sábado, maio 07, 2011

OS PERTENCES



Um homem morreu intempestivamente…

Ao dar-se conta viu que se aproximava um ser muito especial que não se parecia com nenhum ser humano.

Trazia consigo uma maleta e disse-lhe:

… Bom, amigo, é hora de irmos… sou a Morte.

O homem, assombrado, perguntou à Morte:

-Já?... tinha muitos planos para breve…

-Sinto muito, amigo… mas é o momento da tua partida.

-Que trazes nessa maleta?

E a morte respondeu-lhe:

- Os teus pertences.

- Os meus pertences? – São as minhas roupas, as minhas coisas, o meu dinheiro?

- Não, amigo, as coisas materiais que tinhas nunca te pertenceram… Eram da Terra.

- Trazes as minhas recordações?

- Não amigo, essas já não vêem contigo. Nunca te pertenceram… Eram do Tempo.

- Trazes os meus talentos?

- Não amigo, esses nunca te pertenceram… Eram das Circunstâncias.

- Trazes os meus amigos, os meus familiares?

- Não amigo, eles nunca te pertenceram… Eram do Caminho.

- Trazes a minha mulher e os meus filhos?

- Não amigo, eles nunca te pertenceram… Eram do Coração.

- Trazes o meu corpo?

- Não amigo, esse nunca te pertenceu… Era da Terra.

_ Então, trazes a minha alma?

- Não amigo, ela nunca te pertenceu… Era do Universo

Então o homem, cheio de medo, arrebatou a maleta e abriu-a… e deu-se conta de que estava vazia.

Com uma lágrima de desamparo a brotar dos seus olhos o homem disse à Morte:

- Nunca tive nada?

- Tiveste, sim, meu amigo… Cada um dos momentos que viveste foram só teus… a Vida é só um momento… um Momento todo teu.

Desfruta-o na totalidade… Vive Agora a Tua Vida e… Não Te Esqueças de Ser Feliz!

VIVIANE - MEU CORAÇÃO ABANDONADO

É uma cantora portuguesa, a sua voz e canções são muito característicos pela forma como pronuncia o português com sonoridades do seu francês natal onde nasceu em Nice tendo-se mudado para Portugal aos treze anos. Este tema é muito bonito.


TEREZA

BATISTA

CANSADA

DE

GUERRA




Episódio Nº 101



- Platine – blonde – confirmou Dan.

- Isso mesmo, não é loiro nosso, sarará, é outra coisa, papa-fina. Tenho vontade de ir na Europa só para comprar uma gringazinha bem nova, com cabacinho loiro, toda branquinha, inteirinha.

Daniel fingia atenção, os olhos derramados na moleca. Também Tereza Batista nunca vira ninguém tão bonito. Ninguém? Talvez o doutor dono da usina, mas era diferente; sem querer põe os olhos em Dan e num enleio abre os lábios, sorri.


28


Num enleio, num sorriso sem saber porquê, olhando sem querer olhar. O moço em ronda, passeio a cima, passeio abaixo, portas adentro no armazém. Só para lhe falar pedia um copo com água. Não aceita um cafezinho? Vou lá dentro passar. Tereza sem jeito, a voz trémula, encabulada. Enquanto espera, Daniel, presenteia os caixeiros com cigarros americanos, de contrabando.

Não maldavam os dois rapazolas, convencidos que o enredo do filme era outro, com Teodora no papel de mocinha. Com incontida inveja observavam os lances do bandido, conquistador vindo da cidade grande para agarrar a inocente vítima, aliás um bandido simpático e a mocinha não tão inocente assim.

Em cama de ferro com colchão de capim, em beco sem saída, no quarto de Pompeu, a beijar-lhe o rosto adolescente, seboso e explodido em espinhas, dormira muitas vezes Teodora, algumas vezes Tereza; em empolgantes películas, uma e outra ele possuíra na palma da mão direita, além de inúmeras artistas de cinema e moças locais – as preferidas sendo Teodora e Marlene Dietrich. No catre de tábuas de Papa-Moscas, escuro, lábios grossos, compacta carapinha, em sua mão de calos e sonhos, desmaiaram Teodora, suas três irmãs, freguesas diversas, desmaiou Tereza e também – perdão caro amigo Dan – dona Beatriz, a quem tivera ocasião de ver praticamente nua, em férias anteriores, quando Papa-Moscas, antes de ser caixeiro no armazém, fora moço de recados do juiz de direito – após o banho Beatriz demorava no quarto às voltas com cremes, cosméticos e perfumes, para encobrir-lhe a farta nudez uma toalha de rosto, ineficaz; pelo desvão da porta, em dias felizes, o molecote brechou-lhe as opulências, extasiado: êta madama mais limpa, até na quirica põe cheiro! Preferida, à frente de todas Teodora, a duvidosa Teó; Papa-Moscas via-se artista de circo a gozar-lhe os tampos.

Acontecia Teodora vir ao armazém para uma compra, o vestido esvoaçante, o decote e a curva dos seios. Disputavam no par ou ímpar o direito a servi-la, a lavar a vista na alvura do colo.

Aparentando não se dar conta, Teodora participava do jogo dos caixeiros, demorando a compra, os cotovelos encostados no balcão para o decote crescer; vinha sem porta-seios. Junto com as compras levava consigo o pobre tributo dos rapazolas: nas noites insones os fugidios olhares dos parvos caixeiros eram matéria de sonho. Apenas ela dava as costas, Pompeu cuspia na palma da mão direita, desembestado para a latrina; Papa-Moscas guardava a exaltante visão para a noite de amor.

Para os dois, o assunto não tinha mistério: se Daniel ainda não comera Teó, não tardaria a comer; nunca lhes passou pela cabeça pudesse ter o estudante qualquer interesse em Tereza.
(clik na imagem)

ENTREVISTAS FICCIONADAS


COM JESUS Nº 93 SOB O TEMA:

“A LENDA NEGRA”




JESUS - Espere um momento, Raquel, eu quero falar com a senhora que vende sandálias de couro bem ... os meus são já se gastaram de tanto ir e vir destes dias ...

RAQUEL - Deixe isso para outro momento, Jesus Cristo ... acabámos de receber um protesto irado de um canal católico ... Vem de um programa chamado Lendas Negras…

JESUS – Lendas Negras?

RAQUEL - Sim, é uma expressão racista, mas ...

JESUS - Será que tem algo a ver comigo por ser negro?

RAQUEL - Não, não, só que ... depois eu explico melhor.

JESUS – E o que dizem esses católicos?

RAQUEL - Que tudo o que temos defendido nos últimos programas… e nos primeiros também… constituem uma desonestidade, uma infâmia e calúnia dos inimigos da igreja…já estamos no ar?… Sim, alô?

SENHORA - Mas como é possível que esse charlatão, que se apresenta como Jesus Cristo, continua falando na sua estação?

RACHEL - Bem, minha senhora ...

SENHORA - E você, jovem jornalista, quanto lhe vão pagar? E aos que escrevem os programas?

