Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, julho 15, 2017
Sexóloga
João da Silva Nóbrega de Correia e Saldanha, português de gema, natural de Coimbra, em viagem de negócios, longe da família... livre que nem um passarinho.
Quarenta anos, executivo, senta-se na cadeira do avião com destino a New York e, maravilha-se com uma deusa sentada junto à janela.
Após 15 minutos de voo, não se contém:
É a 1ª vez que vai a New York?
- Não, é uma viagem habitual.
Trabalha com moda?
- Não, viajo em função de minhas pesquisas. Sou sexóloga.
As suas pesquisas dedicam-se a quê?
- No momento, pesquiso as características do pénis masculino.
A que conclusão chegou?
- Que os Africanos são os portadores de pénis com as dimensões mais avantajadas e excitantes e os Árabes são os que permanecem mais tempo no coito. Logo, são os que proporcionam mais prazer às suas parceiras. Já os Europeus não costumam fazer parte das minhas pesquisas porque são portadores de um pénis desmotivador... quase que não dão prazer às mulheres... Desculpe-me Senhor, eu estou para aqui a falar mas não sei o seu nome...
- AL Mohammed Issufo Nhantumbo! Filho de pai árabe e mãe africana...
O RISO
Superficialmente, o riso, tal como o suicídio, a homossexualidade, a adoção e a arte, parece difícil de explicar numa perspectiva evolutiva.
Porque fazemos nós estas coisas quando elas parecem supérfluas ou mesmo prejudiciais para a nossa sobrevivência e reprodução?
Porém, pensando melhor e lendo a esse respeito o trabalho de um especialista, o riso é tudo menos supérfluo.
Vejamos coisas que toda a gente sabe: todas as são capazes de rir excepção de algumas que, tragicamente, sofrem de deficiência mental grave.
Os bebés começam a rir entre os dois e os quatro meses e eu nunca poderei esquecer as maravilhosas gargalhadas das minhas netas quando eram bebés que, tal como os outros, começaram a rir muito antes de falarem.
Mesmo os bebés que sofrem de surdez e cegueira congénita riem pelo que ver e ouvir o riso dos outros não é necessário.
Rir é essencialmente um fenómeno social. Sabemos isso por experiência própria, mas os estudos mostram que a probabilidade de rirmos na companhia de outros é trinta vezes superior à de rirmos sozinhos.
O riso é facilmente reconhecível, apesar das variações individuais e culturais. Rir é contagiante; o simples som dá-nos vontade de rir. Finalmente, rir é agradável. Põe-nos de bom humor e faz-nos agir de uma forma diferente.
Se alguma coisa se pode considerar uma capacidade geneticamente inata que exige uma explicação evolutiva é o riso.
Há dois mil anos que o riso é estudado e observado por Aristóteles e Darwin, entre outros.
Nos bebés o riso pode ser provocado por cócegas e nos adultos por anedotas. O riso irrompe espontaneamente mas também é usado de forma estratégica.
Pode ser usado para invocar bons sentimentos ou como um instrumento de agressão.
Terão fenómenos tão diversos uma explicação única?
Com o estudo dos primatas aprendeu-se que os nossos parentes símios se envolvem em jogos de cócegas e perseguições acompanhados por uma expressão facial e um som ofegante muito semelhante ao riso humano.
Assim, o riso humano tem um precursor nítido nos símios que ocorre durante as interacções de pares quando brincam e isto contrasta com a linguagem humana, que não tem precursores óbvios nos macacos.
A neurologista Matt aprendeu que há dois tipos de riso diferente. O riso Duchenne que constitui a reacção espontânea e carregada de emoção às brincadeiras nas crianças e às situações que despertam humor nos adultos, como as anedotas, os trocadilhos e as peripécias de uma comédia, que partilham todas as características da incongruência e do inesperado.
As cócegas, as perseguições e o súbito aparecimento de um rosto podem provocar nas crianças o riso ou o medo, consoante a maneira como forem interpretados.
