Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, agosto 23, 2014
Fazer humor com as ditas coisas sérias só faz bem... |
Os Novos
Dez
Mandamentos
A
nossa moralidade não se fundamenta nos livros sagrados, a verdade é que existe
um consenso muito alargado do que está certo e está errado e que não tem uma
ligação óbvia com a religião.
A maior parte de nós não inflige
sofrimentos desnecessários, acredita na liberdade de expressão e protege-a
mesmo quando discorda do que é dito, paga os seus impostos, não engana, mão
mata, não comete incesto, não faz aos outros o que não gostaria que lhe
fizessem.
Alguns destes bons princípios constam
dos livros sagrados mas sepultados ao lado de outros que nenhuma pessoa decente
desejaria seguir com a agravante de que os livros sagrados não facultam regras
com base nas quais possamos distinguir os bons dos maus princípios.
Uma forma de exprimir a nossa ética consensual
pode ser através de Dez Mandamentos, não só dos Dez Mandamentos do Antigo
Testamento, ou os do Novo Testamento, mas também de Novos Dez Mandamentos, da
actualidade, não esquecendo que, de acordo com “o espírito do tempo”, eles
reflectirão sempre o nível do avanço intelectual e cultural do mundo na sua
época, como ficou dito no meu texto anterior.
Mas, para que melhor se possam
avaliar as diferenças entre os Novos Dez Mandamentos, que não são da autoria de
nenhum sábio, nem de um profeta ou de um eticista profissional, mas tão só de
um comum utilizador da web que mais não fez do que resumir, hoje, os princípios
consensuais da nossa vida, e compará-los com os Dez Mandamentos bíblicos,
enunciaremos estes em primeiro lugar e de seguida os Dez Mandamentos da Igreja
Católica antes de passarmos aos Novos Dez Mandamentos:
Antigo Testamento
1º Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egipto, da
casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.
2º Não farás para ti imagem de
escultura nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na
terra; nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a eles nem os
servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso que visito a maldade
dos pais nos filhos até à 3ª e 4ª geração daqueles que me aborrecem, e faço
misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
3º Não tomarás o nome do Senhor teu
Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em
vão.
4º Lembra-te do dia de sábado, para o
santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o 7º dia é o
sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem
a tua filha, nem o teu servo, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está
dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus, a terra e o
mar e tudo o que neles há, e ao 7º dia descansou; portanto abençoou o Senhor o
dia de sábado, e o santificou.
5º Honra o teu pai e a tua mãe, para
que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
6º Não matarás.
7º Não adulterarás.
8º Não furtarás.
9º Não dirás falsos testemunhos
contra o teu próximo.
10º Não cobiçarás a casa do teu
próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
Dez Mandamentos do Catolicismo que
muitos de nós aprendemos ainda na infância, nas aulas da catequese:
1º Amar a Deus sobre todas as coisas.
2º Não invocar o nome de Deus em vão.
3º Guardar Domingos e Festas de
Guarda.
4º Honrar pai e mãe.
5º Não matar.
6º Não pecar contra a castidade.
7º Não roubar.
8º Não levantar falsos testemunhos.
9º Não desejar a mulher do próximo.
10º Não cobiçar as coisas alheias.
Cerca de 1500 anos separam estas duas
listas de Dez Mandamentos e percebe-se que o “espírito do tempo” que ambas
reflectem pouco ou nada difere, talvez menos do que na realidade dado o
carácter conservador dos textos religiosos.
Tanto numa como na outra a permanente
preocupação de manter os crentes obedientes e tementes ao Senhor que Ele, sim,
é a verdadeira razão justificativa dos próprios Mandamentos.
De forma paternalista, autoritária,
ameaçadora, o objectivo é manter o grupo unido, coeso, obediente e servil em
torno de um Chefe que é o Senhor mas que, na prática, são os dignitários da
Igreja, sendo que a crença, a tal necessidade genética de acreditar (nos nossos
pais, nos chefes, nas pessoas mais velhas) que nos primórdios da humanidade foi
factor de sobrevivência, constitui o íman que atrai as pessoas para as
religiões da mesma forma e pela mesma razão que leva a borboleta da traça ao
voou suicida contra a chama da vela. (ver neste blog o texto As Raízes da
Religião de 7 de Maio).