RACHEL – O que se passa é que…

SENHORA – Uns ressentidos contra a igreja. Já descobrimos quem são, os mesmos que escreveram a farsa sobre um Certo Jesus. Mas com certeza, não se vão sair com esta! (Desliga)

RAQUEL – Nota-se que esta senhora é muito “cristã” ... Outra chamada… Sim, diga-me.

SACERDOTE - Fala-lhe um padre católico. Muitas das coisas que disseram e denunciaram eu concordo o e compartilho. Mas… parecem-me inoportunas. O que procuram pondo tudo isso no ar? "Destruirem a igreja? Estão trazendo algo para a fé do povo? É uma crítica construtiva?

JESUS – Diga que há um tempo para plantar e outro para colher.

SACERDOTE – Que a igreja é pecadora? Já o sabíamos. Mas também é santa. "Casta Meretrix”. Que a Igreja cometeu erros?... Sim, claro, que instituição não os cometeu? Mas a roupa suja é lavada em casa.

JESUS - Diz que os trapos sujos se lavam à vista de todos. O que é mantido no escuro deve ser trazido para a luz do dia porque só a verdade nos liberta.

SACERDOTE - Bom, eu vou orar por você. Que Deus lhe perdoe e também a esse Jesus Cristo.

JESUS – Assim seja.

RAQUEL - Temos outra chamada ... mas agora responda o senhor mesmo, porque eu já tenho as orelhas quentes ...

AVÓ - Bom dia. Eu quero falar com Jesus Cristo…

JESUS - Está falando com ele ...

AVÓ - Você é Jesus?

JESUS - E você já deve ter os seus anitos… verdade?

AVÓ - 87 anos, filho. E já me doem todos os ossos.

JESUS – Fala como a minha avó Ana…que descanse em paz…

AVÓ - Eu não o chamo para insultar, Jesus Cristo, mas para lamentar.

JESUS - E por que deve lamentar, avó?

AVÓ – Eu escutei-o, menino… e eu acho que você está certo ... O que diz é a pura verdade… Mas não me deu paz, mas sim espada, o meu coração está despedaçado.

JESUS - Como a minha mãe quando eu fui para a Jordânia e comecei a proclamar o Reino de Deus ...

AVÓ - Eu vivia tranquila com o meu rosário, meus santos e minhas velas ... E agora, ao ouvi-lo, não sei o que pensar...

JESUS – É que pensar dói.

AVÓ - E a minha fé, que faço agora com a minha fé depois de aprender essas coisas?

JESUS – Fica-te o amor, avó. E a esperança. Deus não falhará. Tão pouco me falhou a mim. Em verdade vos digo que quando descansares estarás comigo no paraíso.

RAQUEL - A comunicação deve ser cortado, Jesus Cristo. Adeus, avó. Estão à procura de Jesus Cristo. A polícia israelita considera-o um perigo para a segurança nacional.

JESUS – Então, Raquel, sacudamos as sandálias, em Jerusalém matam os profetas. Digo-vos por experiência própria. É melhor ir à minha terra natal, a Galileia. Lá você poderá continuar a falar no pouco tempo que me resta.

RAQUEL – Como, já se vai?

JESUS - Já, Raquel. Está na hora.

RAQUEL - Bem, eu também vou mas do ar. Câmbio e desligo, Raquel Perez, Emissoras Latinas, de Jerusalém.

sexta-feira, maio 06, 2011

VÍDEO


Sem comentários...


Dificuldades em Agachar...



Ele era completamente narcisista, estilista e apanhava muito sol....

Uma manhã parou nu em frente ao espelho para admirar o seu corpo e notou que estava todo bronzeado, à exceção do "dito cujo".

Então decidiu fazer algo. Foi à praia, despiu-se completamente e cobriu-se todo de areia, menos aquilo...

Duas velhinhas vinham caminhando pela praia. Uma delas usava um bastão para ajudar a caminhar.


Ao ver 'aquela coisa' saindo da areia, a que tinha o bastão começou a dar voltas ao redor, observando.

Quando se deu conta do que era, disse:

- Não há justiça no mundo!

A outra anciã, que também observava com curiosidade, perguntou-lhe a que se referia.

A do bastão respondeu:

-Olha isso!!!


-Aos 20 anos, dava-me curiosidade;

-Aos 30, dava-me prazer;

-Aos 40, enlouquecia-me;

-Aos 50, tinha que pedir;

-Aos 60, rezava por ele;

-Aos 70, esqueci-me que existia.

- Agora que tenho 80, crescem no solo e eu nem sequer consigo agachar-me...

AGEPÊ - MORO ONDE NÂO MORA NINGUÉM


Concordemos que é um lindo samba e o vídeo muito aliciante para os amantes da natureza... nem que seja só ao fim de semana.


TEREZA

BATISTA

CANSADA

DE

GUERRA



Episódio Nº 100


Papa Moscas ditava-lhe parcelas, quilo e meio de jabá a mil e quatrocentos, três litros de farinha a trezentos réis, um litro de feijão a quatrocentos, um litro de cachaça, duzentas gramas de sal. Em seguida a voz do capitão, embrulhada em riso:

- Quando acabar de fazer a conta, Tereza, vá lá dentro passar um café.

Daniel desfiava a crónica dos castelos e cabarés da Bahia, figuras, nomes, apelidos, casos, anedotas; Justiniano Duarte da Rosa gostava de sentir-se a par do movimento do mulherio da capital, freguês assíduo quando em viagem por lá, e o rapaz tinha graça no contar.

Tereza pousou no balcão a bandeja com o bule de café, as xícaras pequenas, o açucareiro; enquanto servia, ouviu o moço dizer ao capitão – sem dos olhos dela tirar os seus, súplices e insistentes:

- Capitão, enquanto ponho cerca à fortaleza, posso usar seu armazém como trincheira? – No ar elevou-se o cheiro do café, Dan sorveu de um gole – Delicioso! Posso merecer de vez em quando um cafezinho igual a esse?

- Das sete da manhã às seis da tarde, às suas ordens, e o café é só pedir – Ordenou à Tereza – Quando o amigo Daniel aparecer por aqui, e penso que vai aparecer seguido – riu, tocando com o dedo gordo a barriga do jovem – passe um cafezinho para ele. Se estiver ocupada, ele espera, não tem pressa, não é mesmo seu sabidório?

- Pressa nenhuma, capitão, todo o meu tempo agora é dedicado a esse assunto, exclusivamente – Os olhos nos de Tereza, como se falasse dela e para ela.

Desapareceu Tereza com o bule e as xícaras, o capitão informou:

- Consta que Teodora, sabia que se chama Teodora? De apelido Teó. Pois falam que não tem mais nada a defender, é caminho aberto, um artista de circo que passou por aqui lhe fez o benefício. De mim, duvido, para lhe falar com franqueza. Que andaram aos beijos e abraços, é certo, eu mesmo vi aqui do armazém os dois de boca grudada na porta da casa dela; que houve muita putaria houve, mais do que isso não creio. Onde diabo iam acender o pito? Cajazeiras não é Bahia, onde não falta lugar, nem roça com mato à vontade. Sem falar que aqui todo o mundo controla a vida dos outros, você logo vai ver; só tem uma pessoa que não liga para isso e faz o que quer, é seu criado aqui presente. Deixo que falem, vou comendo do bom e do melhor. Em troca não me meto com gente graúda, da laia das vizinhas. Quando me meti foi para me casar. Prefiro caça rasteira, não dá trabalho nem dor de cabeça.