Escorregar numa casca de banana é divertido a menos que a pessoa se magoe.
David Sloan Wilson - "A Evolução para Todos"
Nota - O encanto do riso de uma criança pode constituir uma estratégia do processo evolutivo no sentido de os proteger contribuindo para que os adultos gostem dele...
Deixemo-nos de divórcios...
Marido e mulher estão a jantar num belo restaurante quando entra uma rapariga absolutamente fantástica, que se dirige à mesa deles, dá um beijo apaixonado ao marido, diz:
- Vemo-nos mais tarde... - E vai-se embora.
A mulher, furiosa, fita o marido e pergunta:
- Quem diabo era aquela?
– Oh – responde o marido, – é a minha amante.
- Ah é? Pois esta foi a última gota de água! - Diz a mulher.
- Vemo-nos mais tarde... - E vai-se embora.
A mulher, furiosa, fita o marido e pergunta:
- Quem diabo era aquela?
– Oh – responde o marido, – é a minha amante.
- Ah é? Pois esta foi a última gota de água! - Diz a mulher.
- Para mim chega! Quero o divórcio!
– Compreendo – responde o marido, – mas lembra-te, se nos divorciarmos acabam-se as compras em Paris, os Invernos na República Dominicana, os Verões em Itália, os Porsches e os Ferraris na garagem e o Iate. Mas, enfim... a decisão é tua.
Nesse momento entra um amigo comum no restaurante com uma loura estonteante pelo braço.
- Quem é aquela mulher que entrou com o Bernardo? - Pergunta ela.
- É a amante dele! - Responde o marido.
- A nossa é mais bonita! - Responde a mulher...
– Compreendo – responde o marido, – mas lembra-te, se nos divorciarmos acabam-se as compras em Paris, os Invernos na República Dominicana, os Verões em Itália, os Porsches e os Ferraris na garagem e o Iate. Mas, enfim... a decisão é tua.
Nesse momento entra um amigo comum no restaurante com uma loura estonteante pelo braço.
- Quem é aquela mulher que entrou com o Bernardo? - Pergunta ela.
- É a amante dele! - Responde o marido.
- A nossa é mais bonita! - Responde a mulher...
sexta-feira, julho 14, 2017
UM ARGENTINO EM TORONTO
Aqui há uns tempos, coisa recente, as autoridades do Canadá quiserem expulsar um português que ao fim de mais de trinta de presença no país, casado, com dois filhos, cidadão exemplar, veio visitar a sua terra, aqui em Portugal. Os fundamentalistas da Imigração canadense estiveram quase, quase a expulsá-lo (chegou a pôr a sua casa à venda) porque havia lá um "papel" cuja data não conferia bem. O problema resolveu-se, não sei se eles pediram desculpas, mas o que sobressai é um tipo de aversão aos emigrantes de países latinos... uma espécie de xenofobia dos nórdicos contra os "morenos e preguiçosos" do Sul que têm sol, calor, praia e céu azul (alguns terão mosquitos) enquanto eles têm frio, neve, gelo e céu cinzento. Este argentino, de Santa Fé, que me fez chorar a rir, contribuiu, com os seus desabafos, para a minha "vingança".
O Golo de Portugal
contra a Croácia
contra a Croácia
Um português nascido no Brasil corta uma jogada perigosa da Croácia na sua grande-área.
A bola é recolhida por um preto da Musgueira, que avança no terreno até ter a noção do melhor passe.
Manda a bola para um mulato da Amadora, que a mete num menino pobre da Madeira. Este remata à baliza, mas o guarda-redes contrário só tem tempo de a defender para um espaço livre, onde surge um cigano a fazer golo.
Todos portugueses. Nenhum vai meter uma bomba no Rossio. Agnósticos, ateus ou cristãos, não sei. Todos filhos da nossa cultura……
Racismo ? Não obrigado !…(desde que metam golo ou não metam!...)
quinta-feira, julho 13, 2017
1954 - 2o11
Sócrates lutou pela democracia no futebol e na política.
