sábado, julho 29, 2017

Wihtney Huston -I Will Always love You


Whitney Elizabeth Houston nasceu em Newark, Nova Jérsei, em 9 de agosto de 1963. É uma famosa cantora, compositora, produtora músical e teatral e atriz norte-americana, uma das mais populares e famosas artistas das décadas de 1980 e 1990, recebendo vários Grammys, American Music Awards, Billboard Music Awards, Emmys, um MTV Video Music Award, um MTV Movie Award, um MTV Europe Music Award, o prêmio de Artist of the Decade (artista da década) e o especial Legend Award. Influenciou a carreira de várias artistas como Kelly Price, Mariah Carey, Christina Aguilera, Beyoncé Knowles, Jessica Simpson, Alicia Keys, Leona Lewis e outras cantoras da música Pop e R&B. 

Em 22 anos de carreira Whitney Houston já vendeu mais de 175 milhões de discos em todo o mundo, sendo 75 milhões somente nos Estados Unidos e 70 milhões de singles de acordo com a RIAA, totalizando mais de 245 milhões de cópias em todo o mundo. 

Em toda a sua carreira, Whitney Houston já recebeu mais de 400 prêmios, sendo a cantora mais premiada da história, certificada pelo Livro Guinness dos Recordes (Guinness World Record) em 2006. 

É reconhecida em todo mundo por ter uma das vozes mais lindas de todos os tempos, além de uma grande habilidade vocal que incluem uma imensa potência, melismas e vibratos, sendo considerada como uma voz única e lendária. 

A mãe (Cissy Houston), uma prima em primeiro grau (Dionne Warwick) e a madrinha (Aretha Franklin) eram reconhecidas cantoras de gospel/R&B/soul, o que resultou na constante presença da música na vida da jovem Whitney. 

Aos 11 anos de idade, Whitney começou a cantar no coro gospel de uma igreja batista em Newark e mais tarde acompanharia sua mãe em alguns concertos. Mesmo sendo batista, Whitney se formou numa escola católica. Depois de aparecer no álbum de 1978 da mãe, Think It Over, ela começou a cantar como apoio vocal para muitos cantores famosos, entre eles: Chaka Khan e Jermaine Jackson. 

No mesmo ano, com apenas 16 anos de idade, ela fez um dueto com Michael Zager no single "Life is a Party". No começo da década de 1980, ela começou a aparecer como modelo em várias revistas e chegou até a ser capa da "Seventeen" e "Glamour".

Sem dúvida, a mais linda de todas as vozes. Desabrocha da sua garganta como o sol, depois da noite escura, para iluminar os nossos ouvidos e a nossa alma...  

             

Os Homenzinhos
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Verdes


















Neste mundo do planeta Terra muitas pessoas se interrogam sobre a existência de seres extra terrenos que andarão por aí fazendo aparições de soslaio, furtivas, perante poucas testemunhas e sem deixarem rastos indesmentíveis da sua passagem.

Outras, têm uma crença visceral sobre a sua existência de tal forma que se associam em grupos organizados para a recolha e tratamento de todas as informações, especialmente aparições, sempre com a preocupação, dizem eles, de estudarem o fenómeno.

Contudo, sobre este assunto, a posição mais correcta e sensata é a agnóstica, de acordo com o pensamento de cientistas que dedicaram as suas vidas ao estudo dos astros como foi o caso de Carl Sagan, prematuramente falecido aos 62 anos, vítima de uma doença rara, e que sobre as visitas de extraterrestres dizia-nos o seguinte:

 Se nós mesmos estamos explorando o nosso sistema solar, se somos capazes, como somos, de enviar as nossas espaçonaves não apenas a outros planetas do nosso sistema solar como também para lá do nosso sistema solar, para as estrelas, então seguramente, outras civilizações, milhares ou milhões de anos mais avançadas que nós, devem ser capazes de alcançar a viagem espacial interestelar muito mais facilmente.

Contudo, eu certamente não excluiria a possibilidade de que a Terra está sendo ou já foi visitada. Mas precisamente porque está tanto em jogo, precisamos, porque esta é uma questão que engloba emoções poderosas, dos mais escrupulosos padrões de evidência”.

