Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, fevereiro 28, 2015
Palavrão
Por
Millôr Fernandes (para maiores de 18 anos),
advertência desadequada e ridícula
nos tempos que correm.
O nível de stress de uma pessoa é
inversamente proporcional à quantidade de (foda-se!) que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o
conceito do “foda-se!?”
O “foda-se!” aumenta a minha
auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas, liberta-me.
- “Não quer sair comigo?” então,
“foda-se!”
- “Vai querer mesmo decidir essa
merda sozinho(a)?! então, “foda-se!”
O direito ao “foda-se” deveria estar
assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso.
São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de
expressões que traduzem com maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos
sentimentos.
É o povo a fazer a sua língua. Como o
latim vulgar, este virá a ser o português vulgar que vingará, plenamente, um
dia.
“Comó caralho”, por exemplo. Que
expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade do que “comó caralho”?
“Comó caralho” tende para o infinito,
é quase uma expressão matemática.
A Via Láctea tem estrelas comó
caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!
Entendes?
No género do “comó caralho” mas, no
caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso “nem que te fodas”.
Nem o não, não e não e tão pouco o nada é eficaz e sem nenhuma credibilidade,
“não, nem pensar!” o substituem.
O “nem que te fodas” é irretorquível
e liqui da o assunto. Liberta-te, com
a consciência tranqui la, para outras
actividades de maior interesse na tua vida.
Aquele pintelho, de 17 anos, que lá
tens em casa, atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas
tempo, nem paciência, solta logo um definitivo: “Huguinho, presta atenção,
filho querido, nem que te fodas! O impertinente aprende logo a lição e vai para
o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema e tu
fechas os olhos e voltas a curtir o CD…
Há outros palavrões igualmente
clássicos. Pense na sonoridade de um “pu-ta-que-o-pa-riu”, falando assim,
cadenciadamente, sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante um
qualquer “puta-que-o-pariu”, dito assim, põe-te outra vez nos eixos. Os teus
neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a
atitude que te permitirá dar o devido troco ou livrares-te de maiores dores de
cabeça.
E o que dizer do nosso famoso “vai
levar no cu”? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação, “vai levar no olho
do cu”? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando,
passado o limite do suportável, se dirige ao canalha do seu interlocutor e
solta: “Chega, Vai levar no olho do cu!”
Pronto, retomaste as rédeas da tua
vida, a tua auto estima, desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na
face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado
amor íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não
registar aqui a expressão de maior
poder de definição do Português Vulgar: “Fodeu-se!” e a sua derivação ainda
mais devastadora: “Já se fodeu!”
Conheces definição mais exacta,
pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de
ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, uma vez proferida insere o seu
autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa.
Algo assim como quando estás sem
documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene da polícia atrás
de ti a mandar-te parar. O que dizes: “Já me fodi!” Ou quando te apercebes que
és de um país onde quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são
altos, a saúde, a educação, a justiça são de baixa qualidade, tal como os
empresários que procuram lucro fácil e rápido, as reformas são baixas, o tempo
para a reforma aumenta…o que é que tu pensas? Já me fodi!
Então:
-Liberdade,
- Igualdade,
- Fraternidade,
- E… Foda-se!!!
Mas…não desespere, este país ainda
vai ser “um país do caralho”!
Na hora de fazer bem que tu gostou, não foi? |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 186
Vanjé não mais se achou sozinha, readqui riu a confiança, colocou-se às ordens da comadre.
Coroca perguntou pela garrafa.
Diva trouxe uma garrafa vazia, ainda com
cheiro de cachaça.
- Sopre nela de com força. - Recomendou Coroca
passando a garrafa às mãos de Lia para logo retomá-la: - Não é só uma vez, é
sem parar. Vou fazer, veja como é:
Ensinava a maneira correta:
- Espie. Tome fôlego bem fundo, assim
como eu fiz, e sopre enquanto agüentar. - Tomara fôlego, soprara na abertura do
gargalo: - Depois faça de novo, não pare de soprar.