Chegados a este ponto, Dawkins, através de um motor de busca da Internet
encontrou por acaso, numa página ateia, os seguintes Novos Dez Mandamentos em
paralelo com muitos outras listas que aí se podem encontrar.
Novos Dez Mandamentos (da autoria de pessoas assumidamente não
crentes):
1º Não faças aos outros aqui lo
que não qui seres que te façam a ti.
2º Em tudo, esforça-te por não
fazeres o mal.
3º Trata os teus semelhantes, os
seres vivos e o mundo em geral com amor, honestidade, lealdade e respeito.
4º Não ignores o mal nem te retraias
de aplicar a justiça mas está sempre pronto a perdoar a injustiça reconhecida
livremente e lamentada honestamente.
5º Vive a vida com alegria e
admiração.
6º Procura sempre aprender algo de
novo.
7º Testa todas as coisas; confronta
as tuas ideias com os factos e está pronto a pôr de parte mesmo uma crença
acalentada se ela não estiver em conformidade com eles.
8º Nunca procures censurar-te ou
abster-te das divergências; respeita sempre o direito dos outros a discordarem
de ti.
9º Forma opiniões independentes com
base na tua própria razão e experiência; não te permitas ser levado cegamente
pelos outros.
10º Interroga-te sobre tudo.
O filósofo John Rawls poderia incluir nesta lista algo deste
género:
- Imagina sempre as tuas regras como se não soubesses se vais
estar no topo ou na base da
hierarqui a.
O povo Inuit segue uma regra para
repartir a comida que também poderia fazer parte da lista:
- Quem reparte fica
sempre com o último bocado.
Ritchard Dawkins gostaria também de
incluir numa lista destas e da sua própria autoria, os seguintes Mandamentos:
- Desfruta da tua vida sexual (desde que não prejudique ninguém)
e deixa que os outros desfrutem da sua em privado, quaisquer que sejam as suas
tendências, que não são da tua conta.
- Não discrimines nem oprimas em função do sexo, da raça ou, na
medida do possível, da espécie.
- Não inculques ideias à força nos
teus filhos. Ensina-os a pensarem por si, a ajuizarem das provas e a
discordarem de ti.
- Valoriza o futuro em função de uma
escala de tempo maior do que aquele que tu tens.
Três mil e qui nhentos
anos após os velhos Mandamentos bíblicos surge-nos hoje, da autoria de pessoas
não religiosas, outros Mandamentos que revelam um mundo novo, diferente e,
quanto a mim, incomparavelmente melhor.
Que cada um de nós os julgue e os
faça seus, se qui ser, de acordo com
a sua própria razão, entendimento e sensibilidade.
que já Ouvi...
O executivo saiu do
escritório as 18h, quando viu sua secretária no ponto de ônibus. Estava caindo
a maior chuva.
Ele parou e perguntou:
- Você quer uma carona?
- Claro... Respondeu ela, entrando no
carro.
Chegando no edifício onde ela morava,
ele parou o carro para que ela saísse e ela o convidou para entrar.
- Não quer tomar um cafezinho, um
whisky, ou alguma coisa?
- Não, obrigado, tenho que ir para
casa...
- Imagine, o Sr. foi tão gentil
comigo, suba um pouqui nho. Ele
subiu, atendendo ao pedido da moça.
Ao chegarem lá, enquanto ele tomava
seu drink, ela foi para o quarto enxugar-se e voltou, toda gostosa e perfumada.
Deixou antever um belíssimo par de coxas debaixo do baby-doll, escondendo uma
escultural bunda, das mais desejadas. A lingerie fio dental que usava,
inspirava que a noite poderia ser inimaginável!
Depois de alguns drinks, quem pode
agüentar?
Ele caiu literalmente... transou com
a secretaria de todas as formas possíveis. Estava bom DEMAIS!
Após intensa atividade sexual,
acabaram adormecendo. Por volta das 6h da manhã, ele acordou e olhou no
relógio. O maior susto!
