Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, março 29, 2014
DA 3ª IDADE
Sou um simpático senhor. Como tenho algumas horas
livres com insónias pela madrugada e precisando de ganhar uns extras, resolvi
também, ser um “velhinho de programa”.
- Sou idoso
charmoso com lindos olhos meio castanhos (pouco cobertos com cataratas).
- Cabelos
loiros (só dos lados)
- Atlético (sou
adepto, torcedor)
- Estou curado
(das doenças que tive)
- Minhas
medidas: Um metro e noventa (sendo um de altura e mais ou menos noventa de
largura)
- Se precisar
atendo em hotéis, residências, elevadores panorâmicos, etc…)
- Só não atendo em “drive-in” por causa de dores na coluna, Lordose e Hérnnia de CD porque a de Disco já quebrou…
- Na cama, dou
sempre 3… 3 Opções Sexuais para a parceira: - Mole, Dobrado e Enroladinho.
- Como fetiche
posso usar toucas de lã, pantufas e cachecóis coloridos.
- Outra
Graaaaaande Vantagem: Já tenho Parkinson o que ajuda muito nos preleminares…
- Além disso
Total Descrição… pois o Alzheimar faz-me
esquecer tudo o que fiz na noite anterior…
HÁ VIDA DEPOIS
DA
MORTE?
Mark
Twain, considerado por William Faulkner, o primeiro escritor verdadeiramente
americano, dizia:
«Não tenho medo da morte. Estive morto durante milhões e milhões de
anos antes de nascer e não senti o mais pequeno incómodo por isso».
Richard Dawkins disse precisamente o
mesmo mas de uma forma mais elaborada que vale a pena reescrever:
«A vida é uma extraordinária oportunidade e eu que vou morrer
considero-me bafejado pela sorte porque a maior parte das pessoas nunca vai
morrer porque nunca vai chegar a nascer.
…Como poderemos nós, então, os poucos
privilegiados, que contra todas as probabilidades, ganhamos a lotaria do
nascimento, atrever-mos a queixar-nos do nosso inevitável regresso a esse
estado anterior do qual a vasta maioria nunca despertou?».
Há uns meses, para me poupar a um desagradável exame, submeti-me a
uma anestesia geral e quando, deitado na marquesa aguardava a injecção da
anestesia, pensei que me ia sujeitar a uma simulação da morte.
Acordado, mais tarde, pensei que ter
estado desligado da vida pouco mais de uma hora ou o resto da eternidade, teria
sido precisamente o mesmo: o vazio total e, afinal, sem nenhum custo, dor ou
sacrifício, nada…
Contudo, as sondagens vão no sentido
de que aproximadamente 95% das pessoas acreditam que vão sobreviver à própria
morte.
Quase tenho vontade de dizer que os
homens vivem durante tantos anos que se habituam a estar vivos e depois não
querem morrer.
Claro que a natureza dotou os animais
e naturalmente o homem também, do instinto da sobrevivência, fonte de vida, mas
para quê estar vivo durante tantos anos depois da fase de procriação?
O arqui tecto
Niemeyer, nascido em 1907, faleceu há poucos meses e o mesmo acontece com o
nosso Manuel de Oliveira, este ainda a trabalhar com 104 anos.
São exemplos
relativamente aos quais me apetece dizer que deviam ficar cá para sempre, mas a
maioria esmagadora dos nossos velhos limita-se a aguardar a morte, sentados por
aí nos bancos dos jardins, muitos deles com vidas prolongadas pelo Serviço
Nacional de Saúde.
O meu vizinho do 5º
Esq. que lá vai suportando os seus noventa anos com a ajuda da bengala e quase
sem ver nada, tendo por companhia a solidão, as dores e os desgostos da vida,
desabafou comigo aqui há dias à
entrada do elevador:
- “O dia em que morrer vai ser o mais
feliz da minha vida…”.
Mas a natureza sabe o que faz e não é
por acaso que após a idade de procriar continuamos a poder viver mais do dobro dos anos. As nossas crianças não só
precisam dos pais como, igualmente, precisam dos avós, pessoas mais disponíveis
que os pais para os proteger e ensinar assegurando-lhes uma melhor oportunidade
para serem adultos mais preparados.
Mas querer estar vivo é uma coisa,
continuar a viver depois de morrer é outra…
Bertrand Russel, no seu ensaio de
1925 “What I Believe” escrevia:
- “Acredito que quando morrer vou apodrecer e nada do meu ego irá
sobreviver. Não sou jovem e amo a vida mas desdenharia tremer de medo ante a
perspectiva da aniqui lação.
Apesar de tudo, a felicidade só é verdadeiramente
felicidade porque tem que ter um fim, do mesmo modo que o pensamento ou o amor
não valem menos por não serem eternos.
