Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, junho 20, 2015
A AMÉRICA
PORQUE ERA SOLTEIRO!
Se
Cristovão Colombo fosse casado, seria obrigado a ouvir coisas assim e
provavelmente teria desistido:
- E por que é tens que ir ?
- E por que não mandam outro ?
- Estás doido ou és idiota ?
- Não conheces nem a minha família e
queres ir descobrir o novo mundo !
- E só há homens nessa viagem ? Achas
que eu sou parva ?
- E por que é que eu não posso ir, se
tu és o chefe ?
- Desgraçado, não sabes o que
inventar mais para sair de casa !
- Se cruzares esta porta eu vou-me
embora para a casa da minha mãe !
- Miserável
- Quem é a Pinta ? E quem é essa tal
Nina? (Nome das caravelas)
- Tinhas tudo planeado, maldito !
Vais encontrar-te com umas galdérias !...
- Pensas que me enganas ?
- A rainha Isabel vai vender as suas
jóias para tu viajares ? Achas que eu sou maluca ou o quê ? O que é que tens
com essa cabra velha ?
- Não vais a lugar nenhum ! Vais é
cair num barranco porque o mundo é achatado, sua besta !!!
Uma bala perdida matara a pequena Cotinha. |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº 271
Capela mortuária, onde parentes e
estranhos velaram defuntos relembrando-lhes os feitos e as qualidades no ânimo
da cachaça.
Território de frete e de xodó, no palheiro
olhares cruzaram, ouviram-se galanteios, casais se conheceram e se desejaram,
se desentenderam e se despediram, sonhos nasceram e se desfizeram.
Arena de desavenças, cólera e peleja,
ali a violência desmandou-se, correu sangue e aconteceram mortes.
Nos distantes outroras houvera um
pequeno galpão, abrigo levantado pelos valentes que abriram a trilha reduzindo
o percurso dos comboios de cacau e, ao desembocar em lugar assim bonito e
acolhedor, referiram-se à ocorrência ainda recente da tocaia grande e com esse
nome o batizaram.
Tendo crescido o movimento dos tropeiros
e aumentado o número dos moradores, tornando-se intenso o tráfego de putas,
mateiros e alugados, instaladas bodega de turco e tenda de ferrador de burros,
houve necessidade de local mais espaçoso.
Para edificar o palheiro se congregaram
todos os habitantes: duas dúzias de degredados, se muito, contando homens e
mulheres.
Pressurosos e unânimes atenderam o apelo
de Castor Abduim, novidadeiro, quando, a pedido da negra Epifânia, o ferreiro resolveu
festejar o São João.
Para dizer a verdade, a festa começou na
hora em que decidiram construir o palheiro e distribuíram as tarefas. Não foi
trabalho, foi divertimento:
cortar as palhas nas palmeiras, medir as varas de bambu, traçar
a costura dos cipós, estabelecer as bases e a cobertura.
Uma festa, comprovou Pedro Cigano que,
estando de passagem, resolveu deter-se em Tocaia Grande para
participar do rumoroso vaivém e comandar o ciclo dos festejos.
Começou propondo antecipar a data da
inauguração para a noite de Santo Antônio, proposta acolhida com entusiasmo.
Quantas festas o sanfoneiro abrilhantara
no pobre e feérico salão de baile de Tocaia Grande? O número exacto nem ele
sabia, nem ninguém, tantas tinham sido, cada qual mais animada.
Mas os que participaram do dançarás inicial
jamais o esqueceriam por motivos vários que tiveram a ver com a abrupt a presença da morte e com a proclamação da vida.
Começara influído e ruidoso com
tumultuado fuzuê de putas no qual se exibiram Dalila e Epifânia, Cotinha e
Zuleica, um pega-pra-capá realmente divertido e empolgante.
Para esquentar uma festa nada se compara
a um bom tira-teima de raparigas. Assim sendo, o baile prosseguira na maior
satisfação até a hora do conflito, quando os boiadeiros qui seram
agarrar as mulheres à força. Como se sabe, terminou em tristeza e luto.
Uma bala perdida matou a pequena
Cotinha, surpreendente criatura: corpo franzino, alma compassiva,
ânimo forte. Sabia receitas de doces e licores e os preparava, delícias de
convento.
(Domingos Amaral)
Episódio Nº 3
O precept or de Afonso Henriques suspirou:
- Discutiram. O conde exigiu
que a rainha cedesse a Galiza a Dª Tereza, ameaçou lutar contra ela... Além
disso, falou de uma relíqui a,
trazida da Terra Santa, que iria iluminar a luta contra os serracenos, e que só
entregaria a um novo rei.
Nesse momento olhou de novo
para Afonso Henriques: - O seu filho.