São estes os naturais cuidados de um cientista que, acima de tudo, coloca a honestidade e o rigor intelectual como pressupostos para abordar qualquer tema e este muito em especial pelas razões que ele próprio refere.

O cepticismo de Carl Sagan é uma exigência da sua inteligência, ele não se esquece que faz parte dessa grande família do Homo Sapiens e exactamente porque é “Sapiens” é que é céptico.

O cepticismo é, de resto, um apelo permanente à inteligência.

O cientista francês Henri Poincaré afirmou a este propósito o seguinte:

-“A credulidade é avassaladora e todos sabemos como a verdade é tantas vezes cruel e por isso nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.

- Mas não é só porque a credulidade é avassaladora, é que o cepticismo é perigoso, desafia as instituições estabelecidas e se nas escolas ensinarmos os alunos a serem cépticos eles amanhã começarão a fazer perguntas difíceis sobre as instituições económicas, sociais, políticas e religiosas.”


Carl Sagan que passou grande parte da sua vida científica na procura da vida extraterrestre é o primeiro a afirmar:

-“Veja o tempo e o trabalho que eu teria economizado se eles andassem por cá mas quando reconhecemos alguma vulnerabilidade emocional sobre este assunto então temos que redobrar o nosso cepticismo porque é aí que podemos ser enganados”.

Em vida, por vezes, Carl Sagan recebia cartas de alguém que afirmava estar em contacto com um extraterrestre e que o convidava a perguntar-lhe “qualquer coisa”.

Para estes casos C. Sagan tinha já preparada uma lista de perguntas e como os extraterrestres são, obviamente, muito avançados ele questionava coisas como esta:

- Forneça uma prova curta do último teorema de Fermat (já foi resolvido mas por humanos) ou da conjectura de Goldbach e para melhor compreensão por parte do extraterrestre escrevia uma pequena equação com expoentes.

Claro que nunca recebeu qualquer resposta mas se perguntasse algo como “se os humanos devem ser bons” a resposta vinha logo pronta.

Em resumo:

- Qualquer pergunta vaga é respondida com muito prazer mas qualquer coisa de específico, em que haja a possibilidade de se descobrir se sabem alguma coisa, a resposta é sempre o silêncio.

Nestas coisas do cepticismo tem que se encontrar um ponto de equilíbrio porque estamos perante duas necessidades que conflituam uma com a outra:

- Por um lado, o escrutínio mais céptico das hipóteses que nos são oferecidas e pelo outro a necessidade de uma grande abertura a novas idéias.

São, portanto, duas modalidades de pensamento que convivem sobre uma certa tensão e não se pode exercitar só uma delas qualquer que ela seja.

Colocado “apenas” na modalidade do pensamento céptico iremos morrer como velhos excêntricos convencidos que o mundo está a ser governado por idiotas mas, se a nossa abertura de espírito chegar ao ponto da credulidade sem uma certa dose de cepticismo, então estaremos perdidos porque todas as idéias para nós serão boas sem que consigamos distingui-las em função do seu valor.

O sucesso da ciência depende, exactamente, da mistura que se fizer destas duas modalidades de pensamento e é nisso que os cientistas são bons.

Falam sozinhos, criam imensas idéias novas e criticam-nas sem piedade, sendo que, a maior parte delas nunca chega ao mundo exterior e as que conseguem passar pelos rigorosos filtros pessoais têm à sua espera a comunidade científica para as criticar.

Mas vejamos o que, no concreto, Carl Sagan pensava sobre a busca por sinais de rádio da vida inteligente extraterrestre:

- No começo dos anos sessenta os Russos deram uma entrevista em Moscovo para anunciarem que uma distante fonte de rádio, chamada CTA-102 estava variando senoidalmente (como uma onda de seno) com um período aproximadamente de 100 dias.

O porquê desta entrevista em Moscovo residiu no facto de estarem convencidos de que se tratava de uma civilização extraterrestre de enorme poder o que, afinal, não passava de uma “quasar” que ainda hoje não se sabe muito bem o que é mas uma civilização extraterrestre é que ninguém acredita que ela seja.

Logo, do ponto de vista científico, a hipótese extraterrestre é a última em que se pensa e só se todas as outras falharem.

- Outro exemplo:

- Em 1967 os cientistas britânicos encontraram uma fonte intensa de rádio próxima que flutuava num tempo mais curto, com um período constante de dez algarismos significativos.