Muitos foram aqueles que pisaram o
cadafalso com orgulho; esse mesmo orgulho deveria, por certo, ensinar-nos a
pensar, verdadeiramente, o lugar que o homem ocupa no mundo”.
Para quem teme a morte, acreditar que tem uma alma imortal pode
ser consolador – a menos, evidentemente, que esteja convencido que vai para o
inferno ou para o purgatório.
As falsas crenças podem ser tão consoladoras
como as verdadeiras, até ao momento do desengano. Se um médico mente ao doente
dizendo-lhe que ele está curado o consolo é idêntico ao de outro homem a quem
seja dito, com verdade, que ele está curado.
A mentira do médico só é eficaz até
os sintomas se tornarem inequívocos mas um crente na vida depois da morte nunca
poderá, em última análise, ser desenganado.
As pessoas religiosas que dizem
acreditar na vida depois da morte se fossem realmente sinceras deveriam reagir
como o abade Ampleforth, quando o cardeal Basil Hume lhe disse que estava a
morrer:
“Parabéns! Que bela notícia. Quem me dera ir com ir com Vossa
Eminência”.
Este abade era um verdadeiro crente
mas é exactamente por esta história ser tão rara e inesperada que prende a
atenção e quase diverte.
Por que razão todos os cristãos e
muçulmanos não dizem a mesma coisa ou algo parecido?
Quando um médico diz a uma mulher
devota que não lhe restam senão alguns meses de vida por que razão não sorri
ela, emocionada, como se tivesse ganho umas férias nas Seychelles?
Por que razão é que os amigos e
familiares, crentes como ela, não a sobrecarregam de mensagens para os que já
partiram? - Dá lá saudades ao tio
Alberto quando o vires….
Por que não falam assim as pessoas
religiosas na presença dos que estão à beira da morte?
Será que não acreditam em todas as
coisas em que era presumível acreditarem?
Ou talvez acreditem mas têm medo do
“processo” de morrer que pode ser doloroso e desagradável com a agravante de
que, ao contrário de todos os outros animais, não podem ir ao veterinário pedir
uma morte indolor.
E, neste caso, por que são as pessoas
religiosas as mais ferozes opositores à eutanásia e ao suicídio medicamente
assistido?
Não seria de esperar que as pessoas
mais religiosas fossem menos inclinadas a agarrarem-se despudoradamente à vida
seguindo o exemplo do abade Ampleforth?
A razão oficial é de que provocar a
morte é sempre pecado mas por quê considerar isso pecado se se acredita
sinceramente que se está desse modo a acelerar uma ida para o céu?
Para quem crê numa vida depois da
morte, morrer é apenas a transição de uma vida para outra vida e, sendo assim,
se ela for dolorosa porquê prescindir da anestesia quando não se prescinde dela
para tirar o apêndice?
Daqueles que vêm na morte não uma
transição mas sim o fim é que se poderia, francamente, esperar resistência à
eutanásia e ao suicídio medicamente assistido, no entanto, são esses que são a
favor.
Uma enfermeira com longos anos de
trabalho à frente de um lar de idosos pôde verificar que as pessoas religiosas
eram as que tinham mais medo da morte.
Se este comportamento for comprovado
estatisticamente poder-se-á perguntar, afinal, qual o poder da religião como
reconforto na hora da morte?
No caso dos católicos será o medo do
purgatório, uma espécie de Ellis Island (um dos principais pontos de entrada
dos emigrante para os EUA) divino, uma antecâmara para onde vão as almas se os
seus pecados não são suficientemente graves para as lançarem logo no inferno
mas, por outro lado, precisam ainda de alguma reciclagem antes de poderem ser
admitidas no céu.
Na Idade Média a Igreja dava
indulgências a troco de dinheiro o que, na prática, significava menos dias de
purgatório antes de entrar no céu.
Nesta história da morte, as Agências Funerárias parecem-me ser
as únicas que lucram honestamente...
Low Cost - Camada de Nervos
Sketch escrito por Suzana Verde/ Joana Pais de Brito, Manuel Sá Pessoa e Susana Blazer.
Não ia casar com um qualquer, ela, neta de barão... |
OS VELHOS
MARINHEIROS
Episódio Nº 42
Numa valsa fatal, a desilusão. Saíra dançando com Madalena e, conversa vai, conversa vem, falaram de noivado e casamento a propósito de outra moça.
Madalena revelou-lhe sua única exigência
a quem qui sesse levar-lhe a caixa de
ossos ao altar: um título ou uma patente. Não exigia títulos nobiliárqui cos, se bem, evidentemente, um conde ou um
marquês ou um barão seria o ideal, agora difícil com a República, a traição
miserável feita ao pobre Imperador, amigo de seu avô com quem até se
correspondia.
Referia-se a títulos republicanos,
universitários, carta de doutor, patente de oficial do Exército ou da Marinha.