O desvario apoderara-se da
rainha Urraca, que ameaçara matar o conde. Dias depois, tendo este recusado uma
proposta de paz ou revelar onde escondera o artefacto sagrado, os efeitos da
peçonha haviam-se começado a notar.
A morte por envenenamento
fora lenta dando tempo a Dª Tereza para chamar Egas Moniz e o príncipe Afonso
Henriques, e também Paio Soares, cumprindo os pedidos do moribundo conde.
O alferes agitou-se,
engolindo em seco:
- Ele falou convosco? – perguntou.
Depois de pedir a Egas que
lhe guardasse a sua grande espada, que um dia teria de entregar ao filho, o
conde Henrique apenas dirigira algumas palavras a este último, em francês, pois
era nascido na Borgonha e nunca aprendera bem a língua do Condado de
Portucalense.
Pediu ao menino que lutasse
contra os mouros, defendesse as suas terras. No fim, falou em Jerusalém, no
túmulo de Cristo... Não o compreendi, já estava a finar-se – contou Egas Moniz.
Observou Afonso Henriques,
que permanecia sentado no colchão e de olhos muito abertos, mirando o corpo
inerte do pai.
- Pobre criança – murmurou.
A meio da tarde, perto de
soçobrar, o conde perguntara pelo alferes.
- O que te queria ele - questionou Egas.
Paio Soares ia responder,
mas nesse momento a porta abriu-se e por ela entraram a rainha Dª Urraca e sua
irmã, a condessa Dª Tereza.
Com os olhos brilhantes de
uma curiosidade assaz suspeita, a primeira aproximou-se, e Egas Moniz
vislumbrou um sorriso instantâneo de contentamento, que logo desapareceu,
coberto por uma cara compungida, falsa mas solene.
- Que alma sofredora. Desde que o meu pai o
baniu de Toledo, nunca mais sossegou – sentenciou Dª Urraca.
Antes dela, Dª Tereza
declarou:
- Tenho de o levar, será
enterrado em Braga, era o seu desejo.
A rainha suspirou e depois
perguntou a Paio Soares:
- Haveis acompanhado o conde desde que voltou
da Terra Santa?
Nervoso, o alferes bateu as
pestanas e declarou que assim era.
A rainha qui s saber se ele ouvira falar de uma relíqui a trazida de Jerusalém, que o conde teria
escondido.
Paio Soares, cada vez mais
aflito, voltou a negar e então Dª Urraca avisou-o:
- Cuidado alferes, a mentira tem a perna
curta. Tal como a afronta.
Olhou de soslaio para o
morto e depois deu meia volta, seguida de Dª Tereza. Ao ver o pequeno príncipe,
perguntou à irmã:
- É o vosso aleijadinho?
sexta-feira, junho 19, 2015
FRDDY MERCURY & MONTSERRAT CABBALLÉ -
BARCELONA
Sublime
... uma das melhores canções de sempre... Freddy tinha a voz, quem sabe, mais
lírica ou se preferirem mais forte de todos os tempos, provavelmente superior a
Elvis Presley. Durante os ensaios, nos desafios que fazia com Cabballé para
verem quem tinha mais fôlego,(e ela era a cantora lírica mais conhecida do
mundo), ele ganhava com grande vantagem. Este dueto foi gravado em 1988 e é
considerado um marco histórico da música.
O rio então desceu das cabeceiras, rugindo |
TOCAIA GRANDE
(Jorge Amado)
Episódio Nº
270
7
A cabeça-d’água alimentada pelas chuvas
do dilúvio cresceu
nas nascentes do rio das Cobras, ergueu-se
altíssima montanha, e espoucou. O rio então desceu das cabeceiras, rugindo,
varrendo tudo o que encontrou em sua frente.
Opresso nos limites imemoriais das
margens, atrabiliário ele os rompeu e a enchente inundou Tocaia Grande. Foi um
horror, recordava o Turco Fadul.
Na mata invadida, os animais fugiam
apavorados, subindo
pelas árvores, enfiando-se terra
adentro, num êxodo onde se misturavam cobras e onças, passarinhos e macacos,
porcos-do-mato, tatus e capivaras, lerdas preguiças movendo-se de galho em
galho.
Os que não escaparam a tempo lutavam
impotentes contra a correnteza, logo os corpos foram muitos e diversos, boiando
à deriva, bichos selvagens e criações domésticas.
Com o estrondo, quem estava dormindo se
acordou, quem velava à espera do pior pôs-se de pé, saíram todos portas afora.
O rio arremetia insano, a massa de água
crescia a cada instante e se alastrava, destruindo o que encontrava pela
frente. Ao rio se juntou o vento, rodopiando furibundo, para terminarem de vez com
o arraial.