O que seria? E a primeira ideia era de que se tratava de algo como uma mensagem que era emitida para nós ou uma baliza de navegação interestelar para naves espaciais que andam entre estrelas tendo mesmo, na Universidade de Cambridge, sido dado-lhe o nome de LGM-1, ou seja: Little Green Men, Os Homenzinhos Verdes.

Ao contrário dos Russos, foram mais cautelosos e não convocaram nenhuma entrevista para anunciar ao mundo a descoberta e fizeram bem porque não passava de uma “Pulsar”, a primeira Pulsar da nebulosa Caranguejo, e o que é uma Pulsar?

- Mais uma vez não se trata de nenhuma civilização extraterrestre mas de uma estrela encolhida ao tamanho de uma cidade que se mantêm coesa de maneira diferente de qualquer outra estrela, não pela pressão do gás, não pela degeneração dos eléctrodos mas por forças nucleares.

Frequentemente perguntavam a Carl Sagan se existia inteligência extraterrestre e ele dava a resposta habitual:

- De que há biliões de lugares no Universo e de que seria incrível que essa inteligência não existisse mas que não havia nenhuma evidência forte, até agora, a seu favor.

Depois, insistiam e voltavam a perguntar-lhe:

- Mas o que é que você acha de verdade?

- Ao que ele respondia: “ Mas eu acabei de dizer exactamente o que penso”.

- Sim, mas a sua intuição o que é que lhe diz e ele respondia:

- Mas eu tento não pensar com a minha intuição, não há nenhum problema de adiar a resposta até que as evidências cheguem.

- Eu acredito que em parte, muito do que empurra a ciência, é a sede de nos maravilharmos e isso constitui uma emoção poderosa sentida por todas as crianças.

Mais tarde, na última fase do ensino, o mesmo já não acontece e não será só por uma questão de puberdade mas tem a ver com a instrução que não só não ensina o cepticismo como também dá pouco incentivo a essa agitante sensação de nos maravilharmos.

E, finalmente, Carl Sagan, não deixava de se lamentar:

- Na América, todo o jornal diário tem uma coluna sobre astrologia mas sobre astronomia quantos têm, sequer, uma coluna semanal?

-Eu acredito que também seja culpa do sistema educacional.

Nós não ensinamos como pensar e essa é uma falha muito grave que pode até, num mundo equipado com 60.000 armas nucleares, comprometer o futuro da humanidade.

- Eu afirmo que há uma maravilha muito maior na ciência do que na pseudo ciência caso aquela fosse explicada ao indivíduo médio de uma maneira acessível e emocionante.

- Também aqui há um tipo de lei de Grecham que estabelece que na cultura popular a ciência ruim retira o espaço à boa e a comunidade científica tem muita responsabilidade por não fazer melhor um trabalho de popularização da ciência.

Obrigado, Carl Sagan, pela tua parte não podias ter feito mais nem melhor!


Frank Drake, um apaixonado pela astronomia, depois de tirar o seu Curso em Astronomia Óptica com uma especialização em Radioastronomia foi trabalhar para o Observatório Nacional de Radioastronomia dos EUA e apresentou, em 1961, aquilo que ficaria conhecido por Equação Drake.

Através dela pretendeu calcular o número de civilizações extraterrestres na nossa Galáxia com as quais poderemos entrar em contacto.

Feitas as contas dessa equação complicadíssima que nem me atrevo a transcrevê-la o resultado era do mais pessimista: 0,0000008.

Hoje, passados todos estes anos, com os avanços registados na ciência, existirão 170 planetas extra solares girando na órbita de 147 estrelas o que constitui uma considerável melhoria relativamente ao cálculo de Drake mas não o suficiente para deixarmos de ser agnósticos embora um pouco menos ignorantes do que em 1961.

sexta-feira, julho 28, 2017

Estará o Planeta Doente?














Não, o planeta não está doente mas como nós gostamos de confundir as nossas dores com as dos outros lá vamos dizendo que o planeta está doente.