Pegou o telefone, discou o número de
sua casa e aos berros, disse a quem atendeu:
...EU CONSEGUI FUGIR!
Tu assunta mesmo? |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 35
A um sinal do homem, andaram para o depósito de cacau, os Jagunços abriram passagem para o grupo, igualmente interessados nas peripécias da ocorrência.
A
assistência crescera com a presença de Pedro Cigano, de Bernarda, de
Lupiscínio, de Bastião da Rosa, de trabalhadores e tropeiros. Trocavam
cochichos, olhavam de soslaio para o homem armado, o carpina fez um gesto,
Bastião da Rosa respondeu com outro, confirmando.
Haviam reconhecido o macambúzio: envelhecera e
estava enxodozado, o que o tornava ainda mais perigoso. Lupiscínio sentiu um
arrepio na espinha, um frio nos qui bas:
tudo podia acontecer.
Tição pediu que a mulher se sentasse em
cima de uns sacos de cacau e abrisse a boca mas ela não se moveu, continuou gemendo
à espera da decisão do sarará que insistiu na pergunta:
-
Tu assunta mesmo?
O negro riu novamente, brincalhão e bem
falante:
- Já disse a vossa senhoria.
-
Não sou senhoria, nem sua nem de ninguém. Sou Manuel
Bernardes, de Itacaré, e não aprecio
zombaria. Vou mandar ela sentar mas o risco é seu. Abrandou a voz ao dirigir-se
à mulher:
-
Vai, senta, Clorinda, abre a boca, mostra o dente ao moço.
Lupiscínio e Bastião da Rosa tinham-no
identificado antes
que ele proclamasse o nome façanhudo em
aviso e ameaça.
Clavinoteiro a serviço dos Badaró
durante as lutas travadas com o coronel Basílio de Oliveira, no cerco final
quando a munição terminou e ele se viu sozinho, com uma bala no ombro, lavado em
sangue, mesmo assim não se entregou, não se rendeu; armado com o punhal, ainda
feriu três.
Preso e amarrado, iam acabar com ele na
malvadeza mas o coronel Basílio não consentiu: macho daquela espécie não se
mata a sangue-frio.
Mandou que o soltassem e lhe estendeu a mão.
Manuel Bernardes passou a viver em Itacaré onde plantava milho e mandioca e
possuía uma casa de farinha. Fama capaz de rivalizar com a dele, só mesmo a do
capitão Natário da Fonseca.
Naquela hora todos temeram pela vida do
negro Tição, rapaz
trabalhador e presepeiro, muito
estimado. Ferrador de mão segura e forte ao bater o cravo, ferreiro de dedos
ágeis e engenhosos no trato dos metais.
Defeito sério, aparentava possuir apenas um:
era abelhudo a mais não poder, metia o bedelho em tudo, tudo querendo resolver,
o belzebu. Ia pagar caro o atrevimento, quem mandara se intrometer? Decerto não
tinha competência nem traquejo, não passava de um negro maneiro e folgazão.
Adolescente, intrometera-se com as
girondas do Senhor Barão, a legítima e a preferida. Por vales e montes,
canaviais e bagaceiras, pelo campo verde e pelo céu azul cavalgara as duas
montarias exclusivas do senhor de engenho, arriscando a cabeça e os ovos.
Demonstrara traquejo e competência, perdera o
medo de uma vez por todas.
-
Muito prazer, seu Manuel. Meu nome é Castor Abduim, me chamam de Tição por ser
ferreiro. Já tive outros apelidos, posso lhe contar se um dia vosmicê qui ser ouvir. Agora, vamos aliviar a sua dona. No
mundo não há coisa tão ruim que se compare a dor de dente, é o que ouço dizer e
repetir.
Eu nunca tive, graças a Deus. Riu de um
lado a outro da boca, exibindo os dentes brancos.
2
-
É em baixo ou em cima? De que lado, dona?
-
No de baixo. Nesse aqui .
Os assistentes se aproximaram, todos
queriam ver, os olhares iam do clavinoteiro ao negro, da mulher à velha. Tição
pediu a Coroca que segurasse o fifó na altura do rosto de Clorinda.