Vislumbravam-se vultos na escuridão,
alguns empunhando fifós que em seguida se apagavam, outros gritando recomendações,
pedidos de socorro, ordens, quem sabe o quê: o vendaval consumia as palavras e
a luz das candeias.
Não se ouvia nada além do ronco
apavorante da enxurrada e do bramido fúnebre do tufão.
Um homem passou correndo, era o carpina
Lupiscínio, foi-se postar junto ao pontilhão. Será que pensava sustentá-lo com
as mãos, defendê-lo com o corpo? Mulheres afluíam da Baixa dos Sapos,
desatinadas; chegava gente do Caminho dos Burros; reuniam-se no descampado em
pasmo e confusão, em alarido e choro.
Ninguém sabia para onde ir nem o que
fazer. Mais forte que o terror e o desespero, a voz tonitruante do árabe Fadul
Abdala cobriu o zunido do pé-de-vento e o motim das águas. Punhos erguidos,
desafiava os céus.
8
Primeira construção a ruir e a ser
tragada no caudal das águas, o velho palheiro, apodrecido pelo tempo, arrastou
em seus destroços a memória de alegrias e tristezas.
Quando havia dança no chão de barro
batido, sólido que nem cimento, o Turco Fadul, usando vocabulário de cabaré, denominava-o
pomposamente salão de baile. Mas servira com igual proveito de dormitório para tropeiros
e passantes que ali acendiam braseiros para chamuscar jabá e esquentar café.
Juntavam-se em roda dos baralhos, sala
de jogo, cassino de apostas, antro de trapaças e bafafás onde refulgia amiúde o
aço dos punhais.
Cenáculo de prosa e cantoria: casos embelecos,
abusões, modinhas, repenicar de violão e cavaqui nho,
sons de concertina.
Enfermaria de hospital, ali repousaram
doentes em trânsito para Itabuna em demanda de médico e farmácia.
BERTOLT BRECHT |
PARA
LER E MEDITAR
"Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele
não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto
político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta
a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a
prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político
vigarista, desonesto, o corrupt o e
lacaio dos exploradores do povo."
Bertolt Brecht (1898-1956)
Foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955
(Domingos
Amaral)
Episódio Nº 2
Embora se tivesse submetido a Dª Urraca, não nutria respeito
à rainha regente, nem por ela tinha qualquer admiração.
A tensão entre os dois era evidente, mas não se imaginava um
resultado tão terrível como a inesperada morte do conde.
Depois de passar pelas tropas leonesas de Dª Urraca,
acampadas em redor do castelo, o alferes entrou pela porta da muralha,
desmontou, despiu o manto molhado e sem sequer alinhar os seus caracóis negros
e revoltos, dirigiu-se à torre de menagem de Astorga e subiu as escadas
interiores em passadas largas.
Quando abriu a porta do quarto do conde, viu do seu lado um
pequeno colchão, onde uma criança de três anos estava sentada, de olhos muito
abertos e assustada, enquanto à sua frente um nobre portucalense se debruçava
sobre uma enorme cama.
O conde Henrique estava deitado nela e a sua cara pálida e
seca, envolta numas largas barbas cinzentas, demonstrava já a rigidez dos
defuntos.
Alguém, talvez a criada, colocara-lhe as mãos, uma em cima da
outra, em cima da barriga. Paio Soares entristeceu-se: o homem que mais
admirava entregara a sua alma à Providência, ele não chegara a tempo!
Mas, para além da amargura, um fio de nervosismo
percorria-lhe a espinha; teria o conde revelado algum segredo a Egas Moniz, ou
ao prior que o confessara e lhe dera a extrema-unção?
- Paio, murmurou Egas Moniz, ao vê-lo.
O alferes avançou uns passos, aproximando-se do senhor de
Ribadouro, que levou um dedo à boca e pediu silêncio.
Ficaram a observar a criada a compor o morto e o prior
terminar as orações. Só quando estes saíram do quarto estes voltaram a falar.
- Aproximai-vos.
Junto ao falecido conde, Egas Moniz olhou para trás. Ao ver
que o pequeno Afonso Henriques os observava, tapou-lhe a visão, colocando-se à
sua frente.
Então, dobrando-se, abriu a boca do conde e apontou para a
sua língua hirta e escurecida.
- Peçonha - murmurou.
Paio Soares explodiu de fúria e perguntou num grito quem
poderia ter cometido tal enormidade, mas Egas olhou para o príncipe,
pedindo-lhe que baixasse o tom de voz.
- Foi a rainha Dª
Urraca – murmurou.
O alferes espantou-se: porque mandaria a rainha matar o
cunhado, marido de sua irmã, Dª Tereza? O conde Henrique era aliado dela!
de Hoje
O Bloco de Esquerda com a Mariana Mortágua e a Catarina Martins, assim, de um instante para o outro, com as suas intervenções contundentes e assertivas, “roubaram” 4% das intenções de voto ao PS.