Mandou que fervessem água num panelão de
barro para o banho de assento necessário para acelerar os puxos e apressar parto:
- Não há coisa melhor.
Reclamava de Dinorá ali parada, o menino
ao colo, inútil:
- Que parvoíce é essa, mulher? Bote o
menino pra dormir, venha ajudar. Traga a bacia, ponha aqui
pertinho.
Coroca nunca fizera um parto, porém, nas
pensões de raparigas, presenciara um sem-número deles, fáceis e difíceis.
Ajudara as respeitáveis comadres na
preparação do despejo, admirando os conhecimentos e a prática das sábias
senhoras.
Mas vira também crianças nascerem mortas
ou morrerem ao nascer nas mãos de curiosas sem competência, por descuido ou
ignorância.
Proclamavam-se parteiras, eram fazedoras
de anjos e ainda por cima cobravam e recebiam. Coroca costumava dizer a rir que
ninguém testemunhara o nascimento de tantos filhos da puta quanto ela. Mas, com
a responsabilidade de parteira, de trazer para a vida ou condenar à morte
prematura, aquele era primeiro.
E logo de mulher casada.
Sentia um frio subindo das entranhas
para o peito, mas não dava demonstração, não deixava perceber. Aparência tranqui la, despreocupada, demorava-se numa conversa
correntia sobre os roçados e os bichos de criação, as galinhas poedeiras e a
porca prenha. Interrompia a prosa para exigir que Lia continuasse soprar na
boca da garrafa com força e sem descanso.
As contrações amiudavam-se, tornavam-se
mais prolongadas, a moça sentia-se rasgar por dentro: ai, que vou morrer!
Ainda assim Coroca a fez rir em meio às
dores:
- Na hora de fazer, bem que tu gostou, não foi?
O que disse este, o que disse aquele, o que disse o outro... |
Politiqui ces
O que
disse António Costa:
- “Como nós dizemos em Portugal, os amigos são para as ocasiões. E numa ocasião difícil para o país, em que muitos não acreditaram que o país tinha condições para enfrentar e vencer a crise, a verdade é que os chineses, os investidores disseram presente, vieram e deram um grande contributo para que Portugal pudesse estar hoje na situação em que está, bastante diferente daquela que estava há 4 anos atrás. E queria agradecer à China todo o apoio que nos deu e que certamente não esqueceremos e que é um sinal do muito que ainda temos para desenvolver nas relações entre todos nós",
O que
disse Alfredo Barroso:
- “Depois da ignóbil ‘chinesice’ de Costa, demito-me do PS, e é já! Sou um dos
fundadores do PS (em 1973) e sou, hoje, o militante número 15 do partido (com
as quotas em dia). Mas já chega! Nunca me passou pela cabeça que um
secretário-geral do PS se atrevesse a prestar vassalagem à ditadura comunista e
neoliberal da República Popular da China, e se atrevesse a declarar, sem o
menor respeito por centenas de milhares de desempregados e cerca de dois
milhões de portugueses no limiar da pobreza, que Portugal está hoje melhor do
que há quatro anos. A declaração de António Costa é uma vergonha!”.
O que
dizem os partidos do governo?
- Os partidos do governo apoiam as palavras de António
Costa e rejubilam.
O que
digo eu
- O que
António Costa disse foi o óbvio, o que toda a gente sabe. Há 4 anos a situação
era diferente e de então para cá os chineses meteram dinheiro na nossa economia
o que, naturalmente, terá sido bom.
Se a situação hoje está melhor, do ponto de
vista da taxa de juros que os mercados estão a cobrar ao país, mínimos
históricos, já menos de 2% a 10 anos, o que até permite contrair dívidas
baratas para pagar dívidas mais caras, foi porque a situação a nível europeu e
dos mercados evoluiu nesse sentido mas o governo não se põe fora disso o que é
perfeitamente normal.
