Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, setembro 28, 2013
O TRAIDOR
Um amigo apanha outro no WC a urinar sentado na sanita:
- Mas o que é isto, os homens mijam de pé! O que te aconteceu???
- Olha, na 2ª feira passada saí com uma loira, 1,80 m, seios fartos, um corpo inacreditável, e na hora H murchei!
- Na 3ª saí com uma morena, 20 anos, corpo firme, carinha laroca, e na hora H murchei!
- Na 4ª foi com uma ruiva, murchei!
- Na 5ª com uma cota enxuta, tudo em baixo...
O amigo, indignado, pergunta-lhe:
- Epá, tudo bem, murchar faz parte, acontece a qualquer um, mas por quê mijar sentado???
- Então tu achas que depois disto tudo eu ainda vou dar a mão a este traidor?
- Mas o que é isto, os homens mijam de pé! O que te aconteceu???
- Olha, na 2ª feira passada saí com uma loira, 1,80 m, seios fartos, um corpo inacreditável, e na hora H murchei!
- Na 3ª saí com uma morena, 20 anos, corpo firme, carinha laroca, e na hora H murchei!
- Na 4ª foi com uma ruiva, murchei!
- Na 5ª com uma cota enxuta, tudo em baixo...
O amigo, indignado, pergunta-lhe:
- Epá, tudo bem, murchar faz parte, acontece a qualquer um, mas por quê mijar sentado???
- Então tu achas que depois disto tudo eu ainda vou dar a mão a este traidor?
Episódio Nº 123
Foi na Itália e era na
Primavera. Aquele ali no álbum, o de bigodões, era seu pai. Toda a sua família
tivera circos. Na fotografia mais velha, a que está amarelada pelo tempo,
aparece o seu avô fardado.
Não era general, não. Era dono
de um circo… O Grande Circo Internacional… Mas naquele tempo erra um circo de
verdade… Só leões tinha para mais de trinta. Vinte e dois elefantes… Tigres…
Todos os bichos…
- Bebi uns tragos mas não
estou mentindo não… - António Balduíno acredita.
Os bigodes de seu pai
faziam sucesso. Ele era menino e assim mesmo se lembrava. Quando o velho subia
no trapézio parecia que o circo vinha abaixo de tantas palmas. Um delírio.
Também os saltos que ele
dava de trapézio para trapézio, o salto mortal dado no ar, três voltas sem se
segurar a nada… Era de fazer os corações pararem. Sua mãe andava no arame.
Vestia de azul e parecia uma fada…
Ia com a sombrinha
japonesa, se equi librando. Ele era
de uma família de gente de circo. Herdou tudo quando o pai morreu. Só leões
tinha não sei quantos. Cavalos ensinados. Pagava uma fortuna de salários a
artistas. Os mais famosos da Europa…
- E todos recebiam no sábado. Nunca nenhum se
atrasou.
Um dia o Rei, o próprio
Rei, viera ao seu circo. Que dia aquele… António Balduíno não estava
acreditando, com certeza, porque o estava vendo ali, bêbedo e mal vestido.
Mas ele fora aplaudido
pelo Rei… O Rei só, não. Toda a família real que estava num camarote de luxo.
Foi em Roma e era na Primavera.
Quando ele apareceu, que
coisa, meu Deus. Nunca se viu coisa igual.
- Pensei que as palmas não acabavam mais…
Estava ali no álbum o seu
retrato naquele tempo. Vestido de casaca, sim. Era como ele entrava na arena.
Depois tirando a roupa aos poucos. A casaca, as calças, o peito duro. Ficava
vestido com uma roupa de meia, assim como estava naquela outra fotografia. E
era bonito. Nem parecia como hoje…
Hoje está um esqueleto.
Mas naquele tempo as mulheres se apaixonavam. Houve uma que era condessa…
Loira, cheia de jóias. Marcara uma entrevista com ele.
- E você chamou aos peitos? – O negro
interessava.
- Um cavalheiro não conta essas coisas.
O Rei estava lá no seu
camarote de luxo. Toda a família real. Ele deu o duplo salto mortal e – pode
não acreditar – o Rei não se conteve e se levantou para aplaudir.
Que noite aquela! … Também
Risoleta estava bonita como nunca estivera. E quando pulou com ele foi um
sucesso… Ela vendia o retrato dos dois, aos espectadores, aquele retrato que
estava bem no meio da página do centro do álbum e no qual se via uma mulher em
atitude de quem agradece as palmas, a mão segura por um homem vestido de uma
espécie de roupa de banho.
Olhando bem se via que o
homem era Giusepe.
-Um mulherão… - falou António Balduíno.
- Era minha mulher…
sexta-feira, setembro 27, 2013
Amor a Portugal - Dulce Pontes - Amor a Portugal
A Moodys, Agência de Notação Financeira, pode considerar-nos "lixo"... Que nos digam onde é o seu caixote que vamos lá buscar o país e aproveitamos para deixar lá alguns portugueses...
JESUS É DE
DIREITA
OU DE
A Revista VISÃO interrogou em tempos várias personalidades da nossa vida política acerca da opinião que têm sobre esta interessante questão.