Não ia casar com um qualquer, ela, neta de barão, filha de desembargador, para
ser a esposa humilhada de um “seu” Fulano de Tal, de um “seu” Beltrano, de um
“seu” Sicrano.
Queria ser a Senhora Doutor ou Capitão
ou Comandante, não lhe importava tanto o dinheiro e, sim, a família, o nome.
Disso fazia questão.
Vasco perdeu o pé, errou o passo,
empalideceu e murchou. Puxara a conversa para aquele assunto na intenção de
insinuar-se e a enfatuada magricela atirara-lhe logo em rosto sua condição de
“um qualquer”, um daqueles “seu” fulano de quem ela falava numa voz de sumo
desprezo.
Não chegara sequer a situar-se
candidato, encabulou, entupiu, arrastou-se silencioso até os últimos acordes.
Cresceu sua tristeza.
Porque sua tristeza tinha como causa
única e exclusiva o fato de não possuir um título a preceder-lhe o nome. Por
que não singrava de vez à conqui sta
de Dorothy, ligada a Roberto apenas pelo dinheiro que ele lhe dava?
Muito mais dinheiro podia Vasco garantir-lhe,
outro conforto, casa própria, além de uma vida contente, com festas, passeios,
noitadas, champanhe. Sem falar no horror de ter de suportar um suíno como
Roberto a fuçar-lhe o cangote, a apertá-la contra si, a espojar-se na cama.
E por Dorothy suspirava Vasco, por ela
pulsava aflito seu coração e à noite imaginava-a nua, os seios túmidos, as
rígidas coxas, a redonda bunda, o ventre de veludo. Por que não a arrancava
então dos braços de Roberto? Medo? Sim, medo de Roberto.
Não medo físico, mas temia suas banhas,
e homem que bate em mulher é sempre covarde, incapaz de enfrentar outro homem.
E quem se atreveria a enfrentar Vasco Moscoso de Aragão, amigo do doutor Jerónimo,
mandando na polícia, com soldados e marinheiros às suas ordens, se o qui sesse? Era só dar uma palavra ao coronel e ao
comandante.
Era outra forma de medo, nascida do
respeito do comerciante pelo doutor, com curso de Faculdade, canudo de médico,
anel de grau, defesa de tese.
Jamais pudera Vasco vencer a distância a
separá-lo dos doutores. Ficava humilde ante eles, não era seu igual.
Essa a procurada causa daquela expressão
melancólica, da permanente mágoa a roer-lhe a alegria e a inqui etar seus amigos. Para Vasco, os homens com um
título ou uma patente formavam casta à parte, situavam-se acima dos outros
mortais, eram seres superiores.
Vasco sentia sua inferioridade a cada
momento. Quando entrava na Pensão Monte Cario e Carol saudava-o com ternura:
“seu Aragãozinho”, após ter dito coronel, doutor, comandante, tenente aos
outros quatro.
Quando uma nova mulher era descoberta e
incorporada à roda, na mesa de um cabaré ou na sala clandestina de um castelo,
e, ao informar-se da condição dos demais, perguntava por seu título ou
propunha-se a adivinhá-lo:
- Deixe que eu adivinho. O senhor é
major, sou capaz de jurar.
Quando no palanque governamental, eram
apresentados pelo chefe do Estado a uma personalidade e após as sílabas sonoras
dos títulos proclamados, chegava sua vez:
- Seu Vasco Moscoso de Aragão, grande
comerciante da praça.
sexta-feira, março 28, 2014
SALVATORE ADAMO - UNE MÈCHE DE CHEVEUX
Assim, com esta carinha de rapazinho, foi o cantor, ele e as suas canções, que fizeram as minhas delícias da juventude - ainda consegue ser 3 anos mais novo do que eu - e as delícias das sopeiras todas lá do meu bairro... dizia-se com conotação depreciativa. Os cantores intelectuais não gostaram nada do seu sucesso. Mas estivemos muito acompanhados... ele vendeu 100 milhões de discos, albums e simgles.
Prof. João César das Neves
Há anos transcrevi neste blog trechos do livro de Richard Dawkins “A Desilusão de Deus” e fi-lo porque o autor é um dos mais eminentes cientistas e intelectual dos nossos dias e nessa qualidade teve a coragem de se afirmar como ateu e explicar porque somos religiosos e como as religiões se constituíram ao longo dos séculos em factores de ódio, violência, sofrimento, guerras e mortes para além de terem funcionado como grilhetas que aprisionaram o pensamento impedindo que ele se desenvolvesse e expressasse em liberdade.
Outra razão porque o fiz é que eu sinto e penso como Richard Dawkins
A nossa sociedade é
tradicionalmente católica e embora se perceba a importância cada vez maior do
consumismo e das naturais preocupações da juventude com o seu futuro
profissional, não a vemos deslocar-se em massa para os locais de culto em busca
da ajuda divina.