Falando francamente, penso que a moça e o cujo andarem se esfregando, se ela sentiu peso de pau foi na mão, o resto é falatório. De qualquer jeito, cabeçuda ou furada, é um pedaço de mulher.

Daniel alteou a voz, o olhar em Tereza, a ela se dirigindo por cima do ombro de Justiniano Duarte Rosa:

- É a mulher mais bonita que vi em toda a minha vida.

- Ei! O que é isso? Não exagere. Não só que para meu gosto já é um tanto passada, não que despreze, mas dou preferência às moderninhas, como também porque conheço outras melhores, sem comparação. Em Aracaju, no castelo de Veneranda, tem uma gringa, russa ou polaca, sei lá! O que sei é que é todinha loura, da cabeça aos pés, da penugem dos braços aos cabelos do cu. Os cabelos chegam a ser brancos de tão loiros, ela diz que cabelos assim têm um nome lá na terra dela, não sei o que de prata. (clik na imagem)

INFORMAÇÕES ADICIONAIS


À ENTREVISTA Nº 92 SOB O TEMA:


“DEUS OU O DINHEIRO" (4)




Tanta Riqueza é um Mito?



Não há informações claras sobre a riqueza do Vaticano. Há ainda uma forte resistência por parte da autoridade hierárquica católica para aceitar que essas riquezas existem. A resistência também se estende ao debate sobre esta questão.


Esta é, por exemplo, a resposta evasiva de uma fonte oficial da rede de televisão católica EWTN a uma pergunta de um católico fervoroso angustiado: "Como posso defender a minha fé quando atacam o Vaticano por sua riqueza"

Resposta: Os Não-Católicos são os que menos podem falar porque as suas igrejas são, na maioria, empresas privadas da família que lidam com milhões de dólares sendo que não temos conhecimento que possuam qualquer instituição de caridade para o bem de quem quer que seja.. A riqueza do Vaticano é um dos mitos mais difundidos da Apostasia.

O Vaticano, segundo a revista "National Geographic, na sua Edição especial "Por Dentro do Vaticano”, na página 67 diz que" Fortune Magazine examinou as finanças do Vaticano (pensando o Papa entre os mais ricos do mundo) e encontraram-se com a surpresa que as finanças do Vaticano eram de 500 milhões anuais para governar toda a Igreja e suas instituições. Se tivermos em conta que o sistema educativo do estado de Miami tem um orçamento anual de 5 mil milhões para menos de um milhão de estudantes e que o bispo protestante T.D. Jackes, de acordo a Revista Evony, vive numa mansão avaliada em 1,7 milhões dólares e é um dos mais ricos empresários negros nos Estados Unidos; que as instituições de caridade do Papa recolhem cerca de 80 milhões dólares por ano em toda na Igreja no mundo enquanto as corporações protestantes, como TBN (televisão de propriedade do Crouch Shepherds) recolhem nos EUA, numa maratona de uma semana mais de 800 milhões de euros; que Benny Hinn, pastor, vive em uma casa avaliada em mais de um milhão de dólares e usa um relógio Rolex de 70 000 dólares, onde está então a riqueza da Igreja e de um Papa que sempre se veste de branco e não se dá a luxos?

O Vaticano é rico em obras de arte, obras que são Património da Igreja e que guarda há séculos. É rico em objectos de culto que são para a glória de Deus, como os objectos de culto de Israel que eram feitas de metais preciosos, não de dólares! Além disso, quantas obras de caridade mantém a Igreja no mundo? - Orfanatos, leprosarias, escolas, hospitais, etc… não têm conta.


Um protestante acusou a minha irmã das riquezas do Vaticano e ela respondeu-lhe: "A riqueza do Vaticano vê-se porque está nos altares para a glória de Deus, enquanto na sua igreja não se vê porque está em contas bancárias, pastor! "Você não acha que é uma boa resposta?”

quinta-feira, maio 05, 2011

VÍDEO



É um vídeo francês, documentado em África e já muito conhecido mas sempre curioso de ver. A árvore chama-se amaruleira e o fruto, a amarula, é muito gostoso mas possui 17% de alcool. Numa determinada época do ano os animais deslocam-se para a comerem e o resultado é o que se vê: cada amaruleira... de caixão à cova!


CONVERSA ENTRE DUAS MORTAS...


- Como você morreu?
- Morri congelada.
- Ai que horror !!! Deve ter sido horrível ! Como é morrer congelada?
- Bom, no começo é muito ruim: primeiro são os arrepios, depois as dores nos dedos das mãos e dos pés, tudo congelando.
- Mas, depois veio um sono muito forte e eu perdi a consciência.
E você, como morreu?
- Eu? Morri de ataque cardíaco.
Eu estava desconfiada que meu marido estava me traindo. Então, um dia cheguei em casa mais cedo, corri até ao quarto e ele estava na cama, calmamente assistindo televisão.
- Ainda desconfiada, corri até o porão para ver se encontrava alguma mulher escondida, mas não encontrei ninguém.
- Depois, corri até o segundo andar, mas também não vi ninguém.
- Então, subi até o sótão e, ao subir as escadas, esbaforida, tive um ataque cardíaco e caí morta.
- Puxa, que pena...

- Se você tivesse procurado no frigorifico, nós duas estaríamos vivas!

AGEPÊ - MENINA DE CABELOS LONGOS

Como bom vivant, Agepê, morreu de cirrose aos 53 anos quando ainda tinha tanto a dar à música brasileira.

TEREZA


BATISTA


CANSADA


DE


GUERRA


Episódio Nº 99


Na hora exacta da chegada do capitão Justo, vindo da roça, desembarcando da boleia do caminhão a tempo de assistir à troca de sorrisos e palavras gentis; Teó curvada para maior realce dos seios no decote da blusa, Daniel muito bom moço a lhe beijar a mão.

- Olá, capitão.

- Como vai passando cá na terra? – E como Daniel se aproximara e estendia a mão, o capitão baixou a voz para o comentário malicioso: - Vejo que o amigo não perde tempo e já está de bote armado.

Daniel não desmentiu. Com um sorriso cúmplice, tomou do braço do capitão. Os olhos na porta onde Teó mantinha a oferta dos seios, depois nas janelas do primeiro andar para Magda, Amália e Berta, cada uma seu olhar e sua vez. Melhor cobertura não podia haver, solteironas caídas do céu, Deus estava a seu favor. Aliás, a mais moça, não fossem as complicações, bem merecia uns tombos, não era de se jogar no lixo. Mas, com a menina do capitão ao alcance da mão, aquele esplendor, como pensar noutra mulher? Pelo braço de Justino Duarte da Rosa, entrou no armazém.

27

De repente Tereza sentiu o peso dos olhos a fitá-la, levantou a vista, era o moço a conversar com o capitão, muito senhor de si. Por desinteresse e medo, em geral Tereza não se comprazia a trocar olhares com os fregueses. Bem que notava as entradas e saídas de Marcos Lemos, o olho guloso, os sorrisos, a presença diária. Grandalhão e desajeitado, envelhecido para os seus cinquenta anos, Marcos Lemos piscava-lhe o olho, fazia-lhe sinais.