Mesmo que não fizéssemos nada, mesmo que não existíssemos, e só existimos há muito pouco tempo, o planeta, como sempre aconteceu ao longo de milhões de anos, mantém-se em permanente transformação obrigando os “seus passageiros” a adaptarem-se, continuando a viagem, ou a descerem no próximo apeadeiro deixando, como prova da sua existência, os ossos que muito mais tarde irão fazer as delícias dos paleontólogos.

Claro que essas alterações aconteciam a um determinado ritmo, e se quisermos usar um pleonasmo, acrescentar que era ao ritmo da natureza e agora acontecem ao ritmo do homem, excepção feita às grandes catástrofes que viravam tudo de pernas para o ar de um dia para o outro.

E isso já aconteceu várias vezes e nós próprios somos “filhos”de uma dessas catástrofes que tendo exterminado há sessenta milhões de anos a espécie então dominante, os dinossauros, abriu para os pequenos mamíferos de então, dos quais descendemos, uma janela de oportunidade, como se diz agora, e cá estamos nós, a nova espécie dominante, a exercer em toda a plenitude esse domínio.

O que é estranho é que sendo nós a primeira espécie animal com capacidade para refletir e aprender com o passado e preparar o futuro tenhamos usado essa extraordinária faculdade exatamente de forma contrária aos interesses da nossa própria espécie.

A relação do homem com o habitat processou-se ao longo dos tempos de uma maneira consideravelmente diferente da dos outros animais que têm de fazer, por transformações no seu próprio corpo, a totalidade das “despesas” de adaptação às alterações do meio ambiente e sempre que o não conseguiram pura e simplesmente desapareceram.

No caso do homem, embora tenham havido adaptações físicas que o foram ajustando a diferentes condições ambientais, o que aconteceu de diferente é que foi ele, no seu próprio interesse, assim o julgava, que foi modificando a natureza para a adaptar a si próprio e a um tal grau que se confronta hoje com ameaças sérias, senão à sua sobrevivência como espécie, pelo menos à forma e estilo de vida no futuro.

Tal como o aprendiz de feiticeiro que, por imaturidade e falta de senso, não soube utilizar as mágicas que o mestre lhe ensinou também o homem, por ignorância, egoísmo, avidez e irresponsabilidade tem alterado tudo ou quase tudo à sua volta conseguindo, estilo formiguinha, resultados quase idênticos aos do embate do grande meteorito de há sessenta milhões de anos.

Neste momento, a “elite mundial” que somos todos nós, excluindo dela os milhões de pessoas que tentam sobreviver à fome, doença e às guerras e que não é crível que estejam preocupadas com o destino do seu planeta, tomou finalmente consciência de que continuar neste ritmo sem nada fazer é apressar um desfecho cuja configuração ainda não é bem perceptível em toda a sua dimensão.

O problema mais preocupante, embora tudo esteja interligado, é o aumento de CO2 na atmosfera em consequência da queima de combustíveis fosseis, fundamentalmente, petróleo e carvão, o que provoca efeito estufa com o consequente aumento das temperaturas e 
, por arrastamento, a diminuição dos glaciares e da camada de gelos nos pólos, a subida dos níveis das águas dos oceanos para, além de súbitas alterações climáticas.

Ora, sabendo nós, que as populações se acumulam em todo o mundo nas zonas ribeirinhas, é fácil adivinhar as repercussões para milhões e milhões de pessoas e também não é difícil prever que os mais pobres vão ser, mais uma vez, os mais atingidos.

O processo crescente de desertificação, o contínuo abate das florestas, as redes de arrasto que destroem tudo à sua passagem no fundo dos mares e depois aqueles gostos e preferências esquisitas dos povos asiáticos, muitos deles, gente de dinheiro e instruída, penso eu... que não passa sem a sua sopa de barbatana de tubarão levando à destruição de um animal importantíssimo no equilíbrio da vida nos mares e continua a acreditar, ingenua e estupidamente, que o “corno” do rinoceronte tem propriedades afrodisíacas e que todas as partes do tigre são õptimas para tratarem as mais variadas doenças do corpo humano, etc., etc., representam o lançar de mais “achas para a fogueira”.

Agora fazem-se concertos musicais por todo o mundo por causa do aquecimento global, das focas e dos ursos do pólo Norte, cuja calote já perdeu 40% da sua espessura e que irão desaparecer por falta de habitat e até o Sr. G. Bush, cujo negócio da família é vender petróleo, já assinou com o Presidente Lula um Acordo de Cooperação com os objetivos, entre outros, de promover a definição de padrões internacionais para o Etanol e promover a cooperação dos dois países em terceiros mercados na América Latina e na África à volta da produção de Etanol.