"De acordo com o discurso que teria sido proferido por Jesus (ou por quem lhe escreveu o guião, caso não tinha sido ele) e chegou até nós, ele foi, certamente, um dos maiores inovadores da ética que a história conheceu. O Sermão da Montanha é muito avançado para o seu tempo e o seu “dar a outra face” adiantou-se a Gandhi e Martin Luther King em 2.000 anos" - ( Richard Dawkins).
A sua tolerância face à mulher adúltera: “Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra” indicia uma política fracturante de costumes bem mais aberta do que a seguida até hoje pelas diversas igrejas que lhe reclamam a herança.
“É impossível a um rico entrar no Reino do Céu”. “Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no reino do céu”. Repito-vos: “ É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino do céu”.
Se estas afirmações não constituem uma condenação directa, pelo menos aos homens ricos do seu tempo, não deixam quaisquer dúvidas que “os ricos não pertencem à fraternidade com que Jesus quer construir na terra o reino dos céus” na opinião de Joaquim Carreira das Neves e colocam-no num posicionamento ideológico de esquerda, de acordo com os conceitos de esquerda/direita dos dias de hoje.
O Novo Testamento é a principal fonte da vida e dos ensinamentos de Jesus e terá sido escrito pelos seus discípulos, chamados “evangelistas”, entre os anos 60 e 100 da era cristã. Embora Jesus tenha falado em aramaico, uma língua com alfabeto próprio ainda em uso na sua versão moderna na Arménia e em certas partes da Síria, o Novo Testamento chegou até nós em grego, que era a língua franca da época.
Centenas de escritos produzidos depois do Século I não integram os quatro Evangelhos (esta palavra vem do grego e significa: “boas mensagens ou boas novas”) do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João, e ficaram a constituir os Evangelhos Apócrifos que estão na base de muitas celeumas entre historiadores, linguistas e hermeneutas (pessoas especializadas em interpretar textos escritos).
Aliás, várias religiões cristãs têm cânones diferentes aceitando uns e recusando outros.
Joaquim Carreira das Neves, 75 anos, padre franciscano, especialista em Estudos do Próximo Oriente e profundo conhecedor das circunstâncias históricas contemporâneas dos escritos do Novo Testamento afirma:
- “Se vivesse hoje, Jesus era de esquerda, porque andava com os desclassificados e marginalizados. Jesus tinha muito apreço pelos que eram mais descriminados e andava sempre ao lado dos mais desfavorecidos”.
Richard Dawkins, Prémio Nobel, ateísta militante, e tantas vezes referido neste blog, é um grande admirador de Jesus tendo mesmo escrito um artigo intitulado: “Ateus por Jesus”.
Na sua opinião, a superioridade moral de Jesus confirma precisamente que a ética das Escrituras em que foi educado não o satisfazia. Afastou-se explicitamente delas, por exemplo quando desvalorizou os avisos severos quanto a desrespeitar o “sabat”: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”.
José Manuel Pureza, especialista em Estudos da Paz, docente de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra, afirma:
- “Cristo foi um revolucionário, um blasfemo. Morreu assassinado, não morreu nem de velho nem doente – foi morto pelo poder político e religioso da época”.Parece, pois, que se aceitarmos como boa a dicotomia entre “transformação” e “conservação”, para separar a esquerda da direita, então, não há dúvidas sobre onde colocar Jesus:
- “Pôs-se sempre do lado da transformação – isso é, para mim, suficiente para dizer que de direita ele não seria”, conclui o professor.
ESQUERDA?
A Revista VISÃO interrogou em tempos várias personalidades da nossa vida política acerca da opinião que têm sobre esta interessante questão.
"De acordo com o discurso que teria sido proferido por Jesus (ou por quem lhe escreveu o guião, caso não tinha sido ele) e chegou até nós, ele foi, certamente, um dos maiores inovadores da ética que a história conheceu. O Sermão da Montanha é muito avançado para o seu tempo e o seu “dar a outra face” adiantou-se a Gandhi e Martin Luther King em 2.000 anos" - ( Richard Dawkins).
A sua tolerância face à mulher adúltera: “Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra” indicia uma política fracturante de costumes bem mais aberta do que a seguida até hoje pelas diversas igrejas que lhe reclamam a herança.
“É impossível a um rico entrar no Reino do Céu”. “Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no reino do céu”. Repito-vos: “ É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino do céu”.
Se estas afirmações não constituem uma condenação directa, pelo menos aos homens ricos do seu tempo, não deixam quaisquer dúvidas que “os ricos não pertencem à fraternidade com que Jesus quer construir na terra o reino dos céus” na opinião de Joaquim Carreira das Neves e colocam-no num posicionamento ideológico de esquerda, de acordo com os conceitos de esquerda/direita dos dias de hoje.
O Novo Testamento é a principal fonte da vida e dos ensinamentos de Jesus e terá sido escrito pelos seus discípulos, chamados “evangelistas”, entre os anos 60 e 100 da era cristã. Embora Jesus tenha falado em aramaico, uma língua com alfabeto próprio ainda em uso na sua versão moderna na Arménia e em certas partes da Síria, o Novo Testamento chegou até nós em grego, que era a língua franca da época.
Centenas de escritos produzidos depois do Século I não integram os quatro Evangelhos (esta palavra vem do grego e significa: “boas mensagens ou boas novas”) do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João, e ficaram a constituir os Evangelhos Apócrifos que estão na base de muitas celeumas entre historiadores, linguistas e hermeneutas (pessoas especializadas em interpretar textos escritos).
