Memórias Futuras
Olhar o futuro pelo espelho retrovisor da história. Qual história? Que futuro?
sábado, novembro 24, 2012
Anedota de
génio...
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Dentro de um autocarro, no Estado racista do
Mississipi dos E.U.A., o motorista, farto de tantas brigas entre pretos e
brancos pára o autocarro, levanta-se do seu lugar e virando-se para os
passageiros grita alto e bom som:
BASTA!
-Não quero mais brigas no meu
autocarro, a partir de agora acabaram-se os pretos e brancos, somos todos
verdes!
-Apoiado, muito bem, responderam
todos.
Uns momentos de silêncio e alguém
pergunta:
-Mas…e onde nos sentamos agora?
E o expedito motorista:
- Os verdes claros à esquerda e os
verdes escuros à direita…
Mas nem esta história impediu que os EUA tivessem tido um candidato negro às eleições para Presidente, que as tivesse ganho e agora tenha
sido reeleito. Bem feita!
- Nosso 1º Rei – O Fundador
(continuação)
Aceitou o Infante o desafio,
todavia não sem que primeiro retorqui sse
ao conde:
- Sair eu de Portugal? Deus não há-de permitir
que a rosa do sol cubra tal iniqui dade!
A terra é minha que muito bem a ganhou meu pai.
- Minha é que ela é – replicou Dª Teresa – que
ma deu e deixou D. Afonso de Castela, meu pai e imperador.
- Pois ver-se-á quem é o dono.
Encontraram-se nos
arrabaldes de Guimarães e Dª Teresa estava ao lado do conde a ampará-lo na
peleja com suas amabilidades de amor.
O Infante foi desbaratado e
só o galope de um bom ginete o pôde salvar. A uma légua de Guimarães corria
ainda a bom correr quando topou com a hoste de Egas Moniz, seu aio. Assim que
este foi inteirado do corrente da batalha, repreendeu severamente o Infante,
dizendo-lhe:
- Andaste mal em cometer o combate, sem eu
estar. Mas tornemos atrás que talvez ainda seja tempo de virar a roda da
fortuna.
Volveram ao campo e, porque
o Infante atacasse de improviso, a gente do conde estivesse quebrantada da
refrega havida antes, ou porque defrontasse agora menor poder, ganharam a
batalha.
O conde saiu de Portugal,
como cumpria a sua palavra de cavaleiro, mas a mãe, que fora impiedosa e a quem
guardava rancor, sem falar na sua desumanidade, pelo opróbrio lançado à memória
do conde D. Henrique, meteu-a em ferros, pouco caso fazendo das suas juras e
imprecauções:
- Maldito sejais, filho D. Afonso, víbora que
trouxe nove meses nas entranhas! Deserdais-me da terra que me deixou meu pai, qui tais-me meu marido, e ainda por cima me
prendeis!... Terás o pago! Hoje deitais-me ferros às pernas que vos trouxeram
quando eras menino, mas com ferros haveis de ter as vossas quebradas, que a
Deus o peço e Deus Nosso Senhor há-de ouvir-me!
Além das maldições, que era
o menos, teve artes Dª Teresa de passar recado a D. Afonso VII de Castela,
estimulando-o que, pois Portugal lhe pertencia de direito, viesse, tanto por
recobrar o que era seu como pelo que devia à virtude, acudir a sua tia,
arrancada ao marido e metida em prisão tão desonesta.
O rei castelhano, que era
impulsivo e grandioso mandou logo aprestar os seus homens de armas de Castela,
Leão e Galiza e, em grande espavento, marchou contra o Infante de Portugal.
Este saiu-lhe ao encontro em
Arcos de Valdevez, infligindo-lhe tal derrota que lhe aprisionou sete condes e
infinitos cavaleiros e ele, ferido com duas lançadas, teve de largar à rédea
solta para Toledo, com medo de perder aquela cidade.
Mas este homem impetuoso
tinha-se por imperador das Espanhas e perante “hombres e Dios” jurou lavrar a
desforra.
Em força maior ainda entrou
em terra portuguesa e, de improviso, foi cercar o Infante em Guimarães,
desapercebida de toda a espécie de provisões.