Mas continua a haver pudor em
abordar este tema porque, dizem, tem a ver com algo que as pessoas sentem como
sagrado e mesmo que não sejam crentes respeitam-no, omitem-no, se é que não o
temem.
Que as televisões passem com
regularidade missas em canais abertos e generalistas e outros programas que
contribuem para estimular e desenvolver a fé religiosa, para além de
reportagens em que durante horas são trazidas até às nossas casas as
peregrinações e as procissões da Nossa Senhora de Fátima, - nas quais em jovem também participei - parece não levantar
nenhum tipo de reacção, mesmo que nos sintamos chocados pelo espectáculo
deprimente dado pelas pessoas que se arrastam de joelhos no santuário da Cova
da Iria, ou se deslocam pelas bermas das estradas, cansadas, com os pés cheios
de bolhas mas com aquele ar estranhamente feliz no cumprimento de promessas.
No entanto, se Richard
Dawkins, aparecesse, clandestinamente, num desses canais numa prelecção em que expusesse às
pessoas o seu ponto de vista acerca das religiões e de uma maneira geral sobre
as crenças religiosas teríamos, muito provavelmente, a emissão cortada por um
qualquer motivo de natureza técnica e no dia seguinte a Direcção da RTP e o
Ministro da Tutela estariam todos à procura de novo emprego, (palavra de Paulo
Portas…) apesar de ele ser considerado um dos três mais brilhantes intelectuais
da actualidade e o seu livro ter tido quatro edições em 6 meses e vendido nesse período de tempo, mais
de um milhão de exemplares.
Nasci e fui educado no seio
de uma família católica e durante a minha juventude passei, como aluno em
regime de semi-internato, por um colégio de Jesuítas e essa passagem, embora
longínqua, tenho-a bem presente na minha memória.
Pela vida fora o “remoer”
dessa experiência e tudo o resto que fui aprendendo foi fazendo com que a
religião perdesse sentido e significado, não obstante a força, reconheço, com
que me chegou inserida na herança cultural que meus pais, avós, restante
família, professores e toda a sociedade me transmitiram.
Agradeço a R. Dawkins o seu
livro, cuja leitura recomendo, e que me ajudou a perceber aspectos essenciais do
fenómeno da crença que está na base de todas as religiões e que não se
coadunava com a lógica da evolução, a qual, através de fenómenos de selecção
natural, deveria eliminar os comportamentos que são contrários aos interesses
da espécie no que respeita à sua sobrevivência.
Fiquei a saber porque é que o
homem nasceu para acreditar e não para ser religioso. Acreditar naquilo que os
seus pais, chefes e pessoas mais velhas lhes diziam para eles fazerem ou não
fazerem evitando que aprendessem exclusivamente à sua custa com demasiado risco e demasiado tarde, muitas vezes, para as suas próprias vidas.
E tão importante era
respeitar e cumprir essas instruções que, em um determinado local do cérebro,
se desenvolveu uma predisposição que nos “mandava” acreditar, da mesma forma
que nos facultou, com idêntica finalidade de sobrevivência, a capacidade de aprender a linguagem
materna como não mais seria possível pela vida fora relativamente a outras
línguas.
Mas o cérebro, dotado com
essa característica, apurada ao longo das gerações, não tinha forma de
seleccionar as boas informações, os bons e úteis conselhos dos outras que o não eram. Por isso, acreditava que não devia tomar banho no rio porque o crocodilo
representava um sério perigo para a sua vida, da mesma forma que também
acreditava que se matasse uma cabra iria provocar a chuva.
Temos, assim, que uma
determinado atributo do nosso cérebro desenvolvido para uma determinada
finalidade que era decisiva para a nossa sobrevivência de seres fisicamente
frágeis e quase indefesos, acabou por servir também outros fins
desinteressantes que apareceram como subprodutos, da mesma forma que um
computador concebido para nos ajudar em tantas coisas úteis não consegue evitar
as “ordens” dos vírus que ele cumpre como se fossem boas porque também não as
consegue distinguir.
Foi uma grande “partida” que
o Evolucionismo, que é como quem diz, a natureza nos pregou mas o cérebro
humano foi desenvolvendo progressivamente, para além dessa capacidade /
necessidade de acreditar, faculdades de inteligência e raciocínio que
permitiram à humanidade desbravar o caminho da ciência e ir explicando as regras
de funcionamento da natureza satisfazendo, assim, uma curiosidade e um desejo
de saber sem o qual a espécie humana estaria condenada à partida.
Eu respeito as pessoas que
são crentes, que foram ensinadas desde tenra idade a serem crentes e que não se
concebem a si próprias fora dessa crença até porque, como foi assinalado por
Richard Dawkins, as pessoas são boas ou más independentemente de serem ou não
crentes apenas… com a diferença que nas chamadas “guerras santas” se mata com
mais “alegria espiritual”.
