sábado, outubro 25, 2014

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Estamos mesmo só de passagem, não é?



Rio Grande - Postal dos Correios

O último da trilogia - "o nosso fado..."

A Terra está Viva

e agora está Doente 










Para agir com responsabilidade ecológica precisamos de informação. Depois de séculos de pensar em "progresso" linear e indefinido, os seres humanos estão aprendendo o erro de linearidade presente, sabendo agora que os recursos naturais se esgotam, sentimo-nos como passageiros do mesmo navio, no qual nos salvamos todos ou nos afundamos todos.

Agora sabemos que somos vida na Vida que habita a Terra, que o nosso planeta é um sistema vivo que regula a sua temperatura e se defende de mil maneiras para se manter vivo, assim como o fazem todos os seres vivos.

A teoria Gaia, proposta pelo cientista inglês James Lovelock defende que a Terra é um planeta diferente na sua composição química por ser um planeta que tem vida o que é ainda difícil de entender. Hoje sabemos que a espécie humana, predatória e perdulária fez com que a Terra se tornasse gravemente doente.

O factor mais perigoso que aflige nosso mundo de hoje é o aquecimento global misturado com o obscurecimento global, em resultado do uso irracional de combustíveis fósseis e outros produtos químicos. Hoje sabemos que a radiação solar, a principal fonte de energia que nos mantém vivos, está cada vez mais enfraquecida pelos produtos químicos na atmosfera e que a contaminação produzida pelas nossas fábricas e carros está aquecendo o planeta de forma irreversível comprometendo todas as formas de vida mas ainda nos custa tirar as consequências a partir dessas notícias tão más.

Recomendamos o mais recente trabalho do cientista que deu destaque para a teoria Gaia, James Lovelock, intitulado "Revenge of the Earth" (Planeta, 2007). A leitura põe em pé os meus cabelos(o "heurística do medo") e nos incentiva a uma ética: atitudes, decisões e lutas que impeçam que este mundo, o nosso mundo, a nossa civilização entre em colapso, como resultado da reacção da Terra contra a vida irresponsável, que está levando a espécie a que pertencemos.


Aparelho auditivo











O Conde chega, enfim, à sua mansão. O mordomo atento abre-lhe a porta, baixa a cabeça, saúda-o, reverencialmente:


- Entra, filho de uma grande puta. De onde vem o senhor Conde com essa cara de paneleiro de merda?

Ao que o Conde, sorridente, lhe responde:

- De comprar um aparelho auditivo.


Quer casar com ela?
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)



Episódio Nº 81

















A seguir envolveu-se em acalorada controvérsia com Álvaro Faria sobre a política local. Aruza e Fadul trocaram algumas palavras, ele tentou interessá-la na Bíblia e no Alcorão, sem obter sucesso.

 Ela não fazia sequer semblante de ouvi-lo, mordia os lábios: estudante posta de castigo ou assustada donzela, ameaçada em seus sonhos e projectos?

O olhar preocupado, dona Jordana, a mãe, abria-se em sorrisos para o convidado; não deixou que o silêncio perdurasse e Jamil o percebesse. Encontrou tema ao gosto de Fadul, os doces árabes: descreveu receitas, discutiu detalhes de mel e gergelim.

Não era apenas gorda, era roliça, mas no rosto ainda conservava vestígios de beleza. Há vinte anos passados, quando seu pai Chafik lhe impusera Jamil em casamento e obediente ela aceitara, não havia em Ilhéus begume mais sedutora.

 Aruza saíra a ela na formosura mas herdara do pai a firmeza e a teimosia.

Lá fora, na rua, alguém assobiava com insistência trecho vivaz da “Marcha Turca”

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No caminho para a pensão de Tilde, à cata das francesas, falsas porém supimpas, o non-plus-ultra em matéria de refinamento, segundo Álvaro Faria, Jamil Skaf suspendeu o passo e, tomando do braço de Fadul, nervoso, quis saber o que ele achara de Aruza.

 - Uma beleza, uma begume. Sem falar na educação.

Então, de chofre, o patrício perguntou:

 - Quer casar com ela?

Prosseguiu, a voz atropelada, quase ofegante:

 - A Preferida vai de vento em popa, vou abrir uma filial em
Itabuna e botei roça de cacau no Rio do Braço. Aruza é filha única.

 - Repetiu: — Quer casar com ela?

Indagação tão intempestiva, deixou Fadul atarantado a ponto
de não prestar a devida atenção ao protocolo da francesa que lhe coube. Mas depois, no quarto do hotelzinho de Mamede, deu-se conta que Jamil Skaf decidira escolher noivo para Aruza.

Que Jamil escolhesse noivo para a filha e o impusesse, tratava-se de procedimento habitual, correcto e justo, digno de aplausos.