Mal conseguia enxergar à luz vacilante e
fumacenta do candeeiro; foi tenteando com os dedos no lado direito até que a
padecente gemeu mais fone e ele sentiu o buraco da cárie no molar.
sexta-feira, agosto 22, 2014
SINEAD O´ CONNOR - NOTHING COMPARES 2U
Esta canção foi escrita por Prince para a Banda Family e regravada em 1990 por Sinead O´Connor que ficou sendo o grande êxito da sua carreira.
A mulher resolveu se separar do marido.
O juiz perguntou qual seria a principal razão para essa separação..
- Compatibilidade de génios.
O juiz estranhou:
- A senhora deve estar querendo dizer 'incompatibilidade de génios'...
- Não, não. É compatibilidade mesmo!
- Eu gosto de passear, meu marido também gosta.
- Eu gosto de ir ao cinema, ele também gosta.
- Eu gosto de pizza aos sábados, ele também gosta.
- EU TORÇO PRO FRAMENGO , ELE TAMBÉM TORCE.
- Eu gosto de homem, e o fidaputa também gosta..!
O juiz perguntou qual seria a principal razão para essa separação..
- Compatibilidade de génios.
O juiz estranhou:
- A senhora deve estar querendo dizer 'incompatibilidade de génios'...
- Não, não. É compatibilidade mesmo!
- Eu gosto de passear, meu marido também gosta.
- Eu gosto de ir ao cinema, ele também gosta.
- Eu gosto de pizza aos sábados, ele também gosta.
- EU TORÇO PRO FRAMENGO , ELE TAMBÉM TORCE.
- Eu gosto de homem, e o fidaputa também gosta..!
- E se
gosta!!!!....
Barack Hussein Obama II |
PEDIDO
DE
EMPRÉSTIMO
BANCÁRIO
Um advogado de nome
Barack Hussein Obama II, na época, 1995, líder comunitário, membro fundador da
mesa directora da organização sem fins lucrativos Public Allies, membro da mesa
directora da fundação filantrópica Woods Fund of Chicago, advogado na defesa de
direitos civis e professor de direito constitucional na escola de direito da
Universidade de Chicago, Estado de Illinois (e atual presidente dos Estados
Unidos da América) numa certa ocasião pediu um empréstimo em nome de um cliente
que perdera sua casa num furacão e queria reconstruí-la.
Foi-lhe comunicado
que o empréstimo seria concedido logo que ele pudesse apresentar o título de
propriedade original da parcela da propriedade que estava a ser oferecida como
garantia.
O advogado Obama levou três meses
para seguir a pista do título de propriedade datado de 1803.
Depois de enviar as informações para
o Banco, recebeu a seguinte resposta:
- "Após a
análise do seu pedido de empréstimo, notamos que foi apresentada uma certidão
do registro predial.
Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa
do pedido, mas é preciso salientar que o senhor tem apenas o título de
propriedade desde 1803.
Para que a solicitação seja aprovada,
será necessário apresentá-lo com o registro anterior a essa data."
Irritado, o advogado
Obama respondeu da seguinte forma:
- "Recebemos a
vossa carta respeitante ao processo nº.189156. Verificamos que os senhores
desejam que seja apresentado o título de propriedade para além dos 194 anos
abrangidos pelo presente registro.
De facto,
desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade neste país,
particularmente aqueles que trabalham na área da propriedade, não soubesse que
a Luisiana foi comprada, pelos EUA à França, em 1803.
Para esclarecimento
dos desinformados burocratas desse Banco, informamos que o título da terra da
Luisiana, antes dos EUA terem a sua propriedade, foi obtido a partir da França,
que a tinha adqui rido por direito de
conqui sta da Espanha.
A terra entrou na
posse da Espanha por direito de descoberta feita no ano 1492 por um navegador e
explorador dos mares chamado Cristóvão Colombo, casado com dona Filipa, filha
de um navegador de nome Perestrelo.