Mas seria um “mal menor”se as
pessoas se limitassem apenas a ser crentes, se exercessem a sua religião com a
descrição, e o recato daquilo que é íntimo e que por isso mesmo deveria ser
vivido em comunhão com elas próprias.
Mas dizer isto é ignorar a
natureza verdadeiramente social do homem e as religiões tornaram-se no maior e
mais importante fenómeno da história da humanidade.
As crenças transformaram-se,
inevitavelmente, em organizações estruturadas, hierarquizadas e fortemente
lideradas por pessoas altamente vocacionadas para o exercício do poder e que se
comportaram como chefes supremos de grandes exércitos de guerreiros unidos e
subordinados pela mente, pela obediência cega a uma crença.
Quando se fala hoje no
ecumenismo, no entendimento entre todas as grandes Igrejas porque, com várias
faces, o Deus é o mesmo, percebe-se perfeitamente que a grande preocupação é
salvar aquilo que é a essência do “negócio” religioso: a Fé, o Acreditar,
porque o resto, as pequenas diferenças, são pormenores que não afectam o
essencial. Acreditar, continuar a acreditar, cada vez com mais força, nem
que para isso as criancinhas tenham que decorar o Corão em vez de serem felizes
a brincarem umas com as outras, ou a rezar intermináveis ladainhas e Pais
Nossos para cimentarem dentro do espírito os dogmas relativamente aos quais
nunca terão nem deverão fazer qualquer esforço racional para tentarem
compreender porque eles são incompreensíveis.
Há uma incompatibilidade de
base entre raciocínio e inteligência que conduzem ao conhecimento científico e
a religião que é a preguiça mental, a certeza em vez da dúvida, a confiança
cega em verdades que não se discutem.
No entanto, todos conhecemos
pessoas que adoptam uma atitude fervorosamente religiosa que coexiste com uma
actividade intelectual que desenvolvem no âmbito das ciências que estudam o
social, e muito menos, as ciências da natureza.
O Dr. João César das Neves,
Prof. Universitário, conhecido economista que nesta qualidade participa num programa semanal de televisão, pessoa indiscutivelmente
inteligente, afirmava recentemente, numa das suas crónicas do jornal Diário de
Notícias,- que leio diariamente - atirando-se aos Ateus “como gato a bofe”, que «recusar Deus é
uma crença como as outras» e esta surpreendente acusação deixou-me estupefacto
por ter vindo de quem veio.
No meu caso particular fui
deixando de acreditar em tudo o que tem a ver com religiões e não percebo como
é que este “deixar de acreditar” se transformou, para o Sr. Professor, afinal, numa
“crença”.
Saber se tudo quanto
existe: Seres vivos, Terra, Sistema Solar, Via Láctea, restantes Galáxias e o
Universo no seu todo, com 15 biliões de anos de existência, são obra de um Deus
ou não, francamente, Sr. Professor é uma questão que me ultrapassa de tal maneira
que me parece ser de grande pretenciosismo pronunciar-me sobre ela, mas será
isso também uma “crença”?
Será que o Sr. Prof.
pretendia referir-se a uma “não crença” ou trata-se apenas de um ataque
insidioso que é chamar de crentes àqueles que nunca tiveram crenças ou que
delas se libertaram?
Ah!, com que então vocês não
queriam ser crentes, pois fiquem sabendo que isso também é uma crença. Bem
feita…bem feita!
Depois, o Sr. Prof.,
desenvolve uma argumentação para tentar comprovar a existência de Deus
apresentando argumentos atrás de argumentos que mais parecem tentativas
desesperadas para convencer, através da razão, daquilo aonde só vai pela fé.
João César da Neves não vai
ler o livro de Richard Dawkins porque o Professor é um teísta convicto 100% da
existência de Deus.
Nas palavras de C. G. Jung
«eu não acredito, eu sei» e, portanto, não leria nada que contrarie
frontalmente aquilo em que ele não só acredita, mas sabe.
Se se desse a esse trabalho
encontraria a desmontagem dos seus argumentos um por um mas quando se acredita
todos os argumentos em defesa da crença são bons, mesmo os mais disparatados,
enquanto que os outros, os que desmontam as nossas crenças, são falsos como
Judas.
Diz o Sr. Professor:
- «…O pior obstáculo do
ateísmo é a ausência de finalidade. Para o ateu este universo, sem origem nem
orientação, também não tem propósito. Bons e maus têm o mesmo destino vazio.
Saber que vivemos num mundo que se dirige à morte e ao nada faz de nós os mais
infelizes dos seres.»
«Se Deus não existe não
existem o bem, a moral, a própria razão…»
O Sr. Prof. tem muito pouca
auto-estima quando pensa que, se de repente a fé em Deus desaparecesse do
mundo, tornar-nos-íamos todos hedonistas insensíveis e egoístas, desprovidos de
amabilidade, caridade, generosidade, enfim, tudo aquilo que merece o nome de
bondade.