Aliás, várias religiões cristãs têm cânones diferentes aceitando uns e recusando outros.
Joaquim Carreira das Neves, 75 anos, padre franciscano, especialista em Estudos do Próximo Oriente e profundo conhecedor das circunstâncias históricas contemporâneas dos escritos do Novo Testamento afirma:
- “Se vivesse hoje, Jesus era de esquerda, porque andava com os desclassificados e marginalizados. Jesus tinha muito apreço pelos que eram mais descriminados e andava sempre ao lado dos mais desfavorecidos”.
Richard Dawkins, Prémio Nobel, ateísta militante, e tantas vezes referido neste blog, é um grande admirador de Jesus tendo mesmo escrito um artigo intitulado: “Ateus por Jesus”.
Na sua opinião, a superioridade moral de Jesus confirma precisamente que a ética das Escrituras em que foi educado não o satisfazia. Afastou-se explicitamente delas, por exemplo quando desvalorizou os avisos severos quanto a desrespeitar o “sabat”: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”.
José Manuel Pureza, especialista em Estudos da Paz, docente de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra, afirma:
- “Cristo foi um revolucionário, um blasfemo. Morreu assassinado, não morreu nem de velho nem doente – foi morto pelo poder político e religioso da época”.Parece, pois, que se aceitarmos como boa a dicotomia entre “transformação” e “conservação”, para separar a esquerda da direita, então, não há dúvidas sobre onde colocar Jesus:
- “Pôs-se sempre do lado da transformação – isso é, para mim, suficiente para dizer que de direita ele não seria”, conclui o professor.
Vai para três anos, Ricardo Araújo Pereira ficou sentido com D. José Policarpo porque na homilia da missa de Natal ele saudou os católicos, judeus e todos os que acreditam num Deus único, mas não se lembrou de saudar igualmente o Ricardo ou melhor, ignorou-o ostensivamente o que é muito pior, a ele e a todos os que não acreditam num Deus único ou em Deus nenhum.
Vá lá que dessa vez não os atacou, como aconteceu em data anterior, quando afirmou que o ateísmo, ou os ateus, não há um sem os outros, constituíam o maior drama da humanidade, pior que a fome e a guerra.
D. José Policarpo não manifestou espírito cristão capaz de uma palavra de saudação para com todos os homens e mulheres que com ele partilham o planeta e são bons cidadãos cumpridores das leis, independentemente de possuírem ou não convicções religiosas.
Em vez disso, comportou-se como um vulgar e faccioso “comerciante” de um “produto” para quem todos os que não sejam seus clientes, pura e simplesmente, constituem um perigo e uma ameaça (para o negócio e, obviamente, para si) a menos que sejam clientes do mesmo “produto” mas de uma “marca” diferente, apenas para não hostilizar o “mercado”.
Ricardo Araújo pereira respondeu na Revista Visão, num artigo de Opinião de indiscutível qualidade que a seguir transcrevemos:
Ricardo Araújo Pereira ficou sentido com D. José Policarpo porque na homilia da missa de Natal ele saudou os católicos, judeus e todos os que acreditam num Deus único, mas não se lembrou de saudar igualmente o Ricardo ou melhor, ignorou-o ostensivamente, o que é muito pior, a ele e a todos os que não acreditam num Deus único ou em Deus nenhum.
Vá lá que desta vez não os atacou, como aconteceu em data anterior, quando afirmou que o ateísmo, ou os ateus, não há aquele sem estes, constituíam o maior drama da humanidade, pior que a fome e a guerra.
D. José Policarpo não manifestou espírito cristão capaz de uma palavra de saudação para com todos os homens e mulheres que com ele partilham o planeta e são bons cidadãos cumpridores das leis, independentemente de possuirem ou não convicções religiosas
Em vez disso, comportou-se como um vulgar e faccioso “comerciante” de um “produto” para quem todos os que não sejam seus clientes, pura e simplesmente constituem um perigo e uma ameaça (para o negócio e, obviamente, para si) a menos que sejam clientes do mesmo “produto” mas de uma “marca” diferente, apenas para não hostilizar o “mercado”.
Ricardo respondeu na Revista Visão, num artigo de Opinião de indiscutível qualidade que a seguir transcrevemos.
E agora vamos ao texto do Ricardo:
Menos Para Mim
"O Natal é tempo de paz, tempo de amor, tempo de lamentar a existência de pessoas como eu. Não admira que seja uma época que toda a gente aprecia.
No dia que assinala o nascimento do salvador, o cardeal-patriarca não resistiu a lembrar que há quem não tenha salvação possível. Acaba por ser uma observação animadora. Se alguma coisa pode transtornar quem mereceu um lugar no paraíso é o facto de haver fila para entrar.
Pois bem, eu serei menos um a obstruir os portões do céu; na homilia da missa de 25 de Dezembro, D. José de Policarpo saudou os judeus, e todos os que acreditam num Deus único – mas, ostensivamente, não me saudou a mim, que sou ateu.
Os judeus acreditam tanto como eu que o menino cujo aniversário se celebrava é o filho de Deus. No entanto, receberam uma saudação. Para mim, nem um caridoso aceno de cabeça.