Sócrates sempre foi um jogador de futebol diferente, preocupado com sua formação, tornou-se médico. Pensando no futuro político do País, fez parte da Democracia Corintiana e do movimento "Diretas Já" durante os últimos anos de ditadura. Mas o 'Doutor' ou 'Magrão', como era conhecido, também se destacou muito com a bola nos pés.
Nascido em Belém do Pará, no dia 19 de fevereiro de 1954, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira foi brilhar na maior cidade do Brasil. Em São Paulo, o meia se tornou um dos principais jogadores da história do Corinthians, clube que defendeu entre os anos de 1978 e 1984.
Antes, porém, surgiu para o futebol no Botafogo de Ribeirão Preto. No time do interior paulista, passou a chamar a atenção de diversos clubes, mas decidiu não sair de lá enquanto não terminasse a faculdade de medicina, que cursava na cidade.
Contratado pelo Corinthians em 1978, ele conquistou seu primeiro título em seu segundo ano no clube: o Campeonato Paulista de 1979. Voltaria a vencer a mesma competição em 1982 e 1983, marcando seu nome definitivamente entre os ídolos corintianos.
Na mesma época, ao lado de atletas como o lateral Wladimir e o atacante
Casagrande, ajudou a criar a Democracia Corintiana, movimento no qual os jogadores do clube tinham direito a voto em questões que iam desde o pagamento de 'bichos' até contratações de reforços.
Foi a melhor fase de Sócrates como jogador, que o levou para a seleção brasileira. Ele fez parte da geração que disputou a Copa do Mundo em 1982 e em 1986. Nesta última, acabou sendo apontado como um dos responsáveis pela eliminação do Brasil, por ter perdido pênalti na disputa diante da França, nas quartas de final.
Sempre politizado, Sócrates se envolveu com o movimento Diretas Já. Cobiçado por clubes da Europa, prometeu que se a emenda Dante de Oliveira, que estabeleceria as eleições diretas no País, fosse aprovada, ele permaneceria no Corinthians. Como isso não aconteceu, acabou se transferindo para a Fiorentina, da Itália, em 1984.
Sem ter o mesmo brilho da época de Corinthians, ele retornou ao Brasil já em 1985, para atuar no Flamengo. Depois de dois anos no Rio, voltou a São Paulo, desta vez para atuar pelo Santos, onde ficou duas temporadas. Ainda voltou para o Botafogo para encerrar a carreira.
Depois de parar de jogar, Sócrates ainda se manteve ligado ao futebol. Até tentou a ser técnico por um breve período, mas não teve sucesso. Mesmo assim, usou jornais, revistas e programas de TV para expressar sempre as suas opiniões sobre o que acontecia dentro dos gramados.
Além do facto de ser politizado, Sócrates se destacava pela vida boêmia. Muito ligado à noite, nunca escondeu seu gosto por bebidas - chegou a admitir um problema com alcoolismo. Tal paixão teria gerado os problemas de saúde que culminaram com a sua morte na madrugada deste domingo, aos 57 anos, na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Sócrates, irmão mais velho de Raí, ídolo do São Paulo, deixou esposa e seis filhos.
Nascido em Belém do Pará, no dia 19 de fevereiro de 1954, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira foi brilhar na maior cidade do Brasil. Em São Paulo, o meia se tornou um dos principais jogadores da história do Corinthians, clube que defendeu entre os anos de 1978 e 1984.
Antes, porém, surgiu para o futebol no Botafogo de Ribeirão Preto. No time do interior paulista, passou a chamar a atenção de diversos clubes, mas decidiu não sair de lá enquanto não terminasse a faculdade de medicina, que cursava na cidade.