Mas eu, que me considero um optimista, aqui sou séptico pois tenho alguma dificuldade em acreditar que continuando uma política de “mais energia”em vez de “melhor eficiência energética” e sem mudança de hábitos e de estilos de vida, se vá resolver o problema até porque, o aumento da produção de etanol no Brasil - e eu não nego a importância que ele tem pois representa uma redução de 30 milhões de toneladas de CO2 por ano na atmosfera - pela intensificação da cultura da cana que deixou de ser do açúcar, não é isento de perigos pois embora se diga que existe terra disponível, o avanço da produção da cana em áreas destinadas à pecuária, pelo menos no Estado de S. Paulo, nos últimos 3 anos, está levantando o problema de para onde levar milhões e milhões de cabeças de gado… e se no fim for para por mais uns milhares de automóveis na estrada é bom de ver que tudo ficará na mesma.

Quase todos os países do mundo que têm nas suas entranhas geológicas petróleo em quantidade suficiente para sustentar esta matriz industrial hegemónica, vivem em grande instabilidade política ou sob permanentes ameaças; - o Médio Oriente, a Ásia Central, Nigéria, Colômbia, Venezuela, Bolívia, constituindo uma espécie de sector “de senhores da guerra” que, com certeza, não permitirão que o seu negócio lhes saia das mãos.

E depois, temos um bilião e trezentos milhões de chineses que de 4 em 4 dias inauguravam uma fábrica de produção de energia a partir da queima do carvão, matéria-prima que têm em grande abundância e, finalmente, um Presidente da Câmara, na China, que já não podendo fazer mais nada perante o trânsito caótico da sua cidade pede aos seus munícipes, com a cordialidade própria da sua cultura, que, “por favor, não comprem mais automóveis”….

Conseguir, para já, inverter todo este processo quando, aparentemente, ainda todos vamos vivendo mais ou menos na mesma, para mim, não é crível.

Está implantado em todo o mundo, e os que ainda não o possuem desejam tê-lo, um estilo de vida que passa por um automóvel ou dois em cada família, e não nos esqueçamos que eles são os responsáveis pela emissão de 90% do monóxido de carbono para a atmosfera, e uma casa cheia de electrodomésticos e se a produção de eletricidade ainda pode ser feita com recurso às energias inesgotáveis do vento, do sol, futuramente das ondas do mar e das hídricas, que com as barragens estragaram o curso dos rios e quase acabaram com o sável no Tejo da minha infância, estamos ainda muito longe de suprir com elas as nossas necessidades.

Mais difícil mas não impossível é alimentar os motores de explosão dos nossos automóveis com uma energia limpa de CO2 mas isso só acontecerá quando “os senhores da guerra”, os industriais de automóveis e os políticos influentes de todo o mundo, entenderem que chegou o momento.

Nós vivemos governados pelos senhores dos negócios, "um mundo de interesses” sedeado cada vez mais nos Conselhos de Administração das grandes empresas que à escala global vão decidindo do governo do mundo e o destino de todos nós, acreditando eles, que com todo o seu dinheiro, sempre conseguirão escapar para um cantinho confortável em qualquer parte do mundo e depois, quem sabe, se essa do “aquecimento global” não será mais uma óptima oportunidade de negócio no futuro para aumentar ainda mais as suas fortunas… pergunte-se ao sr Trump se não é isso que ele pensa.


Não desesperemos, pois, e ouçamos os concertos de música que, a este propósito, se vão realizando por todo o mundo, ensinemos as nossas crianças a fazer a separação dos lixos para efeitos de reciclagem e, principalmente, eduquemo-las a respeitarem a natureza, da qual fazem parte, como a coisa mais importante deste mundo.

O futuro das próximas gerações irá ser um terrível desafio, não para este ou aquele país, esta ou aquela região mas para as gerações de todo o mundo dado que, relativo a elas, nada se pode garantir quanto às condições em que as suas vidas irão decorrer.