O ateísmo tem sido, para mim e para tantos outros incréus, a luz que me tem conduzido na vida. Às vezes fraquejo, em momentos de obscuridade e de dúvida, mas mesmo sendo incapaz de provar a inexistência de Deus, tenho conseguido manter a fé – uma fé íntima fundada numa peregrinação que tem a grandeza e a humildade da longa caminhada da vida – em que ele não exista.
Todos os dias busco a não-existência do Senhor com renovada crença, ciente de que a Sua inexistência é misteriosa demais para que eu a tenha inventado.
É certo que o mesmo D. José Policarpo já havia dito que o ateísmo era o maior drama da humanidade – acima da fome, da guerra e do próprio “time sharing”. Fê-lo, porém em data menos misericordiosa. Sonegar saudações no Natal é particularmente cruel.
O anátema mais duro é o que é lançado no tempo do perdão. Estou habituado a receber anátemas e garanto aos menos experientes que os anátemas natalícios são os que aleijam mais. Em todo o caso, no fundo, eu sei bem que não sou digno de ser saudado. Acreditar que Deus existe é uma convicção profunda, mas acreditar que não existe, curiosamente, não o é.
Alguém, munido de um aparelho próprio, mediu a profundidade das convicções e deliberou que as do crente são mais fundas do que as do ateu. Quando alguém diz acreditar em Deus, está a exprimir legitimamente a sua fé; quando um ateu ousa afirmar que não acredita, está a agredir as convicções dos crentes.
Ser crente é merecedor de respeito, ser ateu é um crime contra a humanidade.
Ainda assim esperava ter sido saudado.Eu não acredito em Cristo mas sempre acreditei nos cristãos.É a primeira vez que vejo um deles recusar ao menos uma saudação a um pecador."
Os judeus acreditam tanto como eu que o menino cujo aniversário se celebrava é o filho de Deus. No entanto, receberam uma saudação. Para mim, nem um caridoso aceno de cabeça.
O ateísmo tem sido, para mim e para tantos outros incréus, a luz que me tem conduzido na vida. Às vezes fraquejo, em momentos de obscuridade e de dúvida, mas mesmo sendo incapaz de provar a inexistência de Deus, tenho conseguido manter a fé – uma fé íntima fundada numa peregrinação que tem a grandeza e a humildade da longa caminhada da vida – em que ele não exista.
Todos os dias busco a não-existência do Senhor com renovada crença, ciente de que a Sua inexistência é misteriosa demais para que eu a tenha inventado.
É certo que o mesmo D. José Policarpo já havia dito que o ateísmo era o maior drama da humanidade – acima da fome, da guerra e do próprio “time sharing”. Fê-lo, porém em data menos misericordiosa. Sonegar saudações no Natal é particularmente cruel.
O anátema mais duro é o que é lançado no tempo do perdão. Estou habituado a receber anátemas e garanto aos menos experientes que os anátemas natalícios são os que aleijam mais. Em todo o caso, no fundo, eu sei bem que não sou digno de ser saudado. Acreditar que Deus existe é uma convicção profunda, mas acreditar que não existe, curiosamente, não o é.
Alguém, munido de um aparelho próprio, mediu a profundidade das convicções e deliberou que as do crente são mais fundas do que as do ateu. Quando alguém diz acreditar em Deus, está a exprimir legitimamente a sua fé; quando um ateu ousa afirmar que não acredita, está a agredir as convicções dos crentes.
Ser crente é merecedor de respeito, ser ateu é um crime contra a humanidade.
Ainda assim esperava ter sido saudado.Eu não acredito em Cristo mas sempre acreditei nos cristãos.É a primeira vez que vejo um deles recusar ao menos uma saudação a um pecador."
Nota - Estejamos atentos à saudação do Natal de 2013. Iremos novamente ser ignorados pelo representante da Igreja Católica como se não existíssemos na sociedade portuguesa e no conjunto da humanidade?
Pessoalmente, é-me indiferente mas a eles não lhes fica bem nem está de acordo com a moral cristã.
Sátira aos HOMENS
quando estão
com gripe
António Lobo Antunes
Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
O Homem Pre- Histórico - Vivendo entre as Feras (Parte IV)
Sabemos mais sobre os Neandertais do que em relação a quaisquer outros antepassados. Ontem mesmo, em programa da especialidade, na televisão, um cientista informou-nos que todos nós, excepção feita aos africanos que não debandaram do continente africano a quando das várias emigrações pelo restante planeta, a última das quais trouxe os nossos antepassados - O Homem de Cro Maghon -, em resultado de cruzamentos, possuímos no nosso ADN entre 1 e 4% de genes de Neandertal, que têm funcionado dentro de nós como defesa para determinadas doenças.
... Aconteceu alguma coisa à minha mãe?... |
Menino
da
Mamã…
Maria, jovem esposa desesperada, vai ao psicanalista:
- Ai, doutor, eu não aguento mais…
Apesar de todos os meus esforços, o meu marido não me liga nenhuma. Desde que
nos casamos, ele só fala na mãe, na mãe, na mãe. É como se eu não existisse.
-
Já experimentou preparar um jantar especial?
- Já. E não adiantou!
- Tenho uma ideia. Se há um domínio
onde a sua sogra não pode rivalizar, é na cama. Esta noite vista lingerie
preta, cuequi nha preta. A cor preta
é muito sexy e muito excitante, incluindo uma cinta e uma liga negra também...
Ele não vai resistir!