Pai extremoso, preocupado com a felicidade e o futuro de Aruza, assim agia para lhe assegurar lar abençoado, vida tranquila, contínuo bem-estar.

 A boa tradição, provada e comprovada, incontestada, mandava que os pais, responsáveis pela sorte das filhas, elegessem entre os varões do reino ainda solteiros o melhor de todos para lhe propor aliança e dote.

Uns poucos se descuidavam do dever paterno deixando às donzelas suspirosas, levianas, imaturas, escolha e decisão em assunto de tal monta.

A dívida mata
A Dívida


(Parte II)















Sabemos que a dívida mata, mata e de diferentes maneiras: umas lentas, subtis e silenciosas como os suspiros do meu pai sentado à lareira da casa, fumando cigarro após cigarro que acendia nas brasas da fogueira; outras, rápidas e violentas saídas do cano de uma pistola apontada à cabeça.

Em Portugal, a dívida, foi do que mais se falou mais nos últimos três anos.

Não obstante, agora que se pressente a chegada ao poder de António Costa do PS e sob sua proposta, vai ser desencadeado “um processo parlamentar de audição pública para avaliação do impacto da dívida pública e das soluções para o problema do endividamento”.

E sobre este assunto o que é que se diz?

 - Que a dívida é astronómica;

 - A solução tem que ser europeia;

 - A austeridade é criticada por especialistas de economia de referência mundial:

 - Louvam-se as promessas europeias de apoio ao investimento;

E, finalmente, propõe-se que se ouçam personalidades relevantes, especialistas na matéria, tendo como objectivo a identificação de soluções.

É evidente, que não há soluções para as dívidas Ou se pagam ou não se pagam. Por exemplo, grande parte da dívida da Grécia já foi ao ar.

Foi perdoada porque não era admissível que as centenas de ilhas gregas ou o Partenon servissem para pagar a dívida e, por consequência, risca, apaga da lista.

Mas o grande problema, nestas coisas da dívida, é saber o que me acontece se eu não a pagar, quando, o simples facto de se falar na sua reestruturação – conversa tabu – é o suficiente para pôr toda a gente nervosa, especialmente os mercados, aqueles a quem nós devemos e que esperamos nos continuem a emprestar.

Então, é nítido que esta coisa da dívida já ultrapassou fronteiras. Um país isolado confrontado com o pagamento da sua dívida, seja ele a Grécia, Portugal ou Malta - quanto mais pequenino pior - não a consegue pagar a menos que os credores, também eles convencidos da inutilidade dos esforços, aceitem deferi-la no tempo, em prestações suaves, que permitam ao devedor “respirar” ou seja, continuar a viver para a pagar.

Para que isto seja possível é preciso ter força negocial e assim, o PS e António Costa, falam de reestruturação da dívida da zona euro, algo muito mais amplo e muito mais acertado até pela simples razão que foram políticas europeias ditadas de Bruxelas que ajudaram à construção da dívida nacional.

sexta-feira, outubro 24, 2014

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Um dia hesitou entre ser barco ou carro, entre ter rodas ou um mastro com vela... de tanto vacilar entre o que havia de ser acabou no lixo atirado pelas areias do vento. Quantos sonhos não acabam assim?... no lixo.


Camada de Nervos - Supermercado


RIO GRANDE - A FISGA

Para as pessoas da minha geração deste país "isto" é um desfiar de saudades que até comove...

Harley - Davidson
Uma Boa Invenção








O inventor da moto Harley-Davidson, Arthur Davidson, morreu e foi para o céu.


Ao chegar às portas do céu, São Pedro disse-lhe:

- Meu filho, como foste um bom homem e as tuas motos mudaram o mundo, o teu prêmio é poderes encontrar-te com quem quiseres!
Arthur pensou um pouco e depois disse:
- Quero encontrar-me com Deus!
São Pedro levou Artur até a sala do trono e apresentou-o a Deus.
Deus reconheceu Arthur e disse-lhe:
- Então foste tu que inventaste a Harley-Davidson?
Arthur respondeu:
- É verdade, fui eu ..


Deus comentou:

Não foi uma boa invenção...

É um veículo instável, barulhento e poluidor.. Manutenção complicada, alto consumo...

Arthur ficou aborrecido com o comentário e retrucou:

- Desculpe-me, mas não foi o senhor que inventou a mulher?

- Sim, fui eu! - Responde Deus.

- Bem, aqui entre nós, de profissional para profissional, você também não foi nada feliz na sua invenção!

- Há muita inconsistência na suspensão dianteira;

- É muito barulhenta e tagarela em altas velocidades;

- Na maioria dos casos, a suspensão traseira é muito macia e vibra demais;

- A área de lazer está localizada perto demais da área de reciclagem;

- Os custos de manutenção são exorbitantes.