Da primeira vez, Tereza abrira um riso achando graça: tamanho homem, já de cabelos brancos, a pinicar os olhos como um moleque da rua. Passou depois a ignorá-lo, mantendo a vista presa ao caderno onde anotava preços anotados por Pompeu ou Papa-Moscas, por Chico Meia Sola, quando por acaso o cabra de confiança vinha ajudar os caixeiros – Chico cuidava de todos os serviços de rua, do recebimento das mercadorias, chegadas por trem ou no lombo dos burros, carregadores, da cobrança das contas mensais e das atrasadas, raramente atendia ao balcão. Marcos Lemos demorava-se acendendo o cigarro, na esperança de captar um olhar de Tereza, de vê-la rir outra vez; ia-se, por fim, meio cabreiro mas cônscio de estar com lugar assegurado na fila: primeiro nome na lista de Gabi, ninguém se apresentara antes no armazém; quando ela se visse sozinha, posta na rua da amargura pelo capitão, lembrar-se-ia dele. Considerava-se em boa posição.

Ao rumor das gargalhadas, novamente Tereza ergueu a cabeça, o moço tinha os olhos postos nela por cima dos ombros do capitão; curvado, o capitão sacudia a barriga num daqueles incontroláveis frouxos de riso. A mão pousada no balcão, o moço a sorrir: os lábios entreabertos, os olhos de quebranto, os caracóis dos cabelos, a doçura da face, porque o reconhecia Tereza se nunca o encontrara antes? Por que lhe eram familiares o sorriso e a graça? De súbito lembrou-se: o anjo no quadro da Anunciação, na casa da roça, na parede do cubículo, igual, igualzinho, sem tirar nem pôr. Aquela pintura fora a coisa mais bonita vista por Tereza em toda a sua vida; agora via o anjo em pessoa. Ao baixar os olhos sorriu, não foi por querer. (clik na imagem e aumente)

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

À ENTREVISTA Nº 92 SOB O TEMA:

"DEUS OU O DINHEIRO" (3)





Poder e Glória: Alguns Cálculos




O pesquisador britânico David Yallop revelou em 1984, no seu livro "Em nome de Deus" as circunstâncias em que teria sido morto o Papa João Paulo I, em Outubro de 1978, quando havia decidido sanear o mundo financeiro do Vaticano, que naquela data estava envolto em todo o tipo de relações mafiosas e transacções fraudulentas.


Em 2007, Yallop publicou outro livro "O Poder e a Glória", com o objectivo de revelar a personalidade do sucessor de João Paulo I, o Papa polaco Karol Wojtyla, e a manipulação que fez do poder Papal. Yallop deteve-se especificamente em detalhar a cumplicidade de Wojtyla com o mundo obscuro das finanças do Vaticano.


Nunca o Papa João Paulo II demitiu os chefes responsáveis pelos macabros escândalos financeiros como também boicotou as medidas decididas pelo seu antecessor.


Ao longo deste livro, Yallop faz várias estimativas de cálculo das riquezas do Vaticano. Por exemplo, quando João Paulo II chegou ao poder em 1979, a posição financeira real da Santa Sé estava dispersa por várias instituições. Havia a Administração do Património da Sé Apostólica (APSS), com suas Secções, Ordinária e Extraordinária. A Secção Ordinária guardava a fortuna das várias Congregações, Tribunais e Escritórios. Especificamente, possuía grande quantidade de bens imóveis do papado. Só em Roma, ascendem a mais de 5 000 apartamentos alugados.


Em 1979, os activos brutos desta Secção foram superiores a mil milhões de dólares. A Secção Extraordinária em outro banco do Vaticano, era tão activo nas suas especulações do mercado diário da Bolsa de Acções como o IOR (Instituto para Obras Religiosas, o chamado Banco do Vaticano), controlado por Marcinkus que se especializou no mercado cambial e trabalhava em estreita colaboração com o Credit Suisse e Société des Banques Suisses. Os seus activos brutos no final de 1979 foram superiores aos 1.200 milhões de dólares.


O Banco do Vaticano, dirigido por Marcinkus tinha activos brutos superiores aos mil milhões de dólares. Os ganhos anuais em 1979 foram superiores a 120 milhões de dólares, dos quais 85% foram directamente para o Papa para os usar como achasse melhor. No final de 1979, e apenas na Alemanha Ocidental, a Igreja Católica recebeu 2 mil milhões de dólares do Estado como parte do imposto anual da igreja.



Nos capítulos "O Inc. Vaticano I" e "do Vaticano II Inc." de seu livro, Yallop fornece informações abrangentes sobre os escândalos financeiros do Banco do Vaticano e do Banco Ambrosiano, uma história que inclui o suicídio, assassinatos, processos judiciais, fraude, extorsão, calúnia e um emaranhado denso de corrupção, que acompanhou o Papa João Paulo II.

quarta-feira, maio 04, 2011

DEIXA EU TE AMAR - AGEPÊ


António Gilson PorfÍrio (Agepê), nascido no Rio de Janeiro em 1942 e falecido em 1995 com uma cirrose. Os seus sambas foram êxitos enormes. Este, por exemplo, vendeu mais de um milhão de cópias.


SERÁ QUE O INIMIGO ESTÁ NO CÉU?

VÍDEO


Temos os mesmos gostos...

MENTIRINHA DE MERDA!!!...


Um tipo foi à Casa da Sorte e dirigiu-se à empregada dizendo que queria jogar na lotaria.
- Olhe, não tenho a menor ideia sobre quais números escolher para comprar uma cautela.Pode ajudar-me?
- Claro, respondeu ela, vamos lá. Durante quantos anos frequentou a escola?
- 8
- Perfeito, temos um 8.
- Quantos filhos tem?
- 3
- Óptimo, já temos um 8 e um 3.
Quantos livros você já leu até hoje?
- 9
- Certo, temos um 8, um 3 e um 9.
- Quantas vezes por semana faz amor com sua mulher?
- Caramba, isso é uma coisa muito íntima - diz ele.
- Mas você não quer ganhar na lotaria?
- Está bem, 2 vezes.
- Só??? Bom, deixe lá.
- Agora que já temos confiança um com o outro, diga-me.
Quantas vezes já levou no cu?
- Qual é, minha? - diz o homem, zangado
- Sou muito macho!!!
- Não fique chateado. Vamos considerar então zero vezes.
- Com isso já temos todos os números: 83920.
- O tipo comprou o bilhete que correspondia ao número escolhido.
No dia seguinte foi conferir o resultado:
- O bilhete premiado foi o 83921.
- Diz ele, F... da P...! Por causa de uma MENTIRINHA de MERDA, não fiquei milionário!!!

TEREZA

BATISTA


CANSADA


DE


GUERRA


Episódio Nº 98




- Preocupada? Por quê? Conte tudo, Teó, pela alma da nossa mãe.

- Ainda não vieram. Se não vierem, me mato, juro.

- Não diga tolice. O que é que não veio ainda? Me diga, pelo amor de deus.

- Minhas regras este mês.