Se Vª. Exª, Sr. Professor,
concorda que, na ausência de Deus, seríamos capazes de cometer assaltos,
violações e homicídios, na opinião de Michael Shermer, o Sr. é considerado uma
pessoa imoral e “o melhor será passarmos-lhe ao largo”.
E já agora, deixe-me recorrer
a Einstein: “Se as pessoas só são boas porque temem o castigo e esperam a
recompensa então somos mesmo uma triste cambada.”
E porque vem igualmente a
“talhe de foice” transcrevo, ainda de Einstein:
- « Estranha a nossa situação
aqui na Terra. Cada um de nós vem para uma curta visita, sem saber porquê,
contudo, por vezes parecemos adivinhar um objectivo. No entanto, do ponto de
vista do quotidiano, há uma coisa que sabemos: que o homem está aqui pelos
outros homens – acima de tudo por aqueles de cujos sorrisos e bem estar depende
a nossa própria felicidade.»
Informo o Sr. Prof. João C.
das Neves que a única página da Internet que consegui encontrar, referia uma
lista dos “cristãos cientistas vencedores do prémio Nobel” em que apenas seis
eram mencionados como crentes de um total de várias centenas de prémios Nobel
da Ciência.
Destes seis, quatro nem
sequer tinham ganho o prémio e pelo menos um é um não crente que vai à Igreja
por motivos meramente sociais.
Um estudo mais metódico
conduzido por Benjamin Beit-Hallahmi «apurou que entre os galardoados com o
Prémio Nobel na área das ciências, bem como no da literatura se regista um
assinalável grau de irreligiosidade comparativamente com as populações donde
são, respectivamente, provenientes».
Um estudo da autoria de
Larson e Witham saído na conceituada revista Nature , 1998, mostrava que de
entre os cientistas americanos considerados pelos seus pares suficientemente
eminentes para serem eleitos para a National Academy of Sciences apenas 7%
acreditava num Deus pessoal.
Este predomínio esmagador de
ateus é quase o oposto do perfil da população norte-americana em geral pois,
90%, acreditam num ser sobrenatural.
Todos os 1074 membros da
Royal Society que têm endereço electrónico foram inquiridos tendo respondido
25% (que é um bom número para este tipo de estudos).
Foram-lhes apresentadas
várias proposições, como, por exemplo:
«Acredito num Deus pessoal,
isto é, um Deus que se interessa pelas pessoas, que ouve e atende preces, que
se preocupa com o pecado e as ofensas, e que profere juízos.»
Para cada uma destas
proposições pedia-se lhes que escolhessem entre 1 (discordância total) e 7
(concordância total).
Apenas 3,3% concordaram
totalmente com a existência de um Deus pessoal ao passo que 78,8% discordaram
totalmente.
Se definirmos como “crentes”
os que escolheram 6 ou 7 e como “não crentes” os que escolheram 1 ou 2 obtemos
213 descrentes para uns meros 12 crentes.
Mas deixando agora a elite
dos cientistas da National Academy e da Royal Society há outras conclusões
interessantes de trabalhos de pesquisa sobre a relação estatística entre a
religiosidade e o grau de instrução ou entre a religiosidade e o QI.
Michael Shermer, em “How we
Believe”: The Search for God in Age of Science, descreve uma grande sondagem que
levou a cabo com o seu colega Frank Sulloway, tendo por alvo pessoas escolhidas
aleatoriamente e descobriu que a religião tem, na verdade, uma correlação
negativa com o nível de instrução e com o interesse pela ciência e de maneira
muito forte com inclinações políticas mais progressistas.
Nada disto surpreende tal
como não espanta haver uma correlação positiva entre a religiosidade do
indivíduo e a dos pais. De acordo com os sociólogos, em cada 12 crianças apenas
uma se afasta das crenças religiosas dos pais (herança cultural).
Finalmente, quanto à
correlação entre a religiosidade e o QI e de acordo com os dados publicados por
Paul Bell na “Mensa Magazine”.
Eis a conclusão:
- “De um total de 43 estudos
realizados desde 1927 sobre a relação entre a crença religiosa e o grau de
inteligência e/ ou de instrução, apenas 4 encontraram uma conexão inversa. Isto
é, quanto maior é o grau de inteligência ou de instrução de um indivíduo menor
a probabilidade de esse indivíduo ser religioso ou de ter crenças seja de que
tipo for”.
Estes números, e números são
a especialidade do Prof. Dr. João César das Neves, não devem ser nada do seu
agrado quando se queixa, mesmo na parte final do seu artigo:
«A única questão interessante
é saber porque coisas tão simples foram escondidas aos sábios e inteligentes e
reveladas aos pequeninos».
