisa do mistério da fé não entra facilmente na cabeça das criancinhas, a
não ser coladas com cuspo.
Comigo,
pelo menos, o vírus não entrou, talvez por troca com o da tuberculose pulmonar
que apanhei pelos meus 8 ou 9 anos de idade, por contágio, na paria de Santo
Amaro de Oeiras.
Enfim...
é tudo o que tem que ser... Uns nascem crentes por natureza, parece até que
começam a rezar na barriga da mãe mas, segundo dizem as estatísticas, no mundo
ocidental, a religiosidade está em declínio ao que não é estranho, de certo, o
uso cada vez maior da razão na instrução que é transmitida às crianças nas escolas.
Fátima,
está nas minhas memórias de criança, à época, fenómeno relativamente recente e
a Igreja Católica de Roma nunca irá perder esta referência ligada à história
romanceada das três criancinhas, pastoras de cabras, a quem Nossa Senhora terá aparecido
em cima de uma azinheira, para transmitir a mensagem da fé, talvez por não ter
encontrado ninguém mais credível para o fazer.
A
Senhora, mãe de Jesus, de resto, de há muitos anos a esta parte, que anda a
aparecer às pessoas, um pouco por todo o mundo católico, para reavivar a fé...
Essas
aparições têm sido muito bem acolhidas pela Igreja Oficial que depois de
algumas breves hesitações, as aceita e celebriza.
A
fé e o negócio misturam-se, a Igreja alimenta-se dele. A quantidade de ouro que
sai do Santuário de Fátima directamente para Roma nunca será conhecida com
rigor e divulgado mas, se ainda fosse aplicado em obras sociais daquela região,
seria um bom destino. Mas tenho muitas dúvidas que o seja.
Aquela
Igreja monumental que entretanto construíram e faz agora sombra à capelinha das
aparições, é uma nota da verdadeira vocação dos bispos: impressionar os crentes
com a grandiosidade da fé, que começou com a Igreja de S. Pedro, em Roma, que
levou o Papa a vender bulas para arranjar dinheiro para a pagar e à rupt ura, por causa disso, da própria igreja em
anglicanismo e catolicismo.