- Estão muito atrasadas?

Atrasadas de dias e os seios doíam-lhe, certos sintomas, Magda. Magda reuniu em segredo as irmãs, Teó está grávida, manas, uma tragédia, o que devemos fazer? Fala em matar-se, é capaz de tudo, uma desmiolada. Acontecesse com estranha, disse Amália, e acharia bem feito, provou do bom e do melhor, pois que pague, mas se tratando de Teó parece-lhe necessário chamar a parteira Noquinha, perita fazedora de anjos, Noquinha?

Perita, sem dúvida, mas linguaruda, incapaz de descrição, objectou Magda; não será melhor doutor David, médico da família?

Nem Noquinha, nem doutor David, na opinião de Berta: Teó está nos querendo fazer de bobas, para a gente pensar que a coisa se deu. E você acha que não se deu? Acho, sim; não deu, não comeu, não meteu. Basta, ordenou Magda, a mais velha, esperemos então.

Durou pouco o suspense, as regras vieram, mas Teodora permaneceu ambígua, distante e grave, com aquele ar de superioridade de quem possui um passado e um segredo; as irmãs continuaram na incerteza e na inveja, a discutir o assunto. A cidade também, até hoje a dúvida perdura. Teodora na janela em devaneio, olhos ao longe, suspiros. Dos enigmas de Cajazeiras, o mais apaixonante.

O armazém do capitão Justo constituía a mais permanente diversão das quatro irmãs nas janelas do primeiro andar a controlar a freguesia, anotando o volume de compras, respondendo aos cumprimentos, matando o tempo infinito das vitalinas. Ultimamente o movimento aumentara, crescera a freguesia masculina.

Magda, a pretexto de ocupações inadiáveis da empregada, foi em pessoa às compras, esclareceu o motivo da romaria. Deu-se conta ao entrar: curiosidade em torno da moça em somar parcelas, rapariga do capitão. Moleca nova, de cabelo escorrido e cara assustada, assim a descreveu Magda às irmãs, e não deixava de ser uma descrição correcta. Com o tempo, a curiosidade diminuiu, apenas Marcos Lemos afreguesara-se, comprando cigarros pela manhã, fósforos á tarde ao voltar do escritório da usina.

Quando Daniel foi visto pela primeira vez estudando com atenção as venezianas das janelas, as quatro irmãs estremeceram nos alicerces. Pôs-se Magda ao piano, encheu o ar de valsas; Amália temperou a voz, Berta temperou as tintas da aguarela, Teodora plantou-se na janela, vestida de festa e de esperança.

Impossível homem mais bonito e cavalheiro. Educadíssimo, não fosse estudante na capital e filho do doutor juiz: tendo a tímida Amália chegado à porta da rua, para salvar dos perigos da liberdade o gato Mimoso, capado e obeso, ainda assim devasso e rueiro – dera em chibungo – Daniel cortou o caminho do fujão, entregando-o nas mãos de Amália desfalecente. Largos cumprimentos, sorrisos e olhares saudaram Magda e Berta quando se ficaram a ver nas janelas; agradeceu com palavras de poeta o copo com água fresca solicitado à empregada e pessoalmente
servido por Teodora.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS


À ENTREVISTA Nº 92 SOB O TEMA:


“DEUS OU O DINHEIRO"
(2)


SEM ARREPENDIMENTO




A gigantesca fraude da Doação de Constantino permitiu à Igreja Católica acumular um património, parte do qual ainda hoje existe. Durante séculos, este texto falsificado permitiu aos Papas tirarem e pôr autoridades civis, anexar territórios e decidir sobre a política da Europa.


Embora desde o Ano 1001 já se soubesse que o documento era falso, só em 1440 é que Valla Laurenzi, humanista, educador e filósofo, e também secretário Pontifício, descobriu através de uma análise linguística detalhada que o documento era uma farsa. Esta descoberta só foi publicada em 1519, quando Lutero começou a lutar contra a autocracia Papal na Alemanha. Valla foi então excomungado.


Embora o Vaticano não tenha reconhecido a fraude até ao século XIX, por força das mudanças políticas que surgiram em todo o mundo, os Papas nunca demonstraram remorso pela fraude, nem muito menos vontade de alguma forma, em devolver as coisas roubados e extorquidas durante séculos graças à "Doação de Constantino".

A Riqueza do Vaticano



Depois de acumular bens e dinheiro e impor durante séculos o seu poder e as suas leis à Europa, o Papado perdeu grande parte das suas propriedades e no século XIX ficou "reduzido" ao que é hoje, o Vaticano, uma Cidade - Estado de apenas 0,439 quilómetros quadrados com uns milhares de habitantes sendo o Estado soberano menos extenso e menos populoso. A Basílica de São Pedro e a Praça de São Pedro ocupam 20% do território desse Estado.


Apesar de suas perdas territoriais, o Vaticano é um estado riquíssimo mas as suas propriedades, as suas actividades financeiras e os seus negócios são sempre mantidos em segredo. Não existem estimativas verificáveis do património do Vaticano que se calcula entre 1 bilião e 12 biliões de euros. Afirma-se que um terço dos edifícios de Roma ainda são de propriedade do Vaticano e que os tesouros em ouro acumulados neste mini-Estado são fabulosos, dos maiores do mundo. Existem várias hipóteses sobre a riqueza actual do Vaticano. A história de dois milénios pode fornecer-nos pistas, se não sobre a riqueza actual, pelo menos sobre como se acumularam tantas riquezas.


Em www.freie-christen.com/riqueza_de_la_iglesia.html, aparece um documento intitulado "A riqueza da Igreja é dinheiro manchado de sangue." Nele, pode -se encontrar muita informação útil e boa literatura sobre o assunto. O índice fornece um catálogo ou lista de informações e de investigação: "A riqueza do Vaticano: ouro, acções, fundos fiduciários, a terra, as cidades/imobiliárias. Super-Ricos por: escravidão, servidão, bênçãos e títulos, perdão de comércio, Inquisição, queima de bruxas, falsificação, legados fraudulentos, dízimos, taxas de vendas, assassinato, a receitas laterais, prostituição e subvenções explorando o povo”.

terça-feira, maio 03, 2011

FINALMENTE, MATARAM OSAMA BIN LADEN.

A crença religiosa foi utilizada por este homem para pôr em prática um projecto maquiavélico de conquista do mundo levando compatriotas seus a matarem-se a si próprios e a milhares de inocentes apenas com a preocupação de quantos mais melhor.

Este comportamento continua a ser um “prodígio” da religião, principal factor de ruptura, separação e ódio nas sociedades humanas. A religião potencia a violência, transforma-a num vírus mortal, cego, irracional, "virtuoso", a vergonha da espécie humana.

Para milhares de seguidores e simpatizantes seus, Bin Laden passou a herói, mártir e “santo”. O desprezo pela própria vida e do semelhante sacrificado, representa o elogio máximo, o mais alto patamar da sublimação religiosa, o estádio mais elevado de admiração, respeito e culto.