A
Coligação, daqui até às eleições,
será sempre a subir, pouco, mas subir porque os dados da economia e do emprego
vão ajudar e os “rebuçados”, próprios das campanhas eleitorais já aí estão sob
a forma de milhões para clonoscopias e formação profissional e outros virão até
Outubro... nada de verdadeiramente novo.
As
sondagens “chamam” de mentiroso a Passos Coelho 71% (29% para Costa) mas os
portugueses não se importam muito com isso... os políticos sempre foram
mentirosos. Por aí, Passos Coelho, não corre grande perigo, como se vê.
Aquele
programa macro-económico de Mário Centeno não passa facilmente para os votantes
nos discursos do PS e a ideia de ir buscar dinheiro aos descontos dos
trabalhadores para a Segurança Social não foi bem compreendida e assustou o
pessoal.
A
própria Maria do Rosário Gama, Presidente da APRE (Associação dos Aposentados Pensionista
e Reformados) não gostou nada e na qualidade de militante do PS votou contra
ela no programa do partido.
Não
é fácil ser-se da oposição com margens tão estreitas de governação em que o
futuro está mais nas mãos dos outros do que na nossa, enorme campo de
incertezas.
O
despesismo e a banca-rota de Sócrates continuam a ser arma de arremesso e o
homem que continua mantido na prisão, justa ou injustamente, é uma sombra para
António Costa de quem este foi Ministro.
Insidiosamente,
Passos Coelho e a sua equi pa,
continuam a tirar partido desse passado recente e a explorar o medo que os mais
desfavorecidos, velhos e pobres, incluindo os que foram da classe média,
naturalmente sentem por poderem ainda ficar piores com a “tralha socialista”
como lhes chamam.
Passos
Coelho é prático e pragmático, sabe onde é que dói e ao privatizar tudo e mais
alguma coisa, entregando a exploração de empresas públicas de transportes, comandadas por sindicatos poderosos e Conselhos de Administração recheados de ex-políticos
ou de amigos, que se fazem transportar em carros topo de gama pagos, já se vê, com
o dinheiro de todos nós pois, necessariamente, essas empresas dão prejuízo porque
prestam serviço social, sabe que vai ao encontro do descontentamento de muitos utentes, portadores de Passes Pré- Pagos, e que são constantemente atingidos nos seus interesses.
Ah!,
mas então e a reprovação dos eleitores na sondagem ao actual governo, 63% entre
mau e muito mau?
A estes números os homens da equi pa
de Passos Coelho afivelam no rosto um sorriso de humilde e fingida compreensão e explicam que governar um país debaixo da troika, a seguir a uma banca-rota, da
responsabilidade do PS, dificilmente se conseguiria ter feito melhor.
Que esta história está mal contada pouco interessa, a política
é mentirosa e manipulável e para muitos dos que vão votar ela tem resquícios de
verdade e isso é que interessa.
Costa não tem ninguém de verdadeiramente novo, cativante,
atraente e credível na sua equi pe, que dê a cara ou então ainda não apareceram. Mário Centeno como político
dificilmente convence. Só levará atrás de si aqueles que já lá estão e mesmo
esses, como é o caso da presidente da APRE, pessoa influente, foi o que se viu, e Ferro Rodrigues fala como se tivesse a boca cheia de favas a ler papeis perdendo sistematicamente qualquer debate com Passos Coelho na Assembleia da República.
Sem o estatuto e o histórico de Ferro Rodrigues, António Costa teria arranjado melhor.
Sem o estatuto e o histórico de Ferro Rodrigues, António Costa teria arranjado melhor.
O segredo talvez esteja no pós eleições pois não haverá
maiorias absolutas, ganhe quem ganhar, e a grande capacidade de negociação já
comprovada de António Costa é um trunfo dos socialistas.
À esquerda do PS temos, neste momento, 18% de intenções de
voto, enquanto à direita da Coligação temos o Marinho e Pinto que fará alianças
até com o diabo, como ele mesmo admite.
A comunicação do PS tem de melhorar. Alguém com o perfil
adequado tem de perguntar aos eleitores, olhos nos olhos:
- Quem foi o principal
obreiro do Serviço Nacional de Saúde?
- Quem foi o principal
obreiro da escola pública para todos?
- Quem foi o principal
obreiro da Segurança Social?
- Quem criou o Rendimento Mínimo Garantido?
- Quem generalizou a educação pré-escolar?
- Quem criou uma
política de ciência progressiva no país?
Tudo isto e muito mais deve ser perguntado com serenidade e convicção, mas olhos nos olhos, aos eleitores portugueses.