Contratado pelo Corinthians em 1978, ele conquistou seu primeiro título em seu segundo ano no clube: o Campeonato Paulista de 1979. Voltaria a vencer a mesma competição em 1982 e 1983, marcando seu nome definitivamente entre os ídolos corintianos.
Na mesma época, ao lado de atletas como o lateral Wladimir e o atacante
Casagrande, ajudou a criar a Democracia Corintiana, movimento no qual os jogadores do clube tinham direito a voto em questões que iam desde o pagamento de 'bichos' até contratações de reforços.
Foi a melhor fase de Sócrates como jogador, que o levou para a seleção brasileira. Ele fez parte da geração que disputou a Copa do Mundo em 1982 e em 1986. Nesta última, acabou sendo apontado como um dos responsáveis pela eliminação do Brasil, por ter perdido pênalti na disputa diante da França, nas quartas de final.
Sempre politizado, Sócrates se envolveu com o movimento Diretas Já. Cobiçado por clubes da Europa, prometeu que se a emenda Dante de Oliveira, que estabeleceria as eleições diretas no País, fosse aprovada, ele permaneceria no Corinthians. Como isso não aconteceu, acabou se transferindo para a Fiorentina, da Itália, em 1984.
Sem ter o mesmo brilho da época de Corinthians, ele retornou ao Brasil já em 1985, para atuar no Flamengo. Depois de dois anos no Rio, voltou a São Paulo, desta vez para atuar pelo Santos, onde ficou duas temporadas. Ainda voltou para o Botafogo para encerrar a carreira.
Depois de parar de jogar, Sócrates ainda se manteve ligado ao futebol. Até tentou a ser técnico por um breve período, mas não teve sucesso. Mesmo assim, usou jornais, revistas e programas de TV para expressar sempre as suas opiniões sobre o que acontecia dentro dos gramados.
Além do facto de ser politizado, Sócrates se destacava pela vida boêmia. Muito ligado à noite, nunca escondeu seu gosto por bebidas - chegou a admitir um problema com alcoolismo. Tal paixão teria gerado os problemas de saúde que culminaram com a sua morte na madrugada deste domingo, aos 57 anos, na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Sócrates, irmão mais velho de Raí, ídolo do São Paulo, deixou esposa e seis filhos.
Ser tripeiro...
As reportagens que o JN publicou sobre a descaracterização das gentes do centro histórico do Porto, faz-me recear não voltar a ouvir as deliciosas histórias como as que Hélder Pacheco recordou no seu “passeio público”.Para que não se perca, aqui vai uma com alguma graça:O Sousa era barbeiro da Ribeira conhecido pela sua gabarolice.Era o melhor em tudo, ninguém lhe levava a palma.Jactava-se junto de toda a gente sobretudo no cais com as vendedeiras.Moços que captavam gorjetas dos turistas por saltarem para o rio da ponte Luis I, disseram-lhe que se inscreveram na prova de resistência do domingo seguinte com natação desde Massarelos até ao Freixo.Logo o Sousa lhes respondeu que lhes ia dar um banho.E assim se ufanou junto das vendedeiras que lhe prometeram apoio.Nesse domingo, juntou-se muita gente na Ribeira, com destaque para as vendedeiras.Quando chegam os nadadores, o grupo ainda estava compacto mas o Sousa ia em último lugar e a atrasar-se.As vendedeiras estimulam-no gritando:– Força Sousa, força!E levantavam as saias dando palmadas nas nádegas.Nesse momento, o Sousa nada para a margem e sai da água.As vendedeiras gritam-lhe:- És um gabarolas, murcom, só tens letra!E o Sousa, com jactância responde-lhes:- A culpa é vossa por levantarem as saias;…um homem não é de pau e eu fiquei com a piça atolada no lodo do rio.As vendedeiras ficam algum tempo espantadas até que uma lhe responde:- Nadavas de costas, murcom!
E logo o Sousa riposta:
- E a ponte, carago?!!!