Foi então que Egas Moniz,
homem do melhor engenho e muitos recursos de entendimento, foi à procura do rei
castelhano e teve com ele esta conversa alada e dulcerosa que mereceria ser
apontada entre as subtilezas dos sábios:
(continua)
GABRIELA
CRAVO
Conversa de comadres em Ilhéus |
E
CANELA
Episódio Nº 147
Nacib estava casado há uns
cinco meses sem reclamar. E como iria ele, Tonico, confessar de público ter
falsificado papéis? Não se estava mais tempo no velho Segismundo, que vendia
certidões de nascimento e escrituras de terras. Ezequi el
suspendeu os ombros, exclamou para João Fulgêncio:
- Não lhe disse?
- Tonico, isso pode-se arranjar – falou João
Fulgêncio – Vamos conversar com o Juiz. Encontra-se um caminho para contornar a
situação, para que a falsificação de papéis não venha a público. Ou pelo menos
para você não aparecer como culpado.
Pode-se dizer que você agiu
de boa fé, que foi enganado por Gabriela. Inventa-se uma história qualquer.
Afinal, isso que se chama de civilização ilheense foi construída à base de
documentos falsos.
Mas Tonico ainda resistia.
Não desejava seu nome misturado naqui lo.
- Misturado você está, meu caro – disse Ezequi el – enterrado de cabeça. De duas, uma: ou você
concorda, vai connosco ao juiz para arranjarmos tudo amigável e rapidamente, ou
hoje mesmo inicio o processo, em nome de Nacib. De anulação de casamento. Por
erro essencial de pessoa devido a documentos forjados por você. Forjados para
casar sua amante, de quem continuou a gozar dos favores depois, com um homem
bom e ingénuo de quem você se dizia amigo.
Você entra no caso por duas
portas: a da falsificação e a do adultério. E em ambas com premeditação. É um
caso bonito.
Tonico quase perdia a fala:
- Ezequi el,
por favor, quer me desgraçar?
João Fulgêncio completava.
- Que dirá D. Olga? E seu pai, o coronel
Ramiro?
Você já pensou? Ele não
resistirá ao escândalo, morrerá de vergonha e você será o culpado. Estou lhe
avisando porque não quero que aconteça.
- Porque me meti nisso, meu Deus? Só arranjei
os papéis para ajudar. Ainda não tinha nada com ela…
- Venha connosco ao juiz, é melhor para todo o
mundo. Senão, quero lhe avisar lealmente, a história sai todinha amanhã no
Diário de ilhéus. Escrita por mim para você não aparecer como galã. Por mim
João Fulgêncio…
- Mas, João sempre fomos amigos…
- Eu sei. Mas você abusou de Nacib. Se fosse
com a mulher de outro não me importava. Sou amigo dele e também de Gabriela.
Você abusou dos dois. Ou você concorda ou vou-lhe cobrir de vergonha, botá-lo
no ridículo. Com a situação política como está, você nem poderá continuar em
Ilhéus.
Toda a empáfia de Tonico
vinha abaixo. O escândalo o horrorizava. Medo de Dª Olga saber, de o pai tomar
conhecimento. O melhor era mesmo engolir a pílula, ir ao Juiz, contar a
falsificação dos papéis.
Faço o que qui serem. Mas, por amor de Deus, vamos arranjar essa
história dos papéis da melhor maneira possível. Afinal, somos amigos.
sexta-feira, novembro 23, 2012
Em Santarém só me lembro de ter nevado uma vez e copiosamente... fenómeno raro. O inverno chega este mês, a 22, mas hoje faz frio. Bom pretexto para ouvir Adamo numa das suas mais lindas canções...
O
esposo regressa da missa, entra em casa a correr e dirige-se à esposa com
invulgar alegria.
Abraça-a,
levanta-a ternamente nos braços e vai dançando com ela suspensa no ar, à volta
de cada móvel de casa.
Pergunta
a esposa, bastante admirada com o gesto:
- O
que foi que disse hoje o padre no sermão? Será que disse que os maridos devem
ser mais carinhosos com as suas esposas?