Recordo uma entrevista concedida por Bin Laden e transmitida pela televisão, pouco tempo após o 11 de Setembro, em que ele com aquele ar lânguido e doce que lhe era peculiar, confessava-se agradavelmente surpreendido e discretamente vaidoso porque o número de vítimas do ataque às Torres Gémeas, que por mero acaso vi em directo pela televisão horrorizado e perfeitamente estupefacto, tinha sido superior às suas previsões.

A existência de pessoas destas são uma fatalidade para a humanidade, a religião o seu campo de exercício por excelência e todos nós as suas vítimas.


SE É PARA OFENDER QUE SEJA ASSIM...




«Há dias, Donald Trump discursou no Casino da Ilha do Tesouro, em Las Vegas. Ele é um famoso milionário, capaz de falências estrondosas e sucessos ainda maiores, e estava ali para começar nova carreira. A assistência era de membros do Partido Republicano e o encontro chamava-se "De Ronald a Donald". De Reagan a Trump, pois, uma palavra de ordem para resolver a ausência de candidato republicano capaz de bater o democrata Obama nas eleições de 2012. Trump, pré-candidato republicano, levou para Las Vegas uma carta na manga: será que Barack Obama nasceu mesmo em território americano (como a Constituição obriga a um Presidente)? Obama nasceu na americana Honolulu (Havai) como dizem os seus documentos oficiais mas desenvolveu-se uma teoria da conspiração sobre o assunto. Até agora coisa estava circunscrita a lunáticos mas o famoso milionário disse que mandou detectives ao Havai para tirar a coisa a limpo... Esta semana, a Casa Branca respondeu-lhe: publicou a certidão de nascimento oficial (sim, foi Honolulu). Na sexta-feira, no jantar anual dos jornalistas acreditados na Casa Branca, encontraram-se Obama e Trump. É costume o Presidente, nesse jantar, discursar com humor. Obama disse querer mostrar o "vídeo oficial do seu nascimento": e viu-se uma cena de "O Rei Leão", com o leãozinho a nascer em África. Estocada final: "Atenção, estou a brincar", insistiu Obama. Não fosse o lunático que estava na sala acreditar.» [DN]



Fonseca Fernandes



CURTINHA...




O telefone toca à noite:

Marido: - Se for para mim, diz que eu não estou em casa.

Mulher atende e diz: - Ele está em casa.

Marido: - Mas... que diabos!

Mulher: - Era para mim...!!!

VÍDEO


Há sempre uma câmara à espera do acontecimento...


RITA PAVONI - SOLO TU

Os anos sessenta foram uma época de grandes transformações no mundo ao nível do pensamento, da política e as artes, muito particularmente a música, francesa, italiana,inglesa e brasileira, expressaram essas alterações. Rita Pavoni, nascida em 1945, em Torino, não só é um dos maiores nomes femeninos da música italiana como fez parte da história musical desses anos sessenta. Ela teve a carreira internacional mais bem sucedida com um número de discos vendidos superior a 35 milhões. Tinha um a forma especial de fazer "sua" toda a canção que cantava, fosse pela interpretação, pela divisão melódica ou fazendo mesmo alterações nas letras.


TEREZA

BATISTA

CANSADA

DE



GUERRA



Episódio Nº 97


Péssima a fama do capitão. Atrabiliário, violento, brigão, maus bofes e maus instintos. Embora precavido, inimigo de encrencas, Daniel não se alarmou com as informações de Marcos Lemos, exageros do simpático guarda-livros. Dan confiava em sua constante boa estrela e na experiência de casos anteriores, não acreditando fosse o valentão dar maior importância ao comportamento de uma das suas muitas, como dizer, Daniel?, digamos raparigas, palavra de ilimitado conceito, pois tão mísero afecto lhe dedicava a ponto de ter, além dela, duas e três ao mesmo tempo, na roça, nas pensões, em cantos de rua, inclusivé ali nos fundos do armazém, nas fuças da moça.

E porque diabo haveria o capitão de saber? Prudência e cautela serão necessárias; de prudente e cauteloso Daniel possui diploma de doutor. No presente episódio houve ademais a ajuda das circunstâncias, a estrela de Dan não lhe faltou.

Bem fronteiro ao armazém, elevava-se o chalé das Morais, uma das melhores residenciais da cidade, habitada por quatro irmãs, remanescentes de clã outrora poderoso, herdeiras de casa de aluguel e de acções da fazenda federal. Alegres, apatacadas, bonitas, perfeitas donas de casa, vivessem na capital e de certo não lhe faltariam pretendentes à mão e ao dote. Ali, no entanto, andando a mais velha pelos vinte e oito anos e a mais moça pelos vinte e dois, estiolavam-se, fadadas ao barricão, sem outras perspectivas, além de festas de igreja, das novenas e trezenas, dos presépios de Natal da confecção de bolos e doces. Antes, é claro, daquelas férias de Junho e da aparição de Dan na calçada fronteira.

Magda, a mais velha, arranhava piano, estudara com as freiras; Amália declamava “Meus Oito Anos”, “As Pombas”, “In Extremis”, com muita expressão; Berta copiava paisagens com lápis de cor e aguarela, podem ser vistas nas paredes do chalé e em casa de famílias amigas; Teodora tivera um caso com o famoso malabarista grego do Grande Circo do Oriente, trocaram beijos e alianças ao luar e, no escuro, e ela primeiro falara em fugir, depois em matar-se, quando o galã conduzido à delegacia para esclarecimentos (a rogo de Magda, feito em segredo ao delegado, mas que ninguém jamais saiba, se chegar aos ouvidos de Teodora a indébita intervenção da primogénita, o mundo virá abaixo), posto contra a parede e sob a ameaça de couro confessou-se nacional e casado, embora traído e abandonado pela mulher.

Pífio depoimento de melancolias, apesar dele talvez Teodora mandasse às favas a honra da família e seguisse o aflito artista na sedutora esteira do mambembe, se o ateniense de Cataguases não houvesse picado a mula na calada da noite sem esperar o desmonte do pavilhão do circo.

Romântico episódio, comovera a cidade. Idílio curto, porém intenso, os dois amorosos em toda a parte, em exibições de ternura, Teodora indócil a conselhos e ralhos, sonhos de amor findando em anedota, ainda hoje permanece uma dúvida a desafiar a argúcia das comadres: o rei internacional dos jogos malabares (assim constava dos programas do circo) chamara aos peitos a jovem Teodora, aliviando-a dos tampos, ou permanecera ela virgem, incólume, honrada, no ora veja? Nem mesmo as irmãs mortas de vontade de saber o sabiam, pois a maior interessada em exibir-se sem mancha, pura e íntegra, a própria Teodora, mantinha a dúvida, respondendo com meias palavras, com risinhos dúbios, com suspiros fundos a qualquer insinuação ou tentativa de esclarecimento.
Ameaçando suicídio, logo após a partida do circo, alarmara Magda:
- Sabe, Magda, estou preocupada. Não diga nada às manas.
(clik na imagem e aumente)

INFORMAÇÕES ADICIONAIS


À ENTRVISTA Nº 92 SOB O TEMA:

“DEUS OU O DINHEIRO" (1)


Lenda Sobre Lenda



A lenda católica tradicional diz que, antes da batalha em que se tornou Imperador Romano do Ocidente em 312, Constantino viu uma cruz no céu como um símbolo de sua vitória e decidiu-se "converter" ao cristianismo.