Pois é, Sr. Prof., este seu
último desabafo é perfeitamente elucidativo de que em si coexistem duas
pessoas: uma que o leva a desdenhar dos sábios e das pessoas inteligentes
porque não crêem e a considerar os pequeninos (pequeninos em quê?) muito mais
fiáveis e o outro, o intelectual, que se licenciou e doutorou em economia e
que, pelos vistos, convive perfeitamente com o primeiro.
Só espero que não rejubile de
alegria quando vê nos noticiários da TV certas manifestações de fervor
religioso dos «seus pequeninos…»
É que o problema e a ameaça
para a paz e tranquilidade neste mundo resulta, em grande parte, dos «seus
pequeninos» encontrarem um qualquer líder, sedento de poder, inteligente e
ambicioso, que arrogando-se o dom de ser interlocutor de Deus, sem correr o
risco de que Ele o desminta, os arraste atrás de si e os manipule levando-os
aos actos mais atrozes contra eles próprios e contra os outros.
V.ª Ex.ª nunca praticará tais
actos, mesmo em nome da sua crença, estou certo disso, mas essa referência aos
«pequeninos», com toda a franqueza, não me soou nada bem.
Douglas Adams dir-lhe-ia:
Para si não lhe “basta ver
que um jardim é belo sem ter de acreditar que lá no fundo também esconde
fadas”.
Sabedoria chinesa... |
Em Período de Crise
Siga Conselho Chinês
Há apenas duas coisas
com que você se deve preocupar:
- Se você está bem ou se
você está doente.
- Se você está bem, não
há nada com que se preocupar.
- Se você está doente,
há duas coisas com que se preocupar:
- Se você se vai curar
ou se vai morrer.
- Se você se vai se
curar, não há nada com que se preocupar.
- Se você vai morrer, há
duas coisas com que se preocupar:
- Se você vai para o céu
ou vai para o inferno.
- Se você vai para o
céu, não há nada com que se preocupar.
- Agora se você for para
o inferno, estará tão ocupado cumprimentando os velhos amigos, que nem terá
tempo de se preocupar.
- Então, para que se
preocupar ?
NOTA - Ora aí está!... sinto-me muito mais reconfortado.
em
Agachar...
Ele era completamente narcisista,
estilista e apanhava muito sol....
Uma manhã parou nu em frente ao
espelho para admirar o seu corpo e notou que estava todo bronzeado, à exceção
do "dito cujo".
Então decidiu fazer algo. Foi à
praia, despiu-se completamente e cobriu-se todo de areia, menos aquilo...
Duas velhinhas vinham caminhando pela
praia. Uma delas usava um bastão para ajudar a caminhar.
Ao ver 'aquela
coisa' saindo da areia, a que tinha o bastão começou a dar voltas ao redor,
observando.
Quando se deu conta do que era,
disse:
- 'Não há justiça no
mundo'.
A outra anciã, que também observava
com curiosidade, perguntou-lhe a que se referia.
A do bastão respondeu:
-Olha isso!!!
-Aos 20 anos, dava-me curiosidade;
-Aos 30, dava-me
prazer;
-Aos 40,
enlouquecia-me;
-Aos 50, tinha que
pedir;
-Aos 60, rezava por
ele;
-Aos 70, esqueci-me
que existia.
Agora que tenho 80, crescem no solo, e eu nem sequer consigo
agachar-me.
CAFÉZINHO.
Numa grande empresa, havia uma linda moça, com os seus 25 anos, que servia o cafézinho.
O
patrão da empresa era louco por ela.
Um dia, quando ela entrou na sua
sala com o cafézinho, ele pediu-lhe que fechasse a porta à chave.
Tomou o
cafézinho e, excitado, disse:
- Não se ofenda, mas eu dou 200 € para você
tirar a blusa.
Ela guardou os 200 € e tirou a blusa.
O patrão
continuou:
- 300 € para você tirar a saia.
Ela guardou os 300 € e
tirou a saia, mostrando as suas lindas coxas.
Mais excitado ainda,
disse:
- 500 € para você tirar o soutien.
Ela guardou os 500 € e
tirou o soutien, mostrando os seus lindos seios.
O patrão que já estava
'para lá de Bagdade', disse:
- Agora, 700 € para tirar as
cuecas.
Ela guardou os 700 € e tirou as cuecas.
Com a voz trémula,
disse entusiasmado:
- Diga, quanto é que quer para fazer amor
comigo?
Respondeu inocentemente a moça:
- 50 € que é o que eu
cobro a toda a gente aqui na empresa...
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Durante algum tempo pensou tratar-se de mal de amor... |
VELHOS
MARINHEIROS
Episódio nº 41
O Comandante Georges Dias Nadreau amava
ver, a seu redor, caras alegres. Resolveu investigar a secreta causa daquela
inexplicável mágoa e descobrir, ao mesmo tempo, o remédio apropriado, capaz de
desanuviar o rosto do amigo.