Responde
o marido, radiante:
-
Não amor, o padre disse que temos que carregar a nossa cruz com alegria
redobrada...
- O Nosso 1º Rei – O Fundador
Extraído da Obra de Aqui lino
Ribeiro – Príncipes de Portugal -
-
Suas Grandezas e Misérias.
No seu leito de agonizante, voz sumida e
entrecortada, olhos gázeos de quem está a passar as alpodras* para as paragens
de que nunca mais se volta, o conde D. Henrique ditava ao filho as últimas
vontades. Era nos paços de Astorga:**
- "Desta terra que te deixo, não percas um palmo. Ganhei-a à custa de muito
esforço e trabalho. Convoca os Concelhos para que te prestem homenagem e
leva-me depois a enterrar a Santa Maria de Braga, que eu povoei. Mas regressa
depressa, que esta vila deves guardar a todo o preço, pois daqui podes romper adiante à conqui sta
de terra.
Se te parecer mais seguro, manda-me a
enterrar com alguns vassalos meus e teus. E eu te abençoo, filho do coração,
para que sejas sempre ao serviço de Deus com muita e prosperada honra."
O Infante, logo que o pai cerrou os
olhos, tratou de cumprir o que ele ordenara. Entre acompanhar ou não o corpo à
sepultura, qui s proceder como os
conselhos determinassem. E ele lá foi, a alma de luto carregada de pesares e
sobressaltos.
Quando voltou a mata-cavalo, encontrou a
terra sonhoreada por seu primo, rei de Castela.
Foi esta a primeira e dura lição aos
seus crédulos e inexperientes anos. E agora?
Volveu a Portugal para levantar gente e
não encontrou castelo ou choupana onde se acolher.
Que sina a sua!
Por um lado, esbulham-no no que era seu
e por outro escorraçavam-no como desmancha-prazeres e aventureiro. Sua mãe, D.
Teresa, não podia fugir à matéria de que era feita sua irmã, D. Urraca, que
todos os historiadores dão como uma maluca de tomo, infiel a dois maridos com
vários amantes e aos amantes com quantos bonifrates souberam falar aos seus
bonitos olhos.
Ainda o corpo do conde D. Henrique não
arrefecera na campa já ela se matrimoniava com D. Vermuim Peres de Trava,
fidalgo galego de muita prosápia e ainda
a lua-de-mel não era transcorrida, viera o irmão deste, Fernando Pernes de
Trava, conde da Trastâmara e porque, fosse ele muito abutre ou ela muito garça,
tomou-lha.
O que se esqueceram foi de explicar como
foi possível acomodar o direito canónico com tão volúvel fantasia de mariposa.
Por toda a Galiza e terras portucalenses
não houve frade nem leigo que não levasse a mão à testa a benzer-se.
Quando o infante D. Henrique se viu desagasalhado
de todo porquanto a terra que o pai lhe deixou se alçara para a mãe e para o
conde da Trastâmara, correu trancos e barrancos como um Lobato sem covil.
Por artes e manhas conseguiu
introduzir-se nos castelos de Feira e de Neiva, que ergueram pendão por ele e,
daqui , desatou a guerrear com o
padrasto, fazendo-lhe quanto mal podia e não lhe deixando um instante de tranqui lidade.
Então, o padrasto, Fernando Peres de Trava,
propôs-lhe o seguinte acordo:
-
Acabemos com isto, que estas sarrafuscas não conduzem a nada mais do que a
moermos a paciência de parte a parte.
Proponho-vos que nos encontremos onde e
quando qui serdes, e quebremos
lanças. A sorte das armas dirá quem há-de sair de Portugal, eu ou vós.
(continua)
* Alpodras - Pedras que se colocavam no leito dos rios pouco fundos para se porem os pés e passar para a outra margem.
** Astorga - Na sua origem era um assentamento celta tendo-se tornado mais tarde uma fortaleza romana da região a que chamaram Astúrica a norte da fronteira de Portugal. A cidade foi fundada em 14 aC pelo imperador Octávio com o nome de Astúrica Augusta. Ainda hoje são visíveis as ruínas dos banhos turcos.