Maria
seguiu à risca o plano, sem esquecer nenhum detalhe. De facto, nunca estivera
tão sexy e voluptuosa…
Chega
o Joaqui m a casa, arregala os olhos e
diz:
- Mariaaaa, estás
toda de preto...!!! Aconteceu alguma coisa à minha mãe?
Episódio Nº 122
Naquela noite quando
voltava cambaleando para a barraca depois de ter marcado com um carvão a testa
de vários meninos para que entrassem de graça no espectáculo, encontrou António
Balduíno que aparentava olhar as estrelas enquanto espiava para a barraca onde
estava Rosenda Rosedá, a bailarina negra, o número de maior sucesso do Grande
Circo Internacional.
Era que à luz da vela a
negra começava a mudar de roupa e mostrava umas costas que nem veludo. O negro
cantava um dos seus sambas de maior sucesso:
«Minha mulata é de veludo
Chega até a
arrepiar…»
Quando viu que Giusepe
vinha, fez que olhava as estrelas. Qual seria Lucas da Feira. Uma vez
haviam-lhe mostrado a estrela que Zumbi dos Palmares tinha virado. Mas ela não
está brilhando aqui .
Só brilha na Baía, nas
noites de macumba, quando os negros festejam, quando os negros festejam Oxossi,
o deus da caça… Ele toma conta dos negros, brilha quando eles estão alegres, se
apaga quando eles estão tristes.
Teria sido o Gordo que lhe
contou aquela história? Não, foi pai Jubiabá, uma noite no cais. Se fosse o
Gordo ele botaria um anjo na história. Pai Jubiabá é que sabia coisas de Zumbi
dos Palmares e de outros negros grandes e valentes.
Bem que ele pode dar outra
espiada, agora, para a barraca de Rosenda Rosedá, porque Giusepe vem
cambaleando tanto que não chegará tão cedo. Mas não é que ela desapareceu e
apagou a luz?
Se não fosse Giusepe –
aquele bêbedo – ele a teria visto nua. Era um peixão… Podia não haver dinheiro,
mas enquanto ela ficasse no circo, António Balduíno ficaria… que negra bonita…
Aqui lo
na “Lanterna dos Afogados” seria um sucesso danado. Ficariam todos de queixo
caído…
Giusepe chegou. Quando qui s cumprimentar o negro quase perde o equi líbrio.
- Estou cansado. Esse trabalho aqui me mata. Trabalho como um cachorro…
- Tá se vendo…
Ele passou. Levou quase
meia-hora para chegar à sua barraca.
- É capaz de tocar fogo na barraca quando
riscar o fósforo para acender a vela – pensa António Balduíno que se aproxima.
Mas ele já acendeu a vela e agora está sentado perto de uma mesinha de pé
rebentado.
Em cima estão uns livros
ricamente encadernados, mas estragados no tempo. A curiosidade absorve o negro
que espia como um ladrão.
Que haverá naqueles livros
para Giusepe acariciá-los com tanto amor? Está fazendo o mesmo que o negro faz
com as coxas das mulatas. Passando a mão muito de leve, com cuidado,
luxuriosamente.
Mas ele se virou e António
Balduíno viu os olhos. Tem sujeitos que quando bebem ficam assim tristes.
Outros ficam alegres, riem e cantam… Mas tem os que ficam tristes e dão para
chorar. Giusepe é dos que ficam tristes. António Balduíno não resiste e entra
para a barraca de Giusepe que ficou triste de tanto beber.
quinta-feira, setembro 26, 2013
Demis Roussos - Adeus meu amor adeus...
A mais linda canção romântica do milénio... outro monumento ao amor...
Mais um mandado construir por amor... Pelo Rei Sol. |
O POR QUÊ DO
AMOR
ROMÂNTICO
Helen Fischer, cientista, dedicada à pesquisa sobre “as coisas do amor” deu, em Fevereiro de 2008, uma palestra sobre o resultado de experiências que efectuou submetendo 37 pessoas que estavam loucamente apaixonadas a ressonâncias magnéticas nos seus cérebros.
Mas antes de falar no cérebro e do resultado desses exames, ela relata-nos algumas histórias de amor, das muitas que leu, e que evidenciam não apenas o que a ciência comprova: que ele, o amor romântico, para além de ser uma das substâncias mais viciosas do mundo, pode manter-se, não só o número de meses suficientes para que um casal se conheça, copule e produza uma criança (biologicamente estamos programados para nos sentirmos apaixonados entre 18 a 32 meses, de acordo com estudos efectuados pela Professora na Universidade de Nova Yorque, Cindy Hazan) como, em alguns casos, pela vida inteira:
- Nas selvas da Guatemala, em Tikal, fica um templo que foi construído pelo grande Rei Sol do maior estado autónomo da maior das civilizações das Américas, os Maias.
Seu nome era Jasan Chan Kawill, tinha mais de um metro e oitenta, viveu até aos oitenta anos e foi enterrado nesse monumento em 720 D.C.
As escrituras Maias proclamam que amava sua mulher profundamente e por isso construiu um Templo em sua honra na direcção do dele de forma que, a cada primavera e Outono, exactamente no equinócio, o sol surge atrás do templo dele e cobre totalmente o templo dela com a sua sombra, e quando o sol se põe, atrás do templo dela, de tarde, ele cobre, com a sombra, perfeitamente, o templo dele.