Deus reflectiu e respondeu:

- Sim, é verdade que o meu invento tem defeitos, mas de acordo com os dados que levantei, há muito mais homens montados na minha invenção do que na tua...

A Cruz veio com a espada
 “A EVANGELIZAÇÃO

 DA AMÉRICA”














A Cruz veio com a Espada


Durante a conquista da América e dos séculos de colonização espanhola e portuguesa em terras americanas houve duas posturas face às culturas e religiões indígenas na América.

Uma de total rejeição com campanhas para estripar as idolatrias, eliminar santuários, abolir ritos e costumes e satanizar a experiência cosmológica de Deus.

A outra, que consistiu na substituição calculada dos elementos religiosos autóctones por elementos cristãos mais ou menos equivalentes: livros sagrados, festas, espaços, ritos, imagens…

Partindo de uma ou outra postura, cometeram-se abusos de todo o tipo e crimes horrendos. A cruz veio com a espada e atrás da espada estava a ambição do ouro e da prata, de terras e de poder, dos conquistadores e dos colonizadores… e isto mancha todo o processo de cristianização do continente americano o mesmo sucedendo nos processos mais recentes de colonização do continente africano no qual a “evangelização” cristã e a rejeição das religiões e espiritualidades africanas foi ampliada pelo despojo, a exploração e o genocídio.

De uma forma sintética e lúcida o Bispo Desmond Tutu expressou o que pensava através das seguintes palavras:

- “Vieram. Eles tinham a Bíblia e nós as terras. E disseram-nos: fechem os olhos e rezem. E quando abrimos os olhos eles tinham as terras e nós a Bíblia.”

Sente aí e converse com Fadul.
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)

Episódio Nº 80



















- Devota e trabalhadora, obediente.

Não tendo se referido à beleza, Fadul levou um choque
quando a viu entrar na sala. Jamil fez as apresentações:

 - Essa é minha filha Aruza, amigo Fadul.

Fadul estendeu a mão enorme, sorriu com cortesia. Álvaro Faria tinha razão: Aruza era realmente deslumbrante.

Cabelos cacheados, boca carnosa, olhos rasgados, cintura fina, seios fartos na blusa branca, ancas fortes na saia azul.
Pouco sensível a corpos franzinos e esguios, a talhes delicados, Fadul viu-se diante da personificação de seu conceito de beleza.

 Felizardo quem com ela se casasse. Jamil completou a apresentação:

 - Esse é meu amigo Fadul Abdala de quem lhe falei. Aruza concedeu-lhe apenas uma rápida mirada, a voz quase inaudível:

-  Prazer.

Linda demais, não haveria em Ilhéus moça mais bonita. Fadul
buscou na cabeça termo justo para defini-la, foi encontrá-lo
no Alcorão: begume.  Begume, princesa muçulmana.

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Terminada a janta, após arrotar com satisfação, Jamil convidou os comensais a tomar o cafezinho na sala de visitas, aberta para a ocasião. Para lá se dirigiram.

 - Onde vai, Aruza?

Aruza se esgueirava corredor afora. Parou e respondeu sem
olhar para o pai:

 - Vou até à casa de Belinha, volto daqui a pouco.

 - Não vai não senhora. Temos convidados, seu lugar é aqui.

Aruza arrepiou caminho, veio sentar-se. Recolhidas as xícaras do café, Jamil ordenou à filha:

 - Abra o piano e toque umas músicas para os amigos ouvirem.

Resignada, a moça obedeceu. Começou com “La Prima Carezza”.

Álvaro Faria bateu palmas, ar de êxtase, em verdade estava
empanzinado. Seguiram-se “Sobre as Ondas” e “Pour Elise”.

Aruza quis dar o concerto por concluído mas Jamil exigiu:

 - E a minha? Não vai tocar?

Assumiu o piano novamente, atacou a “Marcha Turca”, foi geral o entusiasmo. Ao terminar, enquanto Fadul e Álvaro aplaudiam, a moça levantou-se, dirigiu-se ao pai:

— Posso ir agora?

Obstinada, reflectiu Fadul sentindo a tensão crescer na sala.

A voz de Jamil deixou transparecer uma ponta de cólera apesar do sorriso sob os bigodões:

 - Nem agora nem depois. Sente aí e converse com Fadul.