CRAVO
E
CANELA
Episódio Nº 146
- Escute – Leu: - «Considera-se erro essencial sobre a
pessoa do outro cônjuge, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu
conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado».
Eu me lembro que, quando você me anunciou o casamento, contou que ela não sabia
o nome da família, nem data de nascimento…
- Nada. Não
sabia nada…
- E o Tonico se
ofereceu para arranjar os papéis necessários.
- Fabricou tudo
no cartório dele.
- E então? Seu
casamento é nulo, houve erro essencial de pessoa. Pensei nisso quando chegámos.
Depois apareceu Ezequi el, tinha um
assunto a tratar. Aproveitei para consultá-lo. Eu tinha razão. É só você provar
que os documentos eram falsos e já não está mais casado. Nem nunca foi casado.
Não passou de amigação.
- E como vou
provar?
- É preciso
falar com tónico, com o Juiz.
- Nunca mais
vou falar com esse tipo.
- Quer que eu
me ocupe disso? De falar, quero dizer. Da parte jurídica, Ezequi el pode se ocupar, se você qui ser.
Até se ofereceu.
- Ele já sabe?
- Não se
preocupe com isso. Quer que eu trate do caso?
- Não sei como
lhe agradecer.
- Então, até
logo. Fique aqui mesmo, leia um
livro.
- Bateu no
ombro do árabe – Ou chore, se tiver vontade, não é vergonha nenhuma.
- Vou sair com
você.
- Não senhor.
Para ir onde? Fique aqui , esperando.
Volto logo.
Não foi tão fácil como previra João Fulgêncio.
Primeiro teve de acertar os relógios com Ezequi el.
O advogado recusava-se a conversar com Tonico, fazer as coisas amigavelmente.
- Quero é botar
esse sujeito na cadeia. Vou fazer que ele seja demitido como falsário. Ele, o
irmão e o pai andaram dizendo horrores de mim… Vai ter de sair de Ilhéus. Vai
ser um escândalo…
João Fulgêncio terminou por convencê-lo. Foram juntos
ao cartório. O tabelião ainda estava pálido, olhava-os inqui eto,
um riso amarelo, piadas sem graça:
- Se não ando
depressa, o turco era capaz de me furar com os chifres… raspei um susto danado…
- Nacib é meu
constituinte, peço-lhe tratá-lo com respeito – exigiu Ezequi el,
muito grave.
Discutiram o assunto. Tonico, a princípio, opôs-se
categoricamente a qualquer acordo. Não era caso, dizia, de anulação. Os
documentos, mesmo falsos, tinham sido aceites como verdadeiros.
quinta-feira, novembro 22, 2012
Liderança e Gestão - 5 lições a reter...
Lição N.º 1 – GESTÃO DO CONHECIMENTO
Lição N.º 1 – GESTÃO DO CONHECIMENTO
Um homem entra no banho enquanto a sua mulher acaba de sair dele e se enxuga. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender, a mulher desiste, enrola-se na toalha e desce as escadas.
Quando abre a porta, vê o vizinho Bob na soleira.
Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Bob diz:
- Dou-lhe 800€ se deixar cair essa toalha.
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Bob, então, entrega-lhe os 800 euros prometidos e vai-se embora.
Confusa, mas excitada com a sua sorte, a mulher enrola-se novamente na toalha e volta para o quarto. Quando entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- Quem era?
- Era o Bob, o vizinho da casa ao lado - diz ela.
- Óptimo! Deu-te os 800€ que me estava a dever?
- Dou-lhe 800€ se deixar cair essa toalha.
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Bob, então, entrega-lhe os 800 euros prometidos e vai-se embora.
Confusa, mas excitada com a sua sorte, a mulher enrola-se novamente na toalha e volta para o quarto. Quando entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- Quem era?
- Era o Bob, o vizinho da casa ao lado - diz ela.
- Óptimo! Deu-te os 800€ que me estava a dever?
Moral da história:
Se compartilhares informações a tempo podes
evitar exposições desnecessárias!!!
