O homem tem, inquestionavelmente, a
qualidade da coerência. Ele “vende-se” tal como se “anuncia”, nada de
surpresas, tudo absolutamente previsível como agora acabou de se verificar a
propósito das medidas a tomar para diminuir o impacto da actividade económica
do mundo na degradação das condições climáticas, adopt adas
por todos os países do planeta dos quais ele excluiu a América. Ele nega a
ciência, nega as evidências
Uma sociedade que se deixa enganar por
um demagogo ignorante, ricalhaço e birrento que se apresenta com um ovo
estrelado na cabeça e cujo discurso não passa de “meia dúzia” de palavras
bolorentas de velhas e ressequi das
é, reconheço, demasiado castigo para uma América que, na realidade, nem o queria.
Vai ficar na história daquele grande
país pelas piores razões que prejudicam o mundo inteiro no futuro a favor do
interesse imediato de duas empresas de exploração de combustíveis.
A minha esperança é que ainda se vá a
tempo de evitar o pior porque não acredito que venha a ser reeleito e até lá
haverá tempo de reconsiderar sobre as consequências das suas decisões.
O seu tweeter, no qual regista diária e
telegraficamente, os seus pensamentos, mesmo que sejam palavras sem significado
inventadas por um cérebro doentio, é um testemunho, senão da sua insanidade
mental, pelo menos, da sua perigosa ausência de bom senso que passa pela
construção de muros a separar países ou o encerramento das fronteiras aos
emigrantes oriundos de países islâmicos do norte de África...
Trump é um indesejado aos olhos do mundo
e não só. A sua esbelta mulher, recrutada no seu stock de candidatas a Miss
Universo, programa do qual era apresentador na televisão, recusou dar-lhe a mão
quando desfilava a seu lado, como as imagens que correram mundo mostraram, como
que dizendo:
- “És o meu dono mas não o meu
namorado...”
Os eleitores que o levaram á presidência
contra a vontade da maioria dos americanos - menos de cerca de três milhões de votos que a
sua rival mas tendo a seu favor o sistema eleitoral americano, deviam colocar
uma gravata preta em sinal de luto e arrependimento a contracenar com a sua
enorme e bizarra gravata encarnada com que ele se apresenta.
Ficou sozinho contra o resto do mundo ao
não subscrever o Acordo de Paris de proteção às alterações climáticas o que
não o deve importunar nada dada a sua arrogância e desprezo pelos outros.
Este homem é mal formado e perigoso dado
o poder que tem como Presidente da maior potência militar do mundo e a sua
eleição só pode ser fruto dos tempos que vivemos, da confusão das ideias no
baralhar dos valores.
Para ele, impera o interesse dos milhões
que o guiam como o mais importante farol da sua vida.
É certo que seria preciso mudar a
política mundial de décadas, a mesma que trouxe o aquecimento global, o degelo
das calotes polares, a subida dos mares, o futuro desaparecimento de ilhas e
litorais e em situações destas toda a humanidade fica prejudicada mas uns mais
do que os outros. Os ricos, como todos sabemos, entre os quais, destacadamente,
se encontra Trump, safam-se sempre melhor...
Trump não é um líder mundial. Para isso
faltam-lhe qualidades como homem e estofo de político como personalidade. Na realidade, não passa de um “reles” e vaidoso milionário...