Se
isto é público, sabido, lógico, porquê, então, o alarido?
- Pela
simples razão de que não devia ter sido dito por António Costa, líder da
oposição e do PS, candidato a novo 1ª Ministro já que, ao dizê-lo, aproxima-se
da coligação que nos governa e pretende continuar a governar.
Com José Sócrates preso preventivamente, o que não abona
sobre a pessoa e sobre o partido que ele liderou e ao governo até conduzir o
país à banca rota - responsabilidade
dele ou das circunstâncias do momento - e
Costa, da família socialista, homem que foi da confiança de Sócrates, a dizer
que 4 anos depois, Portugal está diferente, deduz-se que para melhor, porque se
há-de votar diferente se, ainda por cima, o que este governo fez de maldades
foi consequência do desgoverno de Sócrates?
Como é
que um político experiente, seguro e inteligente se esquece daqui lo que é e fala noutra qualidade que o público
não percebe qual seja: Presidente da Câmara, futuro 1º ministro, ... quando devia
falar apenas como adversário político de Passos Coelho?
Digam
agora o que disserem os homens do PS que vieram em seu socorro, os do governo
sempre responderão que a Costa lhe fugiu a boca para a verdade.
Os
socialistas conhecem o pensamento de António Costa, eu conheço o pensamento de
António Costa, mas todos os seus potenciais votantes o conhecerão, quando, Alfredo
Barroso, que devia conhecer bem, bateu com a porta daquela maneira?
Eu
considero António Costa um político com uma formação, sensibilidade,
experiência e competência muito superiores a Passos Coelho e, portanto, não
tenho dúvidas nenhumas sobre a orientação do meu voto mas não é ele nem o dos
socialistas que constitui qualquer motivo de preocupação. É o voto daqueles que
oscilam entre os partidos do "centrão" e que vão agora ser vítimas de um discurso
agressivo e venenoso com medidas eleitoralistas à mistura, que está em causa.
sexta-feira, fevereiro 27, 2015
Amália Rodrigues - Barco Negro
O reportório de Amália , depois de uma primeira fase de fados tradicionais, adquire a qualidade dos melhores poetas portuguses, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Alexandre O'Neill. Amália Rodrigues falava e cantava em castelhano, francês, italiano e inglês. O Barco Negro, de David Mourão Ferreira, "toca-me" especialmente pelo dramatismo que a voz de Amália lhe dá. Incomparável.
Elogio à compaixão
da Alemanha
«Maria Luís
Albuquerque foi à Alemanha fotografar-se com Wolfgang Schäuble. A portuguesa
não foi ao beija-mão. Foi pior do que isso, o alemão é que achou que devia dar
uma mão à sua fiel Albuquerque. Escrevi fiel, não leal. Lealdade é sentimento
entre iguais. No final da reunião do Eurogrupo, que abriu uma porta, o grego
Varoufakis disse o que se ia fazer: "Acordamos (...) uma nova lista de
reformas que vamos abordar de um modo escolhido por nós em colaboração com os
nossos parceiros. Não iremos continuar a seguir o guião que nos foi dado por
agências exteriores." Isto é, o grego disse: estamos em crise, mas não
deixamos de ser um país independente. Isto é, não aceitou ser o
"protetorado" que o governo português disse com todas as letras ser.
Sobre os que governaram assim, Varoufakis disse: "Eles nunca imaginaram a
possibilidade de dizer não. Quando não se consegue imaginar a possibilidade de
dizer não, não se está a negociar. E quando não se está a negociar numa
situação como a da crise da zona euro, acaba-se a aceitar um acordo em que no
fim (...), além de mau para os fracos, é mau para os fortes." A Alemanha
reconheceu isso e vai mudar. Por isso é que piedosamente deu uma mão aos seus
fiéis. Quando os lusitanos Audas, Ditalco e Minuro, comprados pelo general romano
Cipião, mataram Viriato, foram pedir a paga. Foram mortos e expostos com um
cartaz: "Roma não paga a traidores." Sorte a do governo português.