Este Colombo era pessoa respeitada
por reis e papas e até ouso aconselhar-vos a ler sua biografia para avaliar a
seriedade de seus feitos e intenções. Esse homem parece ter nascido em 1451 em
Gênova, uma cidade que naquela época era governada por mercadores e banqueiros,
conqui stada por Napoleão Bonaparte
em 1797 e atualmente parte da Região da Ligúria, República Italiana.
A ele, Colombo,
havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova rota para a Índia pela
rainha Isabel de Espanha.
A boa rainha Isabel,
sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa com os títulos de propriedade
como o vosso Banco, tomou a precaução de garantir a bênção do Papa, ao mesmo tempo
em que vendia as suas jóias para financiar a expedição de Colombo.
Presentemente, o
Papa – isso, temos a certeza de que os senhores sabem - é o emissário de Jesus
Cristo, o Filho de Deus, e Deus - é comumente aceito - criou este mundo a
partir do nada com as palavras Divinas: Fiat lux que significa "Faça-se a
luz", em língua latina.
Portanto, creio que é seguro presumir
que Deus também foi possuidor da região chamada Luisiana por que antes, nada
havia.
Deus, portanto,
seria o primitivo proprietário e as suas origens remontam a antes do início dos
tempos, tanto quanto sabemos e o Banco também.
Esperamos que, para
vossa inteira satisfação, os senhores consigam encontrar o pedido de crédito
original feito por Deus.
Senhores, se
perdurar algumas dúvidas quanto a origem e feitos do descobridor destas terras,
posso adiantar-lhes que desta dúvida, certeza mesmo, só Deus a terá por que
inúmeros historiadores e investigadores, concluíram baseados em documentos que,
Cristóvão Colombo, nasceu em Cuba (Portugal) e, não em Gênova (Itália), como
está oficializado:
- Segundo eles, em
primeiro lugar, Christovam Colon, foi o nome que Salvador Gonçalves Zarco,
escolheu para persuadir os Reis Católicos de Espanha, a financiar-lhe a viagem
à Rota das Índias, pelo Ocidente, escondendo assim a sua verdadeira identidade.
- Segundo, este
pseudônimo não aparece por acaso, porque Cristóvão está associado a São
Cristóvão, que é o protetor dos Viajantes (existe inclusive uma ilha batizada
de São Cristóvão). Cristóvão, que também deriva de Cristo, que propaga a fé,
por onde anda, acresce que Cristo, está associado a Salvador (1º nome
verdadeiro do ilustre navegador). Colon, porque é a abreviatura de colono e
derivado do símbolo das suas assinaturas". ( Duas aspas, com dois pontos
no meio).
- Terceiro, Salvador
Gonçalves Zarco, está devidamente comprovado, nasceu em Cuba ( Portugal) e, é
filho ilegítimo do Duque de Beja e de Isabel Gonçalves Zarco.
- Quarto, era
prática usual na época, os navegadores darem às primeiras terras descobertas,
nomes religiosos, no caso dele, foi São Salvador (Bahamas), por coincidência ou
talvez não, deriva do seu primeiro nome verdadeiro, a segunda batizou de Cuba
(Terra Natal) e, seguidamente Hispaniola (Haiti e República Dominicana), porque
estava ao serviço da Coroa Espanhola.
- Quinto, a
"paixão" pelos mares, estava no sangue da família Zarco, nomeadamente
em, João Gonçalves Zarco, descobridor de Porto Santo (1418), com Tristão Vaz
Teixeira e da Ilha da Madeira (1419), com o sogro de "Christovam Colon",
Bartolomeu Perestrelo.
- Por fim, em sexto,
existem ilhas nas Caraíbas, com referência a Cuba (além da mencionada Cuba; São
Vicente, na época existia a Capela de São Vicente, da então aldeia de Cuba).
Posteriormente (Sec-XVI), foi edificada a atual Igreja Matriz de São Vicente.
São coincidências (pseudônimo, nome das ilhas, família nobre e ligada ao mar,
habitou e casou em Porto
Santo ,ilha que fica na Rota das Índias pelo Ocidente), mais
do que suficientes, para estarmos em presença de Salvador Gonçalves Zarco e,
conseqüentemente do português Christovam Colon.
