quarta-feira, abril 05, 2017

Melania Trump posa à vontade para a GQ britânica em 2000 (Foto: Reprodução/ Antoine Verglas)
Ainda não era a 1ª dama dos EUA e do mundo...
A notícia é que o Trump não 

dorme com a mulher... e você, 

dormia?














Foi notícia no jornal de hoje, não sei com que finalidade, mas por simpatia não foi com certeza, pois ele tem 70 anos e a esposa, que é uma beldade, como se vê, não dorme com a mulher, de 46 anos, o que, rigorosamente, não quer dizer nada para além da insinuação implícita.

De resto, tenho a sensação que os homens poderosos, milionários, reis e outros que tais, de outros status que não o das pessoas vulgares, têm gostos diferentes.

Mas aqui, o que escandaliza não é a beleza  de Melânia Trump, ex-modelo eslovena, mas sim, a sua falta de honestidade intelectual, de certo inspirada na do marido, quando resolveu ler um texto da autoria de Michele Obama como se fosse dela.

- Porque é que ela não se limita a ser bela e escultural sem ofender a inteligencia dos outros? De certo, que Michel não se sentiu se sentiu honrada com este plágio.

Este Presidente dos EUA ofende os americanos e o mundo e nessa ofensa a mulher, escolhida entre candidatas a Miss Universo, está incluída.

Parece, segundo consultas efetuadas à população, que ele tem o mais baixo registo de preferencias dos eleitores batendo, nesse aspecto, um record de impopularidade, 30%, que ele, com o descaramento que lhe é próprio já terá considerado mais um ataque dos seus adversários e inimigos.








segunda-feira, abril 03, 2017

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Brexit












Os ingleses não trocaram a livre circulação dos produtos pelo das pessoas, com a União Europeia.

Quanto a mim, asneira!... Há, da parte dos ingleses, um egocentrismo que lhes está nos genes, que é filho do isolamento de quem nasceu ilhéu mas que desde sempre se ligou ao mundo pelo comércio marítimo.

A Comunidade Europeia era a oportunidade de transformarem o Canal da Mancha naquilo que ele é, um simples canal, que o nosso Batista Pereira, nascido em 1921, ali para os lados de Alhandra, criado entre o Tejo e as margens, atravessou a nado depois de se besuntado muito bem com gordura por causa do frio das águas.

Agora, era a forma mais simples de se ligarem ao resto da Europa, de abater fronteiras fora da ilha, mas falou mais alto, mais uma vez, um pretenso instinto de defesa como se alguém que lhes queira fazer mal se atrapalhasse com o Brexit.

Foi apenas um marcar de posição que vem do seu passado anglo – saxónico, da pretensa necessidade de vincar a sua posição no mundo.

Conheci-os de perto, em 1963 estávamos separados por uma simples linha da fronteira entre Angola e a Rodésia do Norte.

Eu, fazia parte dos portugueses, eles, dos brancos. Sempre gostaram de terem um estatuto à parte, melhor que o dos outros. Não era esse o caso, ali, naquele sítio, num alto planalto, mas o que é facto é que todo aquele corredor central, de ponta a ponta a ponta do continente africano, era deles.
Para nós, tinham ficado os terríveis mosquitos da costa leste e oeste, que não impediam os pouco exigentes colonos portugueses de lá se fixarem para comercializarem com os povos do interior.

Nós sempre fomos assim para com os representantes do nosso povo por esse mundo fora mais ou menos entregues à sua sorte sujeitando-se a tudo a mando de uns ricalhaços que os exploravam cá de longe, do “bem bom”...

Como dizia um, meu vizinho, comerciante por conta de outrem, lá nas terras do fim do mundo, onde eu estava na qualidade de militar, numa carta para a mulher no longínquo Trás-os-Montes:

-“Mulher:

Estou nas raias da “Islaterra”, os “leones,” entram-me pela porta da casa dentro...”.

Tudo esta gente suportava sem um queixume ou reclamação, humildes e analfabetos. Ao fim e ao cabo, que diferença haveria entre a aldeia em que nasceram, lá no Norte de Portugal, atrás do sol – posto, e aquele outro local para onde o destino os tinha enviado?

 – Para além dos “leones”, é bom de ver, nenhum outro...