Às vezes matam mesmo...
A Dívida












Quando se fala da dívida do país, e quase não se fala de outra coisa que não seja de dívidas, seja do país, a soberana, ou das autarquias ou de qualquer outra instituição, vem-me logo à memória o meu falecido pai.
Sentado à noite à lareira, fumava cigarro atrás de cigarro que acendia numa brasa, olhava fixamente o fogo crepitante e suspirava num desalento permanente.
O pouco dinheiro que sobrava do negócio da criação dos frangos era para pagar ao Banco as letras que se iam vencendo e que ele não conseguia mais do que reformar por inteiro: os juros eram sagrados, a dívida continuava.
Uma vida inteira a trabalhar e a fazer malabarismos junto dos amigos para arranjar dinheiro para levar para o Banco naquelas datas precisas gravadas numa agenda, não para pagar a dívida mas para a manter, eternizá-la num círculo infindável que só acabaria com a morte do credor.
Primeiro, foi aquele sobreiro imponente, quantos anos teria (?)... com a desculpa que atrapalhava no caminho.
Ainda hoje consigo ouvir o som rouco das suas raízes rebentando debaixo da terra incapazes de resistir à força das correntes que lhe puxavam os braços.
Depois, mais tarde, aquela pinheira enorme, chamo-lhe pinheira porque dava pinhas que eu, rapaz, abria ao fogo da lareira para saborear os melhores pinhões que já comi, nem os comprados na feira enfiados numa linha os suplantavam.
Acabados de abrir guardavam a totalidade do seu sabor, a marca pura da árvore que era como um marco a meio daquela encosta, do lado esquerdo antes de chegar à aldeia.
Durante muitos anos não olhava para lá para evitar a tristeza de a não ver.
Finalmente, a dívida, depois do sobreiro e da pinheira, matou o meu pai. Levantou-se da sua cadeira de palhinha depois de ter atirado a ponta do cigarro para o fogo já quase apagado, terá suspirado mais uma vez e foi deitar-se.
Adormeceu e não mais acordou, o coração não resistiu a tantos suspiros. Dizia-se que elas não matam mas moem mas ás vezes matam mesmo... "bem feito" para o Banco, "bem feito" para a dívida.
 E o país, o nosso país, também irá morrer como o meu pai por causa da dívida?
O Passos  Coelho e a sua ministra das Finanças mentem muito para nos deixarem descansados. Prestes a serem rendidos como intérpretes deste filme terão muitos anos para assistirem no sofá à continuação do drama da dívida.
António Costa olha para a Europa com uma réstia de esperança e pergunta:
 - Porque se fala da dívida de Portugal, da Grécia, e não da dívida da Europa?
A reestruturação da dívida é necessária e indispensável mas é do conjunto da zona euro.
Portugal não pode assumir sozinho a reestruturação da sua dívida e ainda por cima anunciá-lo porque a reacção imediata dos mercados torná-la-ia insustentável.
Ao contrário do meu pai, para o bem ou para o mal, o país não morre.

quinta-feira, outubro 23, 2014

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É assim que a nossa vida começa... enroladinhos entre duas mãos que nos trouxeram ao mundo.




Rio Grande - Fui às sortes e safei-me

Esta música é dos Rio Grande, grupo constituído por Tim, Rui Veloso, Jorge Palma, 

João Gil e Vitorino, voz notável da nossa música, genuinamente popular, num 

regresso aos anos 50 deste nosso Portugal. 


Mixórdia de Temáticas - Ainda agora começou...


A Origem 

da Burka








Podiam explicar isto às muçulmanas actuais dos vários países Islâmicos.

A burka, traje islâmico que cobre o rosto e corpo da mulher, tem a sua origem num culto à divindade Astarte, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia.

Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem excepção, tinham de se prostituir uma vez por ano, nos bosques sagrados em redor do templo da deusa.

Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta sociedade acostumaram-se a usar um longo véu em protecção da sua identidade.

Com base nessa origem histórica, Mustapha Atatürk, fundador da moderna Turquia (1923 – 1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, económicas e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar, de uma vez por todas com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época.

Pôs definitivamente um fim à burka na Turquia com uma simples lei que determinava o seguinte:

    «Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka».

Há velhinhos assim... 














Numa viagem de comboio ia um velhinho sentado e à sua frente ia um casal de namorados na brincadeira. 

O rapaz apertava o nariz da namorada e perguntava : 

- Dói amorzinho ? 

- Dói sim. 

- Respondeu ela. E então ele deu um beijo no nariz da rapariga e perguntou :

- E agora ? 

- Agora já passou. 

Passados alguns instantes ele apertou a bochecha da rapariga e perguntou :

 - Dói ? 

- Dói sim. 

Então ele deu-lhe um beijo na bochecha e perguntou:

- E agora ? 

- Agora já passou. 

E continuaram naquela vida até que o velho, já cansado daquilo, diz : 

- Ouve lá, ó boquinha milagrosa: ....também curas hemorróidas ??
  

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