Christovam Colon,
morreu em Valladolid (Espanha) em 1506, tendo os seus ossos sido transladados,
para Sevilha em 1509, contudo em 1544, foram para a Catedral de São Domingos,
na época colónia espanhola, satisfazendo a pretensão testamental do prestigiado
navegador.
A odisséia das
ossadas não ficaria por aqui , porque
em 1795, os espanhóis tiveram de deixar São Domingos, tendo os ossos sido
transferidos para Cuba (Havana), para em 1898, depois da independência daquela
ilha, sido depositados na Catedral de Sevilha.
Coincidência ou não,
em 1877, os dominicanos, ao reconstruírem a Catedral de São Domingos,
encontraram um pequeno túmulo, com ossos e intitulado “Almirante Christovam
Colon".
Existem na Ilha da
Madeira e nos Açores, pessoas da famílias Zarco, descendentes diretos de João
Gonçalves Zarco e, conseqüentemente da mãe (Isabel Gonçalves Zarco) de
Christovam Colon, disponíveis para darem uma amostra do seu cabelo aos
cientistas, para analisar o seu DNA e, para comparar os seus resultados nas
ossadas do navegador, se, efetivamente forem as pretensões deste Banco para
certificar-se da origem do navegador.
Quanto a Deus, ainda
não tenho sua biografia, somente sei que caso a conseguisse, até o maior e mais
potente computador do planeta não seria suficiente para comportar um resumo do
resumo da mesma, por isso sugiro-vos educadamente e após muito pensar, que, por
serem banqueiros e, portanto poderosos, tentem por vossos meios.
Agora, que está tudo
esclarecido, será que podemos ter o nosso empréstimo? "
Barack Hussein Obama II
Advogado
*O empréstimo,
claro, foi concedido.
Nota - Brilhante!...mereceu
vir a ser Presidente do EU
E tu assunta de dôr de dente? |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 34
Os
renitentes jogadores de ronda suspenderam os lances, tropeiros e trabalhadores
despertaram, puseram-se de pé, saíram a ver o que estava acontecendo. Ao lado
de Coroca na cama de campanha, o negro Castor semi-ergueu-se atento.
-
Até parece que estão matando alguém - Comentou a mulher-dama.
-
Vou ver. — Disse o negro, enfiando as calças: - Já volto.
-
Também vou. - Coroca apurou o ouvido: — É choro de mulher.
Perdurava em torno de Tocaia Grande uma
legenda de perigo
e violência — não ganhara aquele nome
por acaso — se bem ultimamente não se tivesse notícia de bafafá de vulto
sucedido por ali. Vez por outra um tiro, uma facada, brigas em torno dos
baralhos sebosos. Dias antes, dois cabras quase se acabaram no punhal para
decidir qual deles ia passar a noite com Bernarda; correu sangue mas não houve
morte — incidente de pouca monta.
Ainda assim, moradores e passantes se
alarmavam ao escutar
gritos de dor, pedidos de socorro.
Três figuras despontaram por detrás do
barracão no qual se
acumulava o cacau provindo da Fazenda
Santa Mariana e repousavam os tropeiros que o traziam e os jagunços que o
guardavam.
Coroca e Castor puderam distinguir, à
luz da lua cheia, a mulher ainda jovem, mulata escura, de basta cabeleira
crespa, femeaço vistoso se não estivesse tão desarvorada: com a mão tapava um lado
do rosto, gemia sem parar.
Acompanhavam-na um homem magro, sarará,
já de certa idade, e uma velha. Coroca se adiantara ao encontro dos
caminhantes: nada de sério, apenas uma doente a caminho de Itabuna, em busca de
atendimento.
Não devia encontrar-se em estado grave pois
vinha andando com seus próprios pés e não transportada aos ombros numa rede, moribunda.
Ouviu-se o riso de mofa da rapariga:
-
Tanto escarcéu por um dente? Tirar a gente do sono por uma besteira dessa? Um descaro.
Aflita e raivosa, a velha enfrentou
Coroca:
-
Quisera ver se fosse com vosmicê, sia dona. Vai pra três dias que a pobre só faz sofrer, não tem
descanso, começou anteontem e não parou de doer, cada vez mais pior, não dá
sossego pra infeliz.