Sobreviventes, é o que me apetece chamar aos meus compatriotas espalhados por esse mundo fora, muito diferentes dos emigrantes ingleses que logo de manhã içavam à frente das casas, isoladas, a bandeira de Inglaterra, os tais, a quem os negros chamavam de “brancos” para os distinguir de nós outros que éramos apenas os portugueses...

Nós fomos, pelo meio daqueles matos, os verdadeiros colonizadores, que trocávamos com as populações autóctones, barras de sabão por peles de animais, e a mulher com quem dormíamos à noite era uma representante local numa cubata melhorada atrás da loja do comercio.

Por isso, quando a UPA e o MPLA mataram em Angola quem mataram à espera que os outros fugissem, como os belgas, os portugueses limitaram – se a passar a viver com a espingarda ao ombro.

Para onde vamos logo ganhamos raízes, seja para onde for... a nossa terra é aquela onde vivemos!


domingo, abril 02, 2017

O Diabo Existe? 

















A Bíblia está cheia de alusões ao Diabo e da variedade de nomes com que ele é designado. Como todos os seus conterrâneos, Jesus falou sobre o diabo e acreditou na sua existência mas essa crença não foi, nem de perto nem de longe, o centro da sua mensagem resultando, antes, num “elemento de contraste” para a boa notícia que pregava e que essa, sim, era o essencial da sua mensagem: a existência de um Deus bom no qual se pode ter uma confiança ilimitada e na superação do medo como caminho de “salvação”.

Todos os povos acreditaram e continuam acreditar na existência do Diabo. No cristianismo o diabo foi imposto no Concílio de Letrão em 1215. É uma crença que a igreja católica e as protestantes mantêm até aos dias de hoje.

Em 1974 o Papa Paulo VI afirmou: “ O demónio existe não só como símbolo do mal mas como realidade física”.

No ano seguinte, e perante correntes teológicas que punham esta crença no domínio do simbólico, o Papa Paulo VI afirmava: “quem se negar a reconhecer a sua existência e quem o explica como uma pseudo-realidade, uma personificação conceptual e fantástica das causas desconhecidas das nossas desgraças, coloca-se fora do quadro do ensino bíblico e eclesiástico”.


Outra Teologia: O Diabo é um Mito


– São mesmo os teólogos católicos que questionam com uma sólida argumentação a existência do Diabo. Entre eles, destaca-se o sacerdote católico e professor universitário alemão, Herbert Hagg, especialista no Antigo Testamento e que procura “construir pontes entre a mensagem bíblica e a gente de hoje”.

 Ele é autor de um livro fundamental sobre este tema “O Diabo, Sua Existência como Problema” (editorial Herder, 1978) no qual reduziu a mito o relato do “Anjo Caído” e promove uma visão teológica numa outra perspectiva mais construtiva e transformadora.


Herbert Hagg documenta no seu livro os terríveis resultados históricos que a “fé no diabo” provocou ao longo da história da humanidade e em especial ao longo da história do cristianismo.


Papa Francisco afirmou que o demónio não é uma fábula; ele existe, e os cristãos não devem ser ingénuos diante de suas estratégias.

Não vale a pena esperar verdadeiras aberturas naquilo que são os pilares da doutrina católica de Roma. Não é o diabo que verdadeiramente interessa à Igreja: é o medo, esse sim é que interessa. 

Manter os fieis amedrontados com o inferno e o diabo são estratégias que perturbam as mentes mas servem os desígnios de obediência ao culto e às autoridades que superintendem a esse culto em toda a hierarquia desde o simples padre da aldeia até ao papa de Roma.

A ameaça e o medo foram sempre armas eficazes para qualquer poder seja ele político ou religioso.

A CASA

 DO 

INFERNO














Richard Dawkins entrevistou, perante as câmaras de televisão, o pastor Keenan Roberts do Colorado que o pôs ao corrente da existência de uma Casa do Inferno.

E o que é a Casa do Inferno?

É um lugar onde as crianças são levadas pelos pais ou pelas respectivas escolas cristãs para serem aterrorizadas com imagens do que lhes pode acontecer depois de morrerem.

Há actores que encenam quadros assustadores de certos pecados como o aborto e a homossexualidade, perante o regozijo de um diabo vestido de vermelho vivo.