Constantino morreu em 337 e, embora tenha sido baptizado no seu leito de morte, outra lenda conta que o Papa Silvestre I o tinha curado de lepra, após sua vitória militar e, em gratidão, Constantino teria deixado tudo em herança ao Papado Romano.


Donos de um Império


Quatrocentos anos depois da morte de Constantino, o Papa Estêvão II emitiu um decreto imperial, totalmente desconhecido até então, a "Doação de Constantino", de 30 de Março de 315. Nele, o Imperador "doava" à Igreja de Roma uma expansão colossal do território do Império, "por gratidão ao papa Silvestre ", "que o teria curado da lepra."

O documento foi realmente uma falsificação feita pelo Papa Estêvão II para forçar uma aliança com Carlos Magno, trazendo-o para combater os lombardos, que ameaçavam o poder do papado romano. Por essa altura, o Império Romano já tinha caído e vários reis europeus foram dividindo entre si os bocados. Era uma situação muito complexa e volátil, e o documento fraudulento fazia do Papa de Roma praticamente dono de toda a Europa. A falsificação serviu durante séculos para estabelecer e aceitar as regras de um poder nunca antes visto na história, o poder do papado.

segunda-feira, maio 02, 2011

VÍDEO


Nunca se deve virar as costas a um touro... mas este ataque é perfeitamente excepcional, a confiança do forcado revela exactamente isso e serviu-lhe de lição para o resto da sua vida de pegador de touros.

SÉRGIO BITENCOURT E ELISETH CARDOSO - NAQUELA MESA


Sérgio Bitencourt, também ele músico e compositor, era filho de Jacob "do Bandolin" (1918/1969) que foi a maior referência do Brasil no instrumento que virou parte de seu nome e elevou aquele instrumento a um lugar de honra na música brasileira. Neste samba, o filho Sérgio homenageia o pai: "Naquela Mesa" está faltando ele/e a saudade dele/está doendo em mim.


TEREZA


BATISTA

CANSADA

DE

GUERRA
Episódio Nº 96


Daniel é mestre em tais matérias, merece fé. Mas nesse interior de fazendeiros e jagunços onde a civilização ainda não chegou, é aconselhável evitar senhoras casadas numa prova de respeito à família legalmente constituída e de prudência.

Em compensação existem as amigadas – amásias, concubinas, moças, mancebas, comborças, amigas. Não implicando a amigação em compromissos de honra assumidos ante juiz e sacerdote, apenas juras de amor e tratos de dinheiro, é quase nulo o perigo de escândalo, menor ainda o de violência. Quem vai armar escândalo por causa de amásia, matar por concubina?

Segundo os códigos de Daniel, em tal condição não se pode arguir com lar desfeito, honra ofendida.

Rápido exame na classe das amásias locais revelara de imediato o mau gosto predominante: valorização excessiva da gordura como elemento de beleza e exigência de variadas prendas domésticas sobretudo as referentes ao domínio da culinária, boa amásia deve ser cozinheira de mãos de fada. Dignas de atenção apenas três, sendo que a uma delas não se podia aplicar com justeza a designação de amiga, doce apelo, ou qualquer dos seus sinónimos; mais bem uma criada, moleca nos lençóis e no capricho do patrão.

A primeira, mulata branca de muita classe, de rija carnação, embora cheia de corpo, alva na cor, negra nos traços, boca gulosa em rosto sereno, certamente fina de cama – percebe-se pelo molejo das ancas – era há mais de um lustre a verdadeira esposa do colector Aírton Amorim, estando a outra paralítica numa cadeira de rodas; dificilmente poria em jogo a excelente posição alcançada e a perspectiva de comparecer ante o padre e o juiz assim lhe favorecesse nossa Senhora do Ó, de quem é fervente devota, fazendo jeito da primeira desimpedir quanto antes o beco, levando-a dessa para a melhor, afinal, mãe do Céu, passar o dia numa cadeira de rodas, entrevada, sem falar, sem se mexer, enxergando apenas uma réstia de luz, não é vida para ninguém, e a dita cuja só não entrega os pontos de ruim, para aporrinhar.

A segunda, também de visível competência, tinha sabor de incesto, pois se tratava de Belinha, manceba do juiz. De longe, Marcos Lemos a apontara na rua por onde vinha de sombrinha e criada para o dentista talvez. Daniel adiantou-se para com ela cruzar e observá-la de perto; Belinha apurando o caminhar maneiro, suspendeu os olhos ariscos para melhor reconhecer o filho do juiz. Daniel sorriu-lhe gentil e a cumprimentou: a bênção, Mamãe. Ela não respondeu, mas achou graça num riso manso e, de olhos baixos, rebolando a bunda, se foi.



Nas ausências do meritíssimo, consolava-se com um primo, assuntos de família, capazes de tentar o estudante em férias da Faculdade e da agitada vida da capital, não fosse a moleca do capitão um sonho de menina, junto a elas as demais não existiam, como medrara em terra assim agreste flor tão esplêndida? Marcos Lemos, na vaidade de cicerone do simpático jovem, não resistira e revelara a presença daquela gata borralheira (dera o título de Gata Borralheira a um madrigal inspirado em Tereza) amásia do capitão. Amásia exactamente não, apenas um dos muitos caprichos de Justiniano Duarte da Rosa.

Daniel pôs os olhos nela, ficou maluco, suas
paixões eram fogaréus arrasadores. (clik na imagem)

ENTREVISTAS FICCIONADAS


COM JESUS CRISTO Nº 92 SOB O TEMA:


“DEUS OU O DINHEIRO"




RAQUEL - Sim, um momento por favor ... não senhor, Emissoras Latinas respeita a liberdade de opinião de todos os nossos convidados… e especialmente se ele é Jesus Cristo... uff! ... acho que estamos em apuros ...

JESUS -
O que está acontecendo, Raquel?

RAQUEL - Após o debate com o Papa, o telefone não parou de tocar ... o público, ou melhor, uma parte do público está indignado pelas suas palavras. Que nos vão denunciar se não encerrarmos imediatamente este programa.

JESUS - E o que os incomoda tanto?

RAQUEL – Que o senhor ofendeu o Santo Padre.

JESUS – Eu? Esse homem é que ofende os pobres. Como pode ele falar em meu nome vestido como um imperador? Eu disse isso muito claramente: “Tu não podes servir a dois senhores, Deus ou o dinheiro”.

RAQUEL
– Sejamos razoáveis, Jesus Cristo. No Vaticano, igrejas, pinturas, esculturas, jóias… são obras de arte valiosas.

JESUS – Raquel, nesta viagem eu já vi muitos homens e mulheres pobres, crianças com fome. Eles são a maior obra de arte… à imagem e semelhança de Deus… Todos os tesouros e riquezas guardadas nesses Templos não valem o que vale um deles.

RAQUEL - Sim, mas ...

JESUS – Raquel, tu és mãe, não é verdade?

RAQUEL - Sim, tenho dois filhos ...

JESUS – Se vires os teus filhos passarem fome atreves-te a usar anéis de ouro, vestidos de luxo e coroas?