Após 1.300 anos, estes dois amantes de uma vida, continuam a “beijar-se” nos seus sepulcros.
As pessoas amam em todo o mundo…cantam, dançam, compõem poemas e histórias sobre o amor. Definham, vivem, matam e morrem por amor.
Os antropologistas estudaram 170 sociedades diferentes e em todas elas encontraram evidências do amor.
Um dos mais lindos poemas sobre o amor foi contado por uma índia Kwakult, do sudeste do Alasca a um missionário em 1896:
- “Fogo corre através do meu corpo com a dor de te amar. Dor corre através do meu corpo com o fogo do meu amor por você.
Dói como um furúnculo prestes a explodir com meu amor por você, consumido por fogo com meu amor por você.
Eu lembro o que você disse para mim. Estou pensando sobre o seu amor por mim.
Sou mutilada por seu amor por mim…dor e mais dor.
Onde você vai com meu amor?
Me disseram que você vai embora.
Me disseram vai me deixar aqui.
Meu corpo está anestesiado de pesares
Lembre o que eu disse, meu amor
Adeus, meu amor, adeus…
Emily Dickinson escreveu uma vez:- “Separação, é tudo o que precisamos conhecer do inferno”.
Como dizia um poeta japonês do sec. VIII:
- “Meu desejo não tinha tempo quando acabava”.
O amor é selvagem e a obsessão podem piorar quando você sente que foi rejeitado.
Como o poeta Terence disse uma vez:
- “Quanto menos é a minha esperança, mais quente é o meu amor”.
E, de facto, assim é:
Mas antes de falar no cérebro e do resultado desses exames, ela relata-nos algumas histórias de amor, das muitas que leu, e que evidenciam não apenas o que a ciência comprova: que ele, o amor romântico, para além de ser uma das substâncias mais viciosas do mundo, pode manter-se, não só o número de meses suficientes para que um casal se conheça, copule e produza uma criança (biologicamente estamos programados para nos sentirmos apaixonados entre 18 a 32 meses, de acordo com estudos efectuados pela Professora na Universidade de Nova Yorque, Cindy Hazan) como, em alguns casos, pela vida inteira:
- Nas selvas da Guatemala, em Tikal, fica um templo que foi construído pelo grande Rei Sol do maior estado autónomo da maior das civilizações das Américas, os Maias.
Seu nome era Jasan Chan Kawill, tinha mais de um metro e oitenta, viveu até aos oitenta anos e foi enterrado nesse monumento em 720 D.C.
As escrituras Maias proclamam que amava sua mulher profundamente e por isso construiu um Templo em sua honra na direcção do dele de forma que, a cada primavera e Outono, exactamente no equinócio, o sol surge atrás do templo dele e cobre totalmente o templo dela com a sua sombra, e quando o sol se põe, atrás do templo dela, de tarde, ele cobre, com a sombra, perfeitamente, o templo dele.
Após 1.300 anos, estes dois amantes de uma vida, continuam a “beijar-se” nos seus sepulcros.
As pessoas amam em todo o mundo…cantam, dançam, compõem poemas e histórias sobre o amor. Definham, vivem, matam e morrem por amor.
Os antropologistas estudaram 170 sociedades diferentes e em todas elas encontraram evidências do amor.
Um dos mais lindos poemas sobre o amor foi contado por uma índia Kwakult, do sudeste do Alasca a um missionário em 1896:
- “Fogo corre através do meu corpo com a dor de te amar. Dor corre através do meu corpo com o fogo do meu amor por você.
Dói como um furúnculo prestes a explodir com meu amor por você, consumido por fogo com meu amor por você.
Eu lembro o que você disse para mim. Estou pensando sobre o seu amor por mim.
Sou mutilada por seu amor por mim…dor e mais dor.
Onde você vai com meu amor?
Me disseram que você vai embora.
Me disseram vai me deixar aqui.
Meu corpo está anestesiado de pesares
Lembre o que eu disse, meu amor
Adeus, meu amor, adeus…
Emily Dickinson escreveu uma vez:- “Separação, é tudo o que precisamos conhecer do inferno”.
Como dizia um poeta japonês do sec. VIII:
- “Meu desejo não tinha tempo quando acabava”.
O amor é selvagem e a obsessão podem piorar quando você sente que foi rejeitado.
Como o poeta Terence disse uma vez:
- “Quanto menos é a minha esperança, mais quente é o meu amor”.
E, de facto, assim é:
- Dois mil anos depois podemos explicar isso no cérebro. O sistema de “recompensas por querer, por motivação, por desejo”, torna-se mais activo quando você não pode ter o que quer, neste caso, o grande prémio da vida, o jackpot: - um parceiro reprodutor adequado.
Quando você é rejeitado por amor, não só está sendo engolido pelo amor romântico como se sente mais profundamente apegado à pessoa que o recusa...é como se ela estivesse morando dentro da sua cabeça.
Por isso, podemos dizer, que o amor romântico é a chave da procriação.
Não o impulso para o sexo porque esse leva-nos a uma gama diferente de parceiros num autêntico desperdício de energias enquanto que o primeiro, que nos conduz para uma pessoa de cada vez, conserva a nossa energia procriadora.