Lição N.º 2 – CHEFIA E LIDERANÇA
Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para
almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo. Esfregam a lâmpada e de dentro
dela sai um génio. O génio diz:
- Só posso conceder três desejos, por isso, concederei um a cada um de vós.
- Eu primeiro, eu primeiro - grita um dos funcionários:
- Só posso conceder três desejos, por isso, concederei um a cada um de vós.
- Eu primeiro, eu primeiro - grita um dos funcionários:
- Queria estar nas
Bahamas a pilotar um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!
Puf! E lá se foi.
Puf! E lá se foi.
O outro funcionário apressa-se a fazer o seu pedido:
- Quero estar no Havaí com o amor da minha vida e um provimento interminável de piñas coladas!
Puf e lá se foi.
- Quero estar no Havaí com o amor da minha vida e um provimento interminável de piñas coladas!
Puf e lá se foi.
- Agora você - diz o génio para o gerente.
- Quero que aqueles dois voltem ao escritório logo depois do almoço - diz o gerente.
- Quero que aqueles dois voltem ao escritório logo depois do almoço - diz o gerente.
Moral da História:
Em qualquer circunstância, deixe sempre o
seu chefe falar primeiro.
Lição N.º 3 – ZONA DE CONFORTO
Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem
fazer nada. Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta:
- Posso sentar-me como tu e não fazer nada o dia inteiro?
O corvo responde:
- Claro, por que não?
O coelho senta-se no chão, debaixo da árvore e relaxa. De repente, uma raposa aparece e come o coelho.
- Posso sentar-me como tu e não fazer nada o dia inteiro?
O corvo responde:
- Claro, por que não?
O coelho senta-se no chão, debaixo da árvore e relaxa. De repente, uma raposa aparece e come o coelho.
Moral da História:
Para ficares sentado, sem fazeres nada,
deves estar sentado bem no alto.
Lição N.º 4 – MOTIVAÇÃO
Em África, todas as manhãs, uma gazela ao acordar,
sabe que deve conseguir correr mais do que o leão se se qui ser
manter viva.
Todas as manhãs, o leão acorda e sabe que deverá correr mais do que gazela se nãoqui ser morrer de fome.
Todas as manhãs, o leão acorda e sabe que deverá correr mais do que gazela se não
Moral da História:
Pouco importa se és gazela ou leão; quando o
sol nascer deves começar a correr!
Lição N.º 5
– CRIATIVIDADE
Um fazendeiro resolve colher alguns frutos da sua propriedade.
Pega num balde vazio e segue para o pomar. No caminho, ao passar por uma lagoa,
ouve vozes femininas que provavelmente invadiram as suas terras.
Ao aproximar-se lentamente, observa várias raparigas nuas banhando-se na lagoa. Quando elas se apercebem da sua presença, nadam até à parte mais profunda da lagoa e gritam:
- Nós não vamos sair daqui enquanto não se for embora.
O fazendeiro responde:
- Não vim aqui
para vos espreitar, só vim dar de comer aos jacarés!
Ao aproximar-se lentamente, observa várias raparigas nuas banhando-se na lagoa. Quando elas se apercebem da sua presença, nadam até à parte mais profunda da lagoa e gritam:
- Nós não vamos sair da
O fazendeiro responde:
- Não vim a
Moral da História:
É a criatividade que faz a diferença na hora
de atingirmos nossos objectivos.
NADA IMPEDE
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Um
velho de 87 anos foi ao médico, e ao ser atendido disse -lhe:
-
Doutor, não sei o que anda a acontecer comigo, já não consigo fazer amor, não
tenho erecção! O médico respondeu:
- Meu
caro senhor, isso na sua idade é mais do que normal.
- Mas
como normal, doutor???
Eu tenho um primo de 89 anos que diz que dá 3 por dia!!!
Resposta do médico:
-
Mas o senhor também pode dizer! As suas cordas vocais estão impecáveis!!!
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COM JESUS Nº 87 SOBRE O TEMA:
“EUTANÁSIA”
RAQUEL - Emissoras
Latinas continua com seus microfones em Jerusalém. Hoje ,
domingo de Páscoa, estamos, Jesus Cristo e eu, sentados em numa esqui na do populoso bairro árabe. Algo que lhe chame a
atenção? A agitação, a roupa das pessoas, os edifícios?