Berlim paga.»
Autor:
Autor:
Ferreira Fernandes.
Nota - Os gregos sabiam que não iam conseguir obter o que pediam mas disseram ao que iam e traçaram um quadro realista quando Varoufakis disse, dias mais tarde, que a Grécia estava a ser objecto de um tratamento idêntico às sangrias da Idade Média. À medida que se tira mais sangue o doente vai ficando cada vez mais fraco até morrer.
Preenchendo a ficha de emprego |
FICHA PARA
EMPREGO
Esta
ficha de emprego foi preenchida por um jovem para o McDonalds no Rio de
Janeiro. A empresa contratou-o por ter considerado a ficha honesta e engraçada.
Serve também para se observar a quantidade de perguntas estúpidas que são feitas
ao candidato.
Ficha de Emprego
NOME:
- Júlio da Silva
Moura
SEXO:
- Duas vezes por
semana.
CARGO DESEJADO:
- Presidente ou vice-presidente da
empresa. Falando sério, qualquer um que esteja disponível. Se eu estivesse em
posição de escolher, eu não estaria me inscrevendo aqui .
SALÁRIO DESEJADO:
- R$ 15.000,00 por mês e todos os
privilégios existentes. Se não for possível, façam uma oferta e poderemos
chegar a um acordo.
EDUCAÇÃO:
- Tenho.
ÚLTIMO
CARGO OCUPADO:
- Alvo de hostilidade da gerência.
ÚLTIMO SALÁRIO:
- Menos do que mereço.
MAIS IMPORTANTE META ALCANÇADA NO
ÚLTIMO EMPREGO:
- Uma incrível colecção de canetas
roubadas e de mensagens post-it.
RAZÃO DA SAÍDA DO ÚLTIMO EMPREGO:
- Era um lixo.
HORÁRIO DISPONÍVEL PARA O TRABALHO:
- Qualquer um.
HORÁRIO PREFERIDO:
- Das 13:30h às 15:30h, segundas,
terças e qui ntas.
VC TEM ALGUMA QUALIDADE ESPECIAL?
- Sim, mas é melhor se ela for
colocada em prática em ambientes mais íntimos.
PODEMOS ENTRAR EM CONTACTO COM SEU
ACTUAL EMPREGADOR?
- Se eu tivesse algum, eu estaria aqui ?
VC TEM ALGUMA CONDIÇÃO FÍSICA QUE O
PROÍBA DE LEVANTAR PESOS DE ATÉ 25kg?
- 25 kg de quê?
VC POSSUI CARRO?
- Eu acho que a pergunta mais
apropriada seria: Você tem um carro que funciona?
VC JÁ RECEBEU ALGUM PRÉMIO OU MEDALHA
DE RECONHECIMENTO?
- Talvez. Eu já ganhei a Porta da
Esperança.
VC FUMA ?
- No trabalho não, nos intervalos
sim.
O QUE VC GOSTARIA DE ESTAR FAZENDO
DAQUI A CINCO ANOS?
- Vivendo nas Bahamas, com uma super
modelo loura, incrivelmente rica, burra, sexy e que pensa que eu sou a melhor
coisa que surgiu desde a invenção do pão de forma. Na verdade, eu gostaria de
estar fazendo isso agora
Agora, minha filha, nós vai fazer força... |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 185
Viu-se Coroca com fama de parteira
abalizada antes de pegas menino, antes de ter começado a partejar. A par dos
rumores, a velha Vanjé dela se lembrara na hora da necessidade quando a nora
começou a sentir as contrações.
A
própria Vanjé tinha certa experiência desses apuros pois parira nove filhos, os
cinco vivos e os quatro que não se criaram. Nos campos de Maroim ajudara mais
de uma vez a comadre Desidéria na melindrosa empreitada, inclusive no parto da
outra nora, Dinorá.