Toda a poesia sobre amor romântico pode resumir-se ao que Platão nos disse dois mil anos atrás:
- “O deus do amor vive em estado de carência. É uma necessidade, uma urgência, um desequilíbrio homeostático, conforme a fome e a sede é quase impossível de eliminar”
Mas o amor romântico é também um vício, completamente maravilhoso quando tudo corre bem e horrível no caso contrário.
Nele estão todas as características do vício:
- Só pensa na pessoa, obsessivamente;
- Deseja-a:
- Distorce a realidade e está disposto a correr enormes riscos para a conquistar.
- Uma senhora, minha amiga, tinha ultrapassado um terrível caso amoroso. Tinham já passado oito meses e ela agora estava bem.
No outro dia, ia volante do seu carro, quando, de repente, ouviu na rádio uma canção que a fez lembrar essa pessoa.
Além de um desejo enorme de voltar imediatamente para ele, teve de encostar o carro para chorar agarrada ao volante.
Tenhamos, pois, em atenção, que o amor romântico é o produto de uma das substâncias com maior capacidade de viciação constituída por muitas substâncias químicas (Feniletilamina, Octovina, Dopamina, Serotomina, Estrogénio, Testosterona) que em determinadas situações se concentram e mobilizam dentro do nosso corpo para provocarem aqueles estados de alma que todos os que alguma vez se apaixonaram conheceram bem.
Só Porque era solteiro!...
Se Cristovão Colombo fosse casado, seria obrigado a ouvir coisas assim e provavelmente teria desistido:
Se Cristovão Colombo fosse casado, seria obrigado a ouvir coisas assim e provavelmente teria desistido:
- E por que é tens que ir ?
- E por que não mandam outro ?
- Estás doido ou és idiota ?
- Não conheces nem a minha família e queres ir descobrir o novo mundo !
- E só há homens nessa viagem ? Achas que eu sou parva ?
- E por que é que eu não posso ir, se tu és o chefe ?
- Desgraçado, não sabes o que inventar mais para sair de casa !
- Se cruzares esta porta eu vou-me embora para a casa da minha mãe ! Miserável !
- Quem é a Pinta ? E quem é essa tal Nina?
- Tinhas tudo planeado, maldito ! Vais encontrar-te com umas galdérias !...
- Pensas que me enganas ?
- A rainha Isabel vai vender as suas jóias para tu viajares ? Achas que eu sou maluca ou o quê ? O que é que tens com essa cabra velha ?
- Não vais a lugar nenhum ! Vais é cair num barranco porque o mundo é achatado, sua besta !!!
PILOTOS
A hospedeira da companhia encaminha-o até ao avião e assim que volta, explica que, apesar dele ser cego, é o melhor co-piloto da companhia.
Alguns minutos depois, chega outro funcionário também fardado, de óculos escuros, de bengala branca e amparado por duas hospedeiras.
Uma das hospedeiras, mais uma vez, informa que apesar dele ser cego é o melhor piloto da empresa e, tanto ele como o co-piloto, fazem a melhor dupla da companhia.
Todos os passageiros embarcam no avião preocupados com os pilotos.
O comandante avisa que o avião vai levantar voo e começa a acelerar pela pista, cada vez com mais velocidade. Todos os passageiros olham-se, a suarem, com muito medo da situação. O avião vai aumentando a velocidade e nada de levantar voo. A pista está quase a acabar e nada do avião sair do chão. Todos começam a ficar cada vez mais preocupados. O avião a acelerar e a pista a terminar. O desespero toma conta de todos.
Começa uma gritaria histérica no avião e nesse exacto momento o avião descola, erguendo-se no céu a subir suavemente.
O piloto vira-se para o co-piloto e diz:
- Se algum dia o pessoal não gritar, estamos fodidos!!!
Conclusão: - OUVIR OS CLIENTES É FUNDAMENTAL!!!
- Se algum dia o pessoal não gritar, estamos fodidos!!!
Conclusão: - OUVIR OS CLIENTES É FUNDAMENTAL!!!
Episódio Nº 121
- E amanhã você vai ver dinheiro a rodo…
A mulher se confundia em
desculpas:
- Tem um chofer que é ver sua cara…
igualzinho…
Da porta ainda sorria.
António Balduíno olhou para Luigi:
- Aquela conversa do Rio
não pegou, mano…
Luigi redigia o anúncio
para circular no dia seguinte. Balduíno lia por cima dos ombros:
- Meu nome eu quero em letras bem
grandes…Aquelas deste tamanho…
E abria os braços
mostrando o tamanho.
Giusepe quando ficava bom
dos porres tornava-se activo e resoluto. Parecia que ia salvar tudo, resolver a
situação difícil do circo, pagar os salários dos artistas e dos mata-cachorros.
Mas a sua actividade ficava nos gestos, nas palavras que ele gastava com
largueza:
- Vamos ver isto! Isto não anda! Esse galinheiro
já devia estar de pé. Eu que me abofe. Sem mim isso não vai para diante!
E quando um artista
reclamava:
- Também você só sabe pedir dinheiro… E a arte
não vale nada? No meu tempo a gente trabalhava pela arte, pelos aplausos, pelas
flores. Flores, está ouvindo? Flores… Eram as moças que jogavam flores. Lenços
bordados… Eu podia ter uma colecção se qui sesse…
Mas eu não ligo para estas coisas.