JESUS - Os
velhinhos.
RAQUEL - Por que os velhinhos?
JESUS - Vejo muitas pessoas de idade, Raquel. Antes,
não era assim. As pessoas não viviam tanto tempo, a morte nos visitava mais
cedo.
RAQUEL - Agora é diferente. Com tantos medicamentos,
qualquer um chega aos oitenta anos.
JESUS - Como Matusalém…
RAQUEL - E
aí surge a pergunta: uma pessoa idosa, doente e sem remédio… quando deve
morrer?
JESUS - Não estou entendendo. Deve morrer quando chega
sua hora.
RAQUEL - Mas,
quem marca essa hora? Hoje em dia, uma pessoa pode estar muito doente, mas não
morrer, porque a internam em um bom hospital, lhe põem todo tipo de aparelhos
e… e não morre…
JESUS - Não a deixam morrer?
RAQUEL - Aí está a discussão. Dizem que Deus é o dono
absoluto da vida e que nós não podemos decidir. Uma ligação… Alô? Sim? Entendi,
Jesus Cristo, temos na linha um ouvinte que quer saber sua opinião sobre a
eutanásia.
JESUS -
Que palavra é essa, Raquel?
RAQUEL -
O que lhe dizia. Ter uma morte digna, decidir a própria morte. Escute…
JOVEM - Jesus Cristo, minha mãe é muito idosa e tem
uma doença incurável. As dores são terríveis, os calmantes já não fazem efeito.
Ela não quer viver mais e nós também não queremos vê-la sofrer assim…
JESUS - E?
JOVEM - No hospital nos dizem que seu coração é forte,
que lhe darão uns medicamentos novos, que a farão viver meses, até anos.
JESUS - Mas, que vida seria essa se já se quebrou o
cântaro na fonte, se já está partido o fio de prata?
JOVEM - Ela não quer estar no hospital, ela quer
morrer em sua casa.
JESUS - E por que não fazem o que ela quer? É dos
sábios conhecer quando abrir as portas para morte.
JOVEM - E podemos suprimir-lhe os medicamentos e… e adiantar
assim sua partida?
JESUS -Falem
com ela, acompanhem-na. Se ela está em paz e pronta para a viagem, que ela
decida. E se não, vocês, seus filhos, os que a amam de verdade, tomem a
decisão.
RAQUEL - A
ligação caiu. O rapaz estava chorando.
JESUS - Deve
estar sofrendo muito…
RAQUEL -
É que há leis que proíbem a eutanásia. E sobretudo, há pessoas religiosas que
dizem que essa senhora deve aceitar suas dores e oferecê-las ao senhor.
JESUS - A mim? Por que a mim?
RAQUEL -
Porque o senhor sofreu por ela e agora é a vez dela sofrer pelo senhor.
JESUS - Que
desatino! Eu sofri por culpa dos poderosos que ordenaram minha morte. E ela
sofre porque está doente, Raquel.
RAQUEL -
Mas não dizem que o sofrimento purifica, que agrada a Deus?
JESUS - A vida agrada a Deus. A vida em plenitude. Como Deus
vai querer o sofrimento de seus filhos, de suas filhas, quando as dores podem
ser evitadas? A dor, Raquel, é um bom mestre. Mas não devemos ir a seu
encontro. Vem sem avisar.
RAQUEL - E
quando não há recuperação possível, quando a vida se prolonga artificialmente e
a dor é inútil?
JESUS
- Raquel, já te disse alguns dias atrás. Deus nos deu dois presentes: a vida e
a liberdade. Quem tiver ouvidos para entender, entenda.
RAQUEL -
Tratando de entender, e de uma esqui na
do bairro árabe de Jerusalém, Raquel Pérez, Emissoras Latinas.
Não nasceu para estar dentro de jarros... |
GABRIELA
CRAVO
E
CANELA
Episódio Nº 145
Acho que você fez muito bem, matar por ciúmes é uma
barbaridade. Só mesmo em Ilhéus isso ainda acontece. Ou entre gente muito pouco
civilizada. Você fez muito bem.