Nem por isso se atrevia socorrer sozinha a
padecente Lia, tão moderna ainda e mal refeita dos vexames sofridos; de noite
sonhava com o marido amarrado ao tronco junto ao curral, acordava em sobressalto:
segurara o menino na barriga por milagre.
Vanjé temia parto difícil, complicado,
exigindo para um bom sucesso a mão habilidosa e firme de parteira entendida, capaz e expedita.
Tendo perguntado, soube de Coroca, uma competência.
5
Estendida sobre as tábuas do catre, os
olhos esbugalhados, Lia não parava de gemer e de reclamar a presença do marido.
Ambrósio e Jãozé iam e vinham inqui etos; Diva não sabia o que fazer; Dinorá embalava
o filho, meio aparvalhada. Vanjé se viu sozinha, não conseguia controlar a
insegurança e o mau presságio.
Cadê essa comadre que não chega? Apenas
Nando na peça ao lado dormia sem tomar conhecimento do que estava acontecendo.
Agnaldo entrou pingando água, andou
apressado para Lia, tomou-lhe a mão, sentou-se a seu lado. Ao vê-lo, a chorona
afrouxou o corpo, relaxou, sem deixar de gemer, Vanjé cobrou do filho:
-
E a comadre?
-
Tou aqui , sinha Vanjé. Boa noite a
todos.
Coroca aproximou-se do catre, ordenou a
Agnaldo:
-
Vancê, moço, dê o tora, suma daqui ,
deixe a pobre em paz.
Com tu de junto ela não vai parir nem
hoje nem nunca. – Estendeu a ordem ao velho Ambrósio e a Jãozé: - Vancês
também, não quero homem corvejando nesse quarto.
Como uma sentinela, permaneceu de pé ao
lado da cama até vê-los sair. Somente então voltou-se para Diva e comandou:
- Menina, traga o fifó, alumie aqui . Ocupou o lugar deixado pelo rapaz, sorriu para
Lia, com as mãos mediu-lhe o ventre e o volume das contrações:
-
Agora, minha filha, nós vai fazer força que é pra esse capeta nascer logo.
Tenha medo não, parto não é doença. Acarinhou-lhe o rosto: - Já escolheu o
nome?
- Inda não senhora.
Coroca assumiu o comando como se nunca
tivesse feito outra coisa em sua vida senão aparar menino, fato trivial, tarefa
corriqueira.
quinta-feira, fevereiro 26, 2015
Radezky March - Versão Chinesa
Quem não gosta desta marcha? O que é novo é este descontraído maestro! Por que estão uns de amarelo e outros de branco?
O
AZARADO
Um sujeito encontra um amigo que não via há
muito tempo e inicia a conversa:
- Fonseca!!! Há quanto tempo! Tudo bem?
- Péssimo... - responde o outro.
- Mas como péssimo? Com aquele Ferrari que tu tens?
- Virou sucata num acidente... E o pior é que o seguro tinha acabado de
vencer.
- Bem, vão-se os anéis, mas ficam os dedos. E o teu filho? Inteligente, o
rapaz! Já está formado?
- Estava ao volante do Ferrari... Morreu.
O amigo tenta fugir daquele assunto tão trágico.
- E a tua filha, que mais parecia um modelo?
- Pois é! Estava junto com o irmão. Só a minha mulher não estava no
carro.
- Graças a Deus! Como vai ela?
- Fugiu com o meu sócio.
- Bem... Pelo menos a empresa ficou só para ti.
- Ela fugiu com ele porque me roubaram tudo. Deixaram a firma falida.
Estou devendo milhões!
- Puuuxa! Então vamos mudar de assunto. A tua equi pa?
- Oh, não! Tu não me perguntes pelo Sporting!
- Pelo amor de Deus, Fonseca! Não tens nada de positivo???
- Sim, tenho... HIV.
PS- Temos melhorias no Sporting... falamos no domingo, depois do jogo com o Porto!