Naquele tempo se pensava
na arte. Um trapezista era um trapezista…
Virava-se para Fifi:
- Uma trapezista era uma trapezista…
A trapezista ficava com
raiva. Ele continuava:
- Hoje o que é que se vê? Uma trapezista como
você, que até dá para a coisa, só fala em dinheiro, como se as palmas não
valessem nada.
- Eu não como palmas…
- Mas é a glória… Nem só de pão vive o homem…
Foi Cristo quem disse…
- Cristo não era trapezista…
- Hoje… No meu tempo, não… Palmas, flores,
lenços, compreendeu, tudo isso tinha o seu valor…Você quer dinheiro, não é?
Pois bem, amanhã terá seu dinheiro… Pagarei tudo… Tudo…
Mas terminava sempre
pedindo:
- Você sabe, Fifi, a gente tá mal… Que é que
eu posso fazer, desgraçado de mim… Eu sou um artista velho… Corri a Europa
toda… Eu tenho os álbuns lá na barraca… Agora estou aqui
mas me conformo… Você pensa que eu tenho dinheiro? Só tenho dívidas… Tenha
paciência, Fifi. Você é uma menina boa…
- Mas Giusepe, eu não tenho mais roupa. O
saiote verde já está uma vergonha. Não posso aparecer mais com ele…
- Garanto que o primeiro
dinheiro que arranjar é para você…
E saía para dar ordens
inúteis, reclamar contra o serviço atrasado, olhar tudo o que Luigi tinha
feito, discordar de tudo e terminar no botequi m,
contando aos desconhecidos que pagavam cachaça, as suas glórias de trapezista.
quarta-feira, setembro 25, 2013
TOMADA DE SANTARÉM AOS MOUROS
Os Mouros tentaram duas vezes reconquistar o planalto de Santarém após terem sido derrotados por D. Afonso Henriques. A conquista tinha ocorrido na madrugada de 15 de Março de 1147, sob o comando de D. Afonso Henriques, numa estratégia de reconquista cristã rumo ao sul, encetada logo após a criação do Condado Portucalense.
Já com a nova designação de Santa Herene (antes Shantarîn), a povoação medieval e o seu castelo foram alvo de uma nova investida muçulmana em 1171. O ataque fracassou e as forças árabes foram derrotadas pelas tropas de Fernando II de Leão, genro de D. Afonso Henriques que se encontrava em Santarém na altura. Dez anos mais tarde, em 1181, teve lugar um segundo assalto muçulmano mas os invasores tiveram de recuar perante a contra-ofensiva das tropas do Infante D. Sancho acantonadas na cidade.
Anedota do dia!
(Descupem mas não resisto a contar esta...)
Um gajo pequenino entra num elevador e depara-se com um gajo enorme lá dentro.
O gajo grandalhão olha para o pequenino e decide apresentar-se:
- 2,05 metros de altura, 152 quilos, pénis de 30 cm, testículo esquerdo de 1,2 quilos, testículo direito de 1,5 quilos... Victor Costa.
O gajo pequenino desmaia.
O gajo grande pega no pequenino, reanima-o com umas bofetadas.
- Que se passa? Tem algum problema?!
O tipo pequenino pergunta:
- Desculpe, mas o que é que você disse?
O gajo grandalhão repete tudo novamente.
- 2,05 metros de altura, 152 quilos, pénis de 30 cm, testículo esquerdo de 1,2 quilos, testículo direito de 1,5 quilos... Victor Costa.
O gajo pequenino suspira de alívio...
Um gajo pequenino entra num elevador e depara-se com um gajo enorme lá dentro.
O gajo grandalhão olha para o pequenino e decide apresentar-se:
- 2,05 metros de altura, 152 quilos, pénis de 30 cm, testículo esquerdo de 1,2 quilos, testículo direito de 1,5 quilos... Victor Costa.
O gajo pequenino desmaia.
O gajo grande pega no pequenino, reanima-o com umas bofetadas.
- Que se passa? Tem algum problema?!
O tipo pequenino pergunta:
- Desculpe, mas o que é que você disse?
O gajo grandalhão repete tudo novamente.
- 2,05 metros de altura, 152 quilos, pénis de 30 cm, testículo esquerdo de 1,2 quilos, testículo direito de 1,5 quilos... Victor Costa.
O gajo pequenino suspira de alívio...
- Ah! Victor Costa?! Graças a Deus! Eu percebi que tinha dito: "Vira-te de Costas..."
O HOMEM PRÉ - HISTÓRICO - VIVENDO ENTRE AS FERAS (Parte III)
A saga continua... mas estes não são os nossos avós que haveriam de chegar de África anos mais tarde. Estes são os Neandertais que se extinguiram há cerca de 30.000 anos embora alguns especialistas afirmem que eles continuam nos nossos genes. Em Portugal, no Vale de Lapedo, a 13 km da cidade de Leiria, foi descoberto em 28 de Novembro de 1998 o esqueleto fóssil de uma criança, menino de Lapedo, com 24.500 anos que pelas suas características morfológicas, desproporção entre o comprimento dos membros superiores e inferiores, seria um híbrido, fruto do cruzamento entre um Neandertal e o Homem de Cro - Magnhon (Sapiens Sapiens). Sendo assim, os primeiros extinguiram-se por absorção num outro humanóide, os nossos avós. É isto que defende o nosso antropólogo, Prof. João Zilhão.