Elevara a voz para ser ouvida pelos
curiosos que afluíam:
-
Nós tamos indo para Taquaras, pro mode ver se encontra por lá um filho de Deus que arranque o
dente dela. Se não encontrar, a gente continua pra Itabuna. É minha filha,
mulher dele. Apontou para o homem que se
mantinha calado.
A velha despejava o saco, com certeza
tivera de repetir a explicação caminho afora. Continuou: - Acho que foi praga
que rogaram nela. A tal da Aparecida que...
Não conseguiu contar o caso, a voz
brusca do homem cortou-lhe a palavra:
-
Basta! Vosmicê fala demais.
Trazia punhal na cintura e repetição
pendurada no ombro.
Mesmo sem o aviso dado pela velha, logo
perceberam que a criatura era propriedade dele pela preocupação e pelo cuidado
reflectidos no rosto carrancudo que se enternecia ao fitar a choramingas.
Tomou a frente de Castor quando o negro
se aproximou
risonho e se ofereceu:
-
Se tá procurando quem arranque seu dente, dona, não precisa ir até Taquaras. Aqui mesmo se pode dar um jeito. Venha mais eu.
O homem qui s
saber:
- Ir pra onde?
- Pro armazém do coronel Robustiano, pra
eu espiar a condição do dente.
— E tu assunta de dor de dente? — Mais
do que a pergunta,
o tom da voz continha suspeita e
advertência.
Castor não vacilou, abriu-se num
sorriso:
- Assunto, sim senhor. Vambora, dona.
Joaquim Barreto candidato afecto a Costa diz que não estão reunidas as condições |
O PS de BRAGA
A indefinição do PS arrasta-se
penosamente. Tendo sido decidida por Seguro deveria favorecê-lo para fazer
sentido, uma espécie de cozinhar o adversário em “banho-maria”, fazendo-o
perder a cor e o entusiasmo, diluindo-o no tempo.
O ataque de Costa à liderança do PS está
a começar a “ser coisa do passado” de que a gente se vai esquecendo como
acontece, igualmente, com a panela ao lume.
Seguro, como político, não tem nem
profundidade nem coragem. Ele sabe que perdeu todos os debates parlamentares
com Passos Coelho que se mostrou sempre mais convicto e assertivo e sabe que
esses debates passaram na televisão e foram vistos, mas também sabe que falar
de uma cadeira no Parlamento o coloca numa posição de subalternidade
relativamente à da bancada do Governo com o 1º Ministro.
Tirando partido dessa vantagem,
Sócrates, ganhou, também ele, todos os debates como 1º Ministro no Parlamento
mas depois perdeu no confronto directo, sentado frente a frente, com Passos
Coelho.
Seguro tem instinto e ambição políticas
e serve-se de ambas para conseguir os seus objectivos mas, entretanto, algo lhe
correu mal. Esta trapalhada na distrital de Braga deixa mal visto o Partido numa
perspectiva de futuro governo mas atinge-o também a ele como Secretário-Geral
quando todos o apontam como o “construtor” das estruturas do partido.
O seu silêncio, de resto, é revelador do
seu incómodo e comprometimento e desvalorizar as coisas, não lhes dar importância,
parece ter sido a única saída possível.
Pagar cotas a militantes já falecidos e
de centenas de outros que não meteram prego nem escopro e muito menos dinheiro é
uma batota da grossa, de quem não olha a meios para atingir os fins e isso em
política, para além de grave, é perigoso porque se hoje é com aspectos
meramente administrativos que violam as regras, amanhã, no governo, poderá ser com decisões bem mais importantes para a vida do país e dos cidadãos.
O descrédito da política e dos políticos
já vai longe entre nós, não precisa de contributos destes que acentuam entre os
portugueses a ideia de que “esta gente” que está na política só pretende
servir-se dela.
Quantos mais casos destes acontecerem
mais se fragiliza a democracia e aumenta o desinteresse e a abstenção nas mesas
de voto no dia das eleições.
António Costa, com a serenidade que lhe
serve de marca, pede o esclarecimento total da situação e que os responsáveis
sejam denunciados.