Finalmente, a representação do próprio inferno ao qual não falta o característico cheiro a enxofre a arder e os gritos agonizantes dos que estão condenados por toda a eternidade.

No fim do ensaio em que o diabo esteve devidamente diabólico, Dawkins entrevistou o pastor Roberts na presença do seu elenco que referiu que a idade ideal de uma criança para uma visita à Casa do Inferno são os 12 anos.

Mas, perguntou Dawkins, não o preocupa o facto de uma criança de 12 anos ter pesadelos depois de ter visto uma representação destas?

Com honestidade, ele respondeu:

«O que me interessa é que eles compreendam que o inferno é um lugar para onde, decididamente, não hão-de querer ir. Antes quero transmitir-lhes essa mensagem aos 12 anos do que não transmitir e vê-los enveredar por uma via de pecado, sem nunca encontrarem o Senhor Jesus Cristo.

E se vierem a ter pesadelos por causa desta experiência, penso que terão alcançado e conseguido nas suas vidas um bem mais importante do que uns simples pesadelos.»… (esta gente não é má, e simplesmente diabólica...)


O versículo do Evangelho de São Marcos refere: «Se a tua mãe é para ti ocasião de pecado, corta-a; mais vale entrares mutilado na vida do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível, onde o verme não morre e o fogo não se apaga» (9:43-4)

Independentemente de como imaginam que o inferno seja de facto, todos estes entusiastas do fogo infernal, parecem partilhar daquele júbilo que alguns sentem com o mal dos outros, a complacência daqueles que se vêm entre os que serão salvos, ideia de resto, muito bem expressa por esse expoente máximo da Teologia, São Tomás de Aquino, na sua Summa Theologica :

«Para que mais abundantemente possam desfrutar da sua beatitude e da graça do Senhor, é permitido aos santos ver o castigo dos condenados ao inferno» e Dawkins comenta: “ que homem simpático...” e eu acrescento… “sádico”.

O medo do fogo do inferno pode ser muito real, mesmo entre pessoas com um comportamento racional a outros níveis.

Após um seu documentário televisivo sobre religião, Dawkins recebeu muitas cartas, entre as quais, a de uma mulher visivelmente inteligente e sincera que dizia assim:

“Andei desde os 5 anos numa escola católica, onde as freiras, de correia, régua ou de vara em punho me inculcaram a doutrina.

Durante a adolescência li Darwin, e o que ele escreveu sobre a evolução fez imenso sentido para a parte lógica da minha mente. No entanto, ao longo da vida, tenho-me debatido interiormente com um grande conflito e com um intenso medo do fogo do inferno, que desperta em mim com muita frequência.

Fiz psicoterapia, que me permitiu resolver alguns dos meus problemas mais antigos mas não consigo ultrapassar este medo profundo».

Jill Mytton foi educada no medo do inferno, escapou ao cristianismo já adulta e hoje aconselha e ajuda outros traumatizados, como ela, na infância.

«Quando relembro a minha infância, vejo-a dominada pelo medo. E era o medo de reprovação no presente mas também da condenação eterna. Para uma criança, as imagens do fogo do inferno e de dentes a ranger são, efectivamente, muito reais. Não têm nada de metafórico.».

Dawkins pediu-lhe, então, que explicasse o que de facto lhe tinham dito sobre o inferno em criança e a resposta que ela deu foi rica e comovente como o seu rosto durante a longa hesitação que precedeu a resposta:

«É estranho, não é? Depois deste tempo todo ainda consegue… afectar-me…quando…quando me é feita essa pergunta. O inferno é um lugar assustador. É sermos totalmente rejeitados por Deus. É um julgar total. Há fogo a sério, sofrimento a sério e dura para sempre, sem tréguas.»

Falou depois do grupo de apoio que agora orienta, destinado a pessoas que procuram fugir de uma infância semelhante à sua e insistiu na dificuldade que é, para muitos, sair:

 «O processo de saída é extremamente difícil. Ah, o que se deixa para trás é toda uma rede social, todo um sistema no qual, praticamente, se foi educado, deixa-se para trás um sistema de crenças que se interiorizou durante anos. Muitas vezes deixa-se a família e amigos…deixa-se de existir para eles»

Na Síria o fotógrafo apontou-lhe a máquina fotográfica e ela levantou os bracitos...



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