- Vou embora de
Ilhéus…
A esposa de João Fulgêncio entrou na porta da sala,
avisava.
- João, tem
gente te procurando. Seu Nacib, vou-lhe trazer um café.
João Fulgêncio demorou um bocado. Nacib não tocou no
Café. Estava vazio por dentro, não tinha fome nem sede, só uma dor. O livreiro
apareceu, procurou um livro na estante, disse:
- Daqui a um
minuto volto.
Voltou para encontrá-lo na mesma posição, o olhar
abstracto. Sentou-se a seu lado, pôs-lhe a mão na perna:
- Ir embora de
Ilhéus acho grossa besteira.
- Como posso
ficar? Para se rirem de mim?
- Ninguém vai
se rir…
- Você não, que
é bom. Mas os outros…
- Me diga uma
coisa, Nacib: se em vez de esposa fosse só sua rapariga, você ia embora, se
importava?
Nacib pesou a pergunta, reflectindo:
- Ela era tudo
para mim. Por isso casei, se lembra?
- Lembro e até
lhe avisei.
- A mim?
- Recorde-se.
Eu lhe disse: tem certas flores que murcham nos jarros.
Era verdade, nunca se tinha lembrado daqui lo. Não dera importância. Agora compreendia,
Gabriela não nascera para jarros, para casamentos, para marido.
- Mas se fosse
apenas rapariga? – continuava o livreiro – você ia embora de Ilhéus? Não falo
do sofrimento, a gente sofre porque quer bem, não porque é casado.
Porque é casado, a gente mata, vai embora.
- Se fosse
rapariga, ninguém ia rir de mim. Com as pancadas bastava. Você sabe tão bem
como eu.
- Pois fique sabendo que você não tem nenhum motivo
para ir embora.
Casei com ela com juiz e tudo. Você mesmo assistiu.
João Fulgêncio tinha um livro na mão, abriu numa página:
- Isso aqui é o Código Civil. Ouça o que diz o Artigo Nº 219
Parágrafo 1º,
Capítulo VI, do livro 1. É o direito de família, na parte do casamento. Veja: aqui diz que um casamento é nulo quando há erro
essencial de pessoa.
Nacib ouviu sem grande interesse, não entendia nada daqui lo.
Seu casamento é nulo e anulável, Nacib. Basta você
querer e não só deixa de ser casado, é como se nunca tivesse sido. Como se
tivesse sido só amigado.
Como é isso? Explique direito – interessou-se o árabe.
quarta-feira, novembro 21, 2012
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Viriato, o nosso heróico Avô |
VIRIATO
– Nosso Avô
(3ª e última Parte)
Até obter êxito completo, a política de
chão queimado e guerra total, a luta foi áspera e copiosa em vicissitudes. Anos
a fio, com Viriato à testa dos montanheses, o Senado via a campanha colonial
evoluir de mal a pior.
Já não mandava Pretores mas Cônsules, e
com efectivos plenos. Um destes, foi Q.F.M. Serviliano, amassado de melhor
barro que o dos capitães que vinham à Hispânia para enriquecer.
Foi ele o primeiro que encurralou Viriato
nos esconderijos das serras. Mas, de preferência a transpor os umbrais dos
castros mas eis que, num lance arrojadíssimo da táctica do retorno ofensivo,
quando o Procônsul montava o assédio a uma dessas cidades que haviam praticado
política dúplice: estarem simultaneamente bem com Deus e com o Diabo, rompe
Viriato.
Os romanos ficaram a tal ponto fulminados
pela surpresa que nem sequer esboçaram a tentativa de se defenderem. Iam se
deixar trucidar engarrafados numa bolsa natural do terreno, quando o Procônsul
se lembrou de mandar parlamentares ao inimigo. E sucedeu o milagre de todo
imprevisto:
-
Viriato cedeu às vozes das sereias.
Os romanos transportaram o arraial para
lugar onde, desde logo livres de perigo, ficavam ainda a coberto das fundas dos
lusitanos. Que não obtivessem outros resultados aquele já excedia todas as
expectativas.