RAQUEL - Bem, dito assim…

JESUS - Não há outra maneira de dizer.

RAQUEL – Sim, mas o que podem eles fazer com tudo o que eles têm, vender?

JESUS
- Vender, doar, fazer o que quiserem. Mas, em verdade vos digo, que será mais fácil os camelos passarem pelo buraco da agulha.

RAQUEL - Um ouvinte ... Sim, olá… Pepe Rodriguez, o investigador?... Como... Quer comentar o recente debate com o Papa?

PEPE - Sim, Jesus foi magnífico. E eu queria informar que, para além da sensibilidade social revelada, toda a riqueza que ele viu no Vaticano através da televisão foi roubada.

RAQUEL– Como, roubada? Está se referindo ao negócio das indulgências que discutimos em outro programa?

PEPE - Não, refiro-me à Doação de Constantino.

RACHEL - Pode explicar-se melhor?

PEPE - Ouça, Raquel e ouça também Jesus Cristo: Quatro séculos depois da morte daquele sinistro Imperador que foi Constantino, a Igreja Católica apresentou um documento que ela dizia ter sido escrito pela mão de Constantino.

RACHEL – E que documento foi esse?

PEPE - Bem, o imperador deu à igreja de Roma, na pessoa do Papa Silvestre, o seu próprio palácio.

JESUS - Um palácio para um representante meu?

PEPE - Ele deu também a insígnia imperial e o traje real de púrpura. Esse manto vermelho que até hoje é usado pelos Papas é uma lembrança de Constantino.

RAQUEL - Difícil de acreditar...

PEPE - Mas agora vem o melhor: Nesse documento, Constantino deu ao Papa de Roma toda a Itália e as províncias ocidentais do Império, milhares e milhares de hectares, metade da Europa.

RAQUEL - Mas Constantino assinou realmente esse documento?

PEPE - Não, a famosa Doação de Constantino foi um documento forjado, falsificado por ordem de um outro papa, Estêvão Segundo. Foi assim que a igreja romana acumulou uma riqueza tão grande que ainda hoje continua a viver dos rendimentos do roubo.

JESUS - Eu não posso acreditar no que estou ouvindo ...

RAQUEL - Obrigado, Pepe Rodriguez ...uff… Jesus Cristo, eu tento manter a imparcialidade jornalística, mas…

JESUS
- Eu não tenho. Os padres no meu tempo eram cobrazitas ao lado desta espécie de víboras.

RAQUEL
- Eu acho ... é melhor terminar o programa. De Jerusalém, Emissoras Latinas, Raquel Perez.

domingo, maio 01, 2011

HOJE É



DOMINGO

(Da minha cidade de Santarém)


De novo sentado à mesa do meu Café nesta manhã de Domingo, abstraído do ruído da restante clientela, olho para o jornal aberto na minha frente e leio que “os portugueses estão cada vez menos confiantes quer em relação à situação económica do País quer à sua própria situação”, segundo apurou o prestigiado Barómetro da Marktest, nunca esses valores foram tão baixos.

Sinceramente, não esperava diferente: uma população extremamente envelhecida, dependente de reformas e pensões cujos valores não sabem quanto irão baixar ou, sei lá, mesmo pior se a Europa não se concertar em emprestar-nos dinheiro;

A mais baixa taxa de natalidade, a maior taxa de desemprego dos últimos 90 anos, a segunda maior vaga emigratória dos últimos 160 anos;

A produtividade e o PIB a crescerem à taxa de 0%, a taxa de poupança mais baixa dos últimos 50 anos e a maior dívida pública dos últimos 120 quando, em 1891, tivemos de declarar a bancarrota.

Em 1983 solicitámos a intervenção do FMI que nos disponibilizou 650 milhões de dólares… Hoje estamos a discutir um resgate até 100.000 milhões!!!

As famílias estão apreensivas, desconhecendo até onde poderão continuar a funcionar como “almofada” de apoio à geração dos filhos e dos netos.

Claro que, nesta situação e com estas perspectivas, os valores registados pela Marktest só podem ser os piores de sempre.

Por outro lado, o momento político também não podia ser pior. A disputa do poder nas eleições que estão aí à porta têm levado os políticos a acusarem-se mutuamente da responsabilidade da crise.

Os homens da “Troika” fazem a avaliação das nossas Contas, tintin por tintin, mergulhados nos papéis, nos mapas, nos relatórios, ouvindo, escutando, enquanto o governo manda tudo para férias da Páscoa…

Provavelmente, na maioria das cabeças dos cidadãos, governarem uns ou outros já não é o mais importante, confrontados e preocupados que estão com o seu futuro imediato desejariam mesmo era vê-los concertados, humildes, com sentido de responsabilidade, na posição correcta de quem estende a mão…

Em 1983, Ernâni Lopes, Ministro das Finanças e do Plano e o seu Secretário do Tesouro, António de Almeida, no regresso de uma deslocação a Washington de conversações com o FMI, tiveram de fazer escala e pernoitar em Nova York. A situação do país era grave e o Ministro mandou reservar no Hotel apenas um quarto para os dois, adiantando para Secretário do Tesouro:

- “António, é preciso austeridade”…

Este tipo de pessoas despertam-me uma enorme saudade… recordo-o de São Martinho do Porto – onde ele tinha casa e eu passava férias no Parque de Campismo - do alto do seu cachimbo, passeando na marginal.

Penso nas pessoas de mais baixos rendimentos, nos que ficaram sem rendimento algum, e torna-se evidente que a nossa sociedade nunca se apresentou tão perigosa e estranhamente desequilibrada como hoje, quando oiço os valores das remunerações dos gestores de certas empresas, GALP, EDP, PT, etc… a ultrapassarem em muito o milhão de euros anual e, pior ainda, quando se pretende fazer passar a ideia de que nada há de mal nesses valores e que devíamos até estar agradecidos a essas pessoas que gerem empresas criando riqueza e postos de trabalho…

Continuo a ler as notícias do jornal e, para meu espanto, verifico que Barack Obama teve de mandar publicar a sua Certidão de Nascimento para desfazer dúvidas de que é mesmo um cidadão americano, nascido no Havai, filho de mãe americana e de um queniano… vejam lá!...Afinal foi só há 43 anos, a 4 de Abril de 1968, que Martin Luther King, com 39 anos de idade, foi assassinado por ódios raciais. Pressentindo a sua morte, King, poucos dias antes, pedia aos seus seguidores:

- “ No meu elogio fúnebre, que não deve ser demorado, não mencionem o facto de eu ter ganho o Prémio Nobel da Paz além de 300 ou 400 Condecorações. Digam antes: Martin Luther King procurou praticar o amor e servir a humanidade.”

Mas a vida vai continuar… talvez tenhamos que rectificar algumas “coisitas”, descobrir outras…umas aprendem-se a bem, por nós próprios, outras a “mal”, impostas. Foi sempre assim na história das sociedades e também nas nossas vidas… vencer a inércia para mudar atitudes pode ser doloroso mas muito importante para o nosso futuro colectivo. No próximo Domingo já saberemos.

Bom Domingo a todos.


(imagem do rio Tejo em período de cheias)

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