De positivo, a noção generalizada, de que todos estão irmanados no mesmo grande problema e que este facto deverá constituir um factor de união porque nada é exterior a ele e tudo terá a ver com a possibilidade de poderem continuar ou não a navegar neste planeta, terceiro do sistema solar na extremidade da Via Láctea e o único que conhecemos, respirando o ar e olhando o céu que inspirou os poetas e nos fez sonhar a todos nas noites cálidas de Verão.

Será que ele vai com boas intenções? - Ela está serena e confiante...


quinta-feira, julho 27, 2017

quarta-feira, julho 26, 2017

Há 55 anos atrás também eu me preparava para subir aquelas escadas.



ROY  ROBISON - OH PRETTY WOMAN

O maior sucesso musical deste cantor que em 1964, quando foi lançado, vendeu logo 7 milhões de cópias. A sua fama era tão grande que os Beatles sentiram-se orgulhosos de terem feito uma tourné com ele. Internacionalmente ele foi reconhecido pelas suas lindas baladas, melodias ritmicamente avançadas, seu timbre vocal, por vezes com falsete e os seus característicos óculos escuros. Em 1991, Roy recebeu um Germmy por: "Oh! Pretty Woman" que lhe foi entregue num show ao vivo onde estiveram presentes celebridades do campo musical como: Jackson Brown, Elvis Costello, Bruce Springsteen, T- Bone Barnet e muitos outros importantes cantores. Nesse ano, duas músicas suas estiveram entre as vinte melhores do Reino UnidDurante mais de 4 décadas ele esteve nos top das paradas da música e, no entanto, quando lhe perguntaram como gostaria de ser lembrado, respondeu simplesmente: "Eu só gostaria de ser lembrado". Roy Robison era conhecido internacionalmente pela beleza das suas baladas, seu timbre de voz, por vezes com falsetes e aqui têm mais um belo exemplo de que assim era. Pessoa tímida, como se percebe, de poucas palavras e os óculos escuros que usava, imagem de marca, destinava-se, afinal, a corrigir o seu estigmatismo crónico.








COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS


Assunto - Festa de Natal



De: Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos


Data: 2 de Dezembro


Tenho o prazer de informar que a festa de Natal da empresa será no dia 23 de Dezembro, com início ao meio-dia, no salão de festas privativo da Churrascaria Grill House. O bar estará aberto com varias opções de bebidas. Teremos uma pequena banda tocando canções tradicionais de Natal...sinta-se à vontade para se juntar ao grupo e cantar! Não se surpreenda se o nosso Vice Presidente aparecer vestido de Pai Natal! A arvore de Natal terá as luzes acesas às 13:00.

A troca de presentes de "amigo secreto" pode ser feita em qualquer altura, entretanto, nenhum presente deverá exceder Euros 10,00, a fim de facilitar as escolhas e adequar os gastos a todos os bolsos.

Este encontro é exclusivo para funcionários e família. Na ocasião, o nosso Vice Presidente fará um discurso bastante especial.Feliz Natal para todos.

Patrícia


COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS

De: Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

Data: 3 de Dezembro

Assunto: Festa de Natal

De maneira alguma o memorando de 2 de Dezembro sobre a Festa de Natal pretendeu excluir os nossos funcionários judeus! Reconhecemos que o Chanukah é um feriado importante e que costuma coincidir com o Natal, mas isso não acontecerá este ano. Portanto, passaremos a chamá-la "Festa do Fim do Ano", pois teremos em conta também todos os outros
funcionários que não são cristãos e aqueles que celebram o Dia da Reconciliação. Não haverá árvore de Natal. Nada de canções de natal nem coral. Teremos outros tipos de musica que agrade a todos.

Felizes agora?

Boas festas para vocês e suas famílias,


Patrícia


COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS

De: Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

Data: 4 de Dezembro

Assunto: Festa do Fim do Ano

Em relação ao bilhete (anónimo) que recebi de um membro dos Alcoólicos Anónimos solicitando uma mesa para pessoas que não bebem álcool... terei todo o prazer em atender o pedido, mas, se eu puser uma placa na mesa a dizer "Exclusivo para os AA", vocês deixarão de ser anónimos, não será?...Como faço então?