Durante algum tempo pensou tratar-se de mal de
amor, dor-de-cotovelo, ferida a cicatrizar com o tempo, com nova paixão,
Dorothy, por exemplo.
Vasco andara demonstrando interesse,
recentemente, por uma senhorita da sociedade, apresentação em festa do Palácio,
filha casadoira de um desembargador, pernosticismo a atender por Madalena
Pontes Mendes.
Alarmava-se Georges: como uma espevitada
e enjoada donzela, dura como um pau e com uma cara de quem está sentindo cheiro
de merda em toda parte, podia afectar assim um homem equi librado,
conhecedor de mulheres, tirando-lhe a alegria de viver?
Um absurdo, mas de absurdos é feito o
universo, cada vez se convencia mais.
- Essa tal Madalena me dá ânsias de vómito
... - dizia o capitão dos portos ao coronel comandante do 19 - É uma lambisgóia
. ..
Sua esperança de cura para Vasco
repousava em Dorothy, naqueles olhos de labareda, naqueles lábios de beijos,
mulher com sede de amor (“basta olhar a cara dela e se vê logo”), necessitando
macho capaz de cavalgá-la nos campos da noite e galopar até às fronteiras da
aurora, além do sono e do cansaço.
- Aquela sim, merece uma dor de
cabeça... Mas penar por uma lesma cheia de si é idiota.
Na opinião preocupada de Georges, Vasco
precisava resolver de uma vez o caso com Dorothy. Sobre o assunto conversou
longamente com Carol.
Da realidade e do sonho, a
propósito de títulos e patentes
Sim, algo tinha a ver Madalena Pontes
Mendes e seu torcido nariz suficiente com a secreta mágoa de Vasco Moscoso de
Aragão. Não se tratava, porém, de mal de amor, dor-de-corno, paixão não
correspondida como imaginara o Comandante Nadreau.
Se alimentara o comerciante alguma intenção
matrimonial relativa à áspera donzela, jamais seu coração pulsara desregrado ao
vê-la snobe e descarnada, jamais fechou os olhos para sonhá-la nua, e mais
tempo e respeito devotava ao pai desembargador e asmático e à mãe descendente
de barões do que à filha emproada.
Qualquer projecto de casamento, se o
teve, veio-lhe à mente como parte de um plano capaz de entrosá-lo por completo
naquela alta sociedade baiana, de brasões e títulos, naquela fechada cúpula
social.
Mas, se isso em verdade lhe passou pela
cabeça virada com a súbita mudança de ambiente, com as luzes do Palácio, a proximidade
do Governador, a elegância daquelas Excelentíssimas Senhoras, não chegou sequer
a concretizar-se num propósito definido. Foi tudo vago e de pequena duração,
uma ideia fugaz, amargo dissabor.
Pensara num casamento ilustre a ligar
seu nome honrado e plebeu, cheirando a bacalhau e carne-seca, com um
altissonante sobrenome daquela nobreza local perfumada do sangue recente dos
escravos, um bocado arruinada com a abolição.
Calculista sem experiência, pousara os
olhos em
Madalena Pontes Mendes , com um barão na família materna e
cartas de Pedro II no arqui vo do avô
paterno, legislador douto, com muita empatia e fazenda decadente.
Embandeirou-se, cortejando os pais e rondando
a moça.
quinta-feira, março 27, 2014
Justiça decide:
Esperma é propriedade da mulher!
Usar esperma para engravidar sem autorização do homem não caracteriza roubo porque 'uma vez ejaculado, o esperma se torna propriedade da mulher'.
O entendimento é de um Tribunal de apelação em Chicago, nos Estados Unidos, que devolveu uma ação por danos morais à primeira instância, para análise do mérito.
Nela, o médico Richard Phillips acusa a colega Sharon Irons de 'traição calculada, pessoal e profunda', ao final do relacionamento que mantiveram há seis anos.
Sharon teria guardado o sêmen de Richard, depois de fazerem sexo oral, e usado o esperma para engravidar.
Richard Phillips alega ainda que só descobriu a existência da criança quando Sharon ingressou com ação exigindo a pensão de alimentos.
Depois que testes de DNA confirmaram a paternidade, o médico processou Sharon por danos morais, roubo e fraude.
Os juízes do Tribunal de apelação descartaram as pretensões quanto à fraude e roubo, afirmando que 'a mulher não roubou o esperma'.
O colectivo levou em consideração o depoimento da médica, onde ela afirma que quando Richard Phillips ejaculou, ele entregou seu esperma, deu 'de presente' (?!?!).
Para o tribunal, 'houve uma transferência absoluta e irrevogável de título de propriedade, já que não houve acordo para que o esperma fosse devolvido'.
Agora é oficial:
- Os homens não mandam mais em PORRA nenhuma.