Viriato mostrou-se moderado nas condições
de paz que propôs e ambos os capitães assinaram de livre vontade.
Grosso modo, rachava-se a Hispânia de meio
a meio: para aqui mandamos nós, para
ali mandais vós. Estabelecia-se a liberdade de trânsito e de comércio de parte
a parte; trocavam-se prisioneiros e reféns; consignava-se o respeito mútuo de
pessoas e vidas… que nem a Carta do Atlântico dois milénios mais tarde!
Maravilham-se os entusiastas de Viriato
como é que o experimentado capitão deixou escapar as feras da armadilha. As
feras, bem entendido, eram os romanos, mestres na perfídia e na crueldade.
Mas era preciso ver a situação no
concreto:
-
Viriato, batera sucessivamente os Pretores Vetúlio, Pláucio, Cláudio Unimano,
C. Nigídio, fatigado o Cônsul Fábio Máximo, vencido o Ptretor Quíncio, via-se agora a braços com o Procônsul Serviliano e, no todavia, sempre mais e mais
desembarcavam mais vagas de romanos, umas após outras.
Era uma fonte inesgotável vinda da Itália,
da Gália, da Hispânia Ulterior, de todos os lugares do vasto e ignorado mundo.
Só da Numídia tinham vindo recentemente 10 elefantes e 300 ginetes de guerra.
Nestas condições, a sua relutância em
prosseguir a luta. O mais assizado era negociar, subscrever qualquer paz com os
romanos quando eles se encontravam numa situação precária e em manifesta
inferioridade.
Esta renúncia à carnificina, que os
historiadores, pressurosos, censuram a Viriato, devia significar antes uma
contemporização da sua inteligência, tão subtil como oportuna.
Aquela paz, foi no entanto, sol de pouca
dura. O Senado recusou-se a referendar o tratado. Era sempre assim:
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Quando os seus plenipotenciários negociavam instrumentos favoráveis aos
interesses e à glória do Império eles eram idóneos, caso contrário eram
desautorizados.
Rasgado, portanto, o tratado, foi enviado
Quinto Servílio Cipião, com o respectivo exército. Ele era um homem de um
bairro de Roma, do Coliseu, jogador, falsário e de gostos refinados.
Instalou-se entre o Douro e o Tejo Médio e
os seus enviados apresentaram-se envoltos na proverbial pele de lobo e
empunhando o ramo de oliveira.
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Que condições pedis, para que seja celebrada a paz?
O romano exigiu a entrega dos maiorais…
Era uma terrível exigência, mas sempre foi dura a lei do mais forte, e talvez
significasse o prefácio de todas as rendições.
Submeteram-se. Servílio mandou executar
uns e cortar a mão a outros. Astolpas, sogro de Viriato, que figurava no rol,
preferiu logo acabar ali com a vida. Um guerreiro cortou-lhe a cabeça, se é que
não foi ele próprio que se cravou numa lança.
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Agora venham as armas – continuou o romano.
Entregar as armas, para além do mais era
ignominioso.
Romperam-se as negociações e ao fim de um
curto período de hostilidades, Viriato enviou ao Procônsul novos mensageiros a
pedir tréguas. Eram celtibéricos da tribo do Urso, recentes aliados de Viriato
e, por isso mesmo, tementes de represálias, uma vez vitoriosos os romanos.
Gente venal.
Aliciados com promessas, quando
regressaram ao arraial lusitano já tudo dormia.
Fácil foi, assim, entrarem na tenda onde o
capitão dormia estirado por terra numa pele e matarem-no com uma cutilada.
Quando, no outro dia, os soldados fiéis,
encontraram o cadáver compreenderam toda a insídia e traição.
Só havia que celebrar as exéqui as. Armaram uma pira gigantesca de lenha e,
içando o corpo ao alto, incineraram-no.
À volta, os guerreiros da tribo dançaram,
jogaram as armas, imolaram os cativos.
Assim acabou o herói, não tardando que a
Lusitânia o seguisse no passe fatal, riscada do número dos povos livres,
crescendo à rédea solta de sua índole e natureza.