Quanto à troca de presentes, esqueçam! Não será organizada uma vez que os membros do sindicato acham que 10 euros é muito dinheiro e os executivos acham que 10 euros é muito pouco para um presente.Portanto não será organizada NENHUMA TROCA DE PRESENTES!

De acordo?


Patrícia

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COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.

De: Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

Data: 5 de Dezembro

Assunto: Festa do Fim do Ano

Mas que grupo heterogéneo o nosso!!! Eu não sabia que no dia 20 de Dezembro começa o mês sagrado do Ramadão para os muçulmanos, que proíbe comer e beber durante as horas do dia. Lá se vai a festa!

Agora a sério, entendemos que um almoço nesta época do ano seja um problema para a crença de nossos funcionários muçulmanos... Talvez a Churrascaria Grill House possa assegurar o serviço de buffet até à noite ou então, embalar tudo para vocês levarem para casa nas marmitas. Que acham?

E agora mais novidades:

- Consegui que os membros dos "Vigilantes do Peso" se sentem o mais longe possível do buffet das sobremesas;

- As mulheres grávidas poderão sentar-se o mais perto possível das casa de banho;

- Os homossexuais podem sentar-se juntos;

- As mulheres homossexuais não terão que se sentar junto dos homens homossexuais, que terão uma mesa própria, e sim, haverá um arranjo de flores no centro da mesa dos homens homossexuais;

- Teremos assentos mais altos para pessoas baixas;

- E estará disponível comida com baixas calorias para os que estão de dieta.

- Nós não podemos controlar a quantidade de sal utilizada na comida, portanto sugerimos que as pessoas com tensão alta provem a comida antes de comerem.

- E, claro, haverá mesas para fumadores e outras para não fumadores.

Esqueci alguma coisa?


Patrícia
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COMUNICADO PARA TODOS FILHOS DA PUTA QUE TRABALHAM NESTA EMPRESA

De: Patrícia Gomes - Directora de Recursos Humanos

Data: 6 de Dezembro

Assunto: Festa do Fim do Ano da PORRA

Vegetarianos!?!?!??!

Sim, vocês também tinham que dar a vossa opinião de merda ou reclamar de alguma coisa!... Nós manteremos o local da festa na Churrascaria Grill House; quem não gostar que se foda! Não vá, desampare a loja! Ou então, como alternativa, seus fedorentos, podem sentar-se afastados, na mesa mais distante possível da tal "Churrasqueira da Morte" - como vocês lhe chamam.

E terão também a vossa mesa de saladas de merda, incluindo tomates ecológicos da casa do caralho e arroz pegajoso para comer com pauzinhos.

Aqueles que, naturalmente, ainda não gostarem, podem enfiar tudo no cu!

Mas como vocês devem saber, os tomates também têm sentimentos! Os tomates gritam quando vocês os cortam em fatias. Eu mesma os ouvi gritar! Eu estou a ouvi-los gritar agora mesmo!!!!!

Ah, espero que vocês todos, mas todos, os parvos dos crentes e os cretinos dos ateus, os paneleiros, as fufas, as mariquinhas das prenhas, os estupores dos fumadores e os chatos dos não fumadores, os cobardes dos bêbados anónimos e os fedorentos dos vegetarianos, todos vocês sem excepção, tenham uma merda de fim de ano!

E que guiem bêbados e morram todos, todinhos espatifados e esturricados por aí!

Entenderam?


Da Vaca, diretamente para a puta que os pariu

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COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS

De: João Pacheco - Diretor de Recursos Humanos INTERINO

Data: 9 de Dezembro

Assunto: Patrícia Gomes e a Festa do Fim do Ano


Tenho a certeza que falo por todos nós desejando para a Patrícia um rápido restabelecimento para a sua crise de stress e podem estar certos que me encarregarei de lhe enviar as vossas mensagens para o sanatório.

Venho comunicar que a direcção decidiu cancelar a Festa do Fim do Ano e não dar folga aos funcionários na tarde do dia 23 de Dezembro.

Boas Festas!

João

Eduardo Galeano


Eduardo Galeano participou numa manifestação popular espontânea contra a crise e estas são as suas palavras no rescaldo dessa manifestação. É reconfortante ouvi-lo. Este seu desabafo é de 2013. Hoje as coisas estarão melhor pelo que nunca se deve perder a esperança. Atrás de tempos